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Maximalismo

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Nas artes, o maximalismo, uma reação contra o minimalismo, é uma estética de excesso. A filosofia pode ser resumida como "mais é mais", contrastando com o lema minimalista "menos é mais".

O termo maximalismo é às vezes associado a romances pós-modernos, como os de David Foster Wallace e Thomas Pynchon,[1] onde digressão, referência e elaboração de detalhes ocupam uma grande fração do texto. Pode referir-se a qualquer coisa vista como excessiva, abertamente complexa e "vistosa", proporcionando um exagero redundante em recursos e acessórios, grosseria em quantidade e qualidade ou tendência a adicionar e acumular em excesso.

Na música, Richard Taruskin usa o termo "maximalismo" para descrever o modernismo do período de 1890 a 1914, especialmente nas regiões de língua alemã, definindo-o como "uma intensificação radical dos meios em direção a fins aceitos ou tradicionais".[2] Esta visão foi, no entanto, contestada com base no fato de Taruskin usar o termo apenas como um "significante vazio" que é preenchido com "uma gama de características musicais — grande orquestração, complexidade motívica e harmônica, e assim por diante — que ele considera ser típico do modernismo".[3] Taruskin, em todo caso, não deu origem a esse sentido do termo, que havia sido usado em meados da década de 1960 para se referir a compositores russos do mesmo período, dos quais Serguei Prokofiev foi "o último".[4] A música maximalista contemporânea é definida pelo compositor David A. Jaffe como aquela que "abraça a heterogeneidade e permite sistemas complexos de justaposições e colisões, em que todas as influências externas são vistas como matéria-prima potencial".[5] Os exemplos incluem a música de Edgard Varèse, Charles Ives e Frank Zappa.[6] Em um sentido diferente, Milton Babbitt foi descrito como um "maximalista declarado", seu objetivo sendo "fazer música o máximo que puder e não o mínimo que se conseguir".[7] Richard Toop, por outro lado, considera que o maximalismo musical "deve ser entendido, pelo menos em parte, como 'antiminimalismo'".[8] My Beautiful Dark Twisted Fantasy, de Kanye West, também foi descrito como um trabalho maximalista.[9][10] Charlemagne Palestine descreve sua música drone como maximalista.

Artes visuais

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Maximalismo como termo nas artes plásticas é usado pelo historiador de arte Robert Pincus-Witten para descrever um grupo de artistas, incluindo os cineastas Julian Schnabel e David Salle, associados ao início turbulento do neoexpressionismo no final dos anos 1970. Esses artistas foram em parte "estimulados por puro desespero com uma dieta tão longa de minimalismo redutivista".[11] Esse maximalismo foi prefigurado em meados da década de 1960 por certas pinturas de orientação psicanalítica de Gary Stephan.[12]

Charlotte Rivers descreve como “o maximalismo celebra a riqueza e os excessos do design gráfico”, caracterizado pela decoração, sensualidade, luxo e fantasia, citando exemplos da obra do ilustrador Kam Tang e da artista Julie Verhoeven.[13]

O historiador da arte Gao Minglu conecta o maximalismo na arte visual chinesa à definição literária ao descrever a ênfase na "experiência espiritual do artista no processo de criação como uma autocontemplação fora e para além da própria obra de arte...Estes artistas prestam mais atenção ao processo de criação e à incerteza de significado e instabilidade de uma obra. O significado não se reflete diretamente em uma obra porque acreditam que o que está na mente do artista no momento da criação pode não aparecer necessariamente na sua obra". Os exemplos incluem o trabalho dos artistas Ding Yi e Li Huasheng.[14]

O cinema maximalista inclui diretores como Zack Snyder,[15] Julie Taymor,[16] Tony Scott,[17] Paul W. S. Anderson,[18] Edgar Wright[19] e Park Chan-wook.[20]

Referências

  1. Minimalism vs. Maximalism|The American Writers Museum
  2. Richard Taruskin, Music in the Early Twentieth Century. Oxford History of Western Music 4 (Oxford and New York: Oxford University Press, 2005), p. 5.. ISBN 978-0-19-522273-9 ISBN 978-0-19-516979-9.
  3. J. P. E. Harper-Scott, The Quilting Points of Musical Modernism: Revolution, Reaction, and William Walton. Music in Context (Cambridge and New York: Cambridge University Press, 2012), p. 22. ISBN 9780521765213.
  4. Martin Cooper, Ideas and Music (London: Barrie & Rockliffe, 1965): 58.
  5. Jaffe, David. “Orchestrating the Chimera—Musical Hybrids, Technology, and the Development of a 'Maximalist' Musical Style”, Leonardo Music Journal. Vol. 5, 1995.
  6. Delville, Michel and Norris, Andrew. "Disciplined Excess: The Minimalist / Maximalist Interface in Frank Zappa and Captain Beefheart", Interval(le)s, p.4. Vol. I, 1 (Automne 2004).
  7. Milton Babbitt, Words about Music, edited by Stephen Dembski and Joseph N. Straus (Madison: University of Wisconsin Press, 1987), p. 183. Cited on p. 147 of Richard Kurth, (1994). Untitled review of An Introduction to the Music of Milton Babbitt by Andrew Mead (1994), Intégral Vol. 8 (1994), pp. 147–82 (Subscription access). A similar statement from five years earlier is found in Contemporary Music 1982 Catalogue (New York: C. F. Peters Corporation, 1982), 10: "the goal of attempting to make music as much as it might be, rather than as little as one obviously can get away with music's being", cited by Joseph Dubiel, "Three Essays on Milton Babbitt (Part Two)", Perspectives of New Music 29, no. 1 (Winter 1991): 90–122, citation on pp. 94 & 119n13. A third citation is found in the sleeve notes to Milton Babbitt, Piano Works, Robert Taub (piano), Harmonia Mundi LP HMC 5160, CD HMC 90 5160, Cassette HMC 405 160 (Los Angeles, Calif.: Harmonia Mundi U.S.A., 1986), cited by Dan Warburton on p. 142 of "A Working Terminology for Minimal Music", Intégral 2 (1988): 135–59.
  8. Richard Toop, "On Complexity", Perspectives of New Music 31, no. 1 (Winter 1993): 42–57, citation on p. 54.
  9. Josephs, Brian. «Revisiting the Radical Black Fever Dream of Kanye West's 'My Beautiful Dark Twisted Fantasy'». Vice 
  10. Caramanica, Jon (November 17, 2010). Kanye West, Still Unfiltered, on Eve of Fifth Album. The New York Times. Retrieved on 2016-11-21.
  11. Robert Pincus-Witten, "Gary Stephan: The Brief Against Matisse", In Talking Painting: Dialogues with Twelve Contemporary Abstract Painters, edited by David Ryan, 208–20. Routledge Harwood Critical Voices (London and New York: Routledge, 2002), p. 219. ISBN 9780415276290
  12. Robert Pincus-Witten, "Gary Stephan: The Brief Against Matisse", In Talking Painting: Dialogues with Twelve Contemporary Abstract Painters, edited by David Ryan, 208–20. Routledge Harwood Critical Voices (London and New York: Routledge, 2002), p. 209. ISBN 9780415276290
  13. Rivers, Charlotte (2008). Maximalism: The Graphic Design of Decadence& Excess, p.011. ISBN 2-88893-019-6.
  14. Kristin E.M. Riemer (October 9, 2003). "Chinese Maximalism debuts", UB Reporter.
  15. Zack Snyder’s Favorite Films, From ‘A Clockwork Orange’ to ‘Blue Velvet’
  16. The Urgency of Sundance's 'Issue' Films in 2020 - The Atlantic
  17. Tony Scott Made Movies as a Maximalist - The New York Times
  18. The Unusual Genius of the "Resident Evil" Movies|The New Yorker
  19. 18 Comedies So Funny You'll Cry With Laughter|ScreenRant
  20. The 20 Best Movie Music & Film Scores of the 2010s|IndieWire

Leitura adicional

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  • Delville, Michel, and Andrew Norris (2005). Frank Zappa, Captain Beefheart and the Secret History of Maximalism. Cambridge, UK: Salt Publishers. ISBN 1-84471-059-9ISBN 1-84471-059-9.
  • Menezes, Flo (2014). Nova Ars Subtilior: Essays zur maximalistischen Musik, edited by Ralph Paland. Hofheim: Wolke Verlag. ISBN 978-3-95593-058-5ISBN 978-3-95593-058-5.
  • Pincus-Witten, Robert (1981). "Maximalism". Arts Magazine 55, no. 6:172–76.
  • Pincus-Witten, Robert (1983). Entries (Maximalism): Art at the Turn of the Decade. Art and Criticism Series. New York: Out of London Press. ISBN 9780915570201ISBN 9780915570201.
  • Pincus-Witten, Robert (1987). Postminimalism into Maximalism: American Art 1966–86. Ann Arbor: UMI Research Press.

Ligações externas

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