História do Sport Club do Recife
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A história do Sport Club do Recife, foi iniciada no ano de 1905, por um estudante pernambucano chamado Guilherme de Aquino Fonseca, que vinha da Inglaterra fascinado pelo novo esporte daquele país, o futebol. O Sport Club do Recife foi fundado a 13 de maio de 1905 na Associação dos Empregados do Comércio do Recife, e, a partir daí, teria grande admiração de uma fiel nação de seguidores.
Ao longo dos anos, o Leão da Ilha se consolidou como um dos mais fortes clubes do Brasil, com conquistas no futebol, a exemplo do Campeonato Brasileiro de 1987, e da Copa do Brasil de 2008, como também nos esportes olímpicos, com conquistas dos mais diversos valores, além de possuir e enriquecer um grande aparato estrutural. O espírito da luta e da garra sempre foram características deste clube Bicampeão Nacional da elite brasileira.
“ | O Sport será um autêntico campeão, pois nasceu sob o signo da valentia e dele jamais se apartará. | ” |
— Guilherme de Aquino Fonseca, fundador do Sport, em 1905.
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1905: A fundação
[editar | editar código-fonte]A fundação aconteceu na tarde de um sábado, 13 de maio de 1905, na Associação dos Empregados do Comércio de Pernambuco. O primeiro jogo do recém criado "Club" ocorreu em junho daquele ano contra o English Eleven, um time formado pelos funcionários de companhias inglesas instaladas no Recife. A partir de então, teve início a história do clube com mais títulos e patrimônio físico de Pernambuco.
“ | Esteve bastante concorrida a festa de inauguração deste club, comparecendo crescido número de senhoritas e cavalheiros. Constou o festival de uma partida de football em que tomaram parte sócios do Sport Club e do English Eleven. A partida foi bem jogada de ambas as partes, havendo um empate. Felicitamos a diretoria do Sport Club pela vitória alcançada, pois sendo uma sociedade nova, não se deixou vencer pelo English Eleven. | ” |
— Diario de Pernambuco (24/06/1905)..
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O primeiro jogo de futebol do Sport aconteceu em 22 de junho contra o English Eleven, um time formado de funcionários de empresas inglesas sediadas no Recife, e apesar do favoritismo dos ingleses, considerados os pais do futebol o Sport consegue um glorioso empate por 2 x 2. Primeiro Time do Sport: Goleiro: L. F. Lhatam / Zagueiros: L. Parrot e E. Nosworthy. / Médios: A. G. Silva, Calander, E. Ramiro. / Atacantes: Guilherme Fonseca (capitão), Coimbra, Alberto Amorim, J. Oliveira e Torquatro Gonçalves.
1906 - A primeira vitória
[editar | editar código-fonte]Aconteceu no dia 29 de abril de 1906 em jogo realizado na campina do Derby, 1x0 sobre o Western Telegraph, um time de funcionários desta companhia inglesa instalada na capital pernambucana, o gol rubro negro foi marcado pelo atacante Fellows.
1916 - 1917 - Primeiros títulos
[editar | editar código-fonte]Ano em que o clube filia-se a Liga Sportiva Pernambucana (LSP), e na primeira vez que o Sport disputa o Pernambucano conquista o título, numa final realizada no dia 16 de dezembro contra o Santa Cruz que terminou com o placar 4x1, com gols de Lalor Motta (2), Asdrúbal e Vasconcelos. O Sport inovou trazendo o zagueiro Paulino do América-RJ.
Time do Sport: Luiz Cavalcanti, Briant e Paulino; Town, Robson e Smerthurst; Asdrúbal, Lalor Motta, Anagam, Vasconcelos e Smith.
1917 - Primeiro Bicampeonato
[editar | editar código-fonte]O Sport, reforçado pelo atacante Ciro Werneck oriundo do Botafogo, vence de virada o Santa Cruz por 3x1 e levanta o seu primeiro Bicampeonato Pernambucano.
Time do Bicampeonato: Cavalcanti, Briant e Paulino; William, Teague e Salazar; Hogger, Ciro Werneck, Tobias, Batista e Zé Luís.
1918 - 1937: Era Avenida Malaquias
[editar | editar código-fonte]O Sport começa a mandar seus jogos no Campo da Avenida Malaquias, que pertenceu ao Sport de 1918 até 1937, o primeiro estádio do clube rubro-negro, cuja arquibancada de madeira e ferro foi comprada junto ao Fluminense/RJ. O Sport jogou lá exatamente 235 vezes.
A estrutura do campo era de 75 metros de comprimento e 40 metros de largura – foi trazida de navio para o Recife. O Flu se desfez de seu antigo estádio após construir as Laranjeiras, que se tornou o maior do Brasil. Já o estádio leonino supriu uma grande carência do futebol pernambucano, que tinha apenas campos murados.
1919 - Primeira Excursão e Criação do Escudo
[editar | editar código-fonte]O Sport, como sempre pioneiro, faz uma excursão para Belém-PA, que era então um centro de futebol mais desenvolvido. Empatou por 3x3 contra um combinado Remo-Paysandu. Em seguida, na disputa do troféu Leão do Norte, um belo bronze francês onde havia uma escultura de um leão, o Sport venceu o mesmo combinado por 3x2, levando a peça, o que deixara inconformada a torcida paraense que tentou retomar o cobiçado troféu, ocasião em que a cauda do leão foi partida. A partir desta conquista, foi criado o escudo rubro-negro, com um leão como símbolo. O troféu é mantido até os dias de hoje, com sua cauda partida, unida por um laço, na Sala de Troféus do Sport.
1923-24-25 - Primeiro Tricampeonato
[editar | editar código-fonte]O Sport conquista o seu primeiro Tricampeonato Pernambucano. Em 1923 uma campanha quase perfeita: 12 jogos com 11 vitórias e apenas 1 derrota. Em 1924 mais uma boa campanha: 13 jogos com 11 vitórias, 1 empate e 1 derrota. Fechando o Tricampeonato, em 1925, o Sport somou 7 vitórias, 2 empates e 1 derrota.
Time-base: Jucá, Alarcon e Pedro Sá; Adhemar, Altino e Aureliano; Witham, Dubeux, Péricles, Ary e Aluízio.
1935 - A Sede
[editar | editar código-fonte]O Sport compra o terreno da sua sede. A data histórica é 29 de novembro e o preço pago pela então chamada "Chácara da Ilha do Retiro" foi 53 contos de réis.
1937 - 1957: Era Ilha do Retiro, Copa do Mundo e o cinquentenário
[editar | editar código-fonte]No dia 4 de julho o Sport inaugura o Estádio da Ilha do Retiro (nome dado por ter sido construído sobre uma ilha e aterrado em torno) que mais tarde seria batizada com o nome de Adelmar da Costa Carvalho, Presidente nos títulos de 1955 e 1956. Foi em um amistoso contra o Santa Cruz, que o Leão venceu num jogo disputado que acabou 6x5. Os destaques do jogo foram Artur Danzi, autor do primeiro gol da Ilha e Haroldo Praça, que marcou o gol da vitória. No dia 11 de julho houve o primeiro jogo do Campeonato Pernambucano, Sport x Tramways que acabou 2x2.
“ | Pra mim o meu Sport é religião. | ” |
— Eunitônio Edir Pereira, compositor do Hino Oficial do Sport.
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1941-1942 - O Sport brilha em gramados do Sul
[editar | editar código-fonte]No início dos anos 40 havia uma direrença muito grande do futebol do Sudeste e do Sul para o futebol do Norte/Nordeste. Jamais um time nortista tivera a audácia de empreender uma temporada pelo Sul/Sudeste do Brasil. Em dezembro de 1941, o Sport começou a realizar sua temporada pelo Sul/Sudeste do país, que para muitos, jornalistas e até torcedores era uma excursão suicida.
O Sport jogou em Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Disputou dezoito partidas, vencendo onze: 5x1 América-MG, 4x2 Atlético-MG, 1x0 Britânia-PR, 4x0 Coritiba, 3x1 Coritiba, 5x0 Savóia-PR, 5x3 Joinville-SC, 3x2 Força e Luz-RS, 3x0 Grêmio, 5x4 Vasco e 3x1 Flamengo, empatando dois (0x0 Palestra Itália-MG e 2x2 Internacional) e perdendo apenas cinco jogos (1x3 Flamengo, 3x4 Santos, 5x8 Juventus-SP, 1x2 Coritiba e 2x4 Avaí).
O time do Sport impressionou a imprensa e os clubes do Sul. Alguns de seus jogadores foram contratados para jogar em outros clubes. Zago, Djalma Bezerra e Ademir ficaram no Vasco. Magri no América-RJ. Pirombá no Flamengo, e Pinhegas no Fluminense. Esta temporada ficou marcada na história do futebol pernambucano e nordestino.
O plantel era o seguinte: Navamuel, Bibi, Ciscador, Walfredo, Magri, Salvador, Furlan, Mulatinho, Ademir, Manoelzinho, Pirombá, Djalma Bezerra, Clóvis, Zago e Pinhegas.
“ | O clube do meu coração é o Sport Club do Recife. | ” |
— Ademir de Menezes, ídolo e artilheiro do Sport.
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1948-1949: Vavá e o bicampeonato pernambucano
[editar | editar código-fonte]Vavá, o Leão da Copa,[1] esteve presente na preparação e em uma das conquistas do Sport Club do Recife. Mais precisamente, no Campeonato Pernambucano de 1949,[2] competição em que o Leão bateu, na final, o Santa Cruz e faturou seu último título na década de 1940.
Um ano antes, o Sport vencia o América na grande final do Campeonato Pernambucano de 1948.
Como em 1948, sob a orientação do Presidente José de Andrade Médicis[3] - que, hoje, dá nome ao CT do Leão -, em 1949, o Presidente José Lourenço Meira de Vasconcelos ordenou Vavá e os demais jogadores do Leão, a exemplo de Manuelzinho,[4] Arquimedes, Zildo e Varejão, para que realizassem treinamentos, tanto na Ilha do Retiro, quanto na praia, localizada no bairro do Pina no Recife, comandados pelo técnico uruguaio Salvador Perine.[5]
À época, tratava-se de uma posição incomum, devido à tradição dos treinos serem nos campos de jogo, apesar da certa proximidade entre o bairro da Ilha do Retiro[6] e o bairro do Pina,[7] distando, aproximadamente, 6 km.
Tal decisão, nestes dois anos, foi bancada pela diretoria que passou a levar parte dos treinamentos físicos à praia, o que, de fato, atraiu a atenção de torcedores do Sport, além dos rivais e demais curiosos.
Por fim, o Sport tornou-se Bicampeão Pernambucano em 1948/1949.
Anos antes do Sport Club do Recife realizar treinos no local, Ademir de Menezes foi descoberto por outro técnico uruguaio, chamado Ricardo Díez,[8] enquanto jogava futebol na areias da praia leonina.[9]
No ano de 2009, época em que o Leão disputava a Copa Libertadores da América, a patrocinadora Cimento Nassau organizou uma homenagem pelos 60 anos do Bicampeonato Pernambucano, conquistado em 1949, ao montar uma estrutura com telão nas areias da Praia do Pina.[10]
A torcida compareceu e pode assistir a partida de ida entre Sport e Palmeiras, válida pelas oitavas de final da competição continental, repetindo o feito da década de 1940, quando torcedores se dirigiam a praia, localizada no bairro do Pina, para assistir aos treinos sportistas.[11][12]
Hoje em dia, apesar da ligação histórica, os treinos do Papai da Cidade, passaram da Praia do Pina[13] para a limítrofe Praia de Boa Viagem.[14][15]
A Ilha do Retiro teve a honra de sediar uma partida válida pela Copa do Mundo de 1950 entre Chile x EUA, que acabou 5x2 para os chilenos.
1955 - Cinquentenário
[editar | editar código-fonte]O Sport é Campeão no seu Cinquentenário, vencendo o Náutico por 3x2 sob o comando de Gentil Cardoso e destaques como Moreira,Traçaia,Naninho,Gringo,Soca.
Time da final: Osvaldo, Bria e Pedro Matos, Osvaldinho, Eli e Pinheirense, Traçaia, Naninho, Gringo, Soca e Geo.
1957-1968: Excurções internacionais
[editar | editar código-fonte]1957 - Excursão pela Europa e Oriente Médio
[editar | editar código-fonte]O Sport realiza sua primeira excursão ao "Velho Mundo" e apesar das muitas dificuldades e contusões durante a viagem, conquistou resultados significativos, além disso teve como destaque nessa excursão o amistoso realizado com Real Madrid Club de Fútbol no Santiago Bernabéu em Madrid.
1961 - Excursão ao Suriname
[editar | editar código-fonte]Após a excursão à Europa e Oriente Médio o Sport voltou a jogar em terras estrangeiras em 1961 quando decidiu promover algumas partidas no Suriname, o clube estava em excursão pelo Norte do Brasil e aproveitou a proximidade geográfica para se apresentar na antiga colônia holandesa. Em território surinamês, o Sport conquistou três vitórias em três partidas, duas contra o selecionado local e uma contra o SV Transvaal, único time do Suriname com projeção continental, possuindo dois títulos da Copa dos Campeões da CONCACAF (atual Liga dos Campeões da CONCACAF, principal torneio de clubes desta confederação, cujo título dá vaga ao Mundial de Clubes da FIFA).
Time-base: Dirceu; Alemão e Sinval; Michel, Tomires e Nenzinho; Djalma Freitas, Bé, Osvaldo, Raúl Bentancor e Elcy. (Outro titular: Bria.) Técnico: Palmeira.
1961-1962 - Bicampeão Pernambucano
[editar | editar código-fonte]O novo time do Sport foi montado a partir de 1960, com jogadores experientes, todos de reconhecida qualificação técnica. O time era formado por Manga, Bria, Alemão, Tomires e Nenzinho; Laxixa e Raúl Bentancor; Traçaia, Djalma Freitas, Osvaldo e Elcy. Com o goleiro Dirceu no lugar de Manga, e com o zagueiro Sinval na vaga de Bria, esse time iniciava em dezembro de 1961 a jornada de mais um bicampeonato, vencendo na final o Náutico do novato Ênio Andrade por 3x2 na Ilha do Retiro.
O Sport seria Bicampeão no outro dezembro, mudando apenas o adversário da final. Em vez do Náutico, o outro histórico rival, o Santa Cruz. Algumas modificações foram realizadas: Nelson na zaga direita, Leduar no lugar de Laxixa e Adelmo na posição de Osvaldo com o comando do técnico Palmeira.
1963 - Primeiro torneio internacional
[editar | editar código-fonte]A boa campanha na Taça Brasil de 1962, semifinalista sendo eliminado apenas pelo Santos de Pelé, rendeu ao Sport um convite para aquele que seria o primeiro torneio internacional de sua história: a Internacional Soccer League, conhecida no Brasil como Torneio de Nova York. A competição contou com 14 clubes de diversos países, separados em 2 grupos. O Sport, comandado pelo técnico Palmeira, terminou na 4º colocação do seu grupo, com 2 vitórias, 2 empates e 2 derrotas. O West Ham United acabou conquistando o título daquela competição.
Time-base do Sport no Torneio de Nova York de 1963: Dirceu; Baixa, Alemão, Tomires e Juths; Leduar e Raúl Bentancor; Garrinchinha, Adelmo, Abílio e Djalma Freitas. Técnico: Palmeira.
Outros titulares: Valter, Fioti, Nenzinho e Fescina.
1968: Conquista inédita do Torneio Norte-Nordeste
[editar | editar código-fonte]No início do ano de 1969, o Sport conquista o Torneio Norte-Nordeste. O Leão sagrou-se campeão inter-regional após derrotar o Remo em duas partidas: 1–3 no Baenão, em Belém, e 2–1 na Ilha do Retiro, no Recife.
1968-1987: A grande jejum e títulos estaduais
[editar | editar código-fonte]1975 - Fim do jejum
[editar | editar código-fonte]O Sport põe fim a um longo período sem títulos estaduais e conquista o 20º campeonato pernambucano de sua história, com a equipe que ficou conhecida como o Supertime da Ilha.
“ | O Sport Club do Recife fez, fez um Supertime! Hoje vai jogar o Supertime da Ilha, hoje vai jogar! | ” |
1977 - Um jogo de 158 minutos
[editar | editar código-fonte]O Sport conquista mais um título pernambucano numa partida sensacional contra o Náutico. Nos 90 minutos regulares houve uma vitória do Náutico por 1x0, quando o empate favoreceria o Sport. Veio então a primeira prorrogação, depois a segunda, a terceira, e só na quarta prorrogação, com 158 minutos de jogo e os jogadores exaustos, Mauro, quase caindo, num esforço sobre-humano chutou certeiro decretando o título do Sport.
Time da Final: Gilberto, Cardoso, Samuel, Djalma e Nelsinho; Cacau e Pitta (Tovar); Amílton Rocha (Roberto), Mauro, Totonho e Darci. Téc.: Ênio Andrade.
1978 - Sport fora do Estadual
[editar | editar código-fonte]O Sport briga com a FPF e não disputa o Pernambucano de 1978. O presidente do Sport diz que “em pescoço de leão, canga não, só a Juba”. O mandatário rubro-negro acusava a FPF de ser sempre a “campeã” nos campeonatos pernambucanos. O conselho do Sport apoiou unanimemente o presidente e o Sport não entrou na disputa.
1980 - Campeão Pernambucano
[editar | editar código-fonte]O Sport vence o Santa Cruz por 2x0 quando só precisava de um empate e conquista o Campeonato Pernambucano com um gol de Edson, de pênalti, e Roberto Coração de Leão, numa cabeçada entre as pernas do goleiro tricolor.
Time da Final: País; Antenor, Jaime, Taborda e Romero; Givanildo, Mérica e Édson; Edu (Bill), Jorge Campos (Roberto) e Afrânio.
- Primeira reforma da Ilha
O Sport faz a primeira reforma da Ilha, levantando o setor onde hoje ficam a arquibancada, gerais, e o seu placar eletrônico.
1981 - Supercampeonato Pernambucano
[editar | editar código-fonte]O Sport vence o Náutico por 2x0 e levanta o Bicampeonato Pernambucano, sendo este um Supercampeonato.
Time da Final: País, Vilson, Marião, Aílton e Chico Fraga; Merica, Givanildo e Denô; Nilson (Hêider), Roberto e João Carlos (Édson). Tec: Orlando Fantoni
“ | Ser Sport é inexplicável! | ” |
— Ariano Suassuna, escritor, poeta e dramaturgo.
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1982 - Terceiro Tri
[editar | editar código-fonte]O Sport conquista seu terceiro Tricampeonato diante de um jogo duríssimo contra o Central onde só conseguiu dobrar os caruaruenses com um gol no segundo tempo da prorrogação. Neste mesmo ano o Sport perde o seu lateral Carlos Alberto Barbosa que se sentiu mal durante o jogo, foi levado ao hospital e não resistiu.
Time da Final: Serginho; Betão, Marião, Aílton e Augusto; Merica, Givanildo e Édson; Chiquinho (João Carlos), Carrasco (Roberto) e Joãozinho. Tec: Roberto Brida
1987 - 1988 - Conquista inédita do Campeonato Brasileiro de Futebol de 1987
[editar | editar código-fonte]Após tumultuada decisão por pênaltis, o título do Módulo Amarelo, disputado entre Sport e Guarani, ficou com o Leão. Através de decisão do Conselho Arbitral da CBF e Clube dos 13 antes do campeonato, ficou acertado que a decisão do Título Brasileiro do ano, sairia em partida decidida entre os campeões dos módulos Verde e Amarelo, onde o torneio quase não começa exclusivamente por esta questão. Clubes tradicionais como Sport, Vitória, Atlético-PR, Portuguesa, Bangu-RJ, Guarani (na época, Vice-campeão Brasileiro) e outros, não aceitavam ficar de fora do Módulo Verde e, por isso, a proposta do Conselho foi aprovada por todos os clubes. No final, Flamengo e Internacional, o Campeão e Vice do Módulo Verde não quiseram disputar o título geral com Sport e Guarani, perdendo seus jogos por WO. Sport e Guarani fizeram assim os dois jogos finais: 1x1, no Brinco de Ouro em Campinas, e 1x0 para o Sport, na Ilha do Retiro, em Recife. A conquista do título brasileiro é reconhecida, de forma exclusiva, pelo STJD, CBF,[16] CONMEBOL[17] e o órgão maior do futebol, a FIFA,[18]
“ | Sport, o Brasil é teu! | ” |
— Diario de Pernambuco (08/02/1988)..
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1988: Libertadores, a primeira competição internacional
[editar | editar código-fonte]No ano de 1988, graças ao título brasileiro, o Sport ganhou o direito de participar da Copa Libertadores da América, a mais importante competição de clubes do continente. Ao lado do Guarani, o Leão da Ilha ficou no Grupo 5, junto dos peruanos Universitario e Alianza Lima. Na primeira rodada, o Sport perde para o Guarani pelo placar de 1-0.[19] Após o jogo inicial, o Rubro-negro Pernambucano viajou para disputar dois jogos fora do Brasil.
No segundo jogo, contra o Universitario, o Sport perde por 0-1 e, na terceira rodada, vence o Alianza Lima por 1-0, com gol de falta do lateral-direito Betão.[20]
No returno, jogando fora de casa, perde, novamente, para o Guarani, por 1-4 o que dificulta sua campanha na Libertadores. Na quinta rodada, ainda buscando a classificação, o Sport goleia o Alianza Lima por 5-0 na Ilha do Retiro e torna o jogo histórico, pois foi a maior goleada daquela edição de Libertadores.
Na última rodada, o Leão precisava vencer o Universitario para classificar. Após diversas chances, um empate em 0-0 eliminou o Sport de sua primeira competição internacional.
Copa Libertadores da América de 1988 - Grupo 5
1988 - Campeão Pernambucano[editar | editar código-fonte]O Sport vence mais um Pernambucano ao bater o Náutico nas duas finais: 1x0 no Arruda e 4x1 na Ilha do Retiro. O Sport chega a final da 1ª Copa do Brasil, contra o Grêmio, e acaba ficando com o Vice-campeonato da competição. 1990 - Conquista inédita da Segunda Divisão[editar | editar código-fonte]O Sport conquista o título de Campeão Brasileiro da 2ª Divisão ao bater o Athletico Paranaense e retorna à elite do futebol nacional. 1994: Conquista inédita invicta da Copa do Nordeste[editar | editar código-fonte]Em 1994, o Sport Club do Recife participou da Copa do Nordeste de 1994, que teve como sede a cidade de Maceió e contou com 16 equipes. No Grupo C, que tinha CRB, Fortaleza e Vitória, o Sport se classificou em primeiro lugar. O Leão venceu os seus três jogos, aplicando duas goleadas: 6-1 no Fortaleza e 3-0 no Vitória. Uma vitória simples sobre o CRB, no Rei Pelé, por 1 a 0, deu a liderança e a vaga à próxima fase. Nas quartas de final, bateu o América de Natal por 3-0[21] e, na semifinal, enfrentou o Bahia. Após empatar o jogo em 1-1, eliminou o rival, nos pênaltis, pelo placar de 4-3.[22] Na final, no Rei Pelé, empatou com o CRB por 0-0. Nas penalidades, venceu por 3-2 e faturou seu primeiro título da Copa do Nordeste, conquistado de maneira invicta.[23] Time da Final; Jéfferson, Givaldo, Adriano, Sandro e Dedé; Dário, Chiquinho (Joca) e Juninho; Leonardo (Saulo), Fábio e Zinho. Téc.: Givanildo Oliveira. 1996 - 2000: Primeiro pentacampeonato[editar | editar código-fonte]1996 - O início do Penta[editar | editar código-fonte]O Sport conquista o seu primeiro título de uma série de cinco consecutivos num campeonato muito movimentado, onde o Santa venceu o primeiro turno e o Sport os dois seguintes. A finalíssima tornou-se um duelo particular entre Abel Braga (treinador do Santa) e Hélio dos Anjos (treinador do Leão), que acabou levando a melhor na final com um empate de 1x1, sendo o gol do Sport marcado por Luis Müller. O Sport terminou o campeonato com a brilhante marca de 22 vitórias, 11 empates e duas derrotas (para o Central e para o Santa, em 7 de abril de 1996, depois de ficar 3 anos sem perder para o seu maior rival). Jogadores que participaram da campanha: Albérico, Russo, Adriano, Chico Monte Alegre, Chiquinho, Luís Müller, Ataíde, Marcão, Marcelo, Joãozinho, Dedé, Dário, Érlon, Gaúcho, Edinan, Rogério, Pig, Givaldo, Wallace e Gilvan. Téc.: Hélio dos Anjos. 1997 - Bicampeonato[editar | editar código-fonte]Foi um campeonato teoricamente mais fácil do que o de 1996. Os adversários mais competitivos do Leão foram o Recife e o Porto, este último disputou a final com o Sport. O Rubro-negro venceu por 2x0 com gols de Leonardo e Didi. Em 27 jogos o Leão venceu 18, empatou 7, e perdeu outros 2. Leonardo foi o grande detaque do Sport no torneio. Jogadores que participaram da campanha: Albérico, Marcinho, Márcio, Jackson, Juninho Petrolina, Ildo, Valdomiro, Rogério, Didi, Érlon, Wallace, Luís Müller, Saulo, Dedé, Dário, Leomar, Batistinha, Wanderley , Fabiano, Marcelão, Neto, Gláuber, Rômulo, Marcinho Sergipano, Pig, Douglas, Ricardo, Esquerdinha, Ronald, Montanha, Junior e Chico Monte Alegre. 1998 - Tricampeão invicto com 56.875 torcedores[editar | editar código-fonte]O Sport venceu mais um Campeonato e conquistou o Tri de forma invicta. O jogo final foi disputado novamente contra o Porto, e o Sport venceu por 2x0 numa Ilha lotada com, aproximadamente, 57 mil pessoas, batendo o recorde de público do estádio. Os dois gols da final foram marcados por Irani. O destaque rubro-negro foi o meia Jackson e o goleador Maurício Pantera com 10 gols. 1999 - Tetra[editar | editar código-fonte]Um Santa Cruz mais reforçado com os argentinos Mancuso e Almandoz não conseguiu barrar a fúria do Leão por mais um título do Pernambucano. O Tricolor chegou a vencer um turno, enquanto o Sport venceu os outros dois. Na final realizada na Ilha do Retiro, o Sport bateu o rival por 2x1 com gols de Nildo e Leonardo. Elenco: Albérico, Bosco, Sandro Blum, Márcio, Sangalleti, Erlon, Wílson Gottardo, Saulo, Cheppo, Wallace, Juninho Rodrigues, Leandro, Vítor, Nildo, Dário, Guttemberg, Cris, Leomar, Juninho Petrolina, Irani, Dida, Rogério, Neto, Márcio Ferrari,Marcelo Ferrari, Velasquez, Rosivaldo e Márcio Alan. 2000: Pentacampeão, bicampeão e finalista[editar | editar código-fonte]No ano de 2000, o Leão da Ilha torna-se Bicampeão da Copa do Nordeste.[24] Na fase de grupos, o Sport venceu cinco partidas e perdeu uma, sendo o líder absoluto de seu grupo, com 15 pontos e saldo positivo de dez gols. Nas quartas-de-final, o Sport perde o primeiro jogo para o Treze por 0-2, mas, na Ilha, o clube rubro-negro se recupera e consegue a classificação vencendo o clube paraibano por 3-0. Na semifinal, o Rubro-negro Pernambucano eliminou o Poções com um empate em 1-1 e uma vitória por 2-0. Na final, Sport e Vitória empataram os dois jogos por 2-2 e o Leão sagrou-se Bicampeão Nordestino por ter feito a melhor campanha, um dos critérios de desempate nesta edição da competição.[25][26] O título da Copa do Nordeste deu ao Sport o direito de disputar a Copa dos Campeões de 2000 e representar o futebol nordestino. Numa competição com nove clubes, o Leão terminou como segundo colocado do torneio. Estreou no dia 12 de junho com derrota por 1-2 para o América Mineiro. Na partida de volta, venceu por 3-0 e conseguiu se classificar para a semifinal. No primeiro jogo da semifinal, perdeu, também, por 1-2 para o São Paulo. No jogo de volta, se recupera e faz um grande jogo diante da equipe paulista, vencendo por 3-1. A final foi disputada em jogo único[27] e o Sport acabou derrotado por 1-2 diante do Palmeiras. Neste mesmo ano, disputa a Copa João Havelange. Com uma boa campanha, o Leão avança para a fase final como segundo colocado do módulo azul. Nas oitavas de final, elimina o Remo,[28] alcançando as quartas-de-final, quando foi eliminado pelo Grêmio, após derrota por 1-2 no Olímpico e empate em 1-1 na Ilha do Retiro, terminando sua campanha na quinta colocação. 2000 - 2006: Centenário[editar | editar código-fonte]2001 - Finalista da Copa do Nordeste[editar | editar código-fonte]O Sport chega a mais uma final da Copa do Nordeste, mas é derrotado pelo Bahia por 3x1. No Campeonato Brasileiro de Futebol de 2001, termina na última colocação, sendo rebaixado à Série B. 2003 - Mais um título[editar | editar código-fonte]O Leão conquista seu 34º título de Campeão Pernambucano. Ainda nesse ano realiza boa campanha na Copa do Brasil chegando até as semifinais da competição, terminando em 3º lugar. 2005 - Centenário do Sport[editar | editar código-fonte]O Sport completa 100 anos de glórias, em 13 de maio de 2005. Foguetórios e um enorme buzinaço ao meio-dia marcaram a festiva data. No domingo dia 15 fez-se uma grande carreata em alusão ao Centenário com direito a show de Jorge Aragão em frente à Ilha do Retiro. Durante o ano, a torcida rubro-negra deu um show à parte, tendo a melhor média de público no estadual e a 3ª melhor na 1ª fase da Série B. 2006 - 2010: Segundo pentacampeonato[editar | editar código-fonte]2006 - Campeão do Centenário e volta à Série A[editar | editar código-fonte]O Campeonato Pernambucano de 2006 não poderia ter um desfecho mais emocionante. Pela segunda partida da final o Sport jogava pelo empate. Para o Santa Cruz só a vitória importava para levar a decisão para os pênaltis. No final da partida, aos 45, o Santa Cruz fez um gol. Lecheva cobra o escanteio e a bola desvia em Marcos Tamandaré. Com a vitória dos visitantes, a decisão foi para os pênaltis. Marco Brito iniciou as penalidades. Gustavo defendeu. Depois, Léo Oliveira bateu e Gilmar também defendeu, mas o árbitro mandou repetir a cobrança. Na seqüência, o zagueiro rubro-negro chutou a bola na trave. Em seguida, Tiago Gentil marcou para os corais: 1x0. Marcos Tamandaré empatou: 1x1. Carlinhos Bala colocou o Santa na frente de novo: 2x1. Depois, Geraldo igualou o escore outra vez: 2x2. Alex Oliveira também balançou as redes: 3x2. Durval detonou uma bomba para cima. A bola do jogo ficou nos pés de Lecheva. Ele chutou no canto, e Gustavo defendeu. Welington fez 3x3. Nas cobranças alternadas, Gilmar e Marco Antônio marcaram. Já Neto não converteu. Ele bateu no canto, e Gustavo novamente defendeu. A bola do jogo, então, passou para Hamilton. O cabeça-de-área, com frieza, fez o gol do título: 5x4. Festa dos rubro-negros que conquistam o seu 35º Título Estadual durante o Centenário. Time-base: Gustavo, Marcos Tamandaré, Kleber, Durval e Bruno; Hamilton, Everton, Wellington e Geraldo; Fumagalli e Anderson Aquino. Téc.: Dorival Júnior Menos de uma semana após a festa do título, o Sport iniciava sua arrancada rumo à Série A. O Time estreou fora de casa e venceu o Avaí por 2x1. Dali para frente, o time não vacilaria mais, e a três rodadas do final da Série B, garantiria a volta à elite com uma vitória de 3x0 sobre o Brasiliense. Festa na Ilha do Retiro, festa em Pernambuco. Permanecendo durante todo o campeonato entre os quatro primeiros colocados, o Sport torna-se Vice-campeão da Série B e volta à elite do Futebol Brasileiro. Time-base: Magrão, Marcos Tamandaré, Kléber, Durval e Bruno; Hamilton, Everton, Wellington e Fumagalli; Adriano Magrão e Marco Antônio 2007 - Bicampeão[editar | editar código-fonte]O Sport sagrou-se Bicampeão Pernambucano, vencendo os dois turnos e conquistando o título por antecipação. Uma vitória sobre o Náutico, na Ilha, garantiu a 36ª taça rubro-negra. Weldon e Luciano Henrique fizeram os gols do jogo. Time-base: Magrão, Osmar, César Lucena, Durval e Bruno; Ticão, Everton, Fumagalli e Vítor Júnior; Weldon e Carlinhos Bala. E ainda: Gustavo, Evanílson, Du Lopes, Rodrigão, Bia, Heleno, Rosembrick, Edmílson, Luciano Henrique, Anderson Aquino, Zé Eduardo. 2008 - Tricampeão[editar | editar código-fonte]O ano começou com o Sport conquistando o Tricampeonato Pernambucano 2008: Conquista inédita da Copa do Brasil[editar | editar código-fonte]Em 11 de junho, o Sport conquistou seu terceiro Título Nacional - segundo de elite -, a Copa do Brasil, ao bater o Corinthians por 2x0 no jogo final na Ilha do Retiro. Conquistou o título pelo critério de gols marcados como visitante, já que havia perdido o jogo de ida por 3x1. Com esse título, foi o primeiro clube brasileiro a garantir vaga na Taça Libertadores da América de 2009. Durante a campanha, eliminou times que já haviam sido campeões, como o Internacional e o Palmeiras. Também eliminou o Vasco. Além do título, o artilheiro do Sport na competição foi Romerito, com 5 gols. Time-base: Magrão, Luizinho Netto, Igor, Durval e Dutra; Daniel Paulista, Sandro Goiano, Romerito e Carlinhos Bala; Leandro Machado e Enilton. E ainda: Cléber, Elias, César Lucena, Gabriel Santos, Diogo, Fábio Gomes, Bia, Junior Maranhão, Everton, Kássio, Luciano Henrique, Juninho, Roger, Lúcio Curió e Reginaldo. 2009 - Tetracampeão invicto, bela campanha na Libertadores e queda à Série B[editar | editar código-fonte]O Sport começa o ano de 2009 avassalador, sagrando-se Tetracampeão Pernambucano invicto, com uma campanha respeitável. Em paralelo à competição estadual, disputa sua segunda Libertadores da América, sendo destaque na primeira fase da competição continental, conquistando resultados significativos e terminando como líder do chamado Grupo da Morte, onde jogou contra LDU, Colo-Colo e Palmeiras. Nas oitavas-de-final volta a jogar com o Palmeiras. Depois de uma derrota no Palestra Itália por 1x0, e vitória na Ilha do Retiro, também por 1x0, a partida foi decidida nos pênaltis, e a equipe rubro-negra acabou sendo eliminada, terminando a competição na 11ª posição. Copa Libertadores da América de 2009 - Grupo 1
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