Metereologia 24 h

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sábado, 22 de setembro de 2018

Sou tão inventiva!


Não pude deixar de sentir um pouco de um vaidoso contentamento pela minha engenhosidade. 

Vou partilhar convosco a história. Mas primeiro, um pouco de blá, blá, blá para a contextualizar.

Gosto de criar. Reciclar materiais, etc. Quando passeio na rua e vejo uma pedra, um pedaço de tronco, alguma coisa que me chame a atenção, sei que aquilo pode ser aproveitado, transformado e tornado noutra diferente, bela e desejável. 

Sou assim desde criança. Mas refreio-me. Não tendo oficina nem nada que se pareça, não posso agarrar tudo o que me chama a atenção e armazenar. Por isso deixo a maioria das pedras, troncos e coisinhas mais para lá... todos esperam "o dia".


Ao longo dos anos, tenho aproveitado esta minha necessidade de criar e ser artística (cof, cof) escoando essa criatividade para as alturas de presentear alguém, fazer embrulhos, decorar a árvore de natal, oferecer uma lembrança, etc. Sem ter dado conta, toda a família e alguns desconhecidos têm pelas suas casas coisas feitas por mim. Sou uma nódoa no desenho e na pintura - mas até isso existe, algures. Não que tenha particular gosto no resultado, mas muito prazer na execução. Pintar é uma aprendizagem contínua. 

Em suma, de vez em quando, preciso e tiro prazer em "inventar" coisas a partir de nada ou pouco. A minha capacidade criativa diminuiu bastante com o tempo mas, recentemente, achei que seria uma boa ideia meter as mãos à obra para criar uma bagagem.

Vou passar uns dias a Portugal e aqui comigo só tenho uma pequena mala e uma grande, de porão. Uma é pequena demais, a outra grande. Como a viagem inclui apenas uma mala de cabine e na volta pretendo trazer a média, decidi pegar numas caixas de cartão e fazer uma «mala» com dimensões mais aceitáveis. Pesquisei então quais as dimensões que a easyjet, companhia que vou usar, aceita: para malas de cabine são 45X25X56cm.

E sem limite de peso!

Venceu o bichinho pela criação, pela experiência, pela tentativa e a expectativa do resultado. 

Em dois dias concluí a "obra". O resultado surpreendeu-me. 

Não esperava NADA decente. Só queria um invólucro satisfatório. Tenho visto pessoas a viajarem com todo o tipo de coisa - inclusive simples sacos de plástico ou aqueles tipo cesta, que se vêm nas feiras. E pensei que uma caixa sempre dá um pouco mais de descrição e chamaria menos a atenção.

Mas agora que está concluída tenho receio. Não parece passar despercebida, por causa das dimensões. E nem sequer a decorei ou pintei com várias cores. Forrei-a com sacos plásticos para o lixo e outro que recuperei de uma encomenda, em material mais resistente (sempre reciclar). Agora que a tenho à minha frente, acho que chama bastante à atenção. Porque é enorme!! 

esquerda: Mala de porão
Direita: mala feita por mim com as dimensões de cabine
Minha gente, estamos todos a ser enganados com esta coisa de viajar com malas padrão todas iguais. A maioria do peso e do espaço é ocupado pela armação das bagagens em si. Sempre achei aborrecido passar do peso e sentir que não levo quase nada. Peso aqui não é a questão, mas volume é. Como tenho de transportar umas coisas compridas e volumosas, malas para roupa não adiantam nada. Criar uma caixa de raiz era a solução.

E que solução!
Agora nem sei que mais la enfiar dentro. Ahahah.
Reparem: à direita na imagem, está a caixa que fiz. Tem as dimensões aceites pela companhia aérea. Mas nem parece. Na realidade, até tem um centimetro a menos no que respeira à "largura". Ainda bem que assim é porque já a acho enorme. Cinco centímetros, afinal, fazem mesmo diferença.

E é assim que estamos a ser "roubados" nas viagens. Quantos não têm de pagar uma fortuna porque a companhia aerea não aceita as dimensões da sua mala? Eu sei, vi acontecer. Uma senhora contou-me que pagou 100 libras (!!!) porque a mala tinha 1.200g a mais de peso e as rodas não cabiam no cubiculo... Ridículo, roubo. Mais vale deitar fora a mala e enfiar tudo numa caixa de cartão ou num saco.

 Pretendia descartá-la mas agora acho-a a coisa «málinda» eheheh. E útil. Mal dá para ver na imagem mas acabei por instalar uma alça (reaproveitei uma daquelas em plástico, ou então também servia de cordão - é outro elemento que sempre achei de utilidade e gosto de armazenar) e criei um sistema de "trinco" de forma a que, se necessário, possa abrir a mala para ser inspeccionada e voltar a fechá-la novamente. Não é linda?  Bom, mas o meu contentamento criativo de à momentos não surgiu pela criação desta bagagem.

Surgiu pela ideia que tive a seguir.

Consciente de que, se calhar, devido à capacidade de armazenamento proporcionado pelas dimensões o problema seria transportar esta mala cheia (muito peso), ocorreu-me adicionar-lhe umas rodas que depois pudesse tirar. Mas como fazer isso? E sem custos?

A escolha:

AHAHAH!
E vai resultar, tenho a certeza absoluta!

Adicionar um carrinho de brinquedo e uma cinta... de génio!
Não pude deixar de sorrir pela minha engenhosidade.