segunda-feira, agosto 23, 2010
Os Herdeiros de Sócrates
sábado, setembro 23, 2006
O Disparate duma Lombriga Menêlho
(UMA LOMBRIGA FORMADA EM FILOSOFIA MAKÚLO - continuação)
Depois de uma persistente perseguição, encontrámos e anestesiámos (hipnose) a Lombriga Futre, objecto de uma apresentação visual anterior. Através de um TAC, de uma Ressonância Magnética e de uma Expectografia de Imagem molecular, via satélite foi possível estabelecer um diagrama da estrutura funcional interna.
Segundo o Mestre Menelau (Parafraseando uma rábula inserta no Almanaque de Lembranças Locais. Vitor Branco: 1941), o corpo de qualquer Homo Sapiens é constituído por três cavidades/caixas: craniana, toráxica e abdominal.
Mas como o Sr. Dr. Gustinho Motorista é um home desmedrado, justo é designarmos as suas anfractuosidades como caixinhas: a caixinha da cabecinha, a caixinha do peito e a caixinha da pança somítica, sendo esta a mais importante, porque serve de base às outras duas que lhe ficam a prumo. Se fizermos uma análise de filosofia lógica sobre estas três caixinhas, tendo por base os princípios básicos da matemática, obtemos um disparate matemático, o que, aliás não admira, já que o Sr. Dr. Gustinho Motorista é um disparate de home: 1+1+1=1.
Três unidades iguais a uma unidade constitui, naturalmente um destrambelho matemático, mas como não há desassiso que a lógica filosófica não possa transformar num axioma, como exacção devemos concluir que as três caixinhas do Dr. Gustinho Motorista, que são três unidades indivisíveis, não valem mais do que um Gustinho Motorista, que também é uma só unidade e … indiviso.
quinta-feira, julho 06, 2006
UMA LOMBRIGA FORMADA EM FILOSOFIA MAKÚLO[1] – 1.ª Parte
Não conhecem o Sr. Dr. Gustinho Motorista?
Parece-se muito com uma pústula bífida nascida numa cloaca, como produto do viscoso conúbio entre uma ameba disentérica e um verme recém-cevado no cadáver dum chacal; a sua baba ofídica não é mais do que a podridão que jorra de uma pena mercenária e fedorenta numa cara ridícula de funâmbula, em suma um aborto langanheto. – magrinho, mas muito corrupto.
Os pés estreitos, delgadinhos e fininhos; as perninhas estreitas, delgadinhas e fininhas; mais acima o tronco estreito, delgadinho e fininho; para cima o pescoço estreito, delgadinho e fininho e por último a cabecinha estreita, fininha e delgadinha.
Adicionadas estas parcelas obtém-se um total também estreito, fininho e delgadinho, pelo princípio de que a soma é da mesma natureza das parcelas.
É muito estreitinho, fininho e delgadinho o Sr. Dr. Gustinho Motorista.
Quando com o seu terno hip-hop visto de costas, dá-nos a imagem dum gafanhoto vestido de macaco.
Com as suas cangalhas opacas, com o cabelo castanho-escuro, um pouco disperso, e com a epiderme levemente enrugada, dá-nos a impressão dum bicho da fruta.
A carinha mimosa, ligeiramente ondeada, moliçosa e encarnadinha e com os holofotes nas fanecas, traz-nos à lembrança a aparência duma lombriga.
Esta lombriga, não obstante a sua inconsistência, fura sempre e esconde-se quando pode. Uma vezes atrás do lodaçal da sua labita, outras atrás da intelectualidade medíocre bracarense, da sociedade dandy e balofa e de outros quantos caca-manecas que aparecem e até atrás da sua incompetência de aprendiz de enseñanza.
Ensopado entre uma Posta Barrosã: Almanaque de Lembranças Locais, Vitor Branco (1941: 305) e um Churrasco Gaúcho: O Tempo e o Vento, Erico Veríssimo (1958).