Infectologia
Bactérias representando o ramo da infectologia | |
Sistema | Infectológico |
Foco | Tratamento de doenças infecciosas |
Doenças significativas | Viroses, fungos malignos, bactérias malignas, protozoários malignos... |
Testes significativos | Hemogramas, coprocultura e urocultura |
Infectologia ou infecciologia é a especialidade médica que se ocupa do estudo das doenças causadas por diversos patógenos como príons, vírus, bactérias, protozoários, fungos e animais. A infectologia também é chamada de "doenças infecto-parasitárias" (DIP) ou "moléstias infecciosas e parasitárias" (MIP).[1][2]
No Brasil, a infectologia é uma especialidade médica, reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina, sendo determinado que, além do curso de Medicina, o profissional deva fazer uma residência médica que tem a duração de três anos. O infectologista atua na prevenção primária (educação em saúde, vacinação, etc.) e na prevenção secundária (tratamento de doenças infecciosas e prevenção de incapacidade causadas por estas).[3]
Áreas de atuação
[editar | editar código-fonte]Ao contrário de muitas especialidades médicas, nas quais a atuação se restringe a determinada parte do corpo, a infectologia aborda uma ampla gama de doenças de todos os órgãos e sistemas do organismo, partindo de um paradigma processual (a infecção) e não anatômico como de costume. Na prática e no cotidiano, existem algumas grandes aéreas de atuação do médico infectologista: SIDA/HIV, medicina tropical, CCIH e doenças piogênicas.
SIDA
[editar | editar código-fonte]Dado a grande prevalência do HIV no mundo, como pandemia, muitos infectologistas se dedicam ao estudo e/ou ao tratamento clínico dos pacientes portadores deste vírus, estando o HIV/SIDA hoje estritamente ligado ao campo de abrangência do infectologista.[4]
Medicina tropical
[editar | editar código-fonte]A medicina tropical é outro grande campo de atuação dos infectologistas, principalmente nas regiões tropicais, onde há prevalência de doenças específicas, como malária, febre amarela, dengue, raiva, criptococose, esporotricose, leishmaniose, peste, hantavirose, ebola e outras viroses que causam febres hemorrágicas.
CCIH
[editar | editar código-fonte]Os infectologistas estão presentes nas comissões de controle de infecções hospitalares (CCIH), outra grande área de estudo e atuação da infectologia atual, que se fez necessária graças ao desenvolvimento do ambiente hospitalar, principalmente com a difusão das unidades de terapia intensiva (UTI), onde devido o uso frequente de antibióticos, inúmeras bactérias e fungos desenvolvem resistência e peculiaridades próprias.[5]
Doenças piogênicas
[editar | editar código-fonte]As "doenças piogênicas", descrição genérica e pouco usual no meio médico, que abrange uma grande lista de doenças infecciosas comuns na prática médica (pneumonia, meningite, piodermite, gastroenterite, sinusite, colite, e outras), se constitui na verdade como uma área de atuação do clínico geral ou de alguma outra especialidade. Pois as infecções pulmonares, intestinais, oftalmológicas, cerebrais, dermatológicas e assim por diante, frequetemente sao tratadas e acompanhadas pelo especialista "anatômico" ou pelo médico clínico geral, sendo o infectologista o atuante nesses casos quando o quadro torna-se complicado ou quando o próprio infectologista encontra-se no papel de clinico geral, em emergências ou CTIs.[6]
Referências
- ↑ Journal Infectology (1). 21 de março de 2020. ISSN 2072-6732. doi:10.22625/2072-6732-2020-12-1
- ↑ «Sociedade Brasileira de Infectologia». SBI. Consultado em 30 de novembro de 2021
- ↑ «Infectologia: saiba tudo sobre o dia a dia dessa especialidade». PEBMED
- ↑ «Infecções pelo HIV e SIDA no Departamento de Emergência | dos Sintomas ao Diagnóstico e Tratamento | MedicinaNET». www.medicinanet.com.br. Consultado em 30 de novembro de 2021
- ↑ «CCIH - Competências em controle de infecção hospitalar». CCIH - Cursos para Controle de Infecção Hospitalar (em inglês). Consultado em 30 de novembro de 2021
- ↑ RESERVADOS, INSERM US14-- TODOS OS DIREITOS. «Orphanet: Infeções bacterianas piogénicas por deficiência de MyD88». www.orpha.net. Consultado em 30 de novembro de 2021