Martim-pescador-miúdo
Martim-pescador-miúdo | |||||||||||||||
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Estado de conservação | |||||||||||||||
Pouco preocupante (IUCN 3.1) [1] | |||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||
Chloroceryle aenea (Pallas, 1764) | |||||||||||||||
Distribuição geográfica | |||||||||||||||
Guarda-rios-pigmeu-americano[2] ou martim-pescador-miúdo[3] (nome científico: Chloroceryle aenea) é uma espécie de ave da família dos martins-pescadores. Pode ser encontrada na Argentina, Bolívia, Brasil, Costa Rica, México e Paraguai. Seus habitats naturais são florestas densas e manguezais. De acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza, o status da espécie é pouco preocupante.[1] Também é conhecido popularmente como martim-pescador-anão e martinho.
Taxonomia
[editar | editar código-fonte]A primeira descrição formal do martim-pescador-miúdo foi feita pelo zoólogo alemão Peter Simon Pallas em 1764 sob o nome binomial Alcedo aenea.[4][5] O nome específico aenea vem do latim aeneus, que significa "de uma cor de bronze".[6] O gênero atual Chloroceryle foi erigido por Johann Jakob Kaup em 1848.[7]
Um estudo filogenético molecular publicado em 2006 descobriu que o martim-pescador-miúdo era uma espécie irmã de um clado que continha o martim-pescador-da-mata (Chloroceryle inda) e o martim-pescador-pequeno (Chloroceryle americana).[8]
Duas subespécies são reconhecidas atualmente:[9]
- C. a. stictoptera (Ridgway, 1884) - do sul do México ao centro da Costa Rica.
- C. a. aenea (Pallas, 1764) - centro da Costa Rica ao norte da Bolívia, Paraguai, centro-sul do Brasil e norte da Argentina.
Descrição
[editar | editar código-fonte]Esta espécie mede treze centímetros de comprimento e pesa de dez a dezesseis gramas. Possui o típico formato de martim-pescador, com cauda curta e bico longo. O pássaro tem uma coloração verde oleosa na parte superior, um gola amarelo-laranja em volta do pescoço, plumas ruivas e uma barriga branca. A fêmea tem uma estreita faixa verde no peito. Os pássaros jovens se parecem com os adultos, mas têm plumas mais pálidas e ruivas, sem faixa peitoral e asas e flancos salpicados. A subespécie da América do Sul apresentam duas listras brancas nas asas, enquanto a subespécie do norte tem três o quatro listras nas penas. As duas subespécies se integram no centro da Costa Rica.[10]
Distribuição e habitat
[editar | editar código-fonte]Este pássaro habita florestas densas e manguezais situadas por toda América Latina, mais especificamente do sul do México ao centro da Costa Rica, além do nortes de Argentina e Bolívia, centro-sul do Brasil e Paraguai.[9]
Comportamento
[editar | editar código-fonte]O martim-pescador-miúdo nidifica em túneis ou lacunas próximas da água. Os túneis podem alcançar até quarenta centímetros de comprimento normalmente na margem de um rio, em monte de terra ou manguezal.[10] A fêmea desta espécie põe três, às vezes quatro, ovos brancos.[11][12]
Esse pássaro pousa calmamente em um galho próximo da água e mergulha a cabeça atrás de pequenos peixes ou girinos. Eles também se alimentam de insetos. Não são tímidos, mas facilmente se escondem entre os galhos.[10]
Referências
- ↑ a b BirdLife International 2012.
- ↑ «Alcedinidae». Aves do Mundo. 26 de dezembro de 2021. Consultado em 5 de abril de 2024
- ↑ Paixão, Paulo (Verão de 2021). «Os Nomes Portugueses das Aves de Todo o Mundo» (PDF) 2.ª ed. A Folha — Boletim da língua portuguesa nas instituições europeias. ISSN 1830-7809. Consultado em 5 de abril de 2024. Cópia arquivada (PDF) em 23 de abril de 2022
- ↑ Peters 1945.
- ↑ Sherborn 1905.
- ↑ Jobling 2010.
- ↑ Kaup 1848.
- ↑ Moyle 2006.
- ↑ a b Gill & Donsker 2017.
- ↑ a b c Fry, Fry & Harris 1992, pp. 224-225.
- ↑ Woodall 2017.
- ↑ Fry, Fry & Harris 1992, p. 6.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Fry, C. Hilary; Fry, Kathie; Harris, Alan (1992). Kingfishers, Bee-eaters, and Rollers. London: Christopher Helm. ISBN 978-0-7136-8028-7
- Woodall, P.F. (2017). del Hoyo, J.; Elliott, A.; Sargatal, J.; Christie, D.A.; de Juana, E., eds. «American Pygmy-kingfisher (Chloroceryle aenea)». Handbook of the Birds of the World Alive (em inglês). Lynx Edicions. Consultado em 25 de maio de 2017. Cópia arquivada em 13 de julho de 2021</ref>
- Gill, Frank; Donsker, David, eds. (2017). «Rollers, ground rollers & kingfishers». World Bird List Version 7.2 (em inglês). International Ornithologists' Union. Consultado em 28 de maio de 2017
- Peters, James Lee, ed. (1945). Check-list of Birds of the World. Volume 5. Cambridge, Massachusetts: Harvard University Press. p. 170
- Sherborn, C. Davies (1905). «The new species of birds in Vroeg's catalogue, 1764». Smithsonian Miscellaneous Collections. 47: 332–341 [333 No 54]
- Jobling, James A. (2010). The Helm Dictionary of Scientific Bird Names. Londres: Christopher Helm. p. 33. ISBN 978-1-4081-2501-4
- Kaup, Johann Jakob (1848). «Die Familie der Eisvögel (Alcedidae)». Verhandlungen des Naturhistorischen Vereins für das Großherzogthum Hessen und Umgebung (em alemão). 2: 68. OCLC 183221382
- Moyle, Robert G (2006). «A molecular phylogeny of kingfishers (Alcedinidae) with insights into early biogeographic history» (PDF). Auk. 123 (2): 487–499. doi:10.1642/0004-8038(2006)123[487:AMPOKA]2.0.CO;2. hdl:1808/16596
- BirdLife International (2012). «Chloroceryle aenea». Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. 2012. Consultado em 26 de novembro de 2013