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Futebol do Distrito Federal (Brasil)

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O Futebol do Distrito Federal, apesar da pequena expressividade do território do Distrito Federal, tem um relativo destaque em relação a outros estados do Brasil.

Em meio à construção de Brasília, os funcionários da Novacap disputavam torneios amadores.[1] O primeiro time foi o Clube de Regatas Guará, fundado em 1957 e que resolveu construir um estádio. Eventualmente cada companhia montava seus próprios times, como os rivais Rabello (Construtora Rabello) e Defelê (Departamento de Força e Luz - DFL). Logo fundaram a Liga Independente do Distrito Federal, o primeiro Campeonato Brasiliense de Futebol, contando com algumas regiões administrativas. Os torneios eram amadores e motivados pela rivalidade entre as empresas.[2] As condições eram paupérrimas, a ponto da final de 1961 ser interrompida por uma tempestade de poeira improvisada que cegou os atletas.[1] Mais tarde na década os times tentavam virar profissionais ou semiprofissionais, principalmente para disputar a Taça Brasil, o Campeonato Brasileiro da época. Porém muitos acabaram sendo extintos por falta de condições financeiras.[2] Os times brasilienses sofriam com a indiferença, com os habitantes do Distrito Federal torcendo por equipes do Rio de Janeiro e São Paulo e não frequentando o torneio local.[1]

Em 2024 o campeonato já possui 65 anos de existência, contando na disputa deste ano a presença de quatro campeões distritais: Gama, Brasiliense, Ceilândia e o Real Brasília.

Primeira Divisão

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Ver artigo principal: Campeonato Brasiliense de Futebol

Também conhecido como Candangão, a "divisão de elite" do Distrito Federal.

Segunda divisão

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O Campeonato Brasiliense de Futebol da Segunda Divisão é a divisão de acesso ao Campeonato Brasiliense de Futebol, o campeonato estadual do Distrito Federal. Foi disputado durante a fase amadora nos anos 60, e novamente desde 1997 já na era profissional do futebol local.

Terceira divisão

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O Campeonato Brasiliense de Futebol da Terceira Divisão foi a ultima divisão do Campeonato Brasiliense de Futebol. Foi realizado pela primeira vez em 2006, com apenas 4 equipes. Uma delas era o Brasília Futebol Clube, o segundo maior vencedor da primeira divisão. Após quatro edições, a competição foi extinta, passando o Distrito Federal a contar com apenas duas divisões oficiais.

O Campeonato Brasiliense de Futebol Feminino garante 1 vaga para o Brasileirão Feminino A2. Em 2020, o CRESSPOM, terceiro colocado, ficou com a vaga para a competição da segunda divisão nacional, uma vez que Real Brasília e Minas Brasília, campeã e vice do Candangão Feminino, já estavam classificadas para o Brasileirão Feminino A1.

Federação de Futebol do Distrito Federal

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Brasiliense, Gama, Brasília e Guará foram os clubes que conquistaram títulos em nível regional ou Nacional.

Nacionais
Competição Títulos Anos
Campeonato Brasileiro - Série B 2 1998, 2004
Campeonato Brasileiro - Série C 1 2002
Regionais
Competição Títulos Anos
Copa Verde 2 2014, 2020
Torneio Centro-Oeste 2 1981, 1984

Defelê x Rabello

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Foi o primeiro grande clássico do Distrito Federal foi na era do amadorismo entre o Defelê (Departamento de Força e Luz) contra o Rabello (da empreiteira de mesmo nome) de empresas que ajudaram na construção de Brasília.

Brasília x Gama

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Ver artigo principal: Brasília x Gama

Era o principal clássico do campeonato brasiliense no século XX. A rivalidade se acentuou na década de 1990, quando o Gama passou por seu melhor momento no futebol brasiliense e conquistou seis títulos metropolitanos, se aproximando do Brasília, que já possuía oito títulos e era o maior vencedor. No início de 2000 o Gama conquistou outros três títulos e superou o clube colorado, tornando-se o maior vencedor do Campeonato Brasiliense. A rivalidade, a partir de meados da primeira década do século XXI, veio perdendo espaço para a rivalidade entre o Gama e o Brasiliense, devido à ascensão rápida do Brasiliense no futebol candango e a crise que se abateu sobre o Brasília até 2012. No entanto, o alviverde vive atualmente o pior momento da história do clube, sofrendo com problemas financeiros e, desde 2011, não se destaca no Campeonato Brasiliense.

Ceilândia x Gama

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A primeira vez que Gama e Ceilândia se enfrentaram foi no dia 6 de julho de 1980, no Bezerrão. Ainda comandado por Fantato, o Gama não teve dificuldades para vencer por 3 x 0. O Ceilândia nunca derrotou o Gama por um placar dilatado. O melhor resultado foi um 3 x 0, em 20 de abril de 1986. A maior goleada pelo lado gamense foi no Campeonato Brasiliense de 2020, em pleno Abadião, o Gama goleou por 6x0 pela primeira fase.

Clássico das Satélites

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Gama e Taguatinga Esporte Clube foram fundados no mesmo ano: 1975. Em 1º de julho de 1975, o Pioneira Futebol Clube efetivou a mudança de nome para Taguatinga Esporte Clube. Poucos meses depois, mais precisamente em 15 de novembro, foi a vez do Gama ser fundado. O Gama continua disputando o campeonato brasiliense até hoje. O Taguatinga Esporte Clube paralisou suas atividades em 1999 e, depois de uma fusão com o C. A. Taguatinga, do Núcleo Bandeirante, retornou em 2018, foi vice-campeão da Segunda Divisão local e garantiu vaga na Primeira em 2019. A primeira vez que Gama e Taguatinga Esporte Clube se enfrentaram foi no dia 1º de maio de 1976, no ainda existente Estádio Pelezão. Com um gol de Bira, aos 36 minutos, o Taguatinga Esporte Clube venceu a partida por 1x0. Jorge Aloise foi o árbitro do jogo, que teve renda de Cr$ 37.000,00. Maurício, do Taguatinga Esporte Clube, foi expulso de campo.

Clássico Verde-Amarelo

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Ver artigo principal: Brasiliense x Gama

No começo do século, o clube começou uma rivalidade contra o Brasiliense Futebol Clube. São os clubes do Distrito Federal que alcançaram as maiores conquistas a nível nacional para o DF, ambos conquistaram o Brasileirão da Série B, além disso são também os clubes de maior torcida entre os candangos. O clássico Verde-Amarelo, como é chamado, é o jogo de maior rivalidade do Distrito Federal e sempre atrai bons públicos.

A maior goleada do Gama sobre o Brasiliense Futebol Clube aconteceu em 23 de março de 2003, no Bezerrão, em mais uma decisão de campeonato brasiliense, quando o Gama venceu por 4 x 1. Nem a presença de Túlio Maravilha no time do Brasiliense Futebol Clube impediu que o Gama conquistasse mais um título de campeão brasiliense, o sexto em sete anos (1997 a 2003). Somente seis anos depois, em 7 de março de 2009, no Serejão, é que o Brasiliense Futebol Clube conseguiu aplicar uma goleada em seu adversário. Naquele dia, o placar foi de 4 x 0 a favor do Brasiliense Futebol Clube.

Os dois jogos da final do Campeonato Brasiliense de 2001 foram o ponto de partida para uma série de oito jogos sem derrota do Gama. Ela só foi quebrada em 10 de abril de 2004, quando o Brasiliense Futebol Clube venceu o Gama por 1 x 0 e conquistaria o seu primeiro título de campeão do DF (seriam seis consecutivos, de 2004 a 2009).

Exatamente nesse período de predomínio do Brasiliense Futebol Clube é que aconteceu a mais longa série de invencibilidade entre os dois clubes. O Brasiliense Futebol Clube ficou doze jogos consecutivos sem perder para o Gama, de 10 de abril de 2004 a 16 de fevereiro de 2008. Essa série só foi quebrada em 6 de abril de 2008, no Serejão, quando o Gama venceu por 2 x 0.

Clássico do Rock

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Ver artigo principal: Clássico do Rock

O confronto entre o Legião e o Capital é considerado como o clássico do rock, pela alusão a duas das principais bandas de rock brasilienses, o Legião Urbana e o Capital Inicial. Apesar da origem do nome do capital ser pelo fato do clube estar localizada na capital federal. É o mais novo clássico do futebol brasiliense.[3]

Referências

  1. a b c Pobreza Federal
  2. a b Treze Anos de Futebol
  3. Emanuel Colombari. «DF: no "clássico do rock", Legião e Capital ficam apenas no empate». Z-Futebol Nacional. Consultado em 26 de outubro de 2014