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domingo, julho 16, 2017

EXPLORAÇÃO E FALTA DE VERGONHA



Não gosto de generalizar, porque é perigoso, mas existem patrões que são uns verdadeiros exploradores, e isto aplica-se a patrões portugueses e estrangeiros, que apenas podem ser colocados na ordem com legislação e fiscalização por parte do Estado português.

Com o Estado a dar muito mau exemplo, assistimos a abusos por parte de patrões sem escrúpulos, que até nem se eximem de o manifestar em público, porque as leis laborais lhes são favoráveis e os governos não têm coragem para as mudar, protegendo os mais fracos numa relação laboral, os trabalhadores.

Estou-me a recordar dum patrão que entrou há pouco tempo na nossa praça, e que está a reforçar a sua presença em Portugal, que não teve nenhum rebuço em afirmar: “Eu não gosto de pagar salários. Pago o mínimo que puder.”

O pensamento liberal do anterior governo e a paralisia do actual, fazem com que a balança nas relações laborais esteja sempre a colocar o patronato em posição dominante, quando devia ser o Estado a equilibrar as posições.


quarta-feira, fevereiro 22, 2017

NEGÓCIOS, PROTECCIONISMO E BALELAS

Tem sido norma ouvir-se que Portugal tem um mercado de trabalho excessivamente protegido, e que isso é prejudicial para a produtividade, competitividade e atracção de investimento estrangeiro. As vozes que se ouvem neste sentido são sempre as ligadas aos grandes negócios e empresas, seus representantes e os comentadores e economistas que gravitam em torno dos seus interesses.

A realidade é pouco favorável a estes senhores que se intitulam de liberais, porque em Portugal é facílimo o despedimento colectivo, a precariedade é maior do que a média europeia, e os sindicatos em Portugal são menos fortes do que na maioria dos países mais desenvolvidos da Europa.

Um pequeno exemplo da falta de protecção do emprego e dos direitos dos trabalhadores, em Portugal, relativamente ao que se passa nos países que mais nos têm criticado, é o caso da possibilidade da compra da Opel pela PSA, que mereceu a intervenção da própria chanceler alemã, Angela Merkel, que conduziu à promessa de Carlos Tavares, chairman da PSA de proteger os funcionários da Opel.


Imaginem senhores liberais o que diriam vocês da Intervenção no mesmo sentido do nosso 1º ministro, relativamente à compra por alguma empresa estrangeira de outra ainda nacional (raridades)…

Lohner Porsche o 1º Híbrido

quinta-feira, dezembro 22, 2011

ESTRATÉGIAS ERRADAS, MAUS RESULTADOS

De há bastante tempo a esta parte, a estratégia seguida por uma elite liberal tem sido a de precarizar o trabalho, diminuir os direitos laborais, diminuir os salários, aumentar os horários de trabalho e enfraquecer a segurança social.

A combinação de todos estes ingredientes é sempre justificada por imperativos económicos, de competitividade e de aumento de produção com a diminuição dos custos do trabalho.

Esta estratégia resulta da abertura dos mercados e da deslocalizações dos últimos 10 ou 15 anos, que propiciaram o crescimento de outras economias até então incipientes, e onde os direitos laborais e segurança social não existem ainda.

Será que o liberalismo destes senhores governantes leva as economias ocidentais a algum lado, continuando a querer esmagar os direitos dos trabalhadores e destruindo a segurança social que caracterizava a Europa?

Não creio que esta estratégia leve a bom porto, porque a partir dum determinado patamar de esforço exigido, em que os trabalhadores deixam de ter esperança num futuro melhor, acontece a desmoralização e a produtividade não recupera de modo nenhum.

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Outro Zé Natal

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quarta-feira, agosto 17, 2011

CURIOSIDADE

A 30 de Maio de 1834, Joaquim António de Aguiar, apelidado de “Mata-Frades”, promulga uma lei, pela qual declara extintos «… todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios, e quaisquer outras casas das ordens religiosas regulares», sendo os seus bens secularizados e incorporados na Fazenda Nacional.

Curiosamente ou talvez não, esta medida foi da autoria do assumido liberal Joaquim António de Aguiar enquanto ministro da Justiça, e visava aniquilar o excessivo poder económico e social do clero, privando-o assim dos seus meios de riqueza e da capacidade de influência política. O clero, como é sabido, havia apoiado o Miguelismo absolutista.

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segunda-feira, maio 23, 2011

COELHO OU LOBO?

Um ditado popular que Passos Coelho parece ignorar.

"Quem não quer ser lobo não lhe veste a pele".






segunda-feira, abril 04, 2011

A SAÚDE NUNCA FOI GRATUITA

A cartilha liberal é bem conhecida por todos quantos se debruçam sobre assuntos relacionados com a política e a sociedade em geral, mas há sempre quem queira acrescentar mais alguma coisa ao que vem nos livros, e entre por questões de semântica.

Campos e Cunha, ex-ministro de Sócrates e mandatário da última candidatura de Cavaco, veio agora defender que a Constituição precisa de ser revista e que certas referências como “o pleno emprego” e a saúde “tendencialmente gratuita”, deveriam sair do texto fundamental.

Um economista não é um especialista em Direito Constitucional, e parece que também não conseguiu compreender muito bem a razão da inclusão destas expressões no texto constitucional.

Campos e Cunha não tem razão quanto à necessidade de ser retirada a expressão “tendencialmente gratuita”, quando aplicada à saúde, porque todos sabemos que os cuidados de saúde nunca foram gratuitos e que para eles contribuímos com os nossos descontos para a segurança social, desde há muito, e isso não foi nunca posto em causa. Serão discutíveis outros pagamentos extras, isso sim, e daí a utilidade da expressão.

Do mesmo modo não lhe assiste razão, quando põe em causa a expressão constitucional ”pleno emprego”, que serão políticas que o Estado deve promover. Porque essa deve ser uma preocupação de qualquer governo eleito, por evidentes preocupações sociais, e também por necessidade de arrecadar impostos e diminuir encargos sociais que derivam sempre de situações de altas taxas de desemprego.

Esta corrida insana em tentar demonstrar quem mais o mais liberal e o mais reformador, tem conduzido a alguns perfeitos disparates, que eram dispensáveis agora que temos problemas de maior gravidade para resolver.



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