Olá, caros leitores e caríssimas leitoras! Como estão? Hoje é dia de poema por aqui. Vem conferir! Poema: Mariposa no Orvalho Morto solitário, perdido entre as sombras do dia, onde o perfume adocicado se mistura ao gosto amargo do silêncio. Beijo roubado, eco distante de um desejo que não volta, coração despedaçado, fragmentos caídos como folhas secas ao vento. Semblante desfigurado, reflexo de um tempo acelerado, onde os minutos são foices, e cada segundo carrega um sabor temperado — ardido, amargo, inconfundível. Corpo tatuado pela memória, marca de quem ama e sofre sem pedir licença, langor denotado em cada suspiro, em cada gesto lento e carregado. Por ti carregado, como quem leva um fardo invisível, manhã pacata, tarde nublada, noite mal-assombrada — os fantasmas do passado dançam no escuro do peito. Agonizei no passado, celebrei angústias como se fossem troféus, mentiras mal-amado, verdades apaixonado — um paradoxo que queima a alma. Lembrança encantada, sentimento louvado, f...
Olá, caros leitores e caríssimas leitoras! Como estão? Hoje é dia de conto por aqui. Vem conferir! Conto: A Voz do Desejo A noite caía pesada, quase mórbida, e o quarto parecia pulsar com a própria respiração do mundo. Me aproximei de você devagar, cada passo um arrastar de consciência e carne. O ar estava quente, carregado de um perfume indefinível que se enroscava em meus sentidos como uma lembrança que não posso nomear. Meus dedos tocaram sua pele antes de meus lábios, e já era impossível distinguir onde terminava você e começava meu desejo. O toque era lento, quase temeroso, como se cada centímetro revelasse não apenas o corpo, mas os medos, as histórias, os segredos que habitam cada dobra da sua carne. Você suspirou, e nesse som reconheci uma melodia antiga, primordial — o eco de todas as noites em que o mundo parecia escorrer pelas frestas do corpo. Me entreguei ao calor do seu abraço, sentindo o peso e a leveza simultâneos, como se tocasse não só a pele, mas a alma que se e...