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sexta-feira, 13 de julho de 2012

Em modo: Florbela Espanca

Estou assim, com espírito de Florbela Espanca, cansada, deprimida sem saber o que quer.


"O meu mundo não é como o dos outros,

Quero demais, exijo demais,
Há em mim uma sede de infinito,
Uma angústia constante que nem eu mesma compreendo,
Pois estou longe de ser uma pessimista;
Sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada.
Uma alma que não se sente bem onde está, que tem saudade... Sei lá de quê!"

in Florbela Espanca

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Dia do beijo



Como hoje é dia do beijo, foi logo a primeira notícia que ouvi quando liguei a rádio, lembrei-me deste poema de Florbela Espanca:

«Horas Rubras
Horas profundas, lentas e caladas 
Feitas de beijos rubros e ardentes, 
De noites de volúpia, noites quentes 
Onde há risos de virgens desmaiadas... 

Oiço olaias em flor às gargalhadas... 
Tombam astros em fogo, astros dementes, 
E do luar os beijos languescentes 
São pedaços de prata p'las estradas... 

Os meus lábios são brancos como lagos... 
Os meus braços são leves como afagos, 
Vestiu-os o luar de sedas puras... 

Sou chama e neve e branca e mist'riosa... 
E sou, talvez, na noite voluptuosa, 
Ó meu Poeta, o beijo que procuras! 

Florbela Espanca, in "Livro de Sóror Saudade"
»






sábado, 19 de novembro de 2011

Florbela Espanca!

Foi com uns 15 anos que tive o meu primeiro contacto com a poesia, comecei logo com Florbela Espanca e apaixonei-me pelos poemas dela.
Na altura gostava tanto de poemas que os coleccionava e escrevia todos que encontrava num caderno cheio de florinhas e corações mesmo à menina, apesar de não ser da minha autoria era como se fosse guardava-os com muita estimação e acho que ainda tenho o caderno algures numa caixa no sotão
Hoje em dia este amor pela poesia passou um bocado, até porque não tenho grande jeito para escrever, nem inspiração, como sempre fui mais das ciências onde tudo é pratico e simples, a única coisa que fazia eram relatórios científicos, fui deixando a criatividade, as línguas, a literatura, a poesia para trás, tenho pena de não ter o dom da escrita, de não ter jeito para escrever grandes textos, crónicas e poemas acho que resumo tudo em poucas palavras.
No entanto, a Florbela espanca continua a ser a minha poetisa favorita, e deixo aqui um dos meus poemas favoritos!

Amar!Eu quero amar, amar perdidamente! 
Amar só por amar: Aqui... além... 
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente... 
Amar! Amar! E não amar ninguém! 

Recordar? Esquecer? Indiferente!... 
Prender ou desprender? É mal? É bem? 
Quem disser que se pode amar alguém 
Durante a vida inteira é porque mente! 

Há uma Primavera em cada vida: 
É preciso cantá-la assim florida, 
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar! 

E se um dia hei de ser pó, cinza e nada 
Que seja a minha noite uma alvorada, 
Que me saiba perder... pra me encontrar... 

Florbela Espanca, in "Charneca em Flor"