domingo, 31 de dezembro de 2017

Mezinhas que só resultam com os outros

A única coisa que consegui com a cebola cortada ao meio na mesa de cabeceira foi um cheiro intenso a refogado ou a axilas fedorentas, nem a cadela se aguentou no quarto.

E com o registo de um falhanço me despeço de 2017 neste blog (que não foi muito produtivo, não).

'xa-me lá ir fazer o jantar (lasanha, «porque eu mereço!»)

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

toda a gente odeia a emel

Não é?
Eu também passei a odiar, mais profundamente e mais especificamente a partir deste sábado de manhã, quando fiquei a saber que não seria possível obter o dístico de residente para estacionar ao pé de casa sem ter de pagar o dito estacionamento (novidade recente, porém esperada) porque, segundo informação do funcionário, só é possível obter o dístico se se morar na rua onde vigora a tarifa de estacionamento, e não nas imediações, nas ruas adjacentes, numa rua transversal (onde não há estacionamento, a questão é essa, caso contrário estaria bem a borrifar-me para eles e para o dístico) como é a minha. Não sei se me expliquei bem, até porque me custa muito assimilar esta nuance, quanto mais explicá-la. 

No site dessa coisa diz-se o seguinte:

«O Dístico de Residente permite o estacionamento nas ruas pertencentes à zona de residência do respectivo titular, nos lugares tarifados existentes, sem haver lugar ao pagamento da tarifa de estacionamento e sem limite de tempo.»

Ainda vou mas é parar aos subúrbios outra vez.


foto de uma capivarazita simpática para me distrair 

domingo, 15 de outubro de 2017

Big Little Lies

Órfã de séries, andei entretida com esta nos últimos dias. 


Já tinha ouvido falar não sei onde, penso que foi o título que me chamou a atenção, depois fui pesquisar e até estava mais interessada em ler o livro primeiro mas a coisa não se deu. Gostei bastante, apesar de ter começado por torcer o nariz: pseudo dramas de donas de casa giras e ricas numa cidadezinha dos Estados Unidos, eh pá, não tenho muita paciência (lembro-me logo de Donas de Casa Desesperadas, de que me cansei rapidamente), como não tenho muita paciência para a Reese Witherspoon que acho que não deixou de ser a irritante do Legally Blonde (também me cansou depressa). Mas sei lá, gostei do cenário, gostei da banda sonora e há uma ou outra personagem que sim senhor (eu gostei da Jane, que é o papel da Shailene Woodley, a remediada do grupo, vá). Então tive de ver até ao fim (acho que são só sete episódios, também é bom porque não tem de se esperar por outra temporada, mesmo que venha a acontecer assim já está bom) nem que fosse para ver o que  acontecia ao mau da fita. E que grande cabrão que este me saiu.

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

A carga pronta e metida nos contentores

Finalmente noutra casa, noutro bairro. Bem, já estava quase, porque já cá durmo desde a semana passada (a primeira noite foi horrível, não dormi nada, devo ter estranhado o sossego e se calhar o colchão novo; aliás, ainda não esqueci completamente o gesto de procurar na cabeceira os tampões ou uma das almofadas para tapar os ouvidos, para além de ainda ter a sensação de que estão a correr no andar de cima, o que é impossível, visto que agora sou eu que estou no último - ahah!) mas andei estes dias com uma sensação esquisita de não pertencer a lado nenhum, porque tinha coisas na casa nova e na velha, andava para cá e para lá, já a misturar moradas e códigos postais, a confundir-me na sequência «estou em casa»/«isso está em casa», «qual casa?». Não houve propriamente uma enorme tristeza, só um pouco, porque sou nostálgica, mesmo sabendo que a nostalgia não serve para grande coisa, principalmente quando se muda para melhor, e, na verdade, apesar das queixas, fui muitas vezes muito feliz ali e gostava de muitas coisas que não encontrarei aqui ou noutros lugares, é mesmo assim. Assim sendo, para que não esqueça mais do que já me esqueci, estou a pensar ir escrevendo sobre algumas das personagens e/ou situações que conheci em Alfama, que isto sirva para alguma coisa. Como o gajo que passou por nós de carro na Rua do Jardim do Tabaco e gritou pela janela, eufórico: «TENS A MANUELA FERREIRA LEITE NO CARRO ATRÁS DE TI!!!!!» (ui).

(sobre a casa nova, logo se vê. Ainda está num monte, não tenho palavras)

mas a minha preferida é esta


nunca ninguém refere esta


segunda-feira, 2 de outubro de 2017

estar de mãos atadas é

uma pessoa ir ao centro de saúde para marcar uma consulta com a médica de família e dizerem que «agora é por telefone», passar dias inteiros a ligar e ninguém atender (quando não é a cortar logo a chamada).

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

não consigo lidar

Linhas de apoio com mensagens introdutórias que nunca mais acabam, opções e sub-opções igualmente intermináveis, música de espera e, finalmente, com sorte, um assistente acelerado (a sério, alguém consegue decifrar o que estas pessoas que falam a mil dizem? Sinto sempre que tenho um problema: «Desculpe, não percebi. Pode repetir?», «Como?», «Não percebi», etc)


sexta-feira, 22 de setembro de 2017

com o resto da fanfarra

E ontem a Teresa Caiero, toda sorrisos, a tentar impingir-me um panfleto na paragem do autocarro, hein?
argh

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

A propósito

A frase que nenhum transportador gosta de ouvir:

«É no quarto andar. Sem elevador.»

nada como experimentar, dizem eles

Bem, preciso de um colchão e de um sofá. O sofá fica para depois, uma chatice de cada vez (prevejo sessões muito animadas, tendo em conta o último ensaio em que não houve um dos disponíveis na loja em que não ficássemos com as perninhas no ar - que é que se passa com os sofás que agora são todos tão compridos e altos e cheios de almofadas decorativas? Está bem que eu gosto de me esparramar, mas às vezes recebo pessoas).

A minha cabeça deu um nó, ele foi sites, fóruns (e os fóruns, que é que aconteceu aos fóruns, acabaram em 2012? gosto tanto de fóruns :(), pesquisas do camandro, comparadores de preços, de materiais, o resultado proteste, até a caixa de comentários da pipoca mais doce e vejo-me perdida entre molas ensacadas, de bonnel, viscoelástico, espuma, latex, ergonómico, quem partilha cama, quem pesa mais, quem se mexe mais, quem transpira mais, quem sofre da coluna, isto nunca mais acaba e dói-me a cabeça.


Publicidade Aqui Não

mas os panfletos de propaganda política pode ser, é isso?

(irritada)

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

incrível

como uma pestana enfiada no olho pode desorientar a vida de uma pessoa.

por mais cães que tenha

não consigo entender como é que com um calor abrasador
isto:


para além da posição esquisita do pescoço, mas quanto a isso já desisti



desconhecia

a tendência Marés Vivas:



♪ some people stand in the darkness
afraid to step into the light
some people need to help somebody
when the edge of surrender's in sight
don't you worry
it's gonna be alright
cause i'm always ready
i won't let you out of my sight

i'll be ready
i'll be ready
never you fear
no don't you fear
i'll be ready
forever and always
i'm always here 


quarta-feira, 12 de julho de 2017

o empata

porquê, mas porque é que nas aulas tem de haver sempre uma pessoa chata que interrompe constantemente o professor com dúvidas de caca, que pouco ou nada têm que ver com os assuntos tratados/para, direta ou indiretamente, falar de si próprio/para falar de «curiosidades» que não têm qualquer interesse ou piada?

quinta-feira, 18 de maio de 2017

Anda por aí uma pessoa incomodada

... a espalhar mensagens sobre o RonaldE, especificamente em paragens de autocarro. Já esta semana tinha reparado numa que rezava assim: «CR7 roto» (a obsessão com a sexualidade alheia não deixa de me surpreender).
Pensei que fosse coisa ocasional, mas não, a mágoa parece ser profunda, dado que noutra paragem:


Capisce?


Formulário de um banco suíço enviado por correio. Com a cruzinha no local devido E a ilustração com setinha para o dito local, não vá o diabo tecê-las.
Adorei.

duas vezes por dia, nem sabe o bem que lhe fazia

Já o relatei anteriormente: os turistas do meu prédio, no geral, copulam bastante. Estes últimos gostam de aspirar. Uma vez de manhã, outra no final do dia.

terça-feira, 16 de maio de 2017

The Practice

Uma cena na tv passada no tribunal. A juíza acaba de proferir a sentença e o advogado: «protesto!»
Ah, ah. Querias, batatinhas com enguias.
Que pachorra, pá.

stop motion

Nos próximos dias 22, 23 e 24 de maio diz que acontece a Festa do Cinema com bilhetes a 2,5€ em todas as salas de cinema. 
Não vou perder este:

A minha vida de Courgette


A história de um miúdo (Courgette) órfão que é colocado num orfanato e da amizade que cria com os meninos que lá vivem.

segunda-feira, 15 de maio de 2017

Algum dia tinha de ser

Descolar-se a sola toda de uma das minhas sabrinas na rua.

Chuic, chuic, chuic, mesmo na altura em que estava a passar um grupo de adolescentes.

sexta-feira, 12 de maio de 2017

etc.

Há uns tempos, dizia uma colega que o sonho da vida dela (entretanto cumprido) era ser mãe. A conversa foi parar a outros sítios e ainda bem que não houve aquele momento em que se espera que a outra pessoa se manifeste sobre a coisa que acabou de ser dita aproveitando para falar de si própria, porque eu dei por mim a pensar o quão enrascada estaria se tivesse de falar nisso do sonho de uma vida. Muitas vezes, sonho que se faz justiça, sonho com uma vida sem medos, com a casa com alpendre, uma mesa muito grande de madeira, horta, cães e gatos que se dão bem, há outros desejos e esperanças particulares, mas de resto, o grande sonho da minha vida, O sonho, não sei dizer qual é.

quinta-feira, 11 de maio de 2017

Relógio

Por outro lado, estou a tornar-me numa daquelas pessoas cujo corpo «avisa» que o tempo vai mudar.
Lembro-me sempre da D.ª Júlia que, para tratarmos do seu problema, ia regularmente ao escritório e repetia vezes sem conta, apontando para o ombro: «é que isto é um relógio, xôdotôr, isto é um relógio»

quarta-feira, 10 de maio de 2017

Remoer

Gostava de ser daquelas pessoas que, depois de um problema, esquecem e seguem logo em frente.

achei piada

quinta-feira, 27 de abril de 2017

O polvo

Recebi um email da Brio a informar os Brioneiros (enfim...), «com muita satisfação», de que, em maio, os supermercados vão passar a fazer parte do grupo Sonae. Então está bem e, como dizia o outro, sucexo.

bem bom


É pena que a Olá se ande a dedicar às miniaturas.

Isto também pode acontecer consigo...

«no sítio» que pode imaginar


A imaginação não tem limites.

terça-feira, 7 de março de 2017

de outra parte,

não quero ser velha.


ou o medo de existir

Compreendo perfeitamente a emoção das mães ao ouvirem o coração dos seus bebés. Deve ser qualquer coisa.
Eu própria, num exame recente, ouvi o meu coração, pela primeira vez na minha vida, e não que tenha ficado comovida, mas fiquei assim coiso, não sei, estar ali a ouvir as minhas entranhas, primeiro assustei-me, tum-tum, tum-tum, alto e bom som, muito rápido, afinal é verdade, parecendo que não, estou viva.
(reflexão parva no dia do primeiro implante de coração artificial, isso sim, impressionante; eu lá imaginava que existiam corações artificiais)


terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Mais feminina

:D

Vim limpar o pó e aproveito

Tanta evolução tecnológica, tanta coisa que diz qu'é para facilitar a vida ao povo e «estamos a trabalhar para que tudo seja mais fácil, rápido e prático» e não sei quê, e em 2017 AINDA TEMOS DE LEVAR COM A PORCARIA DO JAVA e incompatibilidades e o internet explorer e o diabo a quatro para entregar cenas no portal das finanças. Duas horas e meia nesta brincadeira.
Finanças, ó: