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Raquitismo

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Raquitismo
Raquitismo
Radiografia de criança de dois anos com raquitismo, com fémures arqueados e diminuição da densidade óssea
Especialidade Pediatria, reumatologia
Sintomas Pernas arqueadas, atraso no crescimento, dor nos ossos, deformações cranianas, dificuldade em dormir[1][2]
Complicações Fracturas ósseas, espasmos musculares, escoliose, deficiência intelectual[2]
Início habitual Infância[2]
Causas Insuficiência de vitamina D ou cálcio na dieta, pele escura, pouca exposição solar, amamentação em exclusivo sem suplementação de vitamina D, doença celíaca, algumas doenças genéticas[1][2][3]
Classificação e recursos externos
CID-10 E55.0
CID-9 268.0
CID-11 2047696084
OMIM 264700, 277440, 600081, 600785
DiseasesDB 9351
MedlinePlus 000344
eMedicine 985510
MeSH D012279
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Raquitismo é uma doença metabólica caracterizada por deformações dos ossos em crianças.[4][1] Os sintomas mais comuns são pernas arqueadas, atraso no crescimento, dor nos ossos, deformações cranianas e dificuldade em dormir.[1][2] Entre as possíveis complicações estão fraturas ósseas, espasmos musculares, escoliose ou deficiência intelectual.[1][2]

A causa mais comum de raquitismo é a deficiência de vitamina D.[1] Esta deficiência pode ser o resultado de uma dieta com uma quantidade insuficiente de vitamina D, pele de tom escuro, pouca exposição solar, falta de suplementação com vitamina D nos casos em que o bebé é amamentado em exclusivo, doença celíaca e algumas doenças genéticas.[1][2] Entre outros fatores estão a deficiência de cálcio ou de fósforo.[3][5] O mecanismo subjacente envolve a insuficiente calcificação da placa epifisária.[6] O diagnóstico baseia-se geralmente em radiografias e análises ao sangue para detectar a presença de baixos níveis de cálcio, baixos níveis de fósforo e elevada fosfatase alcalina.[1]

Entre as medidas de prevenção está a administração de suplementos de vitamina D em bebés que estejam a ser amamentados em exclusivo.[5] O tratamento depende da causa subjacente.[1] Nos casos em que o raquitismo é causado pela deficiência de vitamina D, o tratamento geralmente consiste na administração de vitamina D e de cálcio.[1] O tratamento geralmente produz melhorias ao fim de algumas semanas.[1] As deformações nos ossos podem melhorar com o tempo.[5] Em alguns casos, é possível corrigir com cirurgia algumas deformações ósseas.[2] Os casos de origem genética geralmente requerem tratamento especializado.[5]

O raquitismo é uma doença relativamente comum no Médio Oriente, África e Ásia.[3] É pouco comum na América do Norte e na Europa, exceto entre alguns grupos de minorias.[2][3] A doença tem início na infância, geralmente entre os 3 e 18 meses de idade.[2][3] A doença afeta de igual forma crianças do sexo masculino e feminino.[2] As descrições de casos que se acredita serem de raquitismo remontam pelo menos ao século I.[7] A doença foi bastante comum até ao século XX.[7] Uma das primeiras formas de tratamento consistia na administração de óleo de fígado de bacalhau.[7]

Referências

  1. a b c d e f g h i j k «Rickets». Genetic and Rare Diseases Information Center (GARD) – an NCATS Program (em inglês). 2013. Consultado em 19 de dezembro de 2017 
  2. a b c d e f g h i j k «Rickets, Vitamin D Deficiency». NORD (National Organization for Rare Disorders). 2005. Consultado em 19 de dezembro de 2017 
  3. a b c d e Creo, AL; Thacher, TD; Pettifor, JM; Strand, MA; Fischer, PR (maio de 2017). «Nutritional rickets around the world: an update.». Paediatrics and International Child Health. 37 (2): 84–98. PMID 27922335. doi:10.1080/20469047.2016.1248170 
  4. «Raquitismo». Infopédia, Enciclopédia de Língua Portuguesa da Porto Editora. Consultado em 25 de novembro de 2019 
  5. a b c d «Rickets - OrthoInfo - AAOS». Setembro de 2010. Consultado em 19 de dezembro de 2017 
  6. Florin, Todd; MD, Stephen Ludwig; Aronson, Paul L.; Werner, Heidi C. (2011). Netter's Pediatrics E-Book (em inglês). [S.l.]: Elsevier Health Sciences. p. 430. ISBN 978-1455710645 
  7. a b c Rajakumar, K (agosto de 2003). «Vitamin D, cod-liver oil, sunlight, and rickets: a historical perspective.». Pediatrics. 112 (2): e132–5. PMID 12897318. doi:10.1542/peds.112.2.e132