Dédalo
Dédalo | |
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Queda de Ícaro Peter Paul Rubens, 1636, Museu Real de Belas Artes, Bruxelas | |
Genealogia | |
Pais | Metion |
Filho(s) | Ícaro |
Dédalo (em grego: Δαίδαλος, transl. Daídalos; em latim: Daedalos; em etrusco: Taitale), na mitologia grega, é um personagem natural de Atenas e descendente de Erecteu[1].
Notável arquitecto e inventor, cuja obra mais famosa é o labirinto que construiu para o rei Minos, de Creta, aprisionar o Minotauro[2], monstro filho de sua mulher[3].
Mito, segundo Diodoro Sículo
[editar | editar código-fonte]Família
[editar | editar código-fonte]Dédalo nasceu em Atenas, sendo filho de Metion, filho de Eupalamus, filho de Erecteu.[4] Ele tinha um sobrinho chamado Perdiz, filho de sua irmã,[5] e um filho chamado Ícaro.[6]
Carreira de inventor
[editar | editar código-fonte]Em seus primeiros anos a vida do arquitecto Dédalo foi um ato de descobrimento dos materiais, formas, volume e do próprio espaço.[1][4][7]
O assassinato de Perdiz
[editar | editar código-fonte]Certa vez, Dédalo estava ensinando tudo o que sabia para seu sobrinho Perdiz,[nota 1] este que, então, inventa a roda do oleiro e o serrote de ferro.[8] Dédalo, com inveja, assassina-o,[9] e quando descoberto é condenado,[10] mas foge para Creta.[11]
Em Creta
[editar | editar código-fonte]Em Creta, Dédalo se torna amigo do rei Minos,[nota 2] mas ajuda Pasífae a se disfarçar de vaca para ser possuída pelo touro de Posídon.[11] Desta relação nasce o Minotauro.[3]
Dédalo, em seguida, constrói o labirinto de Creta, para conter o minotauro.[2]
Fuga de Creta
[editar | editar código-fonte]Dédalo tinha um filho, Ícaro.[6] Quando Minos descobriu que Dédalo tinha feito a vaca para Pasífae, este fugiu de Creta, com a ajuda de Pasífae.[12] Ícaro fugiu com Dédalo, mas morreu em um acidente naval na ilha que passou a se chamar Icária.[6] Dédalo se refugia na Sicília, na corte do rei Cócalo.[6]
Diodoro apresenta a versão alternativa de que Dédalo fugiu de Creta voando: com seu engenho inigualável, constrói para si e para o filho dois pares de asas de penas, ligadas com cera, para fugirem.[13] Ícaro, deslumbrado com a beleza do firmamento, sobe demasiado e o Sol derrete a cera de suas asas, precipitando-o nas águas do mar Egeu, enquanto Dédalo consegue chegar à Sicília.[14] Diodoro Sículo comenta que ele não acredita muito nesta versão, mas não poderia deixar de mencionar este mito.[14]
Dédalo na Sicília
[editar | editar código-fonte]Dédalo passou um bom tempo trabalhando para o rei Cócalo, construindo várias maravilhas.[15]
Minos, porém, quando soube que Dédalo tinha se refugiado na Sicília, e sendo o senhor dos mares, resolveu fazer uma campanha contra a ilha.[16] Desembarcando com uma grande força na ilha, no local chamado a partir de então de Heracleia Minoa, Minos demandou de Cócalo que entregasse Dédalo para ele ser punido.[16] Cócalo, porém, trouxe Minos como convidado ao seu palácio, e assassinou Minos durante o banho, fervendo-o em água quente.[17] Cócalo devolveu o corpo de Minos aos cretenses, dizendo que ele tinha se afogado no banho;[17] os cretenses o enterraram na Sicília,[18] no lugar onde mais tarde foi fundada a cidade de Acragas (atual Agrigento), e lá ficaram até que Terone, tirano de Acragas, devolveu seus ossos para os cretenses.[19]
Notas
- ↑ Os autores antigos divergem sobre o nome do sobrinho de Dédalo. Algumas versões o chamam de Talos/Calos, e outras de Perdix. Ver, por exemplo, Higino, Fabulae, CCXLIV, Homens que mataram seus parentes, em que o nome do sobrinho é Perdix.[5]
- ↑ Segundo Diodoro Sículo, houve dois reis de nome Minos; este seria o segundo Minos, filho de Licasto, filho do primeiro Minos, filho de Zeus.
Referências
- ↑ a b Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, 4.76.1
- ↑ a b Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, 4.77.4
- ↑ a b Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, 4.77.3
- ↑ a b Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, 4.76.2
- ↑ a b Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, 4.76.4
- ↑ a b c d Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, 4.77.6
- ↑ Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, 4.76.3
- ↑ Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, 4.76.5
- ↑ Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, 4.76.6
- ↑ Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, 4.76.7
- ↑ a b Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, 4.77.1
- ↑ Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, 4.77.5
- ↑ Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, 4.77.8
- ↑ a b Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, 4.77.9
- ↑ Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, 4.78.1-5
- ↑ a b Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, 4.79.1
- ↑ a b Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, 4.79.2
- ↑ Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, 4.79.3
- ↑ Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, 4.79.4