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San Giorgio in Velabro

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Igreja de São Jorge em Velabro
San Giorgio in Velabro
San Giorgio in Velabro
Fachada e o pórtico
Informações gerais
Fim da construção século IX
Religião Igreja Católica
Diocese Diocese de Roma
Ano de consagração século VII
Website Site oficial
Geografia
País Itália
Localização Rione Ripa
Região Roma
Coordenadas 41° 53′ 22″ N, 12° 28′ 59″ L
Mapa
Localização em mapa dinâmico

San Giorgio in Velabro ou Igreja de São Jorge em Velabro é uma igreja titular em Roma, Itália, dedicada a São Jorge e localizada no antigo Velabrum romano, perto do Arco de Jano, no rione Ripa. Situada perto do rio Tibre, a igreja fica dentro do complexo de templos pagãos republicanos associados ao antigo porto de Roma. O também antigo Arcus Argentariorum é ligado à lateral da fachada da igreja.

O cardeal-diácono protetor da diaconia de São Jorge em Velabro é Gianfranco Ravasi, prefeito do Pontifício Conselho para a Cultura.

O primeiro edifício religioso no local da atual basílica é uma diaconia fundada pelo papa São Gregório I.

A igreja atual foi construída no século VII, possivelmente pelo papa Leão III, e dedicada inicialmente a São Sebastião. Uma inscrição de 482 nas Catacumbas de São Calisto provavelmente se refere a uma igreja na mesma região. Sua planta é irregular e levemente trapezoidal por causa das frequentes expansões do edifício. As colunas são todas diferentes entre si, pois foram reutilizadas de antigos templos romanos.

Planta da igreja.

A igreja ficava dentro do quarteirão grego de Roma, onde os comerciantes, oficiais civis e militares e monges do Império Bizantino viviam e falavam grego — a igreja vizinha de Santa Maria in Cosmedin, por exemplo, era conhecida como "in Schola Graeca" na época. O papa Zacarias (r. 741–752), que era grego, trouxe as relíquias de São Jorge da Capadócia para Roma para que este santo tivesse uma igreja dedicada para ele no ocidente, o que ocorreu muito antes da popularização desta devoção no ocidente provocada pela volta dos cruzados da Terra Santa séculos depois.

Depois da restauração do papa Gregório IV (séc. IX), a igreja foi reformada e ganhou um pórtico e um campanário na metade do século XIII. A abside foi decorada com afrescos de Pietro Cavallini na mesma época.

No século XIV, Cola di Rienzo postou um manifesto anunciando a liberação de Roma na porta desta igreja[1].

Entre 1923 e 1926, o superintendente de Monumentos de Roma, Antonio Muñoz, completou um radical programa de restauração com o objetivo de devolver ao edifício seu "caráter medieval", libertando-o de todas as adições posteriores. Ele conseguiu seu intento rebaixando o piso ao seu nível original (expondo assim as bases das colunas), reabrindo antigas janelas emparedadas que iluminaram a nave central, restaurando as absides e removendo de forma geral acréscimos de outras restaurações mais recentes. Durante este processo, fragmentos (exibidos atualmente nas paredes internas) foram encontrados, indicando a existência de uma schola cantorum na igreja, atribuída ao período do papa Gregório IV.

O edifício atual é o resultado desta restauração. Porém, uma nova reforma de cinco anos foi necessária depois da explosão de um carro-bomba estacionado perto da fachada e que explodiu à meia-noite de 27 de julho de 1993. Apesar de não causar nenhuma fatalidade, o atentado ruiu quase completamente o pórtico do século XII e abriu um enorme buraco na parede da igreja. Além disso, sérios danos foram provocados na residência do Generalato dos Crúzios (Cônegos Regulares da Ordem da Santa Cruz), vizinha da igreja. O Ministério da Herança Cultural pesquisou e catalogou o que foi danificado e destruído, depositando os fragmentos em 1050 caixas com datas e referências de localização antes de restaurar o edifício utilizando-os, embora alguns detalhes, principalmente no pórtico, tenham sido deliberadamente deixados sem restauro como um memorial ao atentado[2].

Referências

  1. «Cola di Rienzo» (em inglês). Medieval history .
  2. John Taglibue (4 de agosto de 1996). «Bombed Church Is Resurrected in Rome as Testament to Faith» (em inglês). The New York Times 

Ligações externas

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