Mostrando postagens com marcador escrita. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador escrita. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 10 de junho de 2008

Haikai (des)orientados (oficina de escrita)

(Jardim da Especulação Cósmica desenhado por Charles Jenks)

O haiku é uma forma minimalista de poesia japonesa. É composta por versos curtos e um longo, sendo que o primeiro (curto) deve ter 5 sílabas, o segundo (longo) deve ter 7 sílabas e o terceiro (curto) deve ter 5 sílabas. O haiku não deve ter mais de duas frases e os versos também não devem rimar entre si. As temáticas, normalmente, centram-se na natureza, nas estações do ano e nas impressões deixadas por um momento.


Em cima transcrevemos um dos mais conhecidos textos de Bashô :

O velho tanque
uma rã mergulha,
barulho de água.


Regras:
- Seguir as regras do haiku adaptado à língua portuguesa:
- Três versos (17 sílabas métricas - 1º verso -5 sílabas; 2º verso- 7 sílabas, 3º verso - 5 sílabas)
- Não mais de duas frases.
- Sem rima.
- Tema livre.

É uma andorinha
No céu a voar sem rumo
Como a natureza.

Bruna M.


Com a primavera
Chegaram os emigrantes,
Animais sem dono.
Joana

Ar fresco, calmo
Ar fresco de primavera
Chamando as folhas.
Miguel

Já é Primavera,
Crescem nenúfares no lago,
No meu coração.
Bruno

Dia de Primavera,
Por mais que caminhe,
O dia inteiro não basta.
Carla

Ao cair das folhas
Abandonando-se ao vento
As tardes de Outono.
Mimi

Fogo arde no mar
Queimando o meu coração.
Voar para longe.
Sandra

No oceano azul
Estou sozinho, nem a
Lua me acompanha.
André

Quero ser um mar
Que não tenha muitas ondas
Para eu ser feliz.
Andreia Patrícia

O céu azul
Como o brilho dos teus olhos
Que me faz vibrar.
Carla

É uma margarida
Que abandona o seu lar
Triste e sozinha.
Sara e Bruna B.


O velho sábio
Ouvindo suaves ondas
Entre muitos sons.
Pedro

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Kitty, por Joana Lucas (texto e imagem)


Quando fiz um ano recebi um peluche que era a Hello KItty. Esse peluche acompanhou-me e continua a acompanhar-me. Como a Kitty é enorme, às vezes quando me sinto sozinha ou triste, e como não tenho irmãos agarro-me ao peluche para me reconfortar. Mesmo quando mudei de casa, a Kitty também veio. Aqui, eu continuo a estimá-la, porque quero que ela me acompanhe o máximo de tempo possível.
Joana
Nº13
8ºF

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Oficina de Escrita


O poema de Adília lopes foi insparição para a recordação de objectos marcantes da nossa infância:

O Anel, de Rute

Quando eu era pequenina, com idade entre os 3 e os 4 anos recebi um anel da minha avó. É um anel cor-de-rosa e branco, que era dela e que eu cobiçava há muito. Normalmente, ela dava-me dinheiro, mas naquele dia deu-me o seu anel. Adoro-o porque foi ela quem mo deu e porque é muito bonito! É o objecto que eu mais estimo e que desde a minha tenra infância. Espero nunca o perder, pois ele é muito especial para mim, e traz-me boas recordações da minha avó.

Barbie, Sandra Cabral

Há dez anos que me acompanhas. Desde o Natal em que te recebi que és uma parceira de brinacdeiras e confidente de segredos. Agora, ligo-te menos, mas lembro com carinho do tempo em que brincávamos. Continuas no meu quarto e no meu coração.


A Barbie, da Xana

Em pequena, recebi uma Barbie que foi muito importante. Sentia-me a pessoa mais feliz do mundo quando brincava com ela. Levava-a comigo para todo o lado: ela falava, brincava, ria, mexia-se, cantava ou assim parecia. Um dia, sem querer, partiu-se- Fiquei muito triste, pois apesar de ter outras Barbies, aquela era especial.


quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Etiqueta de Joana Lucas












Lavagem à mão (temperatura máxima de 30º)
A Joana é uma pessoa sensível por isso não se pode passar a ferro.
Em caso algum se deve colocar na máquina.
Para secar, deve ser exposta ao Sol.
Atenção à exposição solar. Em determinados períodos do dia deve colocar-se protector solar.

Etiqueta da Carla por Andreia Patrícia


Matéria de espécie humana que se deve tratar com muito carinho. Deve ser lavado a uma temperatura morna e colocá-la a secar ao sol. Na lavagem não se deve usar lixívia. Depois deste processo de limpeza estar concluído, deve ser alimentada de acordo com a roda dos alimentos. Para funcionar na perfeição deve dar muitos beijinhos. Não carregar no botão "play" pois, apesar de ser carinhosa, pode ser prejudicial aos ouvidos. Os botões de controlo estão situados na orelha.

Modo de Usar, Liliana


Modo de usar:
Ao adquirir este elemento humano, tornar-se-á proprietário de um modelo com características únicas, que deve ser tratada com a máxima delicadeza possível. Este modelo é impermeável, mas não deve ser lavado à máquina. Use água morna nas lavagens normais e em caso de nódoas ou sujidade esfregar com sabão azul. Em caso algum passe a ferro, pois o risco de queimaduras é elevado. Os elementos pilosos que estão a decorar a cabeça devem ser lavados com produto próprio. Evitar a lixívia. Pode usar-se o secador. O cabelo deve ser escovado com regularidade. Liga-se com um bom pequeno-almoço. Desliga-se às 22:00 horas.

Manutenção:
Alimenta-se de acordo com a pirâmide dos alimentos. O uso de produtos tóxicos provura cáries, obesidade e gases. Depois de ingerir alimentos deve esfregar bem os dentes com uma escova própria. Não introduzir muitos alimentos gordurosos no elemento humano. Tratar com carinho.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

"O senhor Jacobini", por Sara


O senhor Jacobini tinha uma necessidade urgente de saber a temperatura de tudo. Quando ia ao café media, com um termómetro, a temperatura do mesmo. O gelados tinham sempre de ter a temperatura certa: nem is, nem menos.

Na rua, perguntava às pessoas quanto graus estavam e niguém lhe respondia.

Em casa, estava sempre a confirmar a temperatura.

Para ele era mais importante medir a temperatura, do que medir o tempo.


Sara

O senhor Gustavo, por Joana, Rute, Xana e Bruna Barbosa


O senhor Gustavo adorava música, mas tinha medo de morrer intoxicado com música pimba, por isso, sempre que estava sujeito esse tipo de música, suspendia a respiração até ficar roxo.

O senhor Gustavo gostava de encontar um música que, quando a inspirasse, o inspirasse. Nesse sentido, tentava frequentar os espaços onde pudesse ouvir músicas mais inovadoras.

As pessoas que o rodeavam estranhavam que ele estivesse constantenente a farejar. Qando encontrava uma música realmente inspiradora, fartava-se de espirrar: era alérgico. Nas farmácias não havia remédio para o caso dele, a soluçao era não respirar aquela música e tentar só ouvi-la.


Joana, Rute, Xana e Bruna Barbosa

"A Chávena e a mão" de Gonçalo M. Tavares


A partir de algumas microrrativas da série O bairro, de Gonçalo M. Tavares, da qual fazem parte personagens desconcertantes como O Senhor Valéry, O Senhor Henri, O Senhor Juarroz, O Senhor Calvino, O Senhor Kraus e O Senhor Walser construímos os nossos próprios "senhores".

A Chávena e a mão


O senhor Juarroz hesitava em pegar na sua chávena de café porque não conseguia deixar de pensar que não são as mãos que pegam nos objectos, mas sim os objectos que pegam nas mãos. E tal repugnava-o, pois não aceitava que uma simples chávena lhe agarrasse a mão (como o noivo impetuoso agarra nos dedos tímidos da noiva).
Por isso o senhor Juarroz em vez de agarrar na chávena ficava longos minutos a olhar para ela, de modo agressivo.
Mais tarde queixava-se do café frio.


in Tavares, Gonçalo M., O Senhor Juarroz, Ed. Caminho, 2004