segunda-feira, 7 de abril de 2025

A nova moda agora são roupas feitas de plástico


A ZNWR, conhecida como Balenciaga de Belarus, lançou no final do ano, em dezembro de 2024, uma coleção de roupas feitas de plástico bolha. O intuito foi o de celebrar o Ano Novo. A coleção de roupas viralizou nas redes sociais.

As peças possuem um preço salgado, talvez por conta da matéria prima e de sua execução fina e delicada. Elas podem ser compradas por preços a partir de R$ 523. A ideia foi de desafiar padrões de moda, substituindo tecidos tradicionais, como veludo e cetim, por um material inusitado e sustentável. Em nota oficial, a ZNWR disse o seguinte:

 “A ideia era criar um visual impactante e inovador para quem busca moda fora do comum”.


É claro que a coleção incomum gerou debates acalorados nas redes sociais. Muitos questionaram o alto valor das peças e a funcionalidade do plástico-bolha como material de vestuário. Um usuário no Instagram disse o seguinte: “É uma tendência ou apenas uma provocação cara?” Realmente foi uma ousadia muito grande, já que não é comum vermos roupas feitas com esse material. O preço, por sua vez, é exorbitante e, pelo material, de plástico, não deveria valer a bagatela que vale. 

Assim como a Balenciaga, a ZNWR quer ousar e levantar temas de discussão no universo fashion.  

O plástico bolha é um material costumeiramente utilizado para proteger materiais e objetos, mas sua origem não foi exatamente com esse objetivo. O objeto foi inventado em 1957 por Alfred Fielding e Marc Chavannes, dois engenheiros americanos. O objetivo inicial era criar um papel de parede texturizado, mas o produto não teve sucesso. Então, passou a ser vendido como isolamento de estufa e, após, como material de embalagem. 

A IBM foi o primeiro cliente do plástico bolha, utilizando-o como proteção para o computador IBM 1401 durante o transporte. A partir daí, ele foi adotado pela maioria das empresas de transporte. A Sealed Air Corporation registrou a marca Bubble Wrap em 1960. Os inventores, Fielding e Chavannes foram incluídos no hall da Fama dos Inventores de Nova Jersey em 1993.


Ter uma roupa como essa no guarda-roupa é uma atitude ousada e tanto. A começar que as roupas são transparentes e, segundo, que deve ser um perigo utilizar esse tipo de roupa e ser assediado pelas pessoas que querem estourar o plástico bolha. E é ótimo estourar plástico bolha, não é mesmo? "É uma coisa que relaaaaxa a gente", como diz a irmã Selma. 

E você, o que achou dessa nova moda? Utilizaria uma roupa como essa? Diga nos comentários. J-J


Por: Emerson Garcia

sábado, 5 de abril de 2025

Rádio Bagaralho: Programa 'Lá vem a história' #8 - Sertanejo

Olá ouvintes da Rádio Bagaralho FM (Rádio Bagaralho, a rádio do... povo). Aqui quem fala é o locutor Arthur Claro, aquele que é igual porém diferente. Com o oferecimento da Gráfica ALC começa o programa Lá vem a história. No programa de hoje vou falar um pouco do estilo musical Sertanejo.

Sertanejo é um gênero musical do Brasil produzido a partir da década de 1910 por compositores urbanos e rurais, denominando as suas músicas de modas e emboladas, o som da viola é predominante. 

O sertanejo caipira é o mais popular tendo historicamente o início com o Bandeirismo (um movimento de desbravamento no interior do Brasil pelos bandeirantes paulistas, no século XVI). Uma parte desses bandeirantes abandonaram a lida das bandeiras, isolando-se e formando as roças. Foi nas roças do interior paulista que surgiu o homem caipira, e foi lá que a música caipira ganhou corpo e notoriedade, pelos cantos de seus causos e suas lidas do interior, sendo que a primeira música foi gravada pela primeira vez por Cornélio Pires em 1929. 

Inicialmente, o estilo de música foi propagado por uma série de duplas, com a utilização de violas e dueto vocal. Esta tradição segue até dias atuais, tendo a dupla geralmente caracterizada por cantores com voz tenor (mais aguda), nasal e uso acentuado de um falsete típico. Enquanto o estilo vocal manteve-se relativamente estável ao longo das décadas, o ritmo, a instrumentação e o contorno melódico incorporaram aos poucos elementos de gêneros disseminados pela indústria cultural. 

A música sertaneja tem fases e divisões de alguns subgêneros, sendo os principais Sertanejo Raiz, Sertanejo Romântico e Sertanejo Universitário. O Sertanejo Raiz tem como seus representantes as duplas Alvarenga e Ranchinho, Tonico e Tinoco, Vieira e Vieirinha, entre outros. Alguns destaques do Sertanejo Romântico são os duos Cascatinha e Inhana, Irmãs Galvão, Irmãs Castro, Sulino e Marrueiro, Palmeira e Biá, o trio Luzinho, Limeira e Zezinha, Milionário e José Rico, entre outros. Já o Sertanejo Universitário pode ser representado pelos nomes como Bruno & Marrone, César Menotti & Fabiano, Cristiano Araújo, Fernando & Sorocaba, Guilherme & Santiago, Gusttavo Lima, Henrique & Juliano, João Bosco & Vinícius, João Neto & Frederico, Jorge & Mateus, Luan Santana, Lucas Lucco, Maiara & Maraisa, Marcos & Belutti, Marília Mendonça, Michel Teló, Paula Fernandes, Naiara Azevedo, Victor & Leo, Zé Neto & Cristiano e outros.

Tristeza do Jeca - Tonico e Tinoco




Chico Mineiro - Tonico e Tinoco 




Fogão de lenha - Chitãozinho & Xororó 




Talismã - Leandro e Leonardo




Como um anjo - Cesar Menotti e Fabiano




O Grande Amor da Minha Vida (Convite de Casamento) - Gian e Giovani





Queridos ouvintes, quero agradecer a todos e espero que continuem ouvindo a Rádio Bagaralho. Peço que comentem nesse post as músicas que gostariam de ouvir, pode ser qualquer estilo musical. Um bom fim de semana repleto de felicidades. Sigam a Rádio Bagaralho no Instagram (@radiobagaralho). J-J


Por: Arthur Claro

quinta-feira, 3 de abril de 2025

Quinta de série: As aventuras de José & Durval

 Pode conter spoilers!


Imagine uma produção que mistura aventura, realidade, drama e ficção. São essas características que podem ser encontradas em As aventuras de José & Durval, série de 18 de agosto de 2023, da Globoplay em parceria com a O2 Filmes. A série conta a história de Chitãozinho e Xororó desde sua infância, até a juventude e vida adulta. Estrelando estão os irmãos na vida real Rodrigo e Felipe Simas. Dirigida por Hugo Prata, a produção conta com o roteiro de Rafael Lessa, Duda de Almeida e Dan Rossetto. O elenco ainda conta com Andrea Horta, Pedro Tirolli, Pedro Lucas, Larissa Ferrara, Marjorie Gerardi, Thiago Brianti, Hugo Possolo, Augusto Madeira, Drayson Menezzes e Thierry Tremouroux. A faixa etária é de 14 anos. A série possui 8 episódios de em média 40 minutos cada um.  

Antes de serem Chitãozinho e Xororó, a dupla de irmãos cantores chamava-se José e Durval, que descobrem seu talento musical ainda crianças e veem uma chance de ajudar a família. Até tornarem-se conhecidos pelo público, a dupla passa por muitas aventuras, momentos dramáticos e emocionantes. Já conhecidos com Chitãozinho e Xororó, questões profissionais e familiares os fazem pensar em desistir.

A dupla musical é uma das mais influentes e importantes da história do sertanejo do Brasil, perpassando por culturas e idades no mundo inteiro. A dupla é formada pelos irmãos José Lima Sobrinho e Durval de Lima, nascidos em Astorga (PR). Eles são conhecidos por hits inesquecíveis através das décadas, recordistas em vendas de discos no Brasil, com mais de 37 milhões de discos vendidos e quatro vitórias no Grammy Latino. A produção conta a história deles desde o início, mostrando a relação dos irmãos com a família, o estrelato e também a origem de algumas músicas de maiores sucessos.  



A produção possui um elenco incrível e com atuações críveis e emocionantes. A trilha sonora também não deixa a desejar, assim como a fotografia e direção de cenas. Conhecemos mais dessa dupla, suas aventuras, infância, juventude e a relação deles com os próximos e seus familiares. A atuação dos artistas mirins complementa a atuação de Felipe e Rodrigo Simas, que agarraram os papeis com unhas e dentes e fizeram os personagens bem críveis com a realidade.

Tem cenas emocionantes, criativas e engraçadas, como a dos porcos e José e Durval; a perda da irmãzinha da dupla de cantores e o surto da mãe com isso; as histórias e cenas com Inezita Barroso; a invenção da dupla de cantar e tocar com violão elétrico, entre muitos outros momentos que fizeram da produção única e inesquecível.

A série mostra que a música estava presente na vida da dupla desde a mais tenra idade. Até mesmo nas rotinas e momentos comuns, ela estava presente. A produção trata desde a origem deles, com momentos curiosos e aventureiros, até o sucesso estrondoso nos palcos. O convívio familiar, o relacionamento de pais, filhos e irmãos também é foco da obra. O momento em que Xororó conhece Noelli, se casa e tem Sandy e Júnior é um dos mais interessantes de toda a obra. 



A caracterização dos irmãos Lima está bem convincente e lembra o visual de Chitãozinho e Xororó. A ideia de escalar dois irmãos da vida real também funcionou muito bem. A atuação dos pais dos cantores também está impecável. 


Os momentos musicais da série também são excelentes e fazem com que os telespectadores cantem as músicas e se divirtam também. Até os pais da dupla sertaneja dão uma palinha e criam momentos emocionantes e inesquecíveis.



As aventuras de José & Durval é uma excelente série, com uma proposta diferenciada de contar a história da dupla sertaneja mais conhecida no Brasil e no mundo. Não é um documentário, o que permite a livre criação. Desde o início, os produtores e realizadores da produção alertaram dizendo que era um produto que misturava a realidade com fatos fictícios. E o resultado na tela ficou excelente. J-J




Por: Emerson Garcia

quarta-feira, 2 de abril de 2025

XSPB 14 - o que o novo álbum infantil da Xuxa reserva?


Após 9 anos Xuxa lançou um novo projeto infantil no dia em que completou 62 anos (27 de março), o Xuxa Só Para Baixinhos 14, chamado de Cores. O projeto é inédito, trazendo criatividade desde a capa até toda sua concepção. O intuito é o de dialogar com crianças mas também com adultos que cresceram ouvindo os álbuns da Xuxa. Após quase uma década de hiatus, Xuxa está de volta, em um projeto criativo, inovador, educativo e único.

O novo álbum apresenta 13 faixas inéditas, mas com a essência que sempre esteve presente nos trabalhos de Xuxa. E as faixas são inspiradas na temática das cores. Tem a faixa Cor da amizade que Xuxa canta junto com a sua amiga Angélica, Vermelho cantada com o companheiro Junno, Preto e branco que homenageia os animais bicolores e Rita Lee, onde Xuxa canta um rock e se veste parecida com a eterna Rainha do Rock. O intuito é o da criatividade e o da educação, onde Xuxa criou melodias contagiantes, com letras educativas somadas ao carisma que só a rainha dos baixinhos possui.

De acordo com Xuxa, o projeto XSPB é, normalmente, de zero a seis anos, mas que abrange outras faixas etárias, indo até 8 anos, mas a rainha arrisca dizer que os baixinhos que cresceram com ela, e que agora já tem baixinhos, sendo vovós e vovôs vão curtir o projeto, que foi uma novidade porque foi todo lançado digitalmente e nas redes sociais. Foi uma novidade e um desafio para quem estava acostumada a vender milhões de CDs e DVDs. É importante perceber que as gerações que ouviram Xuxa são diferenciadas e cada uma com sua característica. Tem gente que é do tempo do Xou da Xuxa e dos discos de vinil (!), tem gente que cresceu com os VHSs e a chuquinha brilhante, já outros possuem coleção completa dos CDs originais e pais com seus filhos que vão conhecer a rainha dos baixinhos pelo streaming. O interessante é que cada pessoa é de uma geração de Xuxa e cada uma tem suas especificidades e conceitos.

De 2016, época em que Xuxa lançou seu último projeto infantil, para cá muita coisa mudou, além da forma de consumir produtos da indústria cultural. A forma de consumir música é diferente, assim como a maneira de ser criança também. Será que atualmente, um projeto como o XSPB faz sentido e diferença? A cantora e apresentadora eternizada por chuquinhas acredita que sim, e aí se encontra o desafio: de encontrar o novo tom para atingir as crianças da atualidade e os altinhos que foram baixinhos. Em entrevista para a Crescer, ela disse o seguinte:

"Eu ainda tenho muito chão pela frente. Só vai depender do público. Se os pais continuarem acreditando no que eu posso oferecer para as crianças, então eu ainda tenho muita coisa para fazer com o XSPB, mas muita mesmo".

 
A capa de seu novo projeto faz referência à capa de Xou da Xuxa de 1986, com várias referências aos anos 1980. Na capa, Xuxa aparece usando uma roupa repleta de bichos de pelúcia e em uma posição semelhante à feita por ela no álbum dos anos 1980. Confira: 




Teve gente que achou genial a capa do projeto, amando os ursinhos, o uso de cores e tudo mais. Até a artista Tatá Werneck vestiu a fantasia de Xuxa e quebrou muitos forninhos nas redes sociais ao performar com a roupa. Com ar de palhaça e provocando risos e bom humor nos internautas, ela disse que pegou a roupa emprestada da rainha dos baixinhos para promover seu novo disco. Teve gente que adorou os ursinhos, achando a sacada genial e dizendo que essa identidade visual marcou muito os produtos nos anos 1980.

Já outros, acharam a capa ousada demais, por ter sido considerada sexy e inadequada para o público infantil, pois Xuxa aparece com as pernocas de fora. Teve gente com dúvidas se o projeto era para crianças ou ex crianças, sugerindo substituir a capa por outra imagem divulgada, em que só aparece o rosto da apresentadora, cercada pelas pelúcias coloridas. O internauta disse o seguinte (mas sem resposta de Xuxa):

"Xuxa, usa essa porque está em melhor tom por se tratar de público infantil, e não de adolescentes ou adultos. Mas por ser um produto feito para os baixinhos, com todo o respeito, essa estaria linda, mas as pernas até em cima aparecendo deixou vulgar por ser algo para crianças". 

 

Além dos comentários positivos e negativos sobre a capa, é necessário falar da ousadia de Xuxa em criar uma capa com as pernas do lado de fora. Foi uma atitude corajosa de Xuxa de fazer isso, no alto dos seus 62 anos, além de criar uma música lead single militando sobre cores só para afrontar os direitistas e conservadores. Com esse projeto, Xuxa é a rainha do hyperpop brasileiro, fora que ainda é a rainha dos baixinhos. O fato é que Xuxa sempre foi criativa e serviu estética, ainda nos anos 1980, e isso continua nos tempos atuais. Ela marcou três gerações inteiras na música, TV e moda e esse novo projeto também é um divisor de águas.

Por ser um divisor de águas, Xuxa inovou nesse novo projeto, que se baseia no seu passado glorioso, mas aponta para o futuro. Ela entende a vontade de a verem de chuquinha, de reviverem o Xou da Xuxa e de a verem com os cinco patinhos, mas tudo passa... O desejo das crianças mudam, a sociedade se transforma, as perspectivas, sociedade e cultura também. Esse produto atual tem uma vibe um tanto educativa e uma mensagem bacana, diferente de tudo que a rainha dos baixinhos já ofereceu.

O projeto traz leituras criativas e informativas sobre as cores, com a exploração de diversos cenários, participações especiais de artistas e, até mesmo personagens de pano articulados. Xuxa usa e abusa de diversos figurinos e looks para lá de descontraídos. 

A responsável pelo hit "Cabeça, ombro, joelho e pé", vem para hitar e gerar outros sucessos com esse novo projeto. Com XSPB, Xuxa mostra que projetos infantis ainda estão em alta, podendo inovar e espalhar criatividade, inovação e informação. J-J  



Por: Emerson Garcia
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