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Miltefosina

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Miltefosina é um medicamento usado no tratamento de leishmaniose e infeções por amebas de vida livre como a Naegleria fowleri.[1] O fármaco é eficaz no tratamento de leishmaniose nas formas cutânea, mucocutânea e visceral.[2] Pode ser usado em associação com anfotericina B lipossómica ou paromomicina.[3] É administrado por via oral.[2]

Entre os efeitos adversos mais comuns estão vómitos, dor abdominal, febre, dores de cabeça e diminuição da função renal.[1] Entre outros efeitos adversos mais comuns estão a síndrome de Stevens-Johnson ou diminuição do número de plaquetas no sangue.[1] A administração durante a gravidez aparenta ser prejudicial para o bebé e não é recomendada durante a amamentação.[1] A forma como a substância atua não é inteiramente clara.[1]

A miltefosina começou a ser produzida no início da década de 1980 e inicialmente estudada como potencial tratamento para o cancro.[4] Alguns anos mais tarde descobriu-se ser eficaz no tratamento de leishmaniose, tendo sido pela primeira vez aprovada para este uso na Índia, em 2002.[5] O medicamento faz parte da Lista de medicamentos essenciais da Organização Mundial de Saúde, uma lista com os medicamentos mais seguros e eficazes fundamentais para um sistema de saúde.[6] Nos países em vias de desenvolvimento, o custo de um tratamento é de 65 a 150 dólares norte-americanos.[3] Nos países desenvolvidos o custo do tratamento pode ser de 10 a 50 vezes superior.[3]

Referências

  1. a b c d e American Society of Health-System Pharmacists (26 de fevereiro de 2016). «Miltefosine Monograph for Professionals». www.drugs.com. Consultado em 16 de novembro de 2016. Cópia arquivada em 17 de novembro de 2016 
  2. a b Yao, Stephanie (19 de março de 2014). «FDA approves Impavido to treat tropical disease leishmaniasis». FDA NEWS RELEASE. U.S. Food and Drug Administration. Consultado em 30 de agosto de 2014. Cópia arquivada em 3 de setembro de 2014 
  3. a b c Control of the leishmaniasis: report of a meeting of the WHO Expert Committee on the Control of Leishmaniases (PDF). [S.l.]: World Health Organization. Março de 2010. pp. 59, 88, 186. ISBN 9789241209496. Cópia arquivada (PDF) em 8 de junho de 2016 
  4. Greenwood, David (2008). Antimicrobial Drugs: Chronicle of a Twentieth Century Medical Triumph (em inglês). [S.l.]: OUP Oxford. p. 310. ISBN 9780199534845. Cópia arquivada em 10 de setembro de 2017 
  5. Kumar, Awanish (2013). Leishmania and Leishmaniasis (em inglês). [S.l.]: Springer Science & Business Media. p. 39. ISBN 9781461488699. Cópia arquivada em 10 de setembro de 2017 
  6. «WHO Model List of Essential Medicines (19th List)» (PDF). World Health Organization. Abril de 2015. Consultado em 8 de dezembro de 2016. Cópia arquivada (PDF) em 13 de dezembro de 2016