Saltar para o conteúdo

Prisma de Glan-Taylor

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Um prisma de Glan-Taylor reflete a luz s- polarizada em um entreferro interno, transmitindo apenas o componente p- polarizado. Os eixos ópticos são verticais no plano do diagrama.

O prisma de Glan-Taylor é um tipo de prisma geralmente utilizado como um polarizador ou divisor de feixes, sendo um dos tipos mais comuns utilizados atualmente em efeitos de polarização.[1] Sua construção foi descrita pela primeira vez por Archard e Taylor em 1948.[2]

O prisma é feito de dois prismas triângulos retângulos de calcita (ou outro material birrefringente, e suas diagonais mais longas são separados por uma camada de ar. Os eixos ópticos dos cristais de calcita são alinhadas paralelamente ao plano de reflexão, de forma que a reflexão interna total da luz polarizada no eixo s devido a camada de ar, garante que apenas a luz polarizada no eixo p seja transmitida pelo dispositivo. Devido ao fato do ângulo de incidência na camada de ar ser razoavelmente próximo do ângulo de Brewster, a reflexão indesejada da luz polarizada no eixo p se faz mínima, dando ao prisma Glan-Taylor uma transmissão superior ao projeto Glan-Foucault.[1][3] Deve-se notar que, enquanto o feixe transmitido é totalmente polarizado, o feixe refletido não é. Os lados do cristal utilizado na construção do prisma podem ser polidos de forma a permitir que o feixe refletido saia do dispositivo, ou ainda podem ser escurecidos de forma a absorvê-lo. Nesta ultima configuração, reduz-se o efeito indesejado da reflexão de Fresnel.

Uma variação possível deste desenho é o chamado prisma Glan-laser, que se trata de um prisma Glan-Taylor com um ângulo de inclinação para o corte no prisma, diminuindo a perda de reflexão às custa da redução do campo angular de visão.[1] Estes polarizadores são tradicionalmente concebidos para tolerar feixes com intensidades muito elevadas, tal como aqueles produzidos por um laser. As diferenças entre os prismas podem incluir o uso da calcita que é geralmente escolhido devida a sua baixa dispersão, melhor qualidade nos lados do cristal, e melhores revestimentos antirreflexo. Prismas com limiares de dano por irradiância maiores que 1 GW/cm2 estão disponíveis comercialmente.

Referências

  1. a b c Bennett, Jean M . (1995). "Polarizers". In Bass Michael, Ed. Handbook of Optics Volume II (2nd ed.). McGraw-Hill. pp. 3.13–3.14.
  2. Archard, J.F.; Taylor, A.M. (1948). "Improved Glan-Foucault prism". J. Sci. Instrum. 25: 407–409. Bibcode:1948JScI...25..407A
  3. Fan, Ji-Yang; Li, Hong-Xia; Wu, Fu-Quan (15 de julho de 2003). «A study on transmitted intensity of disturbance for air-spaced Glan-type polarizing prisms». Optics Communications (em inglês) (1): 11–16. ISSN 0030-4018. doi:10.1016/S0030-4018(03)01618-3. Consultado em 6 de abril de 2021 
  • Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Glan-Taylor prism».
Ícone de esboço Este artigo sobre física é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.