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Pompeia (bairro de São Paulo)

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Vila Pompeia
Bairro de São Paulo
Vista da Vila Pompeia durante o dia.
Dia Oficial 7 de outubro
Fundação 1910
Imigração predominante  Itália

Espanha

Portugal Portugal

 Hungria

Distrito Perdizes
Subprefeitura Lapa
Região Administrativa Oeste
Mapa

Vila Pompeia, também conhecido como Pompeia, é um bairro da cidade brasileira de São Paulo, localizado no distrito de Perdizes e pertencente à Subprefeitura da Lapa.

Limita-se com os bairros de Perdizes, Vila Anglo Brasileira, Água Branca, Vila Romana, Lapa, e Barra Funda.

Traçado do bairro, Mapa Oficial da cidade em 1929.

Por volta de 1910, surgia um novo loteamento dividindo as chácaras em um bairro. O empreendedor Rodolpho Miranda, dono da Companhia Urbana e Predial, resolveu homenagear sua esposa Aretusa Pompeia, batizando o novo bairro como o nome de Vila Pompeia.[1]

Rapidamente imigrantes atraídos pelas centenas de indústrias que apareciam na região adquiriam lotes para fixar residência. Italianos, portugueses, espanhóis e húngaros trabalhavam como operários nas fábricas.

Indústrias Matarazzo, Parque Antártica e a chegada dos padres

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Fachada do estádio em 1921.

Desde que o complexo das Indústrias Matarazzo foi inaugurado em 1920, o bairro da Vila Pompeia passou a ser a moradia dos operários,[2] em sua maioria de italianos e espanhóis, se aglomeraram pela região influenciando a culinária e cultura do bairro.

Na mesma época, foi inaugurado o Parque Antártica, que até então pertencia a Companhia Antártica Paulista, e mais tarde viria a ser o estádio e sede do Palestra Itália (posteriormente, Palmeiras)[3] O complexo de trezentos mil metros quadrados foi primeiramente destinado ao lazer da população da região e contava com espaços para prática de atletismo e tênis, além de ser um dos primeiros complexos a ter campos de futebol na cidade.

A região teve grande crescimento com a chegada dos padres Camilianos que, em 1922, fundaram a Igreja de Nossa Senhora do Rosário da Pompeia.[4] Essa mesma ordem de padres que mais tarde em 1930 fundou um pequeno centro de saúde que, mais tarde, se tornaria o Hospital e Maternidade São Camilo.[carece de fontes?]

Interior do SESC Pompeia.

A Liverpool brasileira

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O próspero bairro industrial colheria o fruto de sua cultura no final da década de 1960 e começo de 1970, época em que na casa número 408 da Rua Venâncio Aires, viveram os irmãos Arnaldo Baptista e Sérgio Dias, dos Mutantes, que influenciaria o surgimento de bandas importantes no cenário brasileiro como Tutti Frutti, Os Mutantes e Made in Brazil.[5] Levando o bairro a ganhar o apelido de Liverpool brasileira.[6]

Nos anos 80, com o projeto arquitetônico desenvolvido pela arquiteta Lina Bo Bardi, foi inaugurado o SESC Pompeia, primeiro local da cidade em que eram realizados shows de punk rock, acabando por sediar o festival "O Começo do Fim do Mundo" onde bandas como Ratos de Porão, Cólera, Inocentes e Olho Seco tocaram pela primeira vez.[7] O espaço cultural que sediou de 2000 á 2003 o programa Musikaos da TV Cultura, onde bandas como Pitty, CPM 22 e Cachorro Grande começaram a ganhar grande exposição.[7]

O bairro carrega ainda hoje nomes em ascensão na cena musical nacional como Mattilha, Quimere e Sioux 66.[8]

Allianz Parque

Nos dias de hoje, a infraestrutura cultural do bairro ainda conta com o SESC Pompeia, composto por teatros, quadras poliesportivas, piscinas, dentre outras áreas de lazer. Além do Bourbon Shopping Pompeia onde encontra-se o Teatro Bradesco e o Espaço Itaú de Cinema.

A região ainda conta com o espaço de entretenimento e lazer Allianz Parque, arena multiuso do Palmeiras construída para abrigar shows, concertos, eventos corporativos e, principalmente, partidas de futebol do clube. A arena conta com capacidade para 43 mil pessoas em partidas esportivas e 55 mil pessoas em shows e já contou com apresentações de ícones da música internacional como Paul Mccartney, Iron Maiden, Aerosmith, Demi Lovato e a reunião da banda Guns n' Roses. Localiza-se também no bairro, a escola de samba Águia de Ouro, fundada em 1976.

Atualmente, o bairro sofre com um grande processo de verticalização das moradias, com prédios altos e de luxo; porém, ainda encontra-se diversas moradias antigas de renda média e baixa, principalmente em seu limite inferior.

Vista de parte da Vila Pompeia durante o por do Sol.

Referências

  1. "A Vila Madalena do Século 21", Luciana Matiussi, Época São Paulo número 2, junho de 2008, Editora Globo, pág. 102
  2. LTDA, Vivaweb Internet. «Vila Pompeia, Indústrias Matarazzo, Lapa e Vila Romana :: São Paulo - Minha Cidade». www.saopaulominhacidade.com.br. Consultado em 31 de dezembro de 2016 
  3. «Pompéia, 100 | Viagem e Turismo». Viagem e Turismo. 8 de setembro de 2011 
  4. Levino Ponciano, Bairros Paulistanos de A a Z, Editora Senac
  5. Lee, Bruno (28 de fevereiro de 2016). «Mãe do Rock». São Paulo: Grupo Folha. Folha de S.Paulo (31.742): Especial Morar - 8 
  6. «Na Vila Pompeia, a Liverpool brasileira - São Paulo - Estadão». Estadão 
  7. a b «Berço do rock nacional, Pompeia gerou de 'Os Mutantes' aos primeiros festivais de punk de SP - Especial Perdizes/Vila Leopoldina». especial.folha.uol.com.br. Consultado em 31 de dezembro de 2016 
  8. «Conheça a banda Mattilha, diretamente do bairro do rock em São Paulo». Arquivado do original em 2 de janeiro de 2017 
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