Saltar para o conteúdo

Novos tigres asiáticos

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Os Novos Tigres Asiáticos (em amarelo) e os "Velhos Tigres" (em vermelho).

Novos tigres asiáticos é um termo que refere-se às economias dos cinco países do Sudeste Asiático que experimentaram um grande crescimento nas suas economias, seguindo a tendência que ocorreu aos tigres asiáticos tradicionais.[1] Compõem este grupo:

Essas economias seguiram o ciclo experimentado pelos quatro primeiros tigres: Honguecongue, Singapura, Coreia do Sul e República da China (Taiwan).

Podem ser denominados na literatura econômica como jovens tigres, filhotes de tigres,[6] ou tigres asiáticos, passando o grupo dos "velhos tigres" a se chamarem "dragões asiáticos".

Características

[editar | editar código-fonte]

Os novos tigres têm uma economia centrada na exportação de produtos para nações altamente industrializadas. Em muitos casos, políticas fiscais foram implementadas para que a população local fosse desencorajada a consumir produtos de outras nações, semelhante a política adotada pelo Japão durante o milagre econômico.[7]

Os Novos Tigres optaram por dar isenção fiscal (diminuição de impostos) para que multinacionais se instalassem em seus territórios. Numa direção puramente neoliberal, flexibilizaram as leis trabalhistas e ambientais, além de forçar a massa salarial para que permanecesse extremamente baixa, dando espaço para uma maior lucratividade para as empresas.[8][9]

Nos Novos Tigres há crescimento econômico, mas ao contrário dos "Velhos Tigres", não há um desenvolvimento econômico e distribuição de renda de fato (neste fator com exceção do Vietnã), pois os indicadores sociais dos referidos países, após mais de 30 anos de crescimento acelerado, ainda permanecem baixos.[10]

Todos os novos tigres asiáticos são países recém-industrializados. A Indonésia, o Vietnã e as Filipinas estão incluídos na lista das economias Next eleven da Goldman Sachs,[11] e todos estão incluídos na lista das 50 maiores economias em 2050, formulada pelo banco HSBC.[12]

Referências

  1. CUNHA, Andre Moreira (2008). «A ascensão da China à condição de potência econômica : há algo de novo no "modelo asiático"?». João Pessoa: UFRGS/Encontro Nacional de Economia Politica 
  2. HO-FUNG, Hung (2011). «O braço direito dos Estados Unidos? o dilema da República Popular da China na crise global». São Paulo: Novos estud. - CEBRAP/Scielo 
  3. «Vietnam, o Novo Tigre Asiático». Asia Comentada 
  4. Especial: Vietnã, 25 Anos Depois - Um novo tigre asiático? - BBC Brasil
  5. PAUTASSO, D.; CARDOSO, A. K.. A Nova Ordem Energética Internacional. São Paulo: Escola Superior de Propaganda e Marketing/II Seminário de Iniciação Científica da ESPM – São Paulo: 2013
  6. «O Último Legatum Prosperity Index™ Aponta Riscos para o Sonho Americano em Ano Eleitoral-Chave». PR Newswire Association LLC 
  7. MAGALHÃES, Diego Trindade d'Ávila (2011). «O novo norte do sul: emergentes como vetores da globalização no mundo em desenvolvimento». Belo Horizonte: 3° Encontro Nacional ABRI 2011/Scielo 
  8. «Revoluções Comerciais» (PDF). Portal EducarBrasil [ligação inativa]
  9. «Os Novos Tigres». Brasil Escola 
  10. "Tigres asiáticos” e Europa Oriental: O aprofundamento da crise capitalista - Diário Liberdade
  11. «Avaliações voláteis». Estadão 
  12. «The world in 2050: Quantifying the shift in the global economy (HSBC bank's report)». Demographic Research Institute