Saltar para o conteúdo

Mário Duarte (dramaturgo)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Mário Duarte
Mário Duarte (dramaturgo)
Nascimento 1890
Portugal
Morte Janeiro de 1934
Nacionalidade português
Cônjuge Josefina Tinoco da Silva Duarte
Filho(a)(s) João Pereira Duarte
Ocupação Dramaturgo, médico e actor
Prémios Ordem Militar de Cristo

Mário Duarte CvC (1890 — Janeiro de 1934) foi um médico, actor e dramaturgo português.

Nasceu em 1890.[1]

Formou-se como cirurgião dentista, tendo exercido aquela profissão no exército português durante a Primeira Guerra Mundial.[2]

Iniciou a sua carreira teatral aos 22 anos de idade, no Teatro Gymnasio, ao lado de Lucinda Simões e de Alves da Cunha.[2] Passou depois pelos teatros Éden, Apolo e finalmente para o Avenida.[2] Como parte da Companhia Adelina - Aura Abranches, percorreu o Brasil durante cerca de seis meses, tendo representado na Bahia, Porto Alegre, Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo e Santos.[2] Participou em várias peças, incluindo o Príncipe Herdeiro, A Menina do Chocolate, A Madrinha de Charley, e A Conspiradora, esta última ainda no Teatro Gymnasio.[2] Em 1917 abandonou a profissão de actor[3] para se dedicar à medicina dentária, embora tivesse mantido o seu interesse pelo teatro, primeiro como crítico teatral na Vanguarda, e depois noutros teatros.[2] Também começou a escrever, traduzir e adaptar peças teatrais, tendo para isto contribuído a sua fluência em francês, italiano e castelhano.[2] Produziu as obras originais Duas Causas, Renascer, O Dominador, tendo esta última sido traduzida para castelhano e representada em Espanha.[2] Outra obra sua, A Velha, foi apresentada no Teatro Apolo em 1 de Fevereiro de 1934.[2]

É considerado o principal impulsionador da Sociedade dos Escritores e Compositores Teatrais Portugueses.[3] Criou igualmente o periódico De Teatro, e na altura do seu falecimento estava a escrever as suas memórias no periódico Notícias Ilustrado, sob o título de Coisas vistas e vividas.[3]

Faleceu em Janeiro de 1934,[3] aos 43 anos de idade.[2] Após o seu falecimento, o seu corpo foi transportado desde a sua casa, no Dafundo, até à sede da Caixa de Reformas e Pensões dos Artistas Dramáticos, tendo sido depois enterrado no Cemitério do Alto de São João, em Lisboa.[3] Estava casado com Josefina Tinoco da Silva Duarte, e era pai de João Pereira Duarte.[2]

Em 16 de Outubro de 1924, Mário Duarte foi galardoado com o grau de Cavaleiro na Ordem Militar de Cristo.[4]

Referências

  1. RIBEIRO, Luísa Maria da Silva (2015). A Luz que ilumina o Lodo – representações existencialistas (PDF) (Tese de Mestrado). Universidade Aberta. p. 45. 117 páginas. Consultado em 5 de Fevereiro de 2018 
  2. a b c d e f g h i j k «Figuras do Dia» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 47 (1108). 16 de Fevereiro de 1934. p. 121. Consultado em 5 de Fevereiro de 2018 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  3. a b c d e «Figuras que desaparecem: Mario Duarte». Diário de Lisboa. Ano 13 (4027). 29 de Janeiro de 1934. p. 5. Consultado em 19 de Maio de 2020 – via Casa Comum / Fundação Mário Soares 
  4. «Cidadãos nacionais agraciados com ordens portuguesas». Presidência da República Portuguesa. Consultado em 5 de Fevereiro de 2018 


Ícone de esboço Este artigo sobre um(a) escritor(a) é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.