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Língua cumana

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Cumano
Falado(a) em: Hungria
Região: Cumânia
Total de falantes: extinta séc. XVII
Família: Turcomana
 Quipechaca
  Quipechaca–Cumana
   Cumano
Códigos de língua
ISO 639-1: --
ISO 639-2: ---
ISO 639-3: qwm

Cumano (também chamado de quipechaca, kipchak, qypchaq, kuman ou polovtsian) era uma língua quipechaca das línguas turcomanas falada pelos cumanos (Polovtsy, Folban, Vallany, Kun) e quipechacos; A língua era similar ao atual tártara da Crimeia. A língua cumana-quipechaca foi documentada em textos medievais, como o Códice Cumânico (Codex Cumanicus), e foi língua literária da Europa Central e Oriental com rica literatura. Veio a se tornar língua franca dos territórios sob o domínio do Canato da Horda Dourada, ao lado do mongol.[1][2]

Os cumano-quipechacos foram um povo nômade que viveu nas estepes da Europa Oriental, ao norte do mar Negro antes da era do Canato da Horda Dourada. Muitos povos turcos, incluindo os tártaros da Crimeia, carachais, cumiques, caraítas da Crimeia, crimchaques e bálcaros são descendentes dos cumanos. Hoje, os falantes destas diversas línguas pertencentes ao ramo Kipchak falam variações intimamente relacionadas com a língua cumana.[3][4][5][6] Falantes de línguas turcomanas da Turquia podem ler e entender antigos textos cumanos.[7]

A língua cumana teria sido extinta no início do século XVII na região da Cumânia, no Reino da Hungria, o que era seu último baluarte. Existe a tradição de que o ultimo falante de cumano foi um certo István Varró que vivia em Karcag (Hungria) e morreu em 1770.

Uma preponderância da população cumana da Crimeia adquiriu o nome de "tártaros", abraçou o islã e manteve a língua turca cumana-quipechaca, se tornando o povo tártaro da Crimeia.[8] A língua cumana é considerada o ancestral direto da língua atual dos tártaros da Crimeia, com possíveis incorporações de outras línguas, como o godo da Crimeia.[9][10][11]

Os cumano-quipechacos tiveram importante papel na história da Anatólia, Cazaquistão, Ucrânia, Rússia, Geórgia, Hungria, Romênia,[12] Moldávia, Bessarábia e Bulgária..[13][14][15][16]

Amostra de texto

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  • Em cumano túrquico:

"Atamız kim köktesiñ. Alğışlı bolsun seniñ atıñ, kelsin seniñ xanlığıñ, bolsun seniñ tilemekiñ – neçikkim kökte, alay [da] yerde. Kündeki ötmegimizni bizge bugün bergil. Dağı yazuqlarımıznı bizge boşatqıl – neçik biz boşatırbiz bizge yaman etkenlerge. Dağı yekniñ sınamaqına bizni quurmağıl. Basa barça yamandan bizni qutxarğıl. Amen!"

"Atamız sen göktesin. Alkışlı olsun senin adın, gelsin senin hanlığın, olsun senin dilemeğin– nasıl ki gökte, ve yerde. Gündelik ekmeğimizi bize bugün ver. Ve de yazıklarımızdan (suçlarımızdan) bizi bağışla– nasıl biz bağışlarız bize yaman (kötülük) edenleri. Ve de şeytanın sınamasından bizi koru. Tüm yamandan (kötülükten) bizi kurtar. Amin!"

  1. http://www.unesco.kz/qypchaq/Memorials-En.htm
  2. Kołodziejczyk, Dariusz (2011). The Crimean Khanate and Poland-Lithuania: International Diplomacy on the European Periphery (15th-18th Century). A Study of Peace Treaties Followed by Annotated Documents. Leiden: BRILL. p. 4. ISBN 978-90-04-19190-7 
  3. Yilmaz, Adil (2018). «Bızans'in Anadolu'ya Yerleştırdığı Son Türkler» [The Last Turks Settled in Anatolia by Byzantium]. Eski̇çağ Araştirmalari Dergi̇si̇ (em turco) (3): 29–32  Parâmetro desconhecido |trans-journal= ignorado (ajuda)
  4. «YALAKOVA'DAN YALOVA'YA Prof. Dr. Halil İnalcık Anısına Yalova Tarihi Araştırmaları» (PDF) 
  5. «Anadolu'ya yerleştirilen Kumanlar (Manavlar)» 
  6. Acar, Kenan. «GAGAVUZ TÜRKÇESİ İLE KOCAELİ YERLİ (MANAV) AĞIZLARI ARASINDAKİ PARALELLİKLER, 2022, VI. Uluslararası Türklerin Dünyası Sosyal Bilimler Sempozyumu, PARALLELS BETWEEN GAGAVUZ TURKISH AND KOCAELİ NATİVE TURK (MANAV) DİALECTS, Kenan Acar, 2022, VI. International Turkish World Social Sciences Symposium» 
  7. Conf. “Codex Cumanicus book”
  8. Vozgrin, Valery "Historical fate of the Crimean Tatars" Arquivado em 11 julho 2006 no Wayback Machine
  9. István Vásáry (2005) Cumans and Tatars, Cambridge University Press.
  10. Stearns(1979:39–40).
  11. "Crimean Tatar proper, called the 'central dialect', belonged to the West Kipchak subbranch as a descendant of Kuman." (Lars Johanson, Turkic, Cambridge University Press, 2021, pg. 62)
  12. (Casa de Bassarabe/Drăculeşti - 1310)
  13. Sun, Kevin (7 de abril de 2019). «Sun Language Theory, Part 2: The Steppes of Tartary (Tatar, Bashkir, Kazakh, Kyrgyz)». Medium (em inglês). Consultado em 17 de setembro de 2019 
  14. Ayönü, Yusuf (agosto de 2012). «Bati Anadolu'dakı Türk Yayilișina Karși Bızans İmparatorluğu'nun Kuman-Alan Topluluklarini Balkanlardan Anadolu'ya Nakletmesi» [The Transfer of Cumans and Alans from Balkans to Anatolia by Byzantine Empire against the Turkish Expansion in the Western Anatolia]. Turkish Historical Society. Belleten (em turco). 76 (276): 403–418. doi:10.37879/belleten.2012.403Acessível livremente. Consultado em 12 de outubro de 2022  DOI: English version
  15. Rustam M. Shukurov. «Latent Turkification of Byzantium (ca. 1071–1461)». Dumbarton Oaks 
  16. Dimitri Korobeinikov (2015). «The Cumans in Paphlagonia». Karadeniz İncelemeleri Dergisi (18): 29–44 

Ligações externas

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