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Orós

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Orós
  Município do Brasil  
Símbolos
Bandeira de Orós
Bandeira
Brasão de armas de Orós
Brasão de armas
Hino
Lema Oásis do Sertão
Gentílico oroense[1]
Localização
Localização de Orós no Ceará
Localização de Orós no Ceará
Localização de Orós no Ceará
Orós está localizado em: Brasil
Orós
Localização de Orós no Brasil
Mapa
Mapa de Orós
Coordenadas 6° 14′ 38″ S, 38° 54′ 50″ O
País Brasil
Unidade federativa Ceará
Municípios limítrofes Norte: Jaguaribe, Leste e Sul: Icó, Oeste: Iguatu e Quixelô
Distância até a capital 344 km
História
Fundação 1 de setembro de 1957 (67 anos)
Administração
Prefeito(a) José Rubens Lima Verde[2] (PSD, 2021–2024)
Características geográficas
Área total [3] 576,526 km²
População total (IBGE/2024[4]) 20 019 hab.
Densidade 34,7 hab./km²
Clima semiárido
Altitude 184 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2010[5]) 0,636 médio
PIB (IBGE/2021[6]) R$ 218 899 304 mil
PIB per capita (IBGE/2021[6]) R$ 10 256 74

Orós é uma cidade e um município do estado do Ceará, Brasil. Localiza-se na microrregião de Iguatu, mesorregião do Centro-Sul Cearense. O município, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística para 2024 tem cerca de 20.019 habitantes e 576,526 km². Foi criado em 1957. É a cidade do famoso cantor brasileiro Raimundo Fagner, também do Açude Orós, segundo maior do Ceará, atrás apenas do Castanhão.

A palavra Orós aparece nos livros de registros das Datas e Sesmarias do Ceará em 1732, quando falam de um "riacho que vai se meter no Oró", e em 1736, do "sítio dos Horós"[carece de fontes?].

Orós, no sufixo grego universal, significa montanhas[carece de fontes?]. Vem dele o nome orografia, para descrever montanhas, e orologia, a gênese das mesmas[carece de fontes?]. Apesar do município ter cordilheiras vastas que formam vales e boqueirões, admitir-se que seu nome tenha origem aí é suposição sem base, sobretudo quando inexistem outros topônimos cearenses com derivação semelhante.[7]

Fachada da Igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

Suas origens estão vinculadas ao chamado Boqueirão do Orós, local tecnicamente estudado e aprovado como propício à construção de um monumental reservatório hídrico (século XIX)[carece de fontes?]. Não obstante esses referenciais, tem-se como pioneirismo o estabelecimento de fazendas, ainda no começo do mesmo século, pela família dos Monte e Silva, em conflito territorial com a família Feitosa[carece de fontes?].

Independente dessas origens consta evidentemente como povoadoras do conflitante território famílias representadas por Patrícios, Matineiros e Nunes da Costa, egressos do sítio Saco da Onça, nas águas do Rio Estreito e local onde seria construído o açude Lima Campos[carece de fontes?]. Essa nova ocupação, exatamente onde seria fundada a povoação de Orós, teve como referencial de posse das quais foram proprietária a senhorinha Dias Bastos e repassadas em operação de compra e venda aos recém-primeiros ensaios de povoamento, fundamentado em casas de moradia, cultivos agrícolas, casa-de-farinha e produção de cal[carece de fontes?].

No limiar dos anos de 1920, tendo como Presidente da República o paraibano Epitácio Pessoa, saiu do casulo o projeto de construção do pré-falado reservatório de água, objetivando combater as grandes secas da região. Houve como empreiteira a firma norte-americana Dwight P. Robson[8]. Atraídos pela breve realização de obras tão importantes, grande número de pretensos operários acercou-se do local, na perspectiva de emprego, fato que concorreu para a formação do rápido povoamento [carece de fontes?] .

Em nome do empreendimento, que afinal de contas abortaria, construiu-se por conta da empresa o respectivo canteiro de obras, deste constando dezesseis casas de apoio administrativo, o edifício conhecido por Casa dos Hóspedes, um Hospital e a casa geradora de energia elétrica, além do ramal ferroviário via Iguatu[carece de fontes?]. Foi justamente nessa fase que o aqueduto que ligaria o rio Jaguaribe ao rio denominado Estreito, perenizando este em favor do sistema irrigatório[carece de fontes?]. Tudo isso, finalmente, concorreu em prol da formação do povoado e na ocupação das terras de Orós, tendo-se por acréscimo as empresas F. Holanda e João Brasil Montenegro, respondendo este pela primeira indústria de beneficiamento de algodão em termos regionais[carece de fontes?].

Formação Administrativa

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Segundo o decreto estadual nº 1.156, de 4 de dezembro de 1933, figura no município de Icó o distrito de Orós [9].  Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, figura no município de Icó o distrito de Orós [9]. Assim permanecendo em divisão territorial datada de1-VII-1955 [9].

Elevado à categoria de município com a denominação de Orós, pela lei estadual nº 3338, de 15 de setembro de 1956, desmembrado de Icó [9]. Sede no antigo distrito de Orós [9]. Constituído de 3 distritos: Orós, Guassussê e Igarói, todos desmembrados de Icó [9]. Instalado em 25 de março de 1959 [9]

Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído de 3 distritos: Orós, Guassussê e Igarói [9]. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 31-XII-1963 [9]. Pela lei estadual nº 7168, de 14 de janeiro de 1964, é criado o distrito de Palestina e anexado ao município de Orós [9].

Em divisão territorial datada de 31-XII-1968, o município é constituído de 4 distritos: Orós, Guassussê, Igarói, Palestina [9]. Assim permanecendo em divisão territorial datada 1988 [9].

Pela lei municipal nº 03, de 18 de junho de 1991, é criado o distrito de Santarém ex-povoado e anexado ao município de Orós [9].

Em divisão territorial datada de 1995, o município é constituído de 5 distritos: Orós, Guassussê, Igarói, Palestina e Santarém [9].

Orós no cinema

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Os Trapalhões e o Mágico de Oróz é um filme brasileiro de 1984, do gênero comédia infantil, dirigido por Victor Lustosa e Dedé Santana e estrelado pela trupe humorística Os Trapalhões[carece de fontes?]. Foi realizado por Renato Aragão Produções em parceria com DeMuZa Produções. O filme é uma paródia do conto O Mágico de Oz[carece de fontes?].

Didi (Renato Aragão), um sertanejo humilde que padecia fome e sede devido à seca no nordeste brasileiro, segue sem rumo com seus companheiros Soró (Arnaud Rodrigues) e Tatu (José Dumont) em busca de melhores condições de vida. Pelo caminho, Didi encontra mais três novos companheiros: o Espantalho (Zacarias), a quem salvou de um bando de Carcarás e que desejava conseguir um cérebro para se tornar uma pessoa comum; o Homem-de-lata (Mussum), que desejava um coração para completar sua felicidade; e o Leão (Dedé Santana), que era o delegado covarde de Oróz e inicialmente lutou contra Didi, mas depois juntou-se ao grupo com o objetivo de levar água para a cidade. O Leão desejava livrar-se de sua covardia. Até que encontram no deserto o lar do Mágico de Oróz (Dary Reis). Este os aconselha a buscarem um monstro de metal que jorra água pela boca, a fim de resolverem o problema da sêca, e a nunca desistirem de conseguir o que desejam. Após enfrentarem e derrotarem, com a ajuda do Mágico de Oróz, o malvado Coronel Ferreira (Maurício do Valle), que comercializava a pouca água dos açudes de Oróz, são levados pelo Mágico e seus poderes à Cidade do Rio de Janeiro, onde conseguem encontrar o procurado "monstro" (que na verdade era uma torneira gigante) e com mais uma ajuda do Mágico o levaram até à cidade de Oróz, que os recebeu em festa. Mas os quatro amigos não sabiam que uma torneira separada de seu encanamento não podia fornecer água, e quando descobriram isto a população da cidade se revoltou e o prefeito os condenou à morte. Perto do fim, Didi convence os seus companheiros a terem fé que a chuva cairia e os salvaria, e dizendo as frases "Vamos todos pensar firme, vamos todos pensar forte, pra cair um pingo d'água e mudar a nossa sorte", fazem o milagre acontecer: a chuva cai e o "monstro" finalmente jorrou água por sua boca. E toda a cidade festeja, e os três companheiros de Didi se tornam seres humanos normais, o que mais desejavam conseguir. O filme termina com uma mensagem escrita na tela, feita pelos Trapalhões aos governantes brasileiros, dizendo: "E choveu. Que a chuva que molhou o sofrido chão do nordeste não esfrie o ânimo de nossas autoridades na procura de soluções para a seca"[carece de fontes?].

Oroenses ilustres

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Raimundo Fagner Cândido Lopes mais conhecido apenas como Fagner (Orós, 13 de outubro de 1949) é um cantor, compositor, instrumentista, ator e produtor brasileiro, e um dos integrantes do chamado Pessoal do Ceará.[carece de fontes?]

Mais jovem dos cinco filhos de José Fares, imigrante libanês, e Dona Francisca, Fagner nasceu na capital cearense, embora tenha sido registrado no município de Orós.[carece de fontes?]

O nome de Fagner vem sendo incluído na lista dos maiores cantores de música latina[carece de fontes?], principalmente pela sua filiação com outros músicos latinos não-brasileiros, como Mercedes Sosa.

Açude de Orós

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Foto: Fredson Pedro Martins
Pôr do Sol no Açude de Orós
Açude de Orós
Sangria do Açude de Orós em 2007

O Açude de Orós ou Açude Presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira está localizado no leito do rio Jaguaribe, na região centro-sul do Ceará. Sua história remonta à época do Brasil Império, quando várias secas se sucederam dizimando um número grande de pessoas e animais [10]. Represar o rio Jaguaribe e fazê-lo perene surgiu como a alternativa mais viável para o solucionar o problema da escassez de água no sertão cearense[carece de fontes?][2]. No entanto, esta ideia só foi colocada em prática no século XX[carece de fontes?]. Ao ser construído, esse reservatório chegou a inundar vilarejos próximos ao leito do rio, dentre eles o mais famoso: Conceição do Buraco. Foi construído pelo DNOCS, tendo suas obras concluídas em 1961[carece de fontes?].[3]

Sua capacidade é de 2.100.000.000 m³, o que o coloca como o segundo maior[carece de fontes?] reservatório do estado. Foi o maior até a construção do Açude Castanhão em 2003[carece de fontes?].

Referências

  1. [1]
  2. «Prefeitos eleitos no Ceará». Tribunal Regional Eleitoral do Ceará. Consultado em 9 de fevereiro de 2013 
  3. IBGE (10 de outubro de 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010 
  4. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (29 de agosto de 2024). «Orós». Consultado em 15 de setembro de 2024 
  5. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 15 de setembro de 2024 
  6. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 de dezembro de 2010 
  7. Livro A história do Município de Orós, de autoria do Dr. João Maia Nogueira
  8. Pearse, Arno S. "Cotton in North Brazil - Ceará, Maranhão e Pará". Manchester - England. INTERNATIONAL FEDERATION OF MASTER COTTON SPINNERS & MANUFACTURERS' ASSOCIATIONS. 1923
  9. a b c d e f g h i j k l m n https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ce/oros/historico
  10. https://www.portalodia.com/blogs/chico-miguel/as-grandes-secas-do-nordeste,-sec,xix-e-xx-222787.html

Ligações externas

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