Saltar para o conteúdo

Zé Maria (político)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de José Maria de Almeida)
José Maria de Almeida
Zé Maria (político)
Zé Maria em 2015
Presidente Nacional do PSTU
No cargo
Período 1998[1]
a atualidade
Antecessor(a) Valério Arcary
Dados pessoais
Nascimento 2 de outubro de 1957 (67 anos)
Santa Albertina, São Paulo, Brasil
Nacionalidade brasileiro
Partido PT (1980-1992)
PSTU (1993-presente)
Profissão Militante

José "Zé" Maria de Almeida (Santa Albertina, 2 de outubro de 1957) é um político brasileiro, ex-metalúrgico[2] e dirigente do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado. Foi candidato à Presidência da República em 1998, 2002, 2010 e 2014.[3]

Carreira política

[editar | editar código-fonte]

A luta contra a ditadura

[editar | editar código-fonte]

Em 1977, João era próximo ao grupo trotskista Liga Operária e foi convidado a distribuir o boletim “Faísca”, para o 1º de Maio. Foi preso, junto com outros ativistas, na sua primeira panfletagem. Ficou 30 dias na cadeia e a campanha pela libertação motivou as primeiras passeatas dos estudantes contra a ditadura após o AI-5.[4]

Foi uma das lideranças da onda de greves no ABC paulista, no ano de 1978, e um dos principais dirigentes em Santo André. Operário da Cofap, torna-se um dos membros do comando de greve do ABC; propõe no congresso dos metalúrgicos em Lins (SP), a fundação do Partido dos Trabalhadores. Participa, depois, da fundação do PT e da Central Única dos Trabalhadores.[4]

Em 1980, é preso com Lula e mais 10 sindicalistas, e enquadrado na Lei de Segurança Nacional ficando mais de um mês preso.[4]

Em 1984, muda-se para Minas Gerais, onde participa da vitória da chapa de oposição, dirigida pela Convergência Socialista, no Sindicato dos Metalúrgicos de Belo Horizonte e Contagem.

A greve com ocupação da Mannesmann

[editar | editar código-fonte]

Zé Maria lidera a greve com ocupação da siderúrgica Mannesmann, em 1989.[4] Durante sete dias, centenas de operários controlaram a empresa.[4] Em uma greve radicalizada, os operários usavam barras de ferro e, encapuzados, prometiam reagir diante de uma invasão, como havia ocorrido no ano anterior, na CSN, em Volta Redonda (RJ). A greve da Manesmann foi notícia nacional e permitiu a fundação da Federação Democrática dos Metalúrgicos de Minas Gerais, naquele ano.

Expulsão do PT e criação do PSTU

[editar | editar código-fonte]

Em 1992 a Convergência Socialista é expulsa do PT por defender a campanha do "Fora Collor",[3] que, até então, a maioria da direção do PT era contra.[5][6] Zé Maria é um dos fundadores do PSTU, dois anos depois.

Na Executiva Nacional da CUT, esteve à frente dos grandes enfrentamentos contra FHC, como a greve dos petroleiros. E nos anos seguintes, na greve do funcionalismo, em apoio aos sem-terra e contra as privatizações.

Antes de 2010

[editar | editar código-fonte]

Em 2004 entrega seu cargo na Executiva Nacional da CUT[4] e defende a necessidade de uma nova direção para o movimento sindical brasileiro. É um dos organizadores do Encontro em Luiziânia (GO). Em 16 de junho, é um dos principais dirigentes da marcha da Conlutas[4] a Brasília, contra as reformas de Lula e do FMI.

Em 2006, o Conat aprova a fundação oficial da Conlutas. Em junho, ato lança a Frente de Esquerda (coligação formada pelo PSOL, PSTU e PCB), com Heloísa Helena. A frente tenta ser uma alternativa aos dois blocos: de Lula e de Geraldo Alckmin. Zé Maria é proposto para vice na chapa. No entanto, o PSOL escolhe um vice do próprio partido.[3] Neste ano, Zé Maria também lançou o livro “Os sindicatos e a luta contra a burocratização” pela Editora Sundermann. Na obra, ele debate a estrutura dos sindicatos atualmente e um projeto político para a luta sindical que questione a exploração capitalista.[7]

Candidatura à presidência em 2010 e em 2014

[editar | editar código-fonte]

Em 2010, Zé Maria novamente representa o PSTU como candidato à Presidência da República, defendendo um programa socialista e fazendo severas críticas a Lula, José Serra e Marina Silva. O eixo de seu programa é a luta contra os interesses das grandes empresas e bancos, defendendo uma política de apoio irrestrito aos trabalhadores.[3]

Foi novamente candidato nas eleições de 2014. Ficou em 8º lugar, com 0,09% dos votos.

Com exceção das eleições em 2006, 2018 e 2022, José Maria de Almeida foi candidato à Presidência da República pelo PSTU desde sua criação.

Referências

  1. «Íntegra do discurso histórico de Valério Arcary: "Quem não sabe contra quem luta não pode vencer"». Revista Fórum. 3 de abril de 2018. Consultado em 28 de junho de 2021 
  2. «José Maria de Almeida — Memorias». memoria.dieese.org.br. Consultado em 30 de agosto de 2020 
  3. a b c d «Conheça o candidato à Presidência Zé Maria (PSTU)». R7. 17 de julho de 2014 
  4. a b c d e f g «Zé Maria: quem é o candidato do PSTU à Presidência». terra.com. Consultado em 13 de março de 2021. Arquivado do original em 20 de setembro de 2016 
  5. «A estratégia da derrota – José Luis». Espaço Socialista (OMR). 23 de setembro de 2012. Consultado em 13 de março de 2021 
  6. «Enfrentamento e ruptura: a expulsão da Convergência Socialista do PT». PSTU. 29 de novembro de 2009. Consultado em 13 de março de 2021 
  7. Cruz, Diego (27 de junho de 2007). «Livro discute burocratização nos sindicatos». PSTU. Consultado em 13 de março de 2021 

Ligações externas

[editar | editar código-fonte]