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Ramal de Maceira-Liz

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Ramal de Maceira-Liz
Estação de Martingança, em 2018.
Estação de Martingança, em 2018.
Comprimento:5 km
Bitola:Bitola larga
Unknown route-map component "CONTgq" Unknown route-map component "STR+r"
L.ª OesteCacém
Unknown route-map component "exKXBHFa-L" Unknown route-map component "XBHF-R"
0,0 Martingança
Unknown route-map component "exSTR" Unknown route-map component "ABZgl" Unknown route-map component "CONTfq"
L.ª OesteF.Foz
Unknown route-map component "exABZgl" Unknown route-map component "eKRZ" Unknown route-map component "exSTR+r"
CFML
Unknown route-map component "exCONTgq" Unknown route-map component "exSTRr" Straight track Unknown route-map component "exSTR"
CFMLMinas da Bezerra
Non-passenger end station Unknown route-map component "exKDSTe"
5,0 Maceira-Liz (SECIL)

O Ramal de Maceira-Liz é um segmento privado da rede ferroviária portuguesa, com 5 km em bitola ibérica, que liga a estação de Martingança na Linha do Oeste à Fábrica Maceira-Liz da Secil (Cimentos), situada a cerca de 13 km de Leiria.

O ramal tem cerca de cinco quilómetros de extensão, sendo explorado pela empresa cimenteira Secil.[1] Liga a estação de Martingança, na Linha do Oeste, a uma unidade de fabrico de cimento.[1]

Na altura da da construção da Fábrica Maceira-Liz, verificava-se uma quase total ausência de infra-estruturas no local, existindo apenas uma estrada que ligava Maceira a Leiria, terminando a vários quilómetros da Gândara. Assim, em 1921 foi construído[1] um ramal ferroviário privativo, cujos cinco quilómetros ligam a fábrica à rede nacional de caminhos-de-ferro, medida que permitiu o transporte de materiais pesados (nomeadamente maquinaria) até à fábrica.[2] Durante a existência (1924 até à II Guerra Mundial) do Caminho de Ferro Mineiro do Lena, em bitola métrica, existiu, também, um segundo ramal que ligava esta linha à Fábrica de Cimento.[carece de fontes?]

Ao longo da sua existência, o ramal conheceu um elevado movimento, tendo sido utilizado no transporte de vários milhões de toneladas de cimento.[1] O ferroviário Joaquim Pinto, que trabalhou na estação de Martingança na década de 1960, referiu numa entrevista ao jornal Gazeta das Caldas em 2016 que naquela altura o ramal expedia diariamente quatro comboios de cimento.[1]

Em 2021, a empresa Secil decidiu fazer todo o escoamento da produção da fábrica de Macieira-Liz apenas através de via rodoviária, tendo apontado como principais motivos para esta decisão os custos e as condições de serviço.[1] Já em 2020 a empresa tinha favorecido o uso de camiões em detrimento dos comboios, «por razões técnicas e comerciais», tendo elaborado que «a falta de electrificação da linha do Oeste até à estação do Louriçal tem provocado constrangimentos que ditam a não preferência pela transporte ferroviário».[1] Esta explicação foi confirmada pela operadora ferroviária Medway, que esclareceu que «a operação rodoviária tornou-se absolutamente imbatível, tanto mais que a solução ferroviária assenta no diesel».[1] Com efeito, a linha ainda não tinha sido modernizada, pelo que as composições de mercadorias tinham de ser rebocados por locomotivas a gasóleo, mais custosas.[1] A Linha do Oeste só estava electrificada até à estação do Louriçal, a cerca de 47 km de distância de Maceira, mas os elevados custos envolvidos na troca de uma locomotiva a gasóleo por outra movida a electricidade continuavam a reduzir a sua competitividade em relação ao transporte rodoviário.[1] Uma opinião semelhante foi expressada pelo presidente da Medway, Carlos Vasconcelos, que referiu que «A electrificação da linha do Oeste permitiria, seguramente, tornar a ferrovia competitiva».[1] Este empreendimento não foi incluído no programa Ferrovia 2020, embora tenha sido previsto para o Programa Nacional de Investimentos 2030.[1] Também chegou a estar programada a electrificação da Linha do Oeste a Sul das Caldas da Rainha até 2020, mas os trabalhos não se iniciaram, enquanto que a modernização do lanço a Norte nem chegou a ser calendarizada.[1] A empresa Secil confirmou que o ramal não seria encerrado, uma vez que o considerou como «um activo estratégico da empresa que se pretende manter operacional, caso seja necessária a sua utilização futura».[1]

Referências

  1. a b c d e f g h i j k l m n CIPRIANO, Carlos (19 de Fevereiro de 2021). «Cem anos depois de inaugurado, o ramal ferroviário de Maceira-Liz deixou de transportar cimento». Público. Consultado em 19 de Fevereiro de 2021 
  2. Pombo, António Pedro: A “Indústria Social” da Fábrica de Maceira-Liz: Política social e operariado na indústria do cimento. 1996, páginas 2 e 3 em pdf Arquivado em 4 de junho de 2010, no Wayback Machine..

Ligações externas

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