Metereologia 24 h

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domingo, 20 de fevereiro de 2022

Artistas com quem não simpatizo

 

Estamos sempre a mencionar os artistas de quem gostamos. Mas não mencionamos aqueles que, por alguma razão, não nos agrada. Por esta razão decidi nomear alguns que, ao longo dos anos, nunca me causaram boa impressão. 

1) Jerry Lewis

2) Bill Cosby

3) Tom Cruise

Assim de cabeça, estas estrelas do cinema e televisão entram na lista de pessoas que incomodam intrinsecamente, sem se saber bem porquê. Trata-se de um filling. De que algo está errado. 

O tempo veio a dizer que Bill Crosby é um estuprador de jovens mulheres. Não o sabia quando vi o seu Bill Cosby show pela parabólica, enquanto criança. Mas estava lá em todos os episódios. Megalomaníaco. Falso. Foi a sensação que tive. 

Tom Cruise, até agora, só se conhece aquele intelecto especial, derivado da sua adoração pela sua religião e também a forma como tem de controlar TUDO o que se passa no set de filmagens. E tudo é mesmo tudo, incluindo as partes não criativas. É de conhecimento geral que tem no contrato clausulas para ser filmado sempre de uma forma favorável para ocultar a sua baixa estatura e está mais que visto que ele gosta de fazer os heróis de acção, papel no qual não é convincente. Como galã também não me encheu os olhos e nunca entendi esse rótulo, chegava mesmo a mencionar isso desde que apareceu em Cocktail.  

Jerry LEwis... o que dizer? Exagerado, sempre a fazer a mesma personagem, me passou sempre a sensação de não ser doce, não ser ingénuo, de ser um grandecíssimo emburrado, mau, temperamental, irritado, paranóico e egocentrico. Se o é ou não pouco se sabe mas há uns anos transpirou para o público que a sua casa era fortemente vigiada e fortificada e que ele colocou toda a família sobre escuta, todas as divisões da mansão, incluindo as casas de banho, gravavam audio e video, porque ele estava paranóico a respeito da opinião dos outros sobre si. Não sei porquê, acho que encaixa que nem uma luva.

E é isto. 

Para a próxima, vou falar de artistas que respeito e admiro e também é por uma sensação intrinseca. 

E vocês? Com quem nunca "foram à bola"?

quinta-feira, 29 de agosto de 2019

EMPREGOS



Tenho andado a pesquisar empregos na net e mais uma vez verifico que não existe nada. Aqueles a que concorro não respondem. Nem sequer chamam para uma entrevista. Vou sentir-me desesperada. Percebo que só me chamam se forem eles os desesperados. 


E terminando o Verão, já ninguém desespera pelo que for. 

Mais nove meses de desespero?

Por isso é que trabalho agora o máximo que conseguir. Provavelmente é este o dinheiro que terá de me sustentar o ano inteiro. 

Não é nada aquilo que esperava, sonhava ou mereço.
Mas é a realidade.


domingo, 3 de março de 2019

Não cumprimentou


Mais uma vez, não cumprimentou.


Posso ter muitos defeitos mas, quando entro numa sala e vejo pessoas, dou os cumprimentos. 
Foi o que fiz, quando desci agora à cozinha e apanhei a mais-velha. Disse "Olá", até de uma forma entusiasta. Ela respondeu "oi", de forma apagada. 

Mas os cumprimentos foram dados.

Enquanto estou na cozinha, oiço os passos do rapaz a aproximarem-se. Estou de costas, pelo que não me vou virar para o confirmar. Oiço-o, escuto-o, fica-se por ali e vai embora. Sem dar o cumprimento de quem entra numa divisão e encontra outra pessoa lá.



Assim, mas assim que ele fecha a porta da rua, começo a escutar mais ruidos no piso de cima. Afinal não fiquei sozinha em casa. A mais-nova estava fechada no quarto e, ouvindo o outro sair, decidiu sair da toca. Mais uma vez, por estar na cozinha ao pé da bancada, estou de costas para quem quer que seja que se aproxime. Ela entra na sala, pousa coisas na ilha da cozinha, passa pela cozinha, entra dentro da salinha onde estão as máquinas, mexe em alguma roupa talvez... enquanto eu estou a fechar o tampo de uma caixa. E nada diz. Nem um único cumprimento. Ontem fez exatamente a mesma coisa.



Acho que é má educação.
Mas já cansei. Cansei de querer ver um comportamento normal nestas pessoas. Elas que façam o que bem entenderem. Eu fico na minha. Continuo a limpar a casa na minha vez, não atrapalho ninguém... Espero que não me chateiem, é só o que peço.

Não querem falar, não querem trocar umas palavras? Tudo bem. Cada qual tem os seus problemas, não é mesmo? Eu estou cheia deles. Mas não é por isso que perco a mania de dizer "Olá" ou "Bom dia" quando entro numa sala. 



Sinceramente, já não quero mesmo saber. 
Até acho que cheguei a este ponto tarde demais. 


Só lamento que esta miúda tenha ido trabalhar cinco dias na semana passada e na sexta-feira escutei-a dizer que pediu a semana seguinte para ficar em casa. Que foi exatamente o que andou a fazer nos 20 dias que antecederam a semana em que trabalhou.

Ou seja: descansa duas semanas, vai trabalhar um dia, cansa-se, com esforço trabalha até sexta e depois tem o fim-de-semana livre e ainda pede a semana inteira. 

Isso significa que o que aconteceu hoje e ontem provavelmente vai repetir-se os restantes dias

Escutei-a dizer que talvez vá embora - caso obtenha emprego noutro lugar. Quer ter muito dinheiro sem trabalhar. É um defeito que vejo por toda a parte e não entendo. Não é só nas gerações mais novas. A mais-velha também conta histórias e revela até invejar aqueles que estão melhor na vida, ganham mais dinheiro e parecem fazer menos que ela. Mas ao menos a mais-velha cumpre a sua rotina de trabalho. Muito raramente procura ficar em casa sob um falso pretexto qualquer. 


Estes mais "jovens"... é espantoso. Como conseguem? Não sei. Como não são demitidos? 
É o que dá ter um contrato fixo, cheio de regalias... depois esquecem-se que as obrigações são de ambos os lados. Foi gente desta que ajudou a destruir o mercado de trabalho, pois os empregadores não estão para fazer contratos e deixar os empregados afectivos se estes depois ao invés de darem ao litro, perdem a produtividade e começam a preguiçar. 

Mas também já percebi que o trabalho não enriquece ninguém. Trabalho é bom para se morrer a fazê-lo. Para viver a vida em mordomia, raramente apenas "trabalho" te leva lá. Há sempre mais coisas que se comprometem pelo caminho, até mesmo no caminho daqueles que começaram a subir de forma esforçada e honesta. Não dá para permanecer assim no mundo da riqueza.

Pensava que estavam a brincar, a sonhar a história da cinderela, quando se punham a suspirar por um homem rico e bonito que se interessassem por elas. Sempre penso que é a fantasia, a brincadeira a falar. Mas agora percebo que não. A ideia de sair à noite, em busca de uma carteira recheada, está viva e de saúde. E eles, também pensam que é assim que obtém qualquer coisa. Então trata de, se não for, ao menos parecer ser rico. Os ricos também não se vão contentar com qualquer uma. Já que são ricos, elevam o patamar daquilo que procuram numa mulher: uma gaja toda boa dos pés à cabeça, que seja uma grande p... na cama. E talvez depois, até gostassem que fosse divertida e inteligente. E é assim, minha gente, que anda a "corte" nos dias de hoje. Tudo à procura do superficial. 

sábado, 2 de março de 2019

Uma história real de sábado de manhã


Não preciso de sair de casa para procurar entretenimento. Da janela do meu quarto vejo filmes. O de hoje, foi uma história sobre a custódia de um filho e os dias de visita.

Já se tinham passado mais de 10 minutos e o motor de um veículo ainda roncava à porta. O som a entrar pelo quarto, incomodando a leitura do livro que me estava a proporcionar tanto gosto. Os automóveis não têm razões para pararem aqui. Ou estacionam ou vão embora. A curiosidade e o incómodo fez-me levantar o rosto do livro e espreitar na janela. Uma camioneta de caixa aberta estava parada à frente da porta da casa, com o motor a roncar ruidosamente.


Não menos de três segundos, surge um automóvel renault, que abruptamente estaciona à frente. 

Mas que é isto? Pensei. Nem se pode estacionar ali. 

Tão depressa como o veículo estacionou e travou, a porta do condutor entre-abriu-se e a voz de uma mulher gritou do interior. A voz de um homem respondeu. E nesse mesmo segundo "materializou-se" o indivíduo, caminhando até a frente do seu veículo, respondendo algo à mulher que permaneceu no interior do carro.

Trocam poucas e cautelosas palavras que sinto que é ela a querer saber algo em tom algo repreensivo e ele a responder. Ele atravessa a frente do seu veículo e abre a porta do lado do passageiro. Que aqui em inglaterra, como se sabe, é a do lado esquerdo. Depois de uns segundos, caminha até a porta do passageiro do automóvel onde está a mulher. Retira um saco, outro saco, puxa o assento da frente para a dianteira e enfia metade do seu corpo na traseira do automóvel. Segundos depois sai de lá a segurar uma criança.

Transporta-a para a carrinha e coloca-a na cadeirinha colocada no assento de passageiro.

A mulher então sai do carro. É loura, cabelos esticados, longos. Bem cuidada, boa aparência, jovem. Mas tem na atitude algo de insatisfação. O homem veste um blazer azul claro, com barrete, tem o cabelo louro e curto e um rosto cheio de sulcos, que o faz parecer bem mais velho que a mulher.

Ela, num carrinho novo e brilhante, ele, numa camioneta de serviço, de caixa aberta e com pedaços de troncos de árvore como carga.

Entre os dois sente-se algum incómodo. Mal se aproximam um do outro. Ela aguardou que ele se dirigisse ao automóvel e fosse buscar a criança. Não lha entregou. Ele foi buscá-la e só depois é que a mulher, perguntando se ele tem fraldas e remexendo numa malinha vermelha e branca, consegue atrair as atenções do homem. Que caminha até ela. com as mãos nos bolsos. Mas logo regressa à carrinha. É a vez de ser ela a ir ter com ele. Talvez para verificar a criança ou despedir-se? Não dá para ver, o arbusto tapa a percepção. Ela regressa ao carro dela, tira o que parece ser uns doces, e volta para os entregar na carrinha. A coisa é rápida. Se algum deles gostava de ter uma reaproximação, nota-se que muita coisa má já rolou entre eles. É paupável um mau estar, uma cordialidade forçada e desejada curta para não azedar. Tensão, um olhar na mulher, um gesto a criticar, a postura do homem. De outro modo... como explicar a entrega de uma criança ao pai, num sábado de manhã, em plena estrada?

E é assim que "vejo filmes" da vida real, ehehe.
Os seus sons estão sempre a "tocar" à janela.
Tudo se desenrola à entrada da porta de casa. 

Isto não é surreal?


domingo, 11 de fevereiro de 2018

Ainda sofro

Os olhos ficam com água, quando me lembro de como fui demitida.
Ainda me surpreende e sinto-o como um ferrão de injustiça vil.

As circunstâncias já as contei aqui, back then.
Mas quando percebo as implicações e as intenções dos envolvidos, sinto asco. Bílis devia sair do meu estômago, só de lembrar.


Calhou encontrar na internet sites a explicar quais os motivos que legitimam os empregadores a demitir pessoal com efeito imediato. Numa lista com uma série de motivos, não encaixei em nenhum! Mas muitos colegas que conheci pareciam encaixar na lista como uma luva.


"Ser capaz de fazer o trabalho mas voluntariamente recusar a fazê-lo" - eram logo todas as inglesas. Pelo menos duas dúzias de pessoas.
"Não ser capaz de fazer o trabalho" - mais umas duas dúzias de inglesas part-time estudantes.
"Ter um comportamento agressivo, de bulling e assédio" - eram logo uns tantos managers e team leaders.
"Roubar" - umas tantas colegas que "punham" ao bolso.
"Usar drogas ou aparecer bêbado" - mais uma vez, uns tantos team liders e pessoal de cozinha

E sou eu a que acaba demitida de forma tão vil? Opá. Sinto-me como Cristo. INJUSTIÇADO! 

É que este país tem leis para tudo.
Diz estar tão bem estruturado socialmente que seria de esperar que, com tanta lei, injustiça fosse algo que dificilmente seria recorrente na sociedade laboral. Mas passa-se exatamente o contrário! 


E são aqueles mais sacanas, que a "sabem toda", que se vão safando, sem fazer nada de muito bom, apoiando-se no esforço de outras pessoas, que dão o couro e o cabelo, para depois serem atropeladas por um comboio sem qualquer aviso. Ainda estou estupefacta por constatar o quanto este país e as suas leis são tão pouco eficientes para proteger os direitos dos menos favorecidos e das pessoas de bem.

Chego à conclusão de que, quanto mais "politicamente correto" for o país, mais injustiça acontece com os justos. E não é só por mim que falo. É a forma como sinto que as coisas estão legalmente estruturadas. O pretexto é sempre "a lei" mas essas leis parecem estar sempre a prejudicar aquele que se esforça e faz por as seguir. 

É um contra censo tremendo.