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quarta-feira, 2 de novembro de 2011

das palavras e dos papapás

Nem preciso dizer que, mesmo sazonalmente, publico muito mais papapás do que palavras.
O link dos parapapás, aqui.
Vamos ver se escrevo alguma coisa aqui e ali, para variar...

domingo, 3 de julho de 2011

obrigada, brasília

Brasília é um espaço em branco entre três poderes.
Brasília é um espaço vazio entre dois polos.
Brasília é um abismo entre dois lagos.
Brasília é luzinhas simetricamente dispostas sobre asfalto. 


Tentativa obviamente frustrada de realizar um gráfico que ilustrasse Brasília
Micro-férias da rotina no Planalto Central. Aproveitando a II Jornada do Romance Gráfico na UNB, rumei para a capital carregando projeto do Doc, Revistas 1000 e telefones e endereços de queridos que conheci na Rio Comicon.

O colóquio foi impressionante. Como tudo foi concentrado em um mesmo lugar, todos assistiam a todos, comungávamos à mesa na hora do almoço e partilhávamos teorias, anedotas e aforismos nos intervalos. Um belo evento, de verdade, com uma acolhida impressionante de toda a equipe de organizadoras: Regina Dalcastagnè, Stella Montalvão, Ludimila Moreira, Laetitia Eble, e todas as outras que nos recepcionaram.

As falas e os debates foram de excelente nível, público e palestrantes revestidos de conhecimentos e arcabouços teóricos diferentes. Aguardemos os textos, que serão publicados em breve na revista online do grupo.

Tive a honra de dividir a mesa com os professores Paulo Ramos, Benjamim Picado e a escritora, pesquisadora e artista plástica Elvira Vigna.
Destaque para a conversa com Laerte, sempre lúcida. E a mesa com o companheiro de alojamento Ricardo Postal (UFPE) e seu trabalho sobre Cachalote; Ciro Marcondes e sua pesquisa sobre a guerra nos quadrinhos (que só agora me dei conta que ele é um dos autores da Raio Laser, talvez a mais lúcida das revistas sobre quadrinhos nacionais. Aliás, sobre Laerte, ver texto dele e do Pedro Brandt).

Os espaços vazios, as restrições de mobilidade, assim como a divisão funcional cartesianamente estudada de Brasília propiciam o aparecimento de artistas de extremo talento. E durante o evento pude conversar rapidamente com Gomez, Sarah, Daniel Carvalho, Evandro Esfolando e ainda Lima e Gabriel da mítica Kingdom Comics, Eduardo Belga.

E depois, uma salva de palmas para os sambróders (ou sambalera, © 2011 by Clara do Prado). O novo estúdio do grupo, reunindo o trio de editores e ainda outros quatro artistas de diferentes linguagens, foi abençoado por Laerte Coutinho na última quinta. O registro ficou por conta de Carol de Goes e Raquel Pellicano, "fotógrafas oficiais" do grupo.


Que inveja de Laerte de salto e meia com desenhinhos. Já falei de minha paixão pelo seus modos antes. Antes, até.

Hóspede dos Gabrieis Goes e Mesquita, ainda tive a oportunidade de conhecer a tradicional festa Play em companhia do Mesquita, LTG, Jessica e Flora (fica que vai ter bis!). A festa de que todos só reclamam mas vão, pontualmente, todas as sextas.

Merci encore a outro Gabriel, o @gabomesquita que me levou para um tour fait divers de Brasília. Desde a praça em que incendiaram o índio, onde ficava a pizzaria dos escândalos colloridos, o edifício em que morou Renato Russo, ao primeiro edifício do plano piloto, com seu discurso crítico mostrando as incoerências que circulam sobre o plano cartesiano.

A todos, grazie mille. Senti-me em casa.

ps: e tantos, tantos outros, não esqueci de vocês não

apareceu a margarida

Tempos e tempos sem escrever no blog. Não que eu não esteja escrevendo. Twitter e facebook e papapapás tomaram conta da minha escrita, assim como outros espaços (pela Barba Negra, partilho o trabalho da escrita do site com Lobo e Bruno Dorigatti>> às vezes uma entrevista aqui, um post ali, e escrevi o Web Pop Book, trabalho delicioso).
Além disso, voltei àcad'mia. Doutoranda desde março, com projeto sobre oulipo/oubapo, já disse? Três trabalhos para escrever nesse fim de semestre. De volta à escrita e, como de hábito, jogo por aqui seus restos...

***

Nesses dias, em meio ao deserto de Brasília, mastiguei algumas datas que andam voltando em círculos pelo calendário.

Em dez dias, quatro anos de blog. Há seis anos, caminhei pela primeira vez ao lado de DVD, cuja ausência e amizade epistolar provocou ainda mais minha vontade de escrever mais e mais (além da amizade ter virado um belo casamento:) ).

E há seis meses assisti à uma cena fantástica, que gostaria de registrar por aqui.

Por acasos feicebúquicos, soube que haveria a defesa de tese de JC Menu, narrada muito bem nesta magnífica revista. Graças às férias e por causa de DVD, que ainda mora à Paris, estava na área justamente naquela semana. Fui uma das primeiras a chegar no auditório da Sorbonne, preenchido aos poucos por autores e leitores de quadrinhos - alguns reconheci pelos traços, de outros só soube depois, pela Du9. Estava na fileira logo abaixo de Fabrice Neaud, que pintava a cena. À minha frente, o oulipiano Jacques Roubaud, ao lado da esposa, tomava notas com canetas bic coloridas, formando com suas letras um quadro pontilhista do que se desenhava no discurso de JC Menu e banca. E Menu falava dos quadrinhos a partir de si, em primeira pessoa, assunto que pretendo tratar na minha pesquisa. Todos esses autores e assuntos. Uma mise en abîme que fazia um circuito em caracol ali.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

las meninas (2a versão)

Vamos lá, não era meu objetivo brigar com ninguém. 


Concentração na lista de autoras de quadrinhos

Cynthia Bonacossa, que ainda organiza a Golden Shower
Hope Larson, que aliás realizou uma pesquisa sobre o assunto (entrevista aqui).*

* A Stephanie fez uma crítica detalhada da tal pesquisa. Afinal, o objetivo da pesquisa era responder a por que meninas não leem quadrinhos, mas as moças que responderam já são do meio... 

E de novo o link da Maison Close, a orgia comandada por Ruppert e Mulot, que aliciaram algumas quadrinistas pra fazerem felizes os rapazes...



(Continuo pedindo colaboração das moçoilas e dos rapazes)


UPLOAD


Tinha esquecido da Dominique Goblet

domingo, 30 de maio de 2010

generalidades 2 : las meninas

Como dizia, sonho com um tempo em que não se precise se definir quanto ao sexo de nascimento, mas pela personalidade, pelo trabalho, pelas qualidades do fazer, e não dos acidentes orgânicos.
Mas ainda há muito a que se fazer, apesar de hoje em dia não haver mais nada que só homem possa fazer (tirando o ofício de drag), é óbvio que o masculino ainda domina certos afazeres. 

Claro que sei que se trata de uma brincadeira, uma reunião para encontrar os amigos, mas o clube dos bolinhas do mundo dos quadrinhos fica ainda mais patente quando marca-se um jogo de futebol para pessoas envolvidas com as HQ. Vi-me duplamente excluída - não é nem por que não jogo, mas é que duvido que se vá montar time de meninas ou que se misture meninas nas equipes. Primeiro pelos padrões de comportamento - menina só joga contra menina -, segundo pela notória falta de meninas nesse campo. E, ainda, imagino os meninos que não gostam de jogar, que não se interessam... Por que menino = bola, HQ, vídeo game? O Hugo me entende
Enfim, eles que têm pênis que se entendam.

No último HQ na Maison, a minha caríssima Alzira  (que, como eu, está sempre tentando dominar esse mundo, produzindo eventos etc.) comentou justamente isso: só recentemente descobrimos que HQ nos interessam. Conto uns três ou quatro anos que comecei a ler os "adultos". Mas tem muita mocinha que já anda por essa área há tempos. Tem muita mocinha, que mais que nós, leitoras, produzem muito bem. E não vou dizer que elas produzem igual a macho que elas não precisam sê-lo para serem feras. 


Faço aqui uma homenagem a esses mulherões. Segue aí alguns links interessantíssimos só delas:

Cynthia Bonacossa, que ainda organiza a Golden Shower
Hope Larson, que aliás realizou uma pesquisa sobre o assunto (entrevista aqui)

***

Queridos, sejam 2.0 comigo e deem-me dicas de outras mocinhas quadrinistas aí nos comentários.


UPDATEANDO aos poucos with a little help from my friends


Dicas do Porco


Alisson Bechdel
Jow
Katie Skelly  
Posy Simmonds


***


E ainda vou acrescentando com o tempo com o que for encontrando de bom por aí...


Ah, em tempo: os meninos Ruppert e Mulot organizaram uma festinha pra convidar, principalmente, mulheres que desenham a se desenharem na La Maison Close. A brincadeira era fazê-las aceitarem, na verdade, a trabalharem nessa casa, digamos, de má reputação. Partindo do pressuposto que todo quadrinista é tarado e toda quadrinista é uma assanhada, resolveram chamar a galera pra uma orgia. 


Parece que o link dessa conversa toda com as desenhistas não existe mais, só a visita guiada que eles fizeram pela casa e o final dessa história toda. Aliás, La Maison close virou livro coletivo pela Delcourt, com cerca de vinte autores desenhando e desenhados.





segunda-feira, 26 de abril de 2010

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010