Templo das Ninfas
Templo das Ninfas | |
---|---|
Ruínas do templo das Ninfas em Roma. | |
Informações gerais | |
Tipo | Templo |
Geografia | |
País | Itália |
Cidade | Roma |
Localização | Região VII - Circo Flamínio |
Coordenadas | 41° 53′ 42,6″ N, 12° 28′ 43,4″ L |
Templo das Ninfas |
O Templo das Ninfas foi um templo na Roma Antiga dedicado para as Ninfas, evidenciado em várias fontes[1] e geralmente identificado com os restos no que é agora a via delle Botteghe Oscure.[2]
O templo foi fundado no século III a.C. ou no início do século II a.C.[3] Foi danificado por um incêndio na metade do século I a.C. e provavelmente também afetado pelo incêndio em toda a cidade em 80 d.C. Esse templo estava localizado no Campo de Marte.[4] Se ainda estivesse em uso no século IV, o templo teria sido fechado durante a perseguição aos pagãos no final do Império Romano, quando os imperadores cristãos emitiram éditos proibindo todos os cultos e santuários não cristãos.[5]
Descrição
[editar | editar código-fonte]A planta do templo nos é conservada em um fragmento da Forma Urbis severiana, onde é apresentada ao interior do Porticus Minucia,[6] como um templo períptero, com oito colunas na fachada (octastilo) e duas fileiras de seis colunas cada lado. O templo se localizava em posição excêntrica em relação ao pórtico, que teve de ser erguido ao redor em um segundo momento.
Os restos da via delle Botteghe Oscure foram descobertos em 1938 e deixados visíveis ao lado da via moderna; duas das colunas foram levantadas em 1954. Os restos permitem identificar as diferentes etapas do edifício: o núcleo da obra cimenta ao interior do pódio que remonta ao século II a.C., as bases das colunas e as molduras do pódio atualmente visíveis têm sido datadas para a metade do século I a.C.[7] e os elementos arquitetônicos em mármore, continuam conservados na área, incluindo um friso-arquitrave com instrumentos sacrificiais,[8] da época de Domiciano, testemunha talvez de uma restauração seguindo o incêndio do ano 80.
Segundo alguns estudiosos,[9] o templo da via delle Botteghe Oscure é o Templo dos Lares Permarinos (normalmente considerado sendo o templo da área sacra de Largo Argentina) e o quadripórtico que o circundava com a porticus Minucia vetus.
Outras imagens
[editar | editar código-fonte]-
Vista
-
Base e revestimento moldado do pódio (século I a.C.)
-
Friso de mármore com instrumentos sacrificiais (era de Domiciano)
Localização
[editar | editar código-fonte]Planimetria do Campo de Marte meridional |
---|
Ver também
[editar | editar código-fonte]Notas
- ↑ Glória dos Arvais, em 23 agosto (Attilio Degrassi, Inscriptiones Italiae, XIII 2, Roma 1963, p.501); Marco Túlio Cícero, Pro Caelio, 78 e Pro Milone, 73, que vem citar um incêndio, ocorrido na metade do século I a.C.
- ↑ Daniele Manacorda, "Nymphae, aedes", in Lexicon Topographicum Urbis Romae, III, Roma 1996, pp.350-351.
- ↑ Adam Ziolkowski, The Temples of Mid-Republican Rome and their Historical and Topographical Context (Saggi di storia antica, 4), Erma' di Bretschneider, Rome 1992, pp.120-122.
- ↑ Cássio Dio Cocceiano, História Romana, 66, 24, 1-2.
- ↑ R. MacMullen, "Christianizing The Roman Empire A.D.100-400, Yale University Press, 1984, ISBN 0-300-03642-6
- ↑ Porticus Minucia frumentaria, ampliamento della porticus Minucia vetus, a sua volta generalmente identificata con il portico che circonda i templi dell'area sacra di Largo Argentina: Filippo Coarelli, "Porticus Minucia vetus", in Lexicon topographicum urbis Romae, IV, Roma 1999, pp.137-138; Daniele Manacorda, "Porticus Minucia frumentaria", ibidem, pp.132-137.
- ↑ Lucy Shoe Meritt, Etruscan and Republican Roman Mouldings (Memoirs of the American Academy in Rome, 28), 1965, pp.177, 183, 198.
- ↑ Max Wegner, Ornamente kaiserzeitlichen Bauten Roms. Soffitten, Köln-Gratz 1957, p.87, tav.13a.
- ↑ Fausto Zevi, in Mélanges de l'École française de Rome. Antiquité, 105, 1993, p.678.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Daniele Manacorda, s.v. "Nymphae, aedes", in Eva Margareta Steinby (a cura di), Lexicon topographicum urbis Romae, III, Roma 1996, pp. 350-351.