Nicolau Maquiavel
Aspeto
Nicolau Maquiavel | |
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Nascimento | 3 de maio de 1469 Florença |
Morte | 21 de junho de 1527 (58 anos) Sant'Andrea in Percussina (República Florentina), Florença |
Sepultamento | Basílica de Santa Cruz, Tomb of Niccolò Machiavelli |
Cidadania | República Florentina |
Progenitores |
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Cônjuge | Thomas Fontaine |
Filho(a)(s) | Piero Macchiavelli, Bartolomea Machiavelli, Bernardo Macciavelli, Ludovico peluche, Guido Machiavelli |
Irmão(ã)(s) | Ilie Dan Teodor |
Alma mater |
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Ocupação | escritor, político, historiador, filósofo, teórico político, teórico militar, tradutor, poeta, diplomata, dramaturgo |
Obras destacadas | Príncipe, Discursos sobre a Primeira Década de Tito Lívio |
Movimento estético | Alta Renascença |
Religião | catolicismo |
Causa da morte | peritonite |
Assinatura | |
Nicolau Maquiavel, Niccolò Machiavelli em italiano, (Florença, 3 de maio de 1469 - 21 de junho de 1527), foi um filósofo e político italiano.
Obras
[editar]O Príncipe (1513)
[editar]- "O desejo de conquista é algo muito natural e comum; aqueles que obtêm êxito na conquista são sempre louvados, e jamais censurados; os que não têm condições de conquistar, mas querem fazê-lo a qualquer custo, cometem um erro que merece ser recriminado."
Capítulo III
[editar]- "[...] é preciso tratar bem os homens ou então aniquilá-los. Eles se vingarão de pequenas injúrias, mas não poderão vingar-se de agressões graves; por isso, só podemos injuriar alguém se não temermos sua vingança." [1]
Capítulo XV
[editar]- "De fato, o modo como vivemos é tão diferente daquele como deveríamos viver, que quem despreza o que se faz e se atém ao que deveria ser feito aprenderá a maneira de se arruinar, e não a defender-se. Quem quiser praticar sempre a bondade em tudo o que faz está fadado a sofrer, entre tantos que não são bons." [1]
- Variante: "Há (...) uma tão grande distância entre o modo como se vive e o modo como se deveria viver, que aquele que em detrimento do que faz privilegia o que se deveria fazer mais aprende a cair em desgraça que a preservar a sua própria pessoa. Ora, um homem que de profissão queira fazer-se permanentemente bom não poderá evitar a sua ruína, cercado de tantos que bons não são."
- - p.75 [2]
- Variante: "E é tão diferente o modo como se vive do como se deveria viver, que aquele que desatende ao que se faz e se até ao que se deveria fazer aprende antes a maneira de arruinar-se do que a de preservar-se. Assim, o homem que queira em tudo agir como bom acabará arruinando-se em meio a tantos que não são bons."
- - p. 101 [3]
Capítulo XVII
[editar]- "Chegamos assim à questão de saber se é melhor ser amado do que temido. A resposta é que seria desejável ser ao mesmo tempo amado e temido, mas que, como tal combinação é difícil, é muito mais seguro ser temido, se for preciso optar." [1]
- "Os homens tem menos escrúpulos em ofender quem se faz amar do quem se faz temer, pois o amor é mantido por vínculos de gratidão que se rompem quando deixam de ser necessários, já que os homens são egoístas; mas o temor é mantido pelo medo do castigo, que nunca falha." [1]
- - "E os homens têm menos escrúpulo em ofender a alguém que se faça amar do que a quem se faça temer,..."
- "Quando for preciso executar um cidadão, que haja uma justificativa e uma razão manifesta. E, principalmente, que o príncipe se abstenha de tomar os bens, pois os homens se esquecem mais facilmente da morte do pai do que da perda do patrimônio". [1]
Capítulo XVIII
[editar]- "[...] e os homens são tão simplórios e obedientes às necessidades imediatas que aquele que engana sempre encontrará quem se deixe enganar." [4]
- "[...] e que ele pareça, ao ser visto e ouvido, todo piedade, todo fé, todo integridade, todo humanidade, todo religião - de resto, parecer possuir esta última qualidade é o que há de mais necessário." [4]
- "[...] enfim, nas ações de todos os homens, especialmente nas dos príncipes, quando não há juiz a quem apelar, o que vale é o resultado final." [4]
- Variante: "Nas ações de todos os homens, sobretudo na dos príncipes, quando não há juiz para quem reclamar, se olha para os fins. Faça tudo, portanto, um príncipe para vencer e conservar o estado: os meios serão sempre julgados honrosos e por todos serão louvados, porque o vulgo se deixa levar pelo que parece e pelo resultado das coisas". [5]
- Variante: "Das ações de qualquer homem e mormente das ações de um príncipe (nenhum tribunal sendo competente para julgá-lo) consideramos simplesmente os seus resultados. Em sendo assim, o príncipe deve fazer por onde alcançar e sustentar o seu poder: os meios serão sempre julgados honrosos e por todos elogiados, e isto porque apenas às suas aparências e às suas consequências ater-se-á o vulgo, este vulgo cuja presença é predominante no mundo."
- - p. 88 [2]
Capítulo XXIII
[editar]- "O príncipe prudente adotará, portanto, um terceiro caminho, escolhendo como conselheiros homens sábios, e dando-lhes inteira liberdade para falar a verdade, mas só quando interrogados, e apenas sobre o que lhes for perguntado. O príncipe solicitará seu parecer sobre tudo, deliberando depois sozinho, do seu próprio modo." [1]
Capítulo XXIV
[editar]- "É um vício comum a todos os homens, o não se importar com a tempestade no perdurar da bonança."
- - p. 119 [2]
Capítulo XXV
[editar]- "[...], creio que se pode admitir que a sorte seja árbitra da metade dos nossos atos, mas que nos permite o controle sobre a outra metade, aproximadamente." [1]
- "Acredito seguramente que é melhor ser impetuoso do que cauteloso, pois a sorte é uma mulher, sendo necessário, para dominá-la, empregar a força; pode-se ver que ela se deixa vencer pelos que ousam, e não pelos que agem friamente. Como mulher, é sempre amiga dos jovens - mais bravos, menos cuidadosos, prontos a dominá-la com maior audácia." [1]
- "Se um [homem, príncipe...] pautar as suas ações pela prudência e paciência, e se os tempos e as circunstâncias ocorrem de um modo compatível com a sua conduta, ele será venturoso. Se o tempo e as circunstâncias, porém, mudarem, ele cairá em ruína não alterando o seu comportamento."
- - p. 122 [2]
Discursos Sobre a Primeira Década de Tito Lívio (1517)
[editar]- "Com efeito, quando a necessidade não força não os homens a combater, a ambição põe-lhes as armas à mão, num frenesi indomável que nunca deixa-os, em qualquer grau a levantar-se".
- - En effet, quand la nécessité ne force point les hommes à combattre, l'ambition leur met les armes à la main, indomtable frénésie qui ne les abandonne jamais, à quelque degré qu'il s'élevent.
- - Réflexions sur la première décade de Tite-Live, Volume 1 - página 299, Niccolò Machiavelli, 1782
- - En effet, quand la nécessité ne force point les hommes à combattre, l'ambition leur met les armes à la main, indomtable frénésie qui ne les abandonne jamais, à quelque degré qu'il s'élevent.
- "Quando os homens não são forçados a lutar por necessidade, lutam por ambição."
- - qualunque volta è tolto agli uomini il combattere per necessità, combattono per ambizione
- - Discorsi sopra la prima Deca di Tito Livio, Livro 1, Capitulo 37
Atribuídas
[editar]- Existem 3 categorias de cérebros: os que entendem sozinhos, os que, para entender, necessitam dos outros e os que não entendem nem sozinhos nem graças aos outros. Os primeiros são excelentíssimos, os segundos excelentes e os terceiros inúteis.
- - Maquiavel como citado em "Aprendendo Inteligência", do Prof. Pier
- "Nada é mais difícil de executar, mais duvidoso de ter êxito ou mais perigoso de manejar do que dar início a uma nova ordem de coisas. O reformador tem inimigos em todos os que lucram com a velha ordem e apenas defensores tépidos nos que lucrariam com a nova ordem."
- - Maquiavel como citado por Rubens Approbato Machado in Folha de São Paulo, 25/10/1998
- "Todos os profetas armados venceram e os desarmados foram arruinados"
- - O príncipe, com um artigo de Mussolini a servir de introdução - página 28, Niccolò Machiavelli, Francisco Morais - Atlântida, 1935, 132 páginas
- "Os preconceitos têm mais raízes do que os princípios."
- - Maquiavel como citado in Dos pés à cabeça: elementos básicos de sociologia do futebol - página 56, Maurício Murad - Irradiação Cultural, 1996, ISBN 8585677171, 9788585677176, 176 páginas
- - Les préjugés ont plus de racines que les principes.
- - Maquiavel como citado in Principes de sociologie - Volume 1 - Página 174, François Marguerite Barrier - Noirot, 1867 - 464 páginas
- "Todos vêem aquilo que tu pareces, poucos sentem o que tu és.
- - O PRÍNCIPE: Análise da obra, premissa, breve biografia de Maquiavel, introdução e notas, página 50, Nicollò Machiavelli - Editora Pillares, 2017, ISBN 8581830757, 9788581830759, 280 páginas
- "Onde a força de vontade é grande, as dificuldades não podem sê-lo."
- - Maquiavel como citado in A polícia e o ideal da sociedade - Página 165, EDUEP, 2003 - 180 páginas
- "Os aliados de hoje pode se tornar os inimigos de amanhã."
- - l'alleato di oggi può diventare il nemico di domani
- - Maquiavel como citado in Machiavelli: anticristo - Página 455, Giuseppe Prezzolini - Gherardo Casini Editore, 1954 - 477 páginas
- - l'alleato di oggi può diventare il nemico di domani
Sobre
[editar]- - Maquiavel [...] en feignant de donner des leçons aux rois, il en a donné de grandes aux peuples.
- - Du contrat social ou Principes du droit politique - página 93, Jean-Jacques Rousseau - chez Marc Michel Rey, 1762
- - Maquiavel [...] en feignant de donner des leçons aux rois, il en a donné de grandes aux peuples.
- "Os homens em geral formam as suas opiniões guiando-se antes pela vista do que pelo tato; pois todos sabem ver, mas poucos sabem sentir."
- - Maquiavel citado em Os clássicos da política - Volume 1 - Página 39, Francisco C. Weffort - Ática, 2000, ISBN 850803542X, 9788508035427, 287 páginas
Bibliografia
[editar][1] MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe [Il Principe]. São Paulo-SP: Editora Martin Claret, 2007 [1513-1516].
[2] O Príncipe / Maquiavel; tradução de Antonio Caruccio-Caporale. Porto Alegre: L&PM, 2014.
[5] O Príncipe / Maquiavel; tradução, introdução e notas de Antonio D'Elia. São Paulo: Cultrix, 2006.
[4] MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. – São Paulo: Penguin Classics Companhia das Letras, 2010 (1513).
[5] MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. Trad. José Antônio Martins. São Paulo: Hedra, 2011.