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24/05/2012

Pequeno conto






PEQUENO CONTO
( SU)



Era tarde, ela deveria estar dormindo, mas seus pensamentos não a deixavam descansar. Três semanas haviam se passado, mas ela ainda não conseguia esquecer tudo que passara naquela noite.  As cenas estavam ainda tão vivas em sua memória, mesmo querendo esquecer cada segundo de dor.

"Aquelas luzes fortes e brilhantes ainda ofuscavam seus olhos, e a faziam querer fechá-los. O som dos instrumentos, a conversa entre o médico e o anestesista, a enfermeira ao seu lado, o gosto amargo na boca, a mistura de cheiros no ar, e a falta de sentidos da cintura para baixo. Tudo parecia tão vivo dentro de si, mas não era mais. De repente um silêncio se instalou, as vozes foram sumindo, as luzes se apagando e quando ela voltou a abrir os olhos, o cenário era outro, não muito diferente, pois ela percebera que tudo aquilo era real, muito real, não havia sido um pesadelo, embora tivesse todos os requintes de um.
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27/03/2012

Encontro...reencontro





( Su)

O dia mal amanhecera, mas seu coração batia em ritmo acelerado como se já tivesse percorrido um longo dia. Em menos de três horas estariam frente a frente, o local para o encontro foi escolhido com todo cuidado, o “Piano´s Café”. Ela se arrumou de um jeito simples, o seu jeito. Sem maquiagem no rosto, calça jeans, camiseta branca e uma echarpe florida no pescoço, penteou seus cabelos, pegou sua mochila e foi ao seu encontro. Seu coração batia forte, seu corpo tremia de ansiedade. Quando chegou ao café, olhou para o relógio e viu que ainda faltavam 40 minutos para que ele chegasse. Escolheu uma mesa no canto, ao lado de muitas plantas, ela precisava se sentir perto da natureza e assim quem sabe acalmar seu coração, sentir seus pés pisando na terra. Era uma manhã fria de inverno, ela pediu um chocolate quente, e ao som de Beatles no piano, bebeu lentamente seu chocolate, a fumaça ainda saia da xícara e embaçava as lentes dos seus óculos. Um livro nas mãos para tentar relaxar, “Sonetos de Pablo Neruda”, ao mesmo tempo em que lia, lembrava-se do filme “O Carteiro e o Poeta” que tantas vezes fora tema das longas conversas ao telefone entre eles. Olhou mais uma vez para o relógio e viu que faltavam menos de vinte minutos para que ele chegasse. Em segundos uma vida inteira passava em seu pensamento, tantos sentimentos misturados, tantas alegrias, dores, aventuras... e agora a história dos dois. Ela se perguntava: será que é amor? Será que chegou à hora de ser feliz? Enquanto se questionava e refletia, sentiu que alguém se aproximava, e de repente ela o viu, bem diante de seus olhos, frente a frente, e naquele exato momento, sentiu uma luz forte e brilhante envolvendo os dois, o tempo parou, sentiu um arrepio e uma felicidade instantânea, que se confirmou em um longo abraço, que parecia mais uma união de almas gêmeas que acabavam de se reencontrar!


O blog da autora  foi removido.
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