Macaco-prego-das-guianas
Sapajus apella | |||||||||||||||
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Estado de conservação | |||||||||||||||
Pouco preocupante (IUCN 3.1) [1] | |||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||
Sapajus apella (Linnaeus, 1758) | |||||||||||||||
Distribuição geográfica | |||||||||||||||
Mapa de distribuição
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Sinónimos[2] | |||||||||||||||
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Macaco-prego-das-guianas[3] (Sapajus apella) é uma espécie de macaco-prego, um macaco do Novo Mundo da família Cebidae e gênero Sapajus. É a espécie-tipo, Simia apella do subgênero Sapajus, e todas as espécies de macacos-pregos já foram incluídas numa única, Cebus apella, de acordo com a classificação de Hill (1960).[4][5] Groves (2001) considerou quatro espécies de macacos-pregos, e a então considerada Cebus apella possui as seguintes subespécies:[2]
- C. a. apella
- C. a. fatuellus
- C. a. macrocephalus
- C. a. margaritae
- C. a. peruanus
- C. a. tocantinus
Silva Jr (2001) considerou as espécies de macacos-prego da Amazônia como duas: uma do oeste amazônico, Sapajus macrocephalus; e uma do leste, Sapajus apella.[6] Alguns estudos genéticos sugerem que essas duas espécies não são separadas.[6] São reconhecidas duas subespécies de S. apella: S. a. apella e S. a. margaritae.[1]
A espécie ocorre em floresta do centro-leste da Colômbia, sul da Venezuela, Guianas e Brasil, com os limites norte definidos pelo rio Orinoco e os limites sul, sudeste e leste pela própria Floresta Amazônica, ocorrendo na Zona dos Cocais no Maranhão.[6] Os limites oeste são pouco definidos, mas, provavelmente, é por meio do interflúvio do rio Negro e rio Solimões. A subespécie S. a. magaritae é endêmica da ilha de Margarita, no litoral venezuelano. Habita todos os tipos de floresta em sua área de distribuição geográfica.[6]
Os machos possuem entre 38 e 46 cm de comprimento, e a cauda tem entre 38 e 39 cm; pesam entre 2,3 e 4,8 kg. As fêmeas pesam entre 1,3 e 3,4 kg.[6] A pelagem é comprida e densa, com o tronco tendo uma coloração marrom escura, com as partes ventrais avermelhadas ou amareladas. Os membros, o topete e a cauda são pretos.[6] A subespécie da ilha de Margarita é mais escura e possui as partes externas dos membros de cor amarelo pálida.[6]
Alimenta-se predominantemente de frutos e sementes, mas também preda pequenos vertebrados. As espécies das famílias Arecaceae, Moraceae, Fabaceae e Sapotaceae são comumente consumidas.[6] Os grupos possuem entre 10 e 20 indivíduos, mas na ilha de Margarita os grupos têm entre 4 e 6 indivíduos, e os territórios são grandes, tendo entre 355 e 850 hectares.[6] A gestação é de cerca de 155 dias, e o ciclo estral de 20,8 dias. O filhote tem cerca de 210 g quando nasce. A maturidade sexual é alcançada com 5 anos de idade, e os machos só se reproduzem quando asseguram posições elevadas na hierarquia.
A espécie não é considerada como em risco de extinção e a IUCN a lista como "pouco preocupante".[1] Somente a subespécie da ilha de Margarita é listada como "criticamente em perigo", e as estimativas não apontam para mais de 300 indivíduos em liberdade.[9] Apesar de ser intensamente caçado, possui distribuição ampla e ocorre em inúmeras áreas remotas e intocadas da Amazônia. A subespécie S. a. margaritae ocorre no Parque Nacional Cerro El Copey (7130 ha) e no Monumento Natural Cerro Matasiete y Guayamuri (1672 ha).[6] A subespécie S. a. apella ocorre em muitas unidades de conservação, no Brasil (como a Reserva Biológica Gurupi e o Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque) e nas Guianas (como o Parque Nacional Kaieteur).[1]
Referências
- ↑ a b c d Rylands, A.B., Boubli, J.-P., Mittermeier, R.A., Wallace, R.B. & Ceballos-Mago, N. (2008). Cebus apella (em inglês). IUCN 2013. Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN. 2013. Página visitada em 12 de julho de 2013..
- ↑ a b Groves, C.P. (2005). Wilson, D. E.; Reeder, D. M, eds. Mammal Species of the World 3.ª ed. Baltimore: Johns Hopkins University Press. pp. 136–138. ISBN 978-0-8018-8221-0. OCLC 62265494
- ↑ Infopédia. «macaco-prego-das-guianas | Definição ou significado de macaco-prego-das-guianas no Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa». Infopédia - Dicionários Porto Editora. Consultado em 2 de julho de 2021
- ↑ Rylands, A.B.; Kierulff, M. C.; Mittermeier, R. A. (2005). «Notes on the taxonomy and distributions of the tufted capuchin monkeys (Cebus, Cebidae) of South America» (PDF). Lundiana. 6 (supplement): 297-110. Consultado em 13 de julho de 2013. Arquivado do original (PDF) em 20 de junho de 2015
- ↑ Lynch Alfaro, J.; Silva Jr, J. S.; Rylands, A. B. (2012). «How Different Are Robust and Gracile Capuchin Monkeys? An Argument for the Use of Sapajus and Cebus». American Journal of Primatology. 74 (4): 273-286. doi:10.1002/ajp.22007
- ↑ a b c d e f g h i j Anthony B. Rylands, Russell A. Mittermeier, Bruna M. Bezerra, Fernanda P. Paim & Helder L. Queiroz (2013). «Family Cebidae (Squirrel Monkeys and Capuchins)». In: Mittermeier, R.; Rylands, A.B.; Wilson, D. E. Handbook of the Mammals of the World - Volume 3. [S.l.]: Lynx. 952 páginas. ISBN 978-84-96553-89-7
- ↑ Everton B. P. Miranda; Carlos A. Peres; Vítor Carvalho-Rocha; et al. (30 de junho de 2021), «Tropical deforestation induces thresholds of reproductive viability and habitat suitability in Earth's largest eagles», Scientific Reports, ISSN 2045-2322 (em inglês), 11, PMC 8245467, doi:10.1038/S41598-021-92372-Z, Wikidata Q107387906
- ↑ Bonilla, Juan Miguel Hernández (30 de junho de 2021). «As maiores águias do mundo estão morrendo de fome por causa do desmatamento na Amazônia». EL PAÍS. Cópia arquivada em 1 de julho de 2021
- ↑ Ceballos, N. (2008). Cebus margaritae (em inglês). IUCN 2013. Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN. 2013. Página visitada em 12 de julho de 2013..