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quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

OPTIMISMO ERA APENAS FANTASIA DE UM MÁGICO

Em resposta a um e-mail que encontrei na caixa de entradas, esta manhã, saiu esta reflexão:
(do e-mail para D R F em 150101 às 07h16)

Espero que já estejas recuperado da «grande trabalheira». As tuas desculpas são exageradas e desnecessárias entre amigos. Falhar nas intenções e promessas é demasiado usual na nossa vida actual, como bem demonstra o PM que não se dá ao trabalho de se desculpar com as «grandes trabalheiras». Mas estou à espera que justifique as desilusões que nos causa, alegando, como nos tem habituado há mais de três anos, à má governação anterior, desde 2011, que, com uma austeridade incurável, nos tem obrigado a abrir, sucessivamente, mais furos no cinto, ao ponto de o sentirmos já amarrado às vértebras.

Há dias, fez um discurso que veio em notícias com títulos de OPTIMISMO. Foi puro malabarismo passista ou passado de que hoje começamos a ver a fantasia desaparecer com aumento dos preços da electricidade, da água, do gás e dos combustíveis. Grande mágico este OPTIMISTA. Já tem um longo treino de promessas fantasiosas não cumpridas e o percurso tem vindo a ser muito regular no empobrecimento de quem ainda não era pobre e no enriquecimento de quem ainda não era tão rico como desejava mas tem vivido sob a protecção do Poder. Quem beneficia com a nova versão da austeridade? Certamente os milionários já existentes e os muitos que pendularmente aparecem a aumentar a lista. Mas a culpa é do passado, com o Passos a gerir o leme, com a sua determinação desajustadamente orientada.

E apesar de tanta determinação anunciada, interrogamo-nos sobre o que impediu que fizesse a prometida REFORMA ESTRUTURAL DO ESTADO que, se tivesse sido cumprida com competência e rigor, teria cortado a burocracia para o mínimo indispensável e dado uma machadada na corrupção. Mas isso não convinha aos seus «boys» de quem ele é «determinado» protector e simultaneamente subordinado, numa ininterrupta troca de favores.

Agradeço-te os votos e desejo que tenhamos um ANO MELHOR, usando o conceito realista do nosso amigo Caniné
 Imagem de arquivo

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

O MAIOR ATRACTIVO SERÁ A EXPLICAÇÃO DOS RESULTADOS


O artigo «Discurso de Passos marcado por uma palavra até agora proibida: "Optimismo"»  de Susete Francisco, publicado no Ionline, em 25 de Dezembro, pode suscitar reflexões parecidas com as seguintes:

NUM DISCURSO NESTA QUADRA DO ANO E A POUCOS MESES DE ELEIÇÕES, é difícil a um líder partidário, na função de PM e candidato à continuação nas funções, não adornar as suas palavras com ramos floridos de optimismo, esperança e confiança.

Mas, como tais promessas fantasiosas já foram, durante cerca de 4 anos, proferidas em vão e anuladas poucos dias depois, será melhor desistir de fazer promessas e, em contrapartida, falar dos RESULTADOS obtidos durante este mandato na MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA DA POPULAÇÃO, nos sectores de Saúde, Educação, Justiça, Ordem Pública, Emprego, apoio a crianças, a idosos, reformados e deficientes, etc. O povo sacrificado pela austeridade, que ainda não parou de se agravar, deve ser informado dos dividendos obtidos do investimento de sacrifício que foi obrigado a fazer, ou saber se do seu sofrimento apenas resultou a produção de mais milionários, mais corrupção, etc, para benefício sempre dos mesmos.

Mas essas explicações dos resultados devem despir-se de habilidades de linguagem e ser claras, verdadeiras, para todos os portugueses compreenderem e poderem tirar as suas conclusões. Cada um vive com as conclusões que tira da informação que obtém e já não confia nas conclusões tiradas por pessoas que são parte do processo. Por lei, o arguido está autorizado a mentir e, por isso, a sua palavra não constitui prova da sua inocência.

Por favor, Sr PM mostre os resultados reais, bem visíveis e inequivocamente demonstráveis das medidas que tomou com o dinheiro que nos sacou em cortes diversos, supressão de subsídios e outros apoios, aumentos de impostos, etc, etc. Qual a melhoria da QUALIDADE DE VIDA dos mais pobres e desfavorecidos?

Imagem de arquivo

domingo, 16 de agosto de 2009

Necessidade de optimismo nacional. 060721

(Publicada no Destak em 21 de Julho de 2006, p. 10)

Nós portugueses andamos muito carentes de optimismo e auto-estima. Já nada nos revigora, nem o quarto lugar no mundial de futebol que, para muitos, por não ser o primeiro, constituiu uma desilusão. Mas o optimismo não se recupera com falsidades ou suposições logo desmentidas, ou não confirmadas, pela realidade.

Com uma riqueza nacional que numa década cresceu apenas 0,8%, não é por aí que se gera optimismo. Com estes valores, só podemos caminhar para o pior refugo dos países. Para nos aproximarmos dos melhores, precisamos de taxas de desenvolvimento muito superiores às deles, sem o que a generalidade da população viverá cada vez pior do que a deles. O Banco de Portugal, que devia primar pela verdade e pelo rigor, assumiu indevidamente o papel de propagandista, ao afirmar que no corrente ano o crescimento será de 1,2%, atendendo a que as exportações subirão 8,4%. Isto dava logo vontade de perguntar se os senhores doutores administradores acreditam nisso. Nós não acreditamos nos 8,4% por não vermos os fundamentos reais de um tal cálculo. Porém, a pergunta não foi necessária porque a resposta não tardou. Responsáveis do BP apressaram-se a confessar a sua incredulidade e ausência de convicção, alertando para o elevado nível de incerteza dada a volatilidade das exportações, aos efeitos do preço do petróleo e ás indefinições no sector automóvel, que como é demonstrado pelos casos da GM da Azambuja e a Auto Europa, podem ser factores imprevisíveis e significativos.

E então, assentando estes números propagandísticos em factores subjectivos, com carácter de meras hipóteses, impossíveis de justificar por meios matemáticos, fica-nos uma preocupante dúvida sobre a credibilidade do Banco de Portugal e a sua intenção, já há ano e meio abalada com as sucessivas previsões do défice com aproximação às milésimas. Há quem diga que se trata de uma atitude de gratidão ao Governo por ter reconduzido o actual presidente. Custa-me a crer em tal venalidade, mas não vejo uma explicação aceitável, tendo o próprio ministro das Finanças alertado para o cuidado a ter na interpretação daquelas previsões. Será que este tem receio de os portugueses começarem a exigir o desapertar dos cintos?