Sylvia Molloy
Sylvia Molloy | |
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Nascimento | 19 de agosto de 1938 Buenos Aires |
Morte | 14 de julho de 2022 Long Island |
Cidadania | Argentina |
Alma mater | |
Ocupação | escritora, editora, professora universitária |
Distinções |
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Empregador(a) | Universidade Yale, Universidade de Princeton, Universidade de Nova Iorque |
Obras destacadas | En breve cárcel |
Causa da morte | câncer |
Sylvia Molloy (Buenos Aires, 19 de agosto de 1938 - 14 de julho de 2022[1]) foi uma escritora, ensaísta, editora, crítica e docente argentina.[2][3][4]
Mudou-se para a França aos 20 anos de idade, converteu-se em Doutora em Literatura Comparada pela Sorbonne, estabeleceu-se em seguida nos Estados Unidos, onde lecionou nas universidades de Yale e Princeton. Criou em 2007 o mestrado em escrita criativa em espanhol na Universidade de Nova York.[5][6][7]
Na literatura, com a publicação de seu primeiro romance, En breve cárcel (1981), se converteu em pioneira em tratar os temas da literatura LGBT argentina dentro de sua obra.[8] Além disto, estudou e misturou a autobiografía como género literário em livros como El común olvido (2002) e Vivir entre lenguas (2016).[9][10][11]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Sylvia Molloy nasceu en 19 de agosto de 1938 na cidade de Buenos Aires, Argentina, sendo filha de um pai irlandês e uma mãe francesa.[12] Falante de três idiomas: espanhol, por sua nacionalidade, inglês, por estudar em uma escola bilíngue em sua cidade, e francês, aprendido posteriormente para resgatar a língua de herança esquecida por sua mãe.[13]
Em 1958, mudou-se a París, onde, em 1967, se formou em Literatura Comparada na Sorbonne.[12][14] Após não ter seu titulo reconhecido na Argentina, dada a época Nacionalista que vivia Buenos Aires, Molloy não conseguiu entrar no mundo acadêmico e, por isso, foi a Estados Unidos para se estabelecer. Lá deu aula nas universidades de Yale e Princeton, onde foi a primeira mulher a conseguir um cargo de titular.[15][16][17]
Molloy atuou como bolsista da Fundação Guggenheim, do Fundo Nacional para as Humanidades, do Social Science Research Council e da Fundação Civitella Ranieri.[15] Em 1981, publicou na editora Seix Barral seu primeiro livro, o romance En breve cárcel, pioneiro da literatura lésbica argentina.[18] Em 2001, presidiu a Modern Language Association of América e o Instituto Internacional de Literatura Ibero-americana.[15][19] Em 2002, publicou em Norma seu segundo romance, El común olvido, sobre a última ditadura militar argentina.[20] Em 2003, publicou o livro de relatos Varia imaginación (2003).[21]
Em 2007, criou o mestrado em escritura criativa em espanhol na Universidade de Nova York, a primeira dos Estados Unidos.[22] Além disto, ocupou a cátedra de Humanidades Albert Schweitzer.[23] Essa mesma universidade lhe concedeu o título de doutora honoris causa e de professora emérita.[24][25]
No ano de 2010, publicou na Eterna Cadencia seu terceiro romance Desarticulaciones, sobre o alzheimer.[26] Em 2016, publicou na mesma editora sua segunda coleção de relatos, Vivir entre lenguas, uma «reflexão autobiográfica» sobre seus distintos idiomas.[27] Além de ficção, publicou também ensaios.[22][28]
Molloy faleceu de câncer na cidade de Nova York em 14 de julho de 2022, aos 83 anos.[29] Um ano despois de sua morte, Eterna Cadencia editou seu terceiro livro de relatos, Animalia.[30]
Obras
[editar | editar código-fonte]Ensaios
[editar | editar código-fonte]- La Diffusion de la littérature hispano-américaine en France au XXe siècle (1972)
- Las letras de Borges (1979)
- Acto de presencia: la literatura autobiográfica en Hispanoamérica (1997)
- Poses de fin de siglo. Desbordes del género en la modernidad (2013)
- Citas de lectura (2017)
- Hispanisms and Homosexualities (1998, com Robert McKee Irwin)
- Poéticas de la distancia. Adentro y afuera de la literatura argentina (2006, com Mariano Siskind)
Ficção
[editar | editar código-fonte]- En breve cárcel (1981)
- El común olvido (2002)
- Varia Imaginación (2003)
- Desarticulaciones. (2010)
- Vivir entre lenguas (2016)
Referências
- ↑ Gigena, Daniel (14 de julho de 2022). «Murió en Nueva York la escritora argentina Sylvia Molloy» (em espanhol). La Nación. Consultado em 14 de julho de 2022
- ↑ Soy. Página/12, 25 de setembro de 2009 (em espanhol)
- ↑ SCHMITZ, Lygia Barbachan de Albuquerque. A escrita de si em Sylvia Molloy: um ato de leitura ou a memória em ruínas. Entrelaces - Revista do Programa de Pós-Graduação em Letras da UFC. ISSN 1980-4571
- ↑ Borges y yo. Ministerio de Cultura (em espanhol)
- ↑ Molloy, Sylvia. New York University (em inglês)
- ↑ Intermitencias. Pagina/12, 3 de agosto de 2002 (em espanhol)
- ↑ CUNHA, Dayane Campos da Uma escrita desplazada: literatura e deslocamentos em Sylvia Molloy. Anais do Simpósio Internacional Literatura, Crítica, Cultura V: Literatura e Política, realizado entre 24 e 26 de maio de 2011 pelo PPG Letras: Estudos Literários, na Faculdade de Letras da Universidade Federal de Juiz de Fora
- ↑ Friera, Silvina (14 de julho de 2022). «Sylvia Molloy, una referente y una pionera». PAGINA12. Consultado em 15 de julho de 2022
- ↑ Fern, Por. «Sylvia Molloy cuenta cómo los animales definieron su identidad en un adelanto exclusivo de su libro póstumo». infobae. Consultado em 28 de novembro de 2022
- ↑ Speranza, Graciela (10 de novembro de 2017). «Sylvia Molloy: memorias de una lectora exquisita». Infobae. Consultado em 30 de janeiro de 2019
- ↑ Sabbattella, Leonardo (2 de maio de 2018). «Sylvia Molloy, la lectora perfecta». Eterna Cadencia. Consultado em 30 de janeiro de 2019
- ↑ a b «Sylvia Molloy archivos». Banda Propia Editoras. Consultado em 13 de setembro de 2022
- ↑ Friera, Silvina (14 de julho de 2022). «Sylvia Molloy, una referente y una pionera». PAGINA12. Consultado em 15 de julho de 2022
- ↑ Link, Daniel (3 de agosto de 2002). «Intermitencias». Página/12. Consultado em 22 de outubro de 2016
- ↑ a b c «Sylvia Molloy (1938-2022)». funcionlenguaje.com. Consultado em 13 de setembro de 2022
- ↑ Speranza, Graciela (10 de novembro de 2017). «El libro de la semana: "Citas de lectura", de Sylvia Molloy». Télam. Consultado em 8 de janeiro de 2018
- ↑ Axtell, James (30 de abril de 2006). The Making of Princeton University: From Woodrow Wilson to the Present (em inglês). [S.l.]: Princeton University Press. ISBN 978-0-691-12686-9. Consultado em 14 de julho de 2022
- ↑ de 2022, Por Patricia Kolesnicov14 de julho. «"En breve cárcel", la novela lésbica de Sylvia Molloy que más que ruido causó un enorme silencio». infobae. Consultado em 13 de setembro de 2022
- ↑ «The One Hundred Twenty-Five Presidents». Modern Language Association (em inglês). Consultado em 22 de outubro de 2016
- ↑ «Página/12 :: las12». www.pagina12.com.ar. Consultado em 10 de novembro de 2023
- ↑ «Página/12 :: libros». www.pagina12.com.ar. Consultado em 10 de novembro de 2023
- ↑ a b «A los 83 años, murió la escritora argentina Sylvia Molloy». infobae. 14 de julho de 2022. Consultado em 14 de julho de 2022
- ↑ «Molloy, Sylvia». Consultado em 22 de outubro de 2016. Arquivado do original em 23 de outubro de 2016
- ↑ «Borges y yo: Conferencia de Sylvia Molloy». Diario de Cultura. Consultado em 30 de janeiro de 2019
- ↑ «Sylvia Molloy». Universidad de Nueva York (em inglês). Consultado em 14 de julho de 2022
- ↑ Tolosa, Bernabé. «Nombres vacíos en Desarticulaciones de Sylvia Molloy». 0223.com.a. Consultado em 10 de novembro de 2023
- ↑ «La escritora Sylvia Molloy presentó su nuevo libro, 'Vivir entre Lenguas'». Télam. Consultado em 10 de novembro de 2023
- ↑ Ojeda, Alan (2 de janeiro de 2018). «Un recorrido literario por la vida de Sylvia Molloy». Revista Kunst. Consultado em 8 de janeiro de 2018
- ↑ «Murió en Nueva York la escritora argentina Sylvia Molloy». LA NACION. 14 de julho de 2022. Consultado em 15 de julho de 2022
- ↑ Fern, Por. «Sylvia Molloy cuenta cómo los animales definieron su identidad en un adelanto exclusivo de su libro póstumo». infobae. Consultado em 28 de novembro de 2022