quinta-feira, julho 02, 2009

O homem dos túneis?


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O lamiré já me tinha chegado do João Gonçalves. Mas, pouco depois, tive ocasião de perceber ao vivo o que vai na cabecinha desta gente da comunicação social em matéria de pequenez de alma e malevolência militante.

Acabei de ouvir a entrevista a Pedro Santana Lopes, apesar de eu não votar em Lisboa, pela Ana Lourenço e gostei do que ouvi. Santana expressou-se com desenvoltura e, acima de tudo, foi concreto, polido (parecendo que não esta é uma qualidade que cada vez mais começo a valorizar) mas, sobretudo, apresentou uma feixe de ideias, várias, muitas, entre elas uma passagem desnivelada ao Saldanha, do que percebi deixando a superfície aos transportes públicos e a passagem inferior aos que seguem caminho para o Campo grande ou Marquês. Foi o suficiente para que no rodapé da entrevista aparecesse a espaços, curtos, a expressão «Santana quer fazer mais um túnel em Lisboa». Ou seja, de tudo o que Santana falou, aquilo que a SIC achou de maior impacto foi ele querer fazer mais um túnel.

Isto é o que os ingleses chamam presposterous. Ainda por cima, porque se pretende apoucar a acção de Santana como o «homem dos túneis» quando, afinal, o túnel do Marquês provou ser de grande utilidade, apesar das diatribes e prejuízos do «Zé que nos fazia uma falta tremenda». Shame on you, SIC-N.

Já agora. Foi giro saber que as receitas do Casino de Lisboa ao invés de serem canalizadas para a reabilitação do Parque Mayer têm servido para tapar buracos e pagar contas a fornecedores. Deve ter sido para António Costa poder cumprir, como diz no cartaz.

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quinta-feira, dezembro 18, 2008

António formiga e Zé malcriadão


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Pode-se não gostar de Santana Lopes. Mas que a esquerda ficou nervosa com a notícia da sua recandidatura a Lisboa, ficou. António Costa falou em fábulas e disse umas banalidades, notoriamente embaraçado. O Zé que fazia falta alardeou de imediato a sua grossíssima casca e brutalidade. Para além de dizer disparates, sobretudo quando se refere às dívidas que Santana Lopes deixou. O Zé que fazia falta está a ser desonesto, mas isso não é notícia. Já agora, não seria altura de o Zé que fazia falta fazer um acto de contrição sobre quantos milhões é que ele (Zé) nos custou por causa da bravata do túnel do marquês, hoje por hoje uma obra de reconhecida utilidade?

P.S. Prevejo uma das mais sujas campanhas para a cidade de Lisboa. A ver vamos. Penso mesmo que Santana beneficiará das grosserias e falta de chá do Zé.
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quinta-feira, setembro 27, 2007

Onde as galinhas... pois!



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Santana Lopes fez o que devia. Pôs a menina que o estava a entrevistar no seu devido lugar e
bateu com a porta da entrevista interrompida porque havia que passar aos exteriores, já que uma amostra bem representativa do nobre povo tinha ido para o aeroporto gritar Mourinho! Mourinho! Até aqui, nada de verdadeiramente especial. O que achei espantoso foi o cuidado cirúrgico como muitos, muitos mesmo, bloggers se referiram ao facto, tecendo um natural elogio a Santana Lopes mas ressalvando sempre que não apreciam o homem, mas que neste caso procedeu muito bem. Por outras palavras, sim...mas. E até o termo menino-guerreiro apareceu um punhado de vezes. Na sesta, por acaso não falaram, mas houve outros episódios à la carte, foi só escolher.

Extraordinária forma de sermos, é o que é!


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