Snipe (vela)
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O Snipe é um barco de quinze pés para dois velejadores. Projetado por William Crosby em 1931, possui duas velas: a principal, que é regulada pelo timoneiro e a buja, que é regulada pelo proeiro.
A classe Snipe, organizada em todo o mundo pela SCIRA Snipe Class International Racing Association, é considerada uma das mais técnicas da vela, priorizando o conhecimento técnico e não apenas o lado físico. Isso permite que velejadores das mais diferentes faixas etárias compitam em condições de igualdade. É uma das classes da vela que participam dos Jogos Pan-americanos.
História
[editar | editar código-fonte]Brasil
[editar | editar código-fonte]Em 1932 é criada a SCIRA nos EUA. O Clube dos Caiçaras lança a ideia de trazer os desenhos e iniciar a classe no Brasil. Porém com o sucesso da classe Sharpie 12 em outros estados (SP e RS), Dácio Veiga resolve então adotá-lo para a lagoa.
Em 1942, Fernando Avellar entusiasma-se pela classe, trazida para o ICRJ, e cria a Cooperativa dos Amigos do Snipe de forma a construir 05 barcos necessários para a formação de uma flotilha. Tem início então a construção dos barcos em um galpão em Botafogo
Foi então criada a flotilha 159 do Rio de Janeiro no ano de 1942, sediada em um box do ICRJ pertencente a Gastão Fontenelle Pereira de Souza, mas tendo seu registro oficializado na SCIRA somente em Janeiro de 1943.
O primeiro Snipe medido e aprovado pela SCIRA, foi o de numeral 4823 em Janeiro de 1944. O primeiro capitão da flotilha nomeado, foi Ernesto Augusto Borges que tinha o snipe com o numeral 4905. Devido aos seus problemas de ordem particular, e não podendo atuar devidamente, foi então substituído por Fernando Pimentel Duarte.
Entusiasmado pela classe, José Cândido Pimentel Duarte no Clube de Regatas Guanabara promove diversas regatas e campeonatos e encomenda ao Estaleiro Verco (da família Verdier) de São Paulo (já famosa pela construção das Ioles Olímpicas, Sharpie 12 e V20) a construção de alguns Snipes através da SAVEL - Sociedade dos amigos da Vela.
Desde o inicio sempre houve fabricantes no Brasil, este fato foi muito importante para o desenvolvimento da classe nacional que pode ser observado principalmente no desempenho internacional dos velejadores brasileiros que detém 14 títulos mundiais[1] com nomes como Axel Schmidt e Eric Schmidt, Nelson Piccolo, Boris Ostergreen, Torben Grael, Lars Grael, Mauricio Santa Cruz, Alexandre Paradeda, Alexandre Tinoco, Bruno Bethlem, Mateus Tavares, Henrique Haddad e Juliana Duque[2].
Também nos Campeonatos Mundiais das categorias o Brasil obteve um numero impressionante de títulos, sendo:
Hoje em dia a Classe Snipe está presente em 11 estados brasileiros: Alagoas, Bahia, Distrito Federal, Espirito Santo, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe.
O principal construtor nacional atual de barcos da classe snipe é Kurt Diemer que faz os barcos da marca Lemão Snipes[6].
Ver também
[editar | editar código-fonte]Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- ↑ «World Championship Results». www.snipe.org. Consultado em 25 de junho de 2020
- ↑ «Juliana Duque campeã mundial». 9 de outubro de 2021
- ↑ «Jr. World Championships». www.snipe.org. Consultado em 25 de junho de 2020
- ↑ «World Master Championship». www.snipe.org. Consultado em 25 de junho de 2020
- ↑ «Women's World Championship Results». www.snipe.org. Consultado em 25 de junho de 2020
- ↑ «Fabricantes e Revendedores». SNIPE BRASIL. 22 de fevereiro de 2019. Consultado em 24 de junho de 2020