The Lesson of the Master
The Lesson of the Master | |||||||
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A Lição do Mestre | |||||||
A Lição do Mestre [BR] | |||||||
Autor(es) | Henry James | ||||||
Idioma | Língua inglesa | ||||||
País | Estados Unidos | ||||||
Gênero | novela | ||||||
Localização espacial | Londres, Século XIX | ||||||
Editora | Universal Review | ||||||
Lançamento | 1888 | ||||||
Edição brasileira | |||||||
Tradução | Paulo Henriques Britto | ||||||
Editora | Companhia das Letras | ||||||
Lançamento | 1993 | ||||||
Cronologia | |||||||
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The Lesson of the Master (em português A Lição do Mestre) é uma novela escrita por Henry James, publicada originalmente em 1888.
Enredo
[editar | editar código-fonte]A novela relata a história de um jovem escritor, Paul Overt, que encontra Henry St. George, um famoso novelista que admira. Durante esse período, Overt também conhece e se apaixona por Marian Fancourt, uma jovem mulher que admira o trabalho de ambos, St. George e Overt. Na época em que isso ocorre, St. George, que é casado, adverte Overt sobre o fato de que um casamento, ou a possibilidade da constituição de uma família, podem significar a morte da sua criatividade e da sua carreira. Overt então aceita a argumentação de St. George, a quem ele muito considera, e se afasta da jovem Marian por quem é apaixonado, retirando-se para escrever em completa solidão. Quando ele retorna, porém, descobre que a esposa de St. George falecera e que ele se casara com Marian Fancourt. Overt sente que St. George agira para ficar ele mesmo com a Senhorita Fancourt, mas St. George insiste que casou com ela apenas para salvar a carreira de Overt.
Traduções
[editar | editar código-fonte]A primeira tradução no Brasil foi realizada em 1993, por Paulo Henriques Britto, para o livro A morte do leão: histórias de artistas e escritores, pela Companhia das Letras. O livro apresentava 5 contos, A morte do leão, A lição do mestre, A coisa autêntica, Greville Fane e O desenho no tapete.
Em 1995, a Editora Nova Alexandria, São Paulo, publica A vida privada e outras histórias, com tradução de Onédia Célia Pereira de Queiroz, que contém A vida privada, A lição do mestre e O desenho no tapete. Houve uma reedição em 2001.
Em 1996, sai uma nova edição de A lição do mestre, pela Editora Paz e Terra, Seção Leitura, com tradução de Afonso Teixeira Filho e Rui Costa Pimenta. Houve uma reedição em 1997.
Em maio de 2014, a Grua Livros lança A Lição do Mestre, com tradução de Paulo Henriques Britto, na coleção A Arte da Novela.
Histórico
[editar | editar código-fonte]O conto foi composto em 1888 e publicado em dois episódios na Universal Review, revista mensal de Nova York, nas datas de 16 de julho e 15 de agosto de 1888. A ideia nasceu de Henry James, após uma conversa com seu amigo jornalista Theodore Child, sobre as consequências do casamento. Em 5 de janeiro de 1888, em anotações usadas para sua obra, James escreve a Child que atribuía a má qualidade literária de uma obra recente de Alphonse Daudet ao fato de que este autor tinha esposa e filhos e, portanto, seria obrigado a produzir de forma barata e indiscriminada[1].
A história foi posteriormente revisada e impressa no volume em 1892, sofreu uma revisão mais profunda e foi publicada por James em York Edition, isto é, em sua nova edição completa de suas obras. Naquela ocasião, James afirmou que não tinha verdadeiros modelos para os personagens Overt e Henry Paul St George.[2]
Referências culturais
[editar | editar código-fonte]Slavoj Žižek em A visão em paralaxe reflete:
Longe de demonstrar uma sabedoria cínica, St. George age como um verdadeiro analista: como quem não tem medo de lucrar com suas opções éticas, ou seja, como que é capaz de romper o círculo vicioso de ética e sacrifício.[3]
Gustavo Melo Czekster em O romance como questionamento estético defende:
Um artista que não almeja a perfeição absoluta da obra pode dar conta da sua noção de estética? Pode existir satisfação em uma arte feita sem o desejo de perfeição, ou existiria uma meia perfeição, uma obra que não tivesse tal secreto objetivo? Henry James apresenta as questões que afligem a sua noção do que seja uma obra de arte, mas deixa para o leitor tomar as suas decisões. Por mais que se faça objeções pessoais ao conceito de romance de ideias – afinal, todo romance tem ideias, e o que lhe dá ou retira qualidade é a forma de articulação destas ideias dentro de uma forma, não se pode deixar de lado que, em A lição do mestre, o mais importante não é a trama em si, mas a concepção de estética pessoal do seu autor.[4]
Referências
- ↑ F. O. Matthiessen, Kenneth B. Murdock, The Notebooks of Henry James, Chicago: University of Chicago Press, 1981, pp. 87-88, ISBN 0226511049, ISBN 9780226511047 ([1])
- ↑ Preface to volume 15 of the New York edition (containing : The lesson of the master; The death of the lion; The next time; The figure in the carpet; The Coxon fund) (1909)
- ↑ ŽIŽEK, Slavoj. A visão em paralaxe. Tradução Maria Beatriz de Medina. São Paulo: Boitempo Editorial, 2008. ISBN 978-85-7559-124-6
- ↑ CZEKSTER, Gustavo Melo. O romance como questionamento estético. Uma análise comparativa entre A morte em Veneza, de Thomas Mann, e A lição do mestre, de Henry James. PUCRS
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- JAMES, Henry (1993). A morte do leão: histórias de artistas e escritores. Traduzido por Paulo Henriques Britto. São Paulo: Companhia das Letras
- JAMES, Henry (1995). A vida privada e outras histórias. Traduzido por Onédia Célia Pereira de Queiroz. São Paulo: Companhia das Letras
- JAMES, Henry (1996). A Lição do Mestre. Traduzido por Afonso Teixeira Filho e Rui Costa Pimenta. São Paulo: Paz e Terra
- JAMES, Henry (2014). A Lição do Mestre. Traduzido por Paulo Henriques Britto. São Paulo: Grua Livros. ISBN 978-85-61578-34-3