"A primeira coisa que me desedifica de vós - peixes - É QUE VÓS VOS COMEIS UNS AOS OUTROS. Não só vos comeis uns aos outros, SENÃO QUE OS GRANDES COMEM OS PEQUENOS. Se fora pelo contrário, era menos mal. Se os pequenos comessem os grandes, bastaria um grande para muitos pequenos; mas, como os grandes comem os pequenos, NÃO BASTAM 100 PEQUENOS, nem 1.000, PARA UM SÓ GRANDE, e, para que vejais que estes comidos na terra são os pequenos, e pelos modos que vós vos comeis no mar...OS HOMENS, COM SUAS MÁS E PERVERSAS COBIÇAS, vêm a ser como os peixes, que se comem uns aos outros...Santo Agostinho, que pregava aos homens, para encarecer a fealdade deste escândalo, mostrou-lho nos peixes; e eu, que prego aos peixes, para que vejais quão feio e abominável é, QUERO QUE O VEJAIS NOS HOMENS. Olhai, peixes, lá do mar para a terra...cuidais que só os tapuias (índios) se comem uns aos outros?. Muito maior açougue é o de cá, MUITO MAIS SE COMEM OS BRANCOS".
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segunda-feira, 14 de abril de 2008
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008
sábado, 15 de dezembro de 2007
Perigo Vegetal, de Rámon Caride, por Liliana Monteiro
Esta história é uma mensagem ao e para o futuro. Tudo começa quando Sheila decide escrever aos "jovens do passado". A Sheila, que vive no ano de 2075, conta com a ajuda de seu irmão Said e a história é-nos, então, relatada a duas "mãos".
Este livro de aventuras trata de um problema muito actual: os alimentos trangénicos que podem pôr em causa o equilíbrio ambiental. Os alimentos transgénicos são alimentos cuja semente foi modificada em laboratório. Essa semente é modificada para que as plantas possam resistir às pragas de insectos e a grandes quantidades de pesticida.
Recomendo este livro a todas as pessoas que gostem de aventuras.
Autor: Ramón Caride Licenciado em Biologia. Professor do Ensino Secundário em Cambados.
Para o público infantil é criador da série formada, até ao momento, pelas novelas Perigo vegetal (1995), Prémio Merlín 1995; Ameaza na Antártida (1997) e O futuro roubado (1999), reunidas no volume As aventuras de Said e Sheila (2001).
Ilustrador: Miguelanxo Prado , Corunha, 1958, descobriu o mundo da banda desenhada quando aluno da Escola de Arquitectura, instalando-se depois em Barcelona, onde publica as suas primeiras histórias.
Editora: Deriva editores
segunda-feira, 10 de dezembro de 2007
"O Preconceito Precisa de um Espelho"
O cartoon representa o preconceito : dois homens com cauda ridicularizaram e humilharam outro que tem as orelhas invulgarmente grandes. A intenção do cartoonista é denunciar atitudes mesquinha sque nos levam a apontar os defeitos dos outros, mas não nos permitem ver correctamente as nossas fraquezas. Trata-se de uma metáfora que relaciona o preconceito com a incapacidade do ser humano de reconhecer os seus próprios defeitos. O cartoon mostra ainda que o feio e o bonito é relativo e discutível.
Em O Aquário, o peixinho vermelho é também ele, pela mesma razão vítima de preconceito. Em ambos os casos, pretende mostrar-se que o exterior não é o mais relevante.
(este cartoon de Rodrigo de Matos)
segunda-feira, 19 de novembro de 2007
O Aquário, de João Pedro Mésseder
O Aquário
Hoje ouvimos ler O Aquário. A princípio, achamos estranho, dado que é uma obra proposta para o terceiro ano de escolaridade, mas rapidamente percebemos que um livro pode ter mais do que uma leitura e que os alunos do ensino pré-escolar farão uma leitura mais literal do que nós. As nossas “competências de leitura” já nos permitem ir mais longe e ler outras camadas do texto. Cada leitor associa a sua “leitura” às suas próprias vivências e a outras leituras, por isso é natural que nós, como já lemos mais, associemos este texto a mais coisas.
Hoje ouvimos ler O Aquário. A princípio, achamos estranho, dado que é uma obra proposta para o terceiro ano de escolaridade, mas rapidamente percebemos que um livro pode ter mais do que uma leitura e que os alunos do ensino pré-escolar farão uma leitura mais literal do que nós. As nossas “competências de leitura” já nos permitem ir mais longe e ler outras camadas do texto. Cada leitor associa a sua “leitura” às suas próprias vivências e a outras leituras, por isso é natural que nós, como já lemos mais, associemos este texto a mais coisas.
Num primeiro momento, detivemo-nos sobre o humor “escondido” no texto e no paratexto de O Aquário. No texto, destacamos “a sua voz sumida de peixe”. Esta expressão é muito engraçada, pois apesar de desde o início da história estarmos cientes de que estamos em presença de uma fábula, não deixa de ser curioso tentar imaginar a voz de um peixe.
Nas ilustrações, o cómico é-nos sugerido pelos braços, garfos que os peixes usam, bem como pelos óculos do peixe negro. Trata-se de uma antropomorfização ( os animais adquirem aspectos humanos).
Também constatamos que a ilustração, apesar de agradar aos mais novos, tem características que lhe permitem agradar a várias faixas etárias.
Depois disto avançamos para outro tipo de leitura. Estivemos a analisar as relações que se estabelecem entre o peixinho vermelho e os outros peixes e percebemos que o aquário não é mais do que uma metáfora.
Quanto ao peixinho vermelho procuramos substituir a característica mais visível dele (a cor), por outra característica que o distinguisse aos olhos dos outros (imaginamos um “peixinho” cigano, homossexual, Jeová, negro, portador de deficiência motora, gótico, punk, hippie ). Sobre esta nossa experiência teremos novidades em breve…
quinta-feira, 8 de novembro de 2007
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