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Tarzan (1999)

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(Redirecionado de Tarzan (filme de 1999))
 Nota: Para outros significados, veja Tarzan.
Tarzan
Tarzan (1999)
Cartaz promocional
 Estados Unidos
1999 •  cor •  88 min 
Género animação, aventura, romance, comédia
Direção Chris Buck
Kevin Lima
Produção Bonnie Arnold
Roteiro Tab Murphy
Bob Tzudiker
Noni White
Baseado em Tarzan of the Apes de
Edgar Rice Burroughs
Elenco Tony Goldwyn
Minnie Driver
Rosie O'Donnell
Glenn Close
Brian Blessed
Lance Henriksen
Wayne Knight
Nigel Hawthorne
Música Mark Mancina (instrumental)
Phil Collins (canções)
Edição Gregory Perler
Companhia(s) produtora(s) Walt Disney Feature Animation
Walt Disney Pictures
Distribuição Buena Vista Pictures
Lançamento Estados Unidos 18 de junho de 1999
Brasil 2 de julho de 1999
Idioma inglês
Orçamento US$ 130 milhões
Receita US$ 448,2 milhões
Cronologia
Tarzan & Jane (2002)

Tarzan é um filme norte-americano de animação produzido pela Walt Disney Feature Animation e distribuído pela Walt Disney Pictures. A 37º animação da Disney, é baseado na história Tarzan dos Macacos por Edgar Rice Burroughs, e é a primeira grande versão em animação da história de Tarzan. Dirigido por Chris Buck e Kevin Lima, com roteiro de Tab Murphy, Bob Tzudiker, e Noni White, Tarzan apresenta as vozes originais de Tony Goldwyn, Minnie Driver, Glenn Close e Rosie O'Donnell com Brian Blessed, Lance Henriksen, Wayne Knight e Nigel Hawthorne.

A pré-produção de Tarzan começou em 1995 com Kevin Lima selecionado como diretor,[1] mais tarde se juntando o animador Chris Buck no mesmo ano. Após um primeiro esboço, Tab Murphy, Bob Tzudiker, Noni White e Dave Reynolds foram trazidos para re-construir o terceiro ato e adicionar humor para o roteiro. O músico inglês, Phil Collins, foi recrutado para compor e gravar músicas que foram integradas a trilha orquestral de Mark Mancina. Enquanto isso, a equipe de produção embarcou em uma viagem de investigação a Uganda e no Quênia para estudar os gorilas. A animação para o filme foi feita na Califórnia, Orlando, e em Paris com Deep Canvas, um sistema pioneiro de software para animação computadorizada, predominantemente usado para criar fundos tridimensionais.

Tarzan estreou com recepção positiva da crítica que elogiou animação e música do filme. Com um orçamento de US$ 130 milhões (o filme animado mais caro já feito até Planeta do Tesouro, também da Disney, que custou US$ 140 milhões), o filme arrecadou US$ 448,2 milhões no mundo, tornando-se a quinta maior bilheteria de 1999, o segundo mais alto lançamento animado de 1999, atrás de Toy Story 2, e o primeiro filme de animação da Disney para abrir no primeiro lugar nas bilheterias da América do Norte desde Pocahontas (1995).[2] Venceu o Oscar e o Globo de Ouro de Melhor Canção Original por You'll Be In My Heart e o Grammy de Melhor Trilha Sonora. Tarzan recebeu muitas obras derivadas, tais como uma adaptação da Broadway, uma série de televisão, The Legend of Tarzan, e dois filmes diretamente em vídeo: Tarzan & Jane (2002) e Tarzan II (2005). É considerado o último filme da Era Renascentista da Disney.

No século XIX, início de 1890, um casal de ingleses com seu filho conseguem escapar de um navio em chamas, chegando em terra firme perto de uma grande floresta tropical na costa da África. O casal monta uma casa na árvore com os destroços do navio, mas posteriormente são mortos por Sabor, um grande leopardo fêmea. Kala, a gorila, cujo filho foi morto e comido pelo mesmo leopardo, ouve o choro da criança órfã, e encontra-a na casa da árvore abandonada onde os corpos dos pais da pequena criança estão. Kala imediatamente se apega ao bebê, mas ela é atacada por Sabor, que quer matar e comer a criança. Kala consegue fugir com o bebê e deixa Sabor amarrada numa corda.

Kala leva o bebê para o local onde vivem vários gorilas para criá-lo como se fosse seu próprio filho, apesar da desaprovação de seu companheiro Kerchak. Kala coloca o nome da criança humana de Tarzan. Ele faz amizade com outros gorilas na tropa e outros animais, incluindo a jovem gorila Terk e o elefante Tantor, Tarzan se vê incapaz de manter o contato com eles, e leva um grande tempo e esforço para melhorar a si mesmo. Vários anos depois, Tarzan é capaz de matar Sabor com sua lança e proteger a tropa, ganhando o respeito relutante de Kerchak.

A vida pacífica da tropa gorila é interrompida pela chegada de uma equipe de exploradores humanos da Inglaterra, consistindo de Professor Porter, sua filha Jane e o caça-guia Clayton. Jane é acidentalmente separada do grupo e perseguida por um bando de babuínos. Tarzan a salva dos babuínos, e reconhece que ela é igual ao que ele é, um ser humano. Tarzan leva Jane de volta ao acampamento dos exploradores, onde Porter e Clayton tomam grande interesse por ele, o professor em termos de progresso científico e Clayton pela esperança de Tarzan levá-lo para os gorilas para que ele possa capturá-los e voltar com eles para a Inglaterra. Apesar das advertências de Kerchak para ter cuidado com os humanos, Tarzan continua a voltar para o acampamento e ser ensinado por Porter, Clayton, e Jane a falar Inglês e aprender sobre o mundo humano, e ele e Jane começam a se apaixonar. No entanto, eles estão tendo dificuldade em convencer Tarzan a levá-los até os gorilas, devido ao medo de Tarzan para a sua segurança contra a ameaça de Kerchak.

Quando o barco dos exploradores retorna para buscá-los, Clayton convence Tarzan que se ele mostrar o grupo dos gorilas, então Jane vai ficar com ele. Tarzan concorda e leva o partido a casa da tropa de gorilas, enquanto Terk e Tantor mantém Kerchak afastado para evitar que ele ataque os seres humanos. Porter e Jane estão animados para conhecer e conviver com os gorilas, mas Kerchak retorna e ameaça matá-los depois de testemunhar Clayton ameaçando alguns gorilas com seu rifle. Kerchak enfrenta diretamente Clayton, mas Tarzan é obrigado a impedir Kerchak de atacar enquanto os seres humanos escapam, e depois deixa a tropa ali mesmo, alienado por suas ações. Kala, relutantemente, leva Tarzan de volta para a casa da árvore onde encontrou-o quando era um bebê, e mostra-lhe o seu verdadeiro passado.

Encorajado por Kala a seguir seu coração, Tarzan decide sair com Jane, Clayton e Professor Porter depois de dizer um adeus choroso a sua mãe adotiva. Quando eles retornam ao navio, todos são emboscados por piratas e é então revelado que Clayton desejava capturar e vender os gorilas na Inglaterra por um preço alto. Tarzan e os outros são, então, presos no casco do navio, mas são resgatados por Terk e Tantor e correm de volta para a casa dos gorilas.

Clayton e seus homens chegam de volta na floresta e capturam os gorilas. Fazendo o seu caminho de volta para casa dos gorilas, Tarzan recruta diversos amigos animais e, juntos, lutam e afastam o resto dos homens. Clayton aprisiona os animais nas gaiolas, mas eles são libertados por Jane, Professor Porter, Terk e Tantor. Ao libertar Kala de sua jaula, Tarzan é atingido por um tiro de raspão disparado por Clayton e Kerchak o confronta, mas Clayton o atinge com sua arma. Vendo a cena, Tarzan se enfurece e continua a luta subindo nas árvores cobertas de vinha e destrói a arma de Clayton. O confronto termina quando Clayton corta acidentalmente uma videira em torno de seu pescoço, fazendo-o cair para a morte quando a vinha encaixa em seu pescoço, deixando-o enforcado. Tarzan vai para o lado de Kerchak e pede seu perdão a ele, mas Kerchak pede desculpas a Tarzan por nunca aceitá-lo como um do rebanho, o nomeia novo líder do bando e chama Tarzan de "filho" pela primeira vez antes de morrer. No dia seguinte, Porter e Jane se preparam para partir no navio, mas Tarzan fica para trás com a tropa de gorilas. Enquanto o navio parte, Porter encoraja sua filha a ficar com Tarzan, e Jane pula no mar para encontrar Tarzan, com Porter indo logo atrás dela. Os Porters se reúnem com Tarzan e embarcam em sua nova vida juntos.

Desenvolvimento

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A versão da Disney foi o primeiro filme animado sobre o personagem.[5] Thomas Schumacher, presidente da divisão de animações, se surpreendeu por não haver nenhuma outra tentativa de animar um filme sobre Tarzan, dizendo: "Este é um livro que implora por ser animado. Somos os primeiros cineastas a transformá-lo das páginas para as telas e apresentá-lo segundo o universo de Burroughs.".[6] Schumacher também observou que em um filme de animação, Tarzan é capaz de conectar-se com os demais animais em um nível muito mais profundo que poderia em um live action.[6]

Após seu trabalho em A Goofy Movie (1994), Kevin Lima foi contactado por Jeffrey Katzenberg, diretor dos estúdios, para dirigir Tarzan. Katzenberg desejava produzir o filme em um estúdio de animação canadense, o que não teria sido bem aceito por Lima por conta da complexidade das técnicas planejadas para o filme. Após a saída de Katzenberg, Lima voltou a ser contactado pela Disney - através de Michael Eisner, que havia decidido realizar o filme através da divisão de animação da companhia.[7] Após o acerto de questões contratuais, Lima leu Tarzan of the Apes, ficando intrigado com a temática "de duas mãos diferentes juntas".[8] Esta imagem tornou-se um importante símbolo de relações entre os personagens do filme, e uma metáfora da busca de Tarzan pela identidade. "Eu buscava algo que acentuasse sentimento de Tarzan de ser diferente de sua família animal", afirmou Lima; "A imagem de duas mãos se tocando foi concebida primeiramente como uma ideia de como Tarzan descobre que ele e Jane são semelhantes".[6] Após dois meses de leitura do livro, Lima aproximou-se de Chris Buck - que acabara de atuar como supervisor de animação em Pocahontas - oferecendo-lhe a co-direção em Tarzan. Buck, à princípio relutante, acabou por aceitar participar da produção ao estudar as propostas criativas de Lima.[9] Em abril de 1995, o jornal californiano Los Angeles Times divulgou o início da produção de Tarzan após a aquisição dos direitos de adaptação da obra original pela Walt Disney junto aos herdeiros de Edgar Rice Burroughs.[10]

Em janeiro de 1995, Tab Murphy, ao concluir seu trabalho em O Corcunda de Notre Dame (1996), sentiu-se atraído pela temática "homem e natureza" presente nos esboços de Tarzan, e iniciou o desenvolvimento de um roteiro. Para o terceiro ato, Murphy sugeriu que Tarzan voltasse para a Inglaterra, divergindo da ocorrência de sua morte na obra original. Os diretores, no entanto, discordariam por crer que isto alteraria profundamente a temática de família que desejavam. Na intenção de que todos os personagens vivessem na floresta após o desenrolar da trama, o terceiro ato do roteiro precisaria ser totalmente reestruturado, redefinindo o papel do antagonista e concebendo uma maneira de ameaçar a sobrevivência dos gorilas.[6] Para tal, foi concebido o antagonista Clayton, guia da pequena expedição do Professor Archimedes Q. Porter e Jane Porter, sua filha. Além disto, a atuação de Kerchark foi totalmente revista, passando de uma criatura completamente selvagem a protetor de sua tribo.[8]

Em janeiro de 1997, a dupla de roteiristas Bob Tzudiker e Noni White foram contratados para acrescentar humor ao roteiro central e, desta forma, criar um equilíbrio ao teor emocional do filme.[8] O comediante Dave Reynolds também colaborou neste sentido nos diálogos.[11] "Fui contratado por seis semanas para reescrever e dinamizar o roteiro", afirmou Reynolds. No entanto, seu trabalho seria concluído cerca de uma ano depois.[6] A equipe de roteiristas teve de enfrentar a subtrama de como Tarzan descobriria seu passado. Bonnie Arnold, produtor do filme, esclareceu: "Quando Kala leva Tarzan de volta à casa da árvore, ela está essencialmente afirmando que ele é adotado (...) criando nele a necessidade buscar por outros semelhantes."[6] Para salientar e explorar o potencial emocional da cena, Arnold promoveu uma discussão entre pais adotivos e parte do elenco e produção.[6] Outro ponto trabalhado pela equipe foi o racismo explícito da narrativa original. Os roteiristas, contudo, optaram por não incluir nenhum personagem humano africano.

Escolha do elenco

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O canadense Brendan Fraser realizou testes para o papel principal antes de protagonizar George of the Jungle.[12] O mesmo seria feito por Tony Goldwyn, que ficou com o papel por sua leitura "em tom selvagem" aliado às suas "imitações de babuínos".[13] Lima e Buck desejavam o grito original de Tarzan, marca registrada do personagem em diversas de suas adaptações cinematográficas, porém Goldwyn encontrou dificuldade em prover o tom original e foi substituído nesta tarefa por Brian Blessed.[14] A personagem Terk foi escrita originalmente como um gorila macho, mas após os testes de Rosie O'Donnell, a personagem foi reimaginada como uma fêmea.[15] Além destes, o cineasta Woody Allen havia sido considerado para dar voz ao neurótico elefante Tantor. Contudo, Katzenberg atraiu-o para a produção de Antz, da DreamWorks Pictures. Aceitando a proposta da companhia rival, Allen foi substituído por Wayne Knight.[16]

A equipe teve acesso ao Parque Nacional Impenetrável de Bwindi, no Uganda, para a retratação do design principal do filme.

A animação ficou por conta de duas equipes, uma em Paris e outra em Burbank, Califórnia. A distância e diferença de horário trouxe ainda mais dificuldades para a produção do filme, especialmente nas cenas entre Tarzan e Jane. Glen Keane serviu como supervisor de animação de Tarzan nos estúdios em Paris, enquanto Ken Duncan serviu como supervisor de animação para Jane nos estúdios em Burbank. Para realizar cenas coordenadas com diversos personagens, a equipe utilizou um equipamento conhecido como "máquina de cena", que permite a troca de esboços entre os dois estúdios.[6] Enquanto isto, cerca de duzentos animadores no estúdio "Feature Animation Florida" trabalhavam nos efeitos visuais.[17]

Desde o início Keane desejava fazer Tarzan deslizar por sobre os troncos de árvores, inspirado no interesse de seu filho em surf. Os diretores, contudo, expressaram preocupação em tornar o personagem uma espécie de "garoto surfista", porém mudaram de opinião quando Keane lhes revelou os testes de animação. Apesar de pensar inicialmente que seria mais fácil animar por Tarzan usar somente uma tanga, Keane precisou de uma musculatura completa humana capaz de esboçar movimentos como uma animal. Para conceber a movimentação de Tarzan, o estúdio em Paris estudou diversos animais buscando transferir seus movimentos ao personagem. A equipe também consultou especialistas em anatomia. Desta forma, Tarzan foi o primeiro personagem animado da Disney a exibir músculos definidos.[6]

Em preparação à animação dos gorilas, a equipe participou de palestras sobre primatas, visitou zoológicos e estudou documentários sobre vida animal sob coordenação de um grupo de animadores também interessados no assunto. Em 1996, os produtores viajaram pelo Quênia buscando referências visuais para o cenário do filme, passando também pelo Parque Nacional Impenetrável de Bwindi, no Uganda, ao qual elegeram como cenário da animação. Em 2000, Chris Buck repetiria a viagem acompanhado de jornalistas para promover o lançamento do filme em VHS.[18]

Para desenvolver os cenários em 3D, a produção de Tarzan criou uma grande pintura em 3D através de uma técnica de renderização conhecida como "Deep Canvas" (termo cunhado pelo artista Eick Daniels).[19] Esta técnica permite a produção de fundo CGI semelhante à pintura tradicional, de acordo com o diretor de arte Daniel St. Pierre. Pela técnica empregada na animação do cenário, os desenvolvedores do "Deep Canvas" foram premiados pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas em 2003.[19] Após a produção de Tarzan, a técnica viria a ser empregada em outros filmes, como Atlantis: The Lost Empire (2001). Já em Treasure Planet (2002), a técnica seria empregada em mais de 75% das cenas, sendo sua maior utilização desde então.[19]

Ver artigo principal: Tarzan (trilha sonora)
Phil Collins foi o compositor e intérprete da aclamada trilha sonora de Tarzan.

As músicas da trilha sonora de Tarzan foram compostas por Phil Collins e a parte instrumental por Mark Mancina. Collins foi responsável por gravar a trilha em diversos idiomas, incluindo inglês, italiano, alemão, espanhol e francês.[20] Em Portugal as canções foram interpretadas por Luís Represas.[4] No Brasil, o músico Ed Motta deu voz às versões para as canções, com destaque para "No Meu Coração Você Vai Sempre Estar" (versão de "You'll Be in My Heart").[21] A canção, inclusive, recebeu o Óscar e o Globo de Ouro de Melhor Canção Original, enquanto o álbum inteiro venceu o Grammy de Melhor Álbum de Banda Sonora.

Buscando romper com a tradição da Disney, os diretores Kevin Lima e Chris Buck decidira não incluir partes cantadas pelos personagens. Lima afirmou: "Eu não queria que Tarzan cantasse. Simplesmente não conseguia imaginar aquele homem de tanga sentado em um tronco cantando. Seria ridículo."[12] Ao invés disto, Collins foi orientado a performar as canções como se estivesse narrando os eventos do filme.[22][23] A escolha do cantor para compor a trilha sonora de Tarzan foi comparada à colaboração de Elton John em The Lion King.[24] Posteriormente, Collins revelaria que a maioria das canções foi composta durante ensaios e sessões de improviso após ler o roteiro.[6] Três das canções - "Son of Man", "Trashin' the Camp" e "Strangers Like Me" foram baseadas em suas primeiras impressões sobre o enredo. A canção "Two Worlds", por sua vez, foi pensada como um hino ao personagem.[6]

A trilha instrumental foi composta por Mark Mancina, que havia anteriormente produzido a música de The Lion King e o musical homônimo. Mancina e Collins colaboraram profundamente na criação da música que complementaria o filme, fazendo uso inclusive de instrumentos exóticos da coleção particular do primeiro.[6] "A ideia da trilha sonora veio como uma entidade, já que eu e Phil trabalhamos juntos para criar o que é ouvido no filme".[6]

Tarzan foi lançado nos Estados Unidos em 18 de junho de 1999; no Brasil em 2 de julho de 1999 e em Portugal em 26 de novembro do mesmo ano. O VHS e o DVD do filme foram lançados em Fevereiro de 2000.

Em 18 de Abril de 2000, a Disney lançou uma versão especial do filme com DVD duplo, essa versão possuía vídeo-clipes, atividades e jogos. Em 2005 uma edição em DVD simples do longa foi lançada. Também foi lançado pela primeira vez em Blu-ray nos países seguintes: Inglaterra, Portugal, Alemanha, Rússia, Itália, Espanha, França, Suécia, Grécia, Noruega, Finlândia, Dinamarca, Bélgica, República Checa e Holanda.

Tarzan foi um grande sucesso de bilheteria arrecadando mais que os seus antecessores Hércules e Mulan. O longa arrecadou na semana de estreia US$ 34 221 968 sendo o primeiro filme de animação da Disney a ficar em primeiro desde Pocahontas.

Segundo o site Box Office Mojo, Tarzan arrecadou US$ 448 191 819[25] mundialmente (US$ 171 091 819 nos EUA e US$ 277 100 000 em outros países); Tarzan foi também o quinto filme mais visto no mundo no ano de 1999.

Resposta crítica

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No site agregador de resenhas Rotten Tomatoes, o filme possui 89% de aprovação dos críticos com base em 105 críticas, obtendo uma pontuação média de 7,6/10; o consenso crítico diz: "Tarzan da Disney leva a conhecida história a um novo nível com animação animada, um ritmo acelerado e alguns cenários de ação emocionantes".[26] O Metacritic atribui ao filme uma pontuação 79/100, com base em 27 análises, indicando "avaliações geralmente favoráveis".[27] O público consultado pelo CinemaScore deu ao filme uma nota média "A" em uma escala de "A+" a "F".[28]

O crítico de cinema Roger Ebert deu ao filme sua classificação mais alta de quatro estrelas em sua resenha ao jornal Chicago Sun-Times.[29] Premiando o filme com três estrelas, James Berardinelli escreveu: "De um ponto de vista puramente visual, este pode ser o mais impressionante de todos os recursos tradicionalmente animados da Disney. Os cenários são exuberantes, os personagens são bem realizados e as sequências de ação são vertiginosas, com frequentes mudanças de perspectivas e ângulos de câmera. Nenhum filme de animação convencional foi tão ambicioso anteriormente".[30] Desson Howe, do jornal The Washington Post, afirmou que o filme "não é superior a Aladdin, O Rei Leão e A Pequena Sereia, mas facilmente vence os 'ralés' de Hércules e Pocahontas".[31]

Prêmios e indicações

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Prêmios
Premiação Categoria
Oscar Melhor Canção Original - You'll Be in My Heart
Globo de Ouro Melhor Canção Original - You'll Be in My Heart
Prêmios Grammy Melhor trilha sonora
Melhor canção original composta para cinema - You'll Be in My Heart (indicação)
Prêmios Annie Melhor Longa-metragem de Animação (indicação)
Direção numa Produção de Longa-metragem (indicação)

Referências

  1. Fulton, Rick (September 17, 1999). "Back to Basics: Disney Finally Makes the Ape Man the Kind"The Daily Record. TheFreeLibrary.com.
  2. «Tarzan (1999) - Box Office Mojo». boxofficemojo.com. Consultado em 22 de outubro de 2016 
  3. Celso Fonseca (30 de junho de 1999). «O bom selvagem». IstoÉ. Consultado em 23 de março de 2017 
  4. a b c d e f g h Paula Torre de Carvalho (26 de novembro de 1999). «As vozes da floresta». Público. Consultado em 13 de novembro de 2017. Cópia arquivada em 13 de novembro de 2017 
  5. Whipp, Glenn (16 de junho de 1999). «With Tarzan, It's A Disney Jungle Out There». Los Angeles Daily News 
  6. a b c d e f g h i j k l m Green, Howard (1999). The Tarzan Chronicles. Nova Iorque: Hyperion. ISBN 978-0-7868-6403-4 
  7. Lima, Kevin (21 de março de 2008). «Get Enchanted! Chapter Six: Director Kevin Lima and exec producer Chris Chase». Animated News 
  8. a b c Wannamaker, Annette; Anate, Michelle Ann (2012). Global Perspectives on Tarzan: From King of the Jungle to International Icon. [S.l.]: Routledge. ISBN 0-415-89724-6 
  9. Strickler, Jeff (13 de junho de 1999). «Tarzan swings by Disney; Not aping earlier 'King of the Jungle' films, it's animated». Star Tribune. Consultado em 16 de janeiro de 2017. Arquivado do original em 24 de setembro de 2015 
  10. «New Disney Jungle King». Los Angeles Times. 21 de abril de 1995 
  11. Tracy, Joe. «Disney's Tarzan Adventure: Two Worlds Merge». Animation Artist 
  12. a b Lawson, Terry (16 de junho de 1999). «Tarzan's Yell». Knight-Ridder 
  13. Ascher-Walsh, Rebecca (30 de abril de 1994). «Summer Movie Preview: June, 1999». Entertainment Weekly 
  14. Leigh Miller, Victoria. «#ThrowbackThursday: Welcome to Tony Goldwyn's Jungle». Yahoo! TV 
  15. Hischak, Thomas (21 de setembro de 2011). «Disney Voice Actors: A Biographical Dictionary» 
  16. Hill, Jim (22 de setembro de 2016). «Would Woody Allen have been a better fit for LeFou in Disney's "Beauty and the Beast"?». The Huffington Post 
  17. Abbott, Jim (8 de junho de 1999). «A Fresh Tarzan». Orlando Sentinel 
  18. Falk, Quentin (3 de setembro de 2000). «Holidays: Close encounter of the hairy kind». Sunday Mirror 
  19. a b c Essman, Scott (5 de julho de 1999). «State of the Art of F/X». Consultado em 16 de janeiro de 2017. Arquivado do original em 6 de junho de 2009 
  20. Keegan, Rebecca (24 de janeiro de 2014). «'Frozen': Finding a diva in 41 languages». Los Angeles Times 
  21. Salgado, Lucas (23 de novembro de 2016). «Lily Collins revela que Phil Collins escreveu "You'll Be in My Heart" para ela». Adoro Cinema 
  22. Fleeman, Michael (17 de junho de 1999). «Phil Collins goes out on a limb, scores 'Tarzan' soundtrack». The Daily Gazzette 
  23. Naughton, John (2 de maio de 1999). «Against All Odds» 
  24. «Tarzan». Allmusic 
  25. «Bilheteria do filme» 
  26. «Tarzan». Rotten Tomatoes. Fandango 
  27. «Tarzan Reviews». Metacritic. CBS Interactive. Consultado em 11 de setembro de 2015 
  28. Manfredi, Lucas (24 de novembro de 2022). «Strange World CinemaScore Might Be the Lowest Ever For a Walt Disney Animation Studio Film». TheWrap. Consultado em 10 de dezembro de 2022. Cópia arquivada em 25 de novembro de 2022 
  29. Ebert, Roger (18 de junho de 1999). «Tarzan». Chicago Sun-Times. Consultado em 11 de setembro de 2015 – via RogerEbert.com 
  30. Berardinelli, James. «Tarzan review». Reel Views. Consultado em 11 de setembro de 2015 
  31. Howe, Desson (18 de junho de 1999). «Animated 'Tarzan' Really Swings». The Washington Post. Consultado em 11 de setembro de 2015 
Precedido por
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