Lucas da Feira
Lucas da Feira | |
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Retrato falado de Lucas da Feira | |
Nascimento | 18 de outubro de 1807 Feira de Santana |
Morte | 25 de setembro de 1849 Feira de Santana |
Cidadania | Brasil Colônia, Império do Brasil |
Ocupação | Cangaceiro |
Causa da morte | forca |
Lucas da Feira (nascido Lucas Evangelista em 18 de outubro de 1807, morto em 25 de setembro de 1849) foi um cangaceiro brasileiro.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Origem
[editar | editar código-fonte]Nascido filho de negros escravizados em Feira de Santana em 1807 na fazenda Sacco do Limão, no que seria hoje o bairro Pedra do Descanso.[1] Como filho de escravizados, Lucas pertenceu, a princípio, a D. Anna Pereira do Lage. Após o falecimento dela, passou ao domínio do Padre José Alves Franco, vindo mais tarde a caber, em nova partilha, ao pai deste, o alferes José Alves Franco.
Cangaço
[editar | editar código-fonte]Durante esta última transição de senhor, Lucas fugiu para as matas da cidade de Feira, em meados do ano de 1828, se juntando a uma quadrilha em conjunto com Flaviano, Nicolau, Bernardino, Januário, José e Joaquim. Foi considerado chefe desta quadrilha durante um interrogatório em um fórum de Feira de Santana, sendo preso em 28 de dezembro de 1847.[2]
Prisão e morte
[editar | editar código-fonte]Na prisão, teve seu braço amputado em decorrência dos ferimentos. Seu julgamento ocorreu em praça pública, em 1848, resultando na condenação por enforcamento em 1849.
Representações na cultura popular
[editar | editar código-fonte]Em 2010 houve um projeto para homenagear Lucas da Feira nomeando uma rua com seu nome,[3] mas o projeto foi rejeitado, visto que também existem imagens negativas do cangaceiro entre os historiadores. Foi argumentado que não se podia esquecer dos assaltos que ele cometeu durante 20 anos aos moradores da cidade de Feira de Santana e arredores, como documentam inclusive alguns jornais históricos publicados na época.[4]
Se por um lado, alguns historiadores argumentam que Lucas se revoltou contra a escravidão e foi um Robin Hood baiano, na tendência de como teria sido o Zumbi dos Palmares, outros historiadores como Franklin Maxado, Monsenhor Renato Galvão e Hugo Navarro relatam uma vida criminosa, sem um propósito ou envolvimento com a causa abolicionista.
Há um consenso, entretanto, de que Lucas da Feira ajudou a formar um dos primeiros grupos considerados como cangaço na primeira metade do século XIX.
Referências
- ↑ «Lucas Evangelista, o Lucas da Feira». Consultado em 4 de julho de 2011. Arquivado do original em 19 de agosto de 2011
- ↑ «Comunicado». Jornal do Commercio. 17 de fevereiro de 1848. Consultado em 1 de novembro de 2018
- ↑ «Rejeitado projeto que homenajearia cangaceiro Lucas da Feira com nome de rua.». Site Interior da Bahia. 10 de agosto de 2010. Consultado em 1 de novembro de 2018
- ↑ «Comunicado». Correio Mercantil. 2 de dezembro de 1847. Consultado em 1 de novembro de 2018
Notas
Ver também
[editar | editar código-fonte]Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Lucas Evangelista, o Lucas da Feira». - Sítio da prefeitura de Feira de Santana
- «Transcrição do interrogatório de Lucas da Feira»