José Marques de Melo
José Marques de Melo | |
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Nascimento | 15 de junho de 1943 (81 anos) Palmeira dos Índios |
Morte | 20 de junho de 2018 São Paulo |
Residência | Brasil |
Cidadania | Brasil |
Alma mater | |
Ocupação | professor universitário, jornalista |
Empregador(a) | Universidade de São Paulo, Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo |
José Marques de Melo (Palmeira dos Índios, junho de 1943[1] — São Paulo, 20 de junho de 2018) foi um jornalista, pesquisador e professor universitário brasileiro, conhecido por ter sido o primeiro doutor em Jornalismo e um dos principais teóricos da comunicação no país.[2]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Formou-se em Jornalismo pela Universidade Católica de Pernambuco em 1964, bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal de Pernambuco em 1965 e fez pós-graduação em Ciências da Informação Coletiva no Equador, em 1966. No mesmo ano, iniciou carreira acadêmica no Recife, no período anterior à sua ida a São Paulo.[3]
Tornou-se professor da Universidade de São Paulo ainda no final da década de 1960, porém foi impedido de exercer a docência em universidades públicas brasileiras durante o regime militar entre os anos de 1974 a 1979, ano em que foi anistiado e retomou suas funções na Universidade pública.[4] Foi também professor na Faculdade Cásper Líbero e na Universidade Metodista de São Paulo.[5] Em 1989, exerceu o cargo de diretor da ECA-USP, mandato cumprido até 1993.[6]
Começou a trabalhar como jornalista, em 1959, integrando as equipes dos jornais Gazeta de Alagoas (AL) e Jornal de Alagoas (AL), atuando depois no Jornal do Commércio (PE), Última Hora/Nordeste (PE), A Gazeta (SP), O São Paulo (SP) e na Revista de Cultura Vozes (RJ). Colaborou ainda como articulista dos jornais O Estado de S.Paulo (SP), Folha de S.Paulo (SP), Correio Braziliense (DF), Zero Hora (RS), Diário do Grande ABC (SP), Diário de Pernambuco (PE) e A Tarde (BA).[6]
Também publicou cerca de 173 livros que abordaram temas como mídia, cultura popular e gêneros do jornalismo.[7]
Em 1977, fundou a Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom), tornando-se o primeiro presidente da entidade.[8]
Foi agraciado com as seguintes distinções honoríficas: Prêmio Wayne Danielson de Ciências da Comunicação, da Universidade do Texas (Austin, EUA); Medalha Rui Barbosa, do Ministério da Cultura (Rio de Janeiro); Professor Honoris da Universidade Católica de Santos (São Paulo); Presidente de Honra da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação, e Professor Emérito da ECA-USP.[6]
José era portador da Doença de Parkinson, e morreu em 2018 após sofrer um infarto fulminante. Foi velado em São Paulo.[9]
Referências
- ↑ «José Marques de Melo - Comunicação está na modernização da sociedade, mas pesquisa no Brasil ainda reproduz modelos externos». Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Consultado em 1 de julho de 2018
- ↑ «Morre José Marques de Melo, primeiro doutor em jornalismo no Brasil». Tribuna de Minas. Consultado em 1 de julho de 2018
- ↑ «Morre José Marques de Melo, um dos maiores pensadores da comunicação no Brasil – Jornal da USP». jornal.usp.br. Consultado em 10 de setembro de 2020
- ↑ «José Marques de Melo: A prima pobre das ciências sociais». Revista Fapesp. Consultado em 1 de julho de 2018
- ↑ Netto, Paiva (21 de junho de 2018). «Morre o jornalista palmeirense José Marques de Melo : Tribuna do Sertão». www.tribunadosertao.com.br. Consultado em 10 de setembro de 2020
- ↑ a b c zoio. «José Marques de Melo». Portal dos Jornalistas. Consultado em 10 de setembro de 2020
- ↑ «Morre José Marques de Melo, um dos maiores pensadores da comunicação no Brasil». Jornal da USP. Consultado em 1 de julho de 2018
- ↑ «Memória Intercom». Intercom. Consultado em 5 de maio de 2020
- ↑ «Morre jornalista alagoano José Marques de Melo aos 75 anos em São Paulo». G1. Consultado em 1 de julho de 2018