Mas algures neste mundo uma mãe e um pai, irmãos, avós, amigos, estão em choque, a sentir uma profunda tristeza e perda... sem querer acreditar e a questionarem-se "Como? Porquê?".
sábado, 5 de agosto de 2023
Oh! Outra morte!
Mas algures neste mundo uma mãe e um pai, irmãos, avós, amigos, estão em choque, a sentir uma profunda tristeza e perda... sem querer acreditar e a questionarem-se "Como? Porquê?".
sexta-feira, 4 de agosto de 2023
Quem morreu??
O Feed de notícias avança um nome e diz que a pessoa de 28 anos morreu.
E fica nisto. Não explica sequer quem é esta "celebridade" - pois está classificado como tal. Só mostra slides fotográficos de um homem que, presumo, ser a vítima.
Não sei porquê os meios sociais tanto usam a palavra como se de uma profissão se tratasse. Parece redutor. Tudo na notícia parece redutor. Faleceu um jovem e, é celebridade, porque faleceu. Os tais 20 minutos de fama que tantos almejam, por vezes, chegam assim: na partida definitiva.
Mas quem era o rapaz? Não se sabe. Só a família e amigos, a quem envio meus pêsames, devem saber a vida que se foi. Para a imprensa, era um influencer a dar a volta ao mundo em mota. E isto nos basta - a nós, "público". É triste que tenha tido uma vida tão curta. Mais triste ainda que tenha terminado na mota - numa colisão não explicada, sem detalhes. De quem terá sido a culpa? Terá sido frontal? Terá sido... horrível?
Motas são viaturas maravilhosas mas, sem dúvida, extremamente perigosas. Quando algo corre mal as probabilidades da vida de alguém se ficar por ali são altas.
Foi o caso deste Nuno Castanheira - que, como disse, tudo o que se sabe é que tinha o sonho de dar a volta ao mundo de mota. E estava nesse instante a tentar realizá-lo. No primeiro dia no Paquistão, colidiu com outra viatura e, pelos vistos, foi a única fatalidade. Seria muito mau não mencionarem que outras pessoas também faleceram em resultado deste acidente! Afinal, vidas são vidas. Mas não me espantaria se se focassem apenas numa.
Prefiro pensar que ele não ficou com um sonho por realizar. Mas que agora é que está a realizar o seu sonho. Porque nunca se viaja por todo o lado, em toda a parte, a todo o tempo, a não ser quando se transita para o mundo espiritual. Aí tudo está acessível, tudo se visita, tudo maravilha e tudo se absorve como nunca se pode conseguir neste plano terrestre.
Então Nuno - que não conheci nem tenho pretensões de achar que sei alguma coisa de alguém de quem nunca ouvi falar - espero que estejas a fazer uma viagem que vai muito além do que podias sequer desejar!
Felicidades.
segunda-feira, 17 de julho de 2023
O submarino que afundou
Não prestei muita atenção quando saiu nas notícias. Para mim tinha ocorrido um acidente fatal, tal como muitos outros que acontecem por aí. Não presto mesmo qualquer atenção quando o espalhafato é enorme, ocupando as notícias incessantemente, ficando os media dias a falar do assunto, sem acrescentar nada de novo, tentando extrair novidades onde não existem, lançando "possibilidades" infindáveis, "alegadamente", pela fonte menos credível possível .
Perceberam que aquelas pessoas morreram todas de imediato? No entanto, segundo as acções dos responsáveis tão divulgadas em excesso pelos media, estava a decorrer "buscas" para encontrar o submergível.
Não vos soa a idiotice?
Pior: a manobra de distração para ganhar tempo e tentar sair com a imagem mais limpa possível?
Bom, como não prestei atenção - apenas li umas poucas linhas, só agora gostei da informação que recebi.
Cheira-me que desta tragédia vai sair um FILME DE HOLLYWOOD. Afinal, tem todos os elementos que seduz o público e agrada os produtores: Milionários morrem em viagem inédita. Hum... onde já ouvi isto??
Ah! No mais famoso naufrágio de sempre: o Titanic.
Espera aí... estas pessoas estavam num submergível porque.... iam visitar os destroços do Titanic!
Ora se a história não se repete...
Se o primeiro afundou excesso de velocidade, este segundo foi pelo mesmo motivo.
Só que antigamente, muitas pessoas, ricas e pobres, podiam viajar num grande navio - embora nunca se misturassem. Hoje em dia, não existem misturas nem possibilidade de se partilhar o mesmo espaço. Os milionários de hoje gostam de espaços exclusivos.
Este submersível, que tristemente batizaram de TITAN - só faltou o IC - teve o mesmo desfecho. Ignoraram a "maldição" do nome... E quiseram fazer turismo de forma arriscada. Diria que o problema foi a imprudência. Do material usado para casco, da tecnologia em que apostaram para se livrarem de um destino fatal...
Sôa mesmo parecido ao TITANIC!!!
Também ele achava-se pioneiro, INSUBMERSÍVEL na realidade. Novo em tudo. Mas... não tinha salva-vidas suficientes. Condenando assim mais da maioria dos passageiros à morte certa.
Este Titan, decidiu levar passageiros e achava que era impossível sofrer fatalidades, apostou num casco diferente - carbono e num sistema de "20 anos de estudos" que alertava com muitas horas de antecedência quando existia um problema no casco.
O sistema de facto os alertou. Mas não lhes deu tempo para regressar à superfície. Eles escutaram o som - que dizem terrível, da pressão a "assobiar" nas paredes. E souberam de imediato o risco que corriam. Numa implosão não deve sobrar nada. Nada de nada. Nem um pedaço de dente, de corpo...
Com isto deram aos futuros aventureiros, novo folgo para o Titanic. Novos "restos mortais" para serem associados à tragédia de Abril de 1912. Esta nova tragédia de 18 Julho de 2023.
Um século e onze anos depois...
Venham juntar-se a nós, ò imprudentes!
domingo, 2 de abril de 2023
Cheated of my life
Foi um comentário no youtube que me fez repensar tudo. Meus pais são vivos. Se a ordem das coisas for a usual, irei os perder antes da minha vez também chegar. Não sei como será quando isso acontecer. Comecei a temer essa altura.
Mas depois de ler aquele comentário, comecei a pensar noutra perspectiva que tal mudança traz para as nossas vidas. Ficará mais solitária? Sim. Mas terminará também uma co-dependência.
O comentário foi o desabafo de uma mulher que, no leito de morte da mãe, a ouviu dizer: "Agora vais poder COMEÇAR A VIVER".
Achei muito interessante aquela mãe saber que estava, de certo modo, a impedir a filha de viver e dizer-lhe que a sua morte significava liberdade para ela. Mas que coisa linda de se dizer. Talvez o derradeiro gesto realmente altruísta de mãe.
Porque, sejamos sinceros, altruísmo em mãe está muito sobrevalorizado. A maioria é capaz de actos altruístas mas tem sempre uma base egoísta. Acho até que o egoísmo pesa mais na balança dos pais que outra coisa. Pelo menos a minha experiência assim o diz e, até hoje, é algo que constato diariamente. Eles, contudo, estão alheios a essa realidade. Preferem interpretar as coisas com a conotação tradicional. É mais cómoda e soa melhor. Porém, não é a realidade.
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2023
Gosto por velharias
Gosto de coisas antigas. Mas parte-me o coração encontrar tantas ofertas em sites como o OLX em que se torna evidente que os produtos etiquetados são espólios de alguém que os amou muitos mas faleceu. Os panos rendados da mãe, o objecto decorativo da avó, as decoraçõeszinhas espalhadas pela casa - tudo o que foi a ALMA de alguém e recebeu o seu afeto e preferência.
imagem retirada de um anúncio no OLX
Agora reduzidos a meros símbolos de ganância do descendente.
Você se apressaria a vender online tudo o que encontrar dentro da casa da sua mãe/avó quando esta bater as botas?
Olhar para cada objecto e pensar: "Aqui estão cinco euros. Este vale pelo menos 10. Este maior será 25. Esta velharia porque é "antiga" vale 30". Sem sequer pensarem: Qual daqueles objectos foi o presente da filha que faleceu cedo? Qual foi dado por aquele amigo especial? Aquele que é guardado com especial carinho? O que celebra uma data importante? Aquele que a própria pessoa comprou encantada e lhe trouxe felicidade instantanea?
Mostrando não valorizarem essas coisas, colocam cada um à venda e nem é por valores baixos - para que possam encontrar um novo lar. Não os oferecem - porque não há dinheiro nisso. Decidem colocar uma etiqueta de preço em cada artigo, por mais inútil ou danificado que possa ser/estar.
A ideia gananciosa de tirar proveito financeiro nestas circunstâncias, repugna-me.
quarta-feira, 21 de setembro de 2022
O Pesadelo e o penhasco
Ontem acordei a lembrar-me do que sonhei. Foi mais um pesadelo. Sonhei que uma mulher (tipo reporter) estava a fazer uma reportagem. Aí, sem o prever, deparou-se com uma falcatrua. Mas foi descoberta. Então perseguiram-na. Ela, segurando as provas, correu. Estava num monte, depois num areal, sempre a correr e sempre a ser perseguida. Depois, ficou encurralada num penhasco. Os homens aproximaram-se e empurraram-na. Ela, mais as provas que segurava, cairam. Vi uma rocha enorme, plana e castanha a aproximar-se à medida que a mulher ia a pique. Ouvi o "pack" do crânio a bater na rocha. O corpo inerte, a dobrar do pescoço para baixo. As provas espalhadas. Era o fim. Passado um tempo, ela ergue-se, pega nas provas e pode denunciar a falcatrua.
Já sonhei com isto antes. Não sei quando. Mas percebi que já tinha acontecido. Há muito tempo. Sonhei exatamente a mesma coisa. Da mesma maneira.
O cérebro é muito especial. Não é a primeira vez que percebo que tenho sonhos recorrentes - geralmente pesadelos. Quando era criança tinha muito um envolvendo cores a mesclarem-se umas nas outras. Depois nunca mais tive. Quer dizer, muito raramente o tive. Ou pouco me lembro se tive.
O cérebro "armazena" tudo. Por algum motivo nós não acedemos a esse arquivo. Porém, de vez em quando, ele vai buscar uma "bobine de filme" e faz uma reprise.
Depois de despertar, voltei a adormecer por mais uma hora. Quando acordei, recordei o sonho anterior. Fui ao google e fiz uma pesquisa. Ao contrário do que imaginei, existem muitas pessoas a cair de penhascos. Supostamente por acidente. Pesquisei colocando a palavra "jornalista" e dei com uma notícia de dois indivíduos da BBC que, há uns anos, por acidente, cairam de um penhasco. Mas sobreviveram. Estavam no hospital. Devem ter sobrevivido... porque não existiu mais notícia sobre o assunto. Mas também, não existiu mais notícia sobre notícias que tenham escrito. É isto que condeno no mundo da informação: para reportar acidentes, estão lá. Para reportar a recuperação, o resultado, já não estão. A menos que haja óbito.
E tal como mencionei há uns dias, desgraças como estas não passam ao lado das celebridades. Surgiu na pesquisa que já tinham falecido os dois filhos de Nick Cave. Um, aos 15 anos, por ter caido de um penhasco.
Nunca tive medo de penhascos. Jamais. Nunquinha.
Mas vou passar a ter noção do que representa estar na beira de um abismo fatal.
sexta-feira, 17 de setembro de 2021
Um em cada dois homens e uma em cada três mulheres
Têm a probabilidade de vir a sofrer de cancro durante as suas vidas.
O culpado? A introdução de químicos nas vidas humanas e a forma como se espalharam em todas as áreas, incluindo a do vestuário. O plástico que usamos que vem do petróleo, as roupas que usamos que contêm plástico, ao ponto em que os peixes que comemos e os animais de que nos alimentamos já nascem com pesticidas. Gravidezes que não saem como seria de esperar, porque existiu uma exposição indesejada a um qualquer químico. E o cancro... essa doença eternamente sem cura, que nenhuma vacina ajuda, nenhum esfreganço no nariz auxilia... a aumentar.
Neste documentário disponível no youtube e para ver aqui:
terça-feira, 23 de junho de 2020
A dádida do suicídio
Os media ja avancam com um motivo: problemas economicos. A reducao de um salario de 6000 euros mensais para metade. E ainda outro: o receio de nao ver o seu contracto renovado.
Indiretamente dizem que e uma consequencia das mudancas sociais e economicas impostas pelo Covid.
Esta realidade nao o atingiu somente a ele, mas toda a populacao mundial. Muitos outros tambem com familias grandes e ate a ganhar menos que 6000 ao mes.
Aquilo que devia te-lo feito resistir ao acto de cometer suicidio talvez tenha sido o que o afundou. Nao se sabe ao certo. Homens e mulheres pensam de forma diferente, por vezes. Os homens tendem a sentir que fracassam e sao imprestaveis se nao cumprirem com o papel de provedor economico.
Cinco filhos. Presumo que quem chega a esse número hoje em dia, o faz por escolha. Pelo menos alguma.
Cada um dos filhos devia ter sido uma razão para se agarrar à vida. Devia ter-se lembrado do nascimento de cada um deles e como dai a diante se tornou aquele de quem aquela nova vida ia depender, por muito e muito tempo. A responsabilidade de os sustentar, que a mais ninguem cabe senao aos pais, devia ser a força motora para adiar o suicidio hoje e esperar pelo amanha. Por mais sombrio que se aviste o futuro imediato, por mais desesperante que seja o hoje, existe um amanhã.
E eu digo isto tendo estado tanta vez, nao digo a contemplar fazer o mesmo mas... a concluir que nao existe proposito algum e nada vale a pena. Estive assim há pouco tempo. Fui até o mar, para ver se ajudava a relativizar... naquele dia nada ajudou. Nem o oceano.
Mas o travesseiro me daria o dia de amanhã. E sabem que mais? Depois da tormenta(s) existe uma calmaria. É ai que se deve tomar folego e encontrar formas de nos fortalecer porque mais tormentas virão. É a propria definicao da vida.
E nao, esta nao e como nos filmes.
Mas sabem o que é preciso dizer sobre o suicídio? É preciso falar sobre a dádiva que um suicida deixa para a familia e amigos.
A Dávida que um suicida deixa para um filho é o receio deste vir a fazer o mesmo.
Se antes um filho nao pensava nesta eventualidade, vai passar a pensar. Vai passar a dominar o pensamento com frequencia. Começa-se a temer o futuro, a temer a vida adulta e os desafios pela frente. Será que os vao aguentar ou vao ser fracos e optar pela mesma accao do pai?
Esta eventualidade passa a ser uma sombra... uma espada em cima da cabeça.
Digamos que é uma forte mensagem, o ultimo gesto em vida de um pai. Um filho dificilmente fica a pensar: "oh, o ultimo acto do meu pai foi pedir a outras pessoas que cuidassem de mim. Ele gostava mesmo muito de mim e dos meus irmãos".
Nao. Os filhos, principalmente se forem crianças, vão é ficar a pensar que o pai não gostava deles o suficiente e escolheu abandoná-los.
A restante família vai ter um trabalhão para remover esta ultima impressão e para fazer os filhos acreditarem no muito amor do pai por eles.
O ultimo acto do pai nao foi a mensagem, foi o mergulho para a morte. Incutindo a outros a responsabilidade de serem estes a olhar pelo bem estar dos seus proprios filhos. Qual a probabilidade destes interpretarem o sucedido da primeira forma escrita em cima?
No meu entender, vao sentir que o pai os abandonou. Nao gostava deles o suficiente para com eles ficar.
O que estes vão receber de legado? O pai nao vai estar presente para os ver casar, para os abraçar, para dar umas palavras de conforto. Nunca mais. Eliminou-se para sempre das suas vidas, torturando-os ainda por cima, com a sua presenca apenas numa novela na TV.
Vai ser preciso acompanhamento psicologico para os cinco filhos, a companheira, a ex esposa, a avó de 91 anos!!
Os amigos tambem vao ficar a pensar "o que é que eu podia ter feito para o resultado nao ser este?". Vao recriminar-se por um telefonema nao dado, por um convite para uma conversa que foi andiado...
O legado de um suicida é sofrimento para os que o amavam.
Porquê ele o fez, ninguém sabe. Talvez nao se prenda com nada do que foi avançado. Talvez tenha sido um desgosto amoroso, tao avassalador e vergonhoso que o fez nao ver outra saida.
Talvez nunca tenha desejado o rumo que a sua vida tomou e por isso não foi forte o suficiente para lutar pelas suas escolhas: nunca teve seguro delas.
Os mais dados a teorias de conspiração ate podem avancar que se tratou de homicídio, qualquer um pode ter acedido ao telemovel do actor, enviado as mensagens e te-lo arremeçado de um lugar que todos sabiam que o ator gostava de frequentar cedinho pela manhã. Um plot muito novelesco.
O facto é que ele não está mais vivo e tudo indica que foi por decisao propria. Doença psicológica com um súbito pico? Sim, é possível.
Até sou da opinião de que a pessoa tem direito de fazer isso com a sua vida (eutanasia, por exemplo). Mas quando se tem outros, filhos pequenos em particular, que direito de o fazer te assiste? Já nao es so tu. Um pedaco de ti gerou mais vidas. A tua vida ja nao é só tua para ser tirada. Ela pertence também aos filhos. Eu não tenho filhos, é um dos motivos que, por vezes, me deprime. Este futuro solitário, sem abracos ou beijos. Sem a palavra "mãe" ou "avó" alguma vez me virem a ser pronuciadas.
Cada qual tem uma cruz pesada para carregar. E se nas dão, é porque querem que a carreguemos. Ao menos espero que haja uma aprendizagem em cada solavanco que fui recebendo. Juro: estive bem perto do fim da corda há poucas semanas.
E não me julgo imune de cometer este acto. Sei que ninguém é melhor que ninguém.
Em pequena, num momento de tristeza profunda e sensação de que nada vai dar certo, percebi que algo conspira para nos derrubar. Isso me fez tomar uma posição: "nunca iam conseguir" fazer com que tirasse a minha propria vida. Acontecesse o que acontecesse, isso tornou-se a única coisa que nunca ia fazer, mais que não fosse por teimosia.
Por pior que as coisas ficassem, essa vitória não ia dar ao tinhoso.
Acho até que é por isso que tanta vez sou posta em prova. Há semanas, como sabem, estive bastante deprimida. (senti-me arrasada com as mentiras criadas para me tirarem da casa, as difamações absurdas, a falsidade dos que me rodeiam e a vontade do senhorio em alinhar no esquema. É muita decepção, que eu não fiz por merecer. Isto, aliado ao desgosto amoroso cujo amor ainda pulsava forte angustiando-me de desejo, o cancelamento do turno de trabalho que me fez relembrar a probabilidade elevada de deixar de receber turnos, o fracasso na busca de um novo lugar para morar, a solidão, a necessidade de uma palavra amiga (obrigada pelas vossas)).
Pensei em fazer o meu testamento. Não foi a primeira vez. Mas desta última, levei o impeto mesmo a serio. Encontrei um site a explicar o processo.
Ainda é algo que acho que convém fazer, por uma questão prática. Pelo que percebi quando a minha avó faleceu, a tua ultima vontade pode muito bem não ser levada em conta. Por isso deixar instrucoes do que fazer em caso de morte, parece-me sensato. Só isso. Afinal, porquê pensamos que só os ricos, com propriedades, é que tem de fazer testamento?
Se o ator tivesse seguro de vida, e temesse realmente nao ter dinheiro para viver, e achasse que todos iam lucrar financeiramente com a sua morte... mas nao conheco nenhum seguro de vida que englobe um suicidio. Ou se calhar até os há. Desconheço.
Também me passa pela cabeça a minha tia... que há três anos, por diferença de dias, perdeu o filho e dois netos no famoso incêndio em Pedrógão grande.
Como pode alguém suicidar-se quando outros perdem a vida de uma forma tão sem sentido e violenta?
Eles não pediram para morrer. Não foi uma escolha. Podiam e deviam cá estar hoje. A envelhecer, a fazer aniversários.
Pedro Lima deixou um aniversário semelhante aquele que os meus tios e restante família têm de atravessar: o aniversario da tragedia.
domingo, 16 de fevereiro de 2020
Passeio por Londres -1
Descobri uma coisa a meu respeito: gosto de arte e gostaria de fazer parte de uma.
:D
Bons prazeres
segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020
Mataram o terrorista - viva a polícia britânica!
O relato que fiz é com base na notícia passada numa rádio. Ainda não pesquisei nada noutras fontes. É o que vou fazer agora. Estou cheia de curiosidade para saber como a imprensa britânica informa o público. Quero ver se alguma não esconde informação, como nacionalidade, idade, quanto tempo vivia no UK se não for natural, etc, etc. Todos os detalhes que eles nunca mencionam para não "ferir susceptibilidades" mas que apenas resultam em uma má imprensa.
Sinceramente, o bajular à acção policial, que matou um homem e nada fez para evitar que este que era criminoso não chegasse a cumprir os seus objectivos, silenciando-o para sempre de seguida... epá, não me caiu bem. Pronto.
´
Actualização:
Já fui ler mais fontes. O que acho? Foi um puto de 20 anos, pouco inteligente, sentindo-a acoado por estar a ser vigiado pela polícia. Acho até que foi a polícia que o levou a agir assim. Mas isso é a minha opinião pessoal, após ler os detalhes na BBC.
Meu Deus, como eu adoro a BBC como fonte informativa! Cada vez que procuro algo, surpreendo-me como fazem bem o que têm de fazer. Acho até que se superam a si mesmos. Sempre com várias perspectivas, várias abordagens, muitas fontes contactadas, boa informação. BRAVO!
O título preferido pertence ao jornal Daily Inter Lake- que diz simplesmente "Homem transportando bomba falsa, apunhala dois em Londres e é morto a tiro". Objectivo, direto, verdadeiro e sem "juízos de valor". Não era um "terrorista". Era um homem. E assim deve de ser. O que ele fez (armou-se em justiceiro de fantasia, nota-se bem que era influenciável e pouco inteligente. Puto: 20 anos apenas e cérebro fácil fácil de manipular) e o que lhe aconteceu. Sem juízos de valor. Fica ao encargo do leitor "ingerir" os dados e reflectir no significado.
O "The Telegraph" "salta" para a conclusão e coloca-a no título. Uma opção arriscada, mas inteligente, feita às 7 da manhã, quando tudo ainda estava a tentar entender o sucedido. Ele não explica o que se passou. Refere-se ao ataque e diz que este revela que punições mais severas são necessárias. Radical. Tomou uma posição e decidiu fazer a abordagem não tanto pelo lado factual, mas pela lição que se deve tirar destes ataques (o anterior foi semelhante, aconteceu em Novembro , as pessoas esfaqueadas foram MORTAS, e deu-se bem no centro, perto da movimentada London Bridge).
Eu não defendo terroristas. Nem criminosos. Defendo uma sociedade que preza a vida, que protege os seus cidadãos de elementos identificados como perigosos e uma sociedade de liberdade de imprensa. Eu mesma passei por uma situação na movimentada Oxford Street que me deixou com a pulga atrás da orelha. Um indivíduo encapuçado, sem qualquer necessidade, espetou-me algo no braço. E continuou a caminhar como se nada fosse, desaparecendo na multidão, entrando no metro. Sei que pode ser assim, fortuito. Consigo imaginar-me no lugar daquelas pessoas. Até mesmo no lugar das outras que faleceram em Novembro. London Bridge é um dos lugares onde mais acabo por ficar.
Na altura do meu "ataque" só me senti bem se partilhasse o sucedido com a polícia. Lá encontrei uns e expliquei-lhes o que acabou de acontecer. Disseram-me que "não podiam fazer nada" e que "é bom ter cuidado ao andar em lugares cheios de pessoas". Sou Lisboeta, sei disso muito bem. Quando perguntei sobre imagens de CCTV, disseram-me que não havia nenhuma câmara nas ruas. (A mais movimentada de Londres!!!). Só há a CCTV das próprias lojas. Incrível! Os Turistas estão por conta própria e nem o imaginam.
A presença de CCTV é DISSUADORA de bandidagem e crime. Mas não é eficaz se for inexistente. O criminoso sabe disso e sente-se livre para praticar o que lhe apetecer. É mau para o povinho de bem, que acha que essa tal de CCTV não está só nas lojas, mas também nas ruas. Já perceberam que a CCTV só está instalada em estabelecimentos públicos, como forma de violar a privacidade do cidadão? Se ao menos tivéssemos de levar com essa invasão por também estarmos protegidos... Mas o que a CCTV faz é proteger bens. Propriedade. Principalmente privada. Uma peça de roupa numa loja, uma peça de joalharia noutra... bens. Valores. Dinheiro. Não pessoas. Não quando se fala de circular na Oxford Street nem na outra que a cruza.
Eu queria que o corpo policial ficasse alerta para a eventualidade de existir um indivíduo ou mais que um a praticar violência com agulhas ou seringas. Que fizessem uma vigilância apertada. Só por isso contei o que aconteceu. Senti que era um dever, para bem de todos.
"Tenha um bom dia e tome cuidado".
segunda-feira, 25 de novembro de 2019
Comunicação através de flores
PS: Decidi investigar o significado da Begónia. Heis o que encontrei:
(A variedade mais conhecida da begónia é “begónia sempre-florida” (begonia semperflorens) que tem a característica de florescer durante todo o ano).
sábado, 21 de setembro de 2019
História trágica revela pensamento masculino
Escutei uma história da boca do próprio que a viveu. Sem querer entrar em pormenores, um homem contou-me que teve uma namorada que o traiu com o ex e ficou grávida pela altura dessa indiscrição. Por isso não sabiam quem era o pai. Ele cortou relações, não perdoa, porque deixa de poder confiar. Ela, que era veterinária, grávida, talvez com remorsos e arrependimento, certamente a sofrer e a ser julgada socialmente pela sua indiscrição, "decidiu" tomar tranquilizante para cavalo.
Quem já viu filmes suficientes sabe, até pela expressão, que é fatal.
Ele só soube que fim ela tomou anos depois. Imaginem só como os homens reagem. Corte radical. Desligou-se tão profundamente, que nem pensou que podia ser ele o pai. Não se interessou por essa parte. Ela fez o que fez, terminou! O que ia ser da vida dela já não lhe interessava. Mudou-se para longe e nunca mais ela ia saber dele.
sexta-feira, 21 de setembro de 2018
Para escutar
Acho o assunto interessante.
quinta-feira, 20 de setembro de 2018
Comprei um cão
Como alguém pode voluntariar-se para trabalhar de graça num lugar onde a maioria das pessoas que passam exigem tudo de ti sem serem bem educadas, é algo que me transcendia um pouco. Mas não é preciso pensar muito no motivo pelo qual aquelas pessoas exibiam, desde o primeiro instante, uma alegria radiante por ali estar. Ou tristeza por ter chegado ao fim. Vi-os nos olhos, nas palavras, nos gestos. Foi na ideia "para o ano há mais" ou "talvez nos chamem de volta no Natal" que encontraram o consolo que necessitavam.
sexta-feira, 27 de julho de 2018
Ainda o calor, calções e tragédias
O que aconteceu na Grécia encheu-me os olhos com água.
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Um dia depois de falar sobre calções e como há quem os usa quando não lhes caiem bem, foi com agrado que no dia seguinte vi o contrário. Duas raparigas usavam diferentes tipos de calções. Mas ambas escolheram-nos bem e tinham pernas para os usar. De tão normal que pareciam nem sequer davam nas vistas. Até alguém reparar que tudo combina bem.
E hoje fico-me por aqui.
Um forte abraço!
Muita saúde e felicidade para todos.
quinta-feira, 3 de maio de 2018
Eutanásia humana
E viver até os 100 anos ou mais será, certamente, estar sujeito/a a tal realidade.
A luz de David Goodall está calendarizada para se apagar no dia 10, em Basileia, na Suiça, onde a morte assistida é legal. Acho que uma pessoa lúcida e consciente tem o direito de decidir isso. Respeito a sua decisão.
segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018
Incomoda-me ver as pessoas a anunciarem no facebook o falecimento de familiares e amigos.
Também não gosto dos comentários, tão comuns, tão estranhos.
E assim banaliza-se algo tão único que é a dor da perda, tornando as "condolências" rápidas e despachadas.
Em 24h vi TRÊS pessoas diferentes a "anunciar" a morte de outras três.
Mas o que é isto??
Necessidade de serem as primeiras? De não perderem a oportunidade?
É mesmo preciso anunciar a morte de um primo que nunca mais se viu? Com quem não se tem grande afinidade? Para quê? Para quê fazer isso??
O que têm a dizer desta nova dinâmica social?
terça-feira, 6 de fevereiro de 2018
Porquê morrem as pessoas?
(é algo em que acredito).
| Há 73 anos, 6 de Agosto de 1945 Isto aconteceu no planeta Terra |
Se calhar, por vezes, um inocente não é suposto vingar.
sábado, 2 de dezembro de 2017
Na quadra natalícia caem que nem moscas
Cansei-me. Todos os dias sou brindada com mais uma notícia da morte de alguém. Neste momento quero uma pausa, uma break, um intervalo. Parem lá de falecer, sim??
terça-feira, 17 de outubro de 2017
Pedrogão tem de fazer a diferença
Chega!
Estou farta. Pedrogão jamais será esquecido mas jamais pensei que em três meses voltaria a ver noticiado a morte de mais umas tantas dezenas de pessoas igualmente queimadas vivas. Isto é inadmissível em pleno século XXI, com tantos recursos e tecnologia. Inadmissível.