segunda-feira, setembro 24, 2018
CONTRA A CENSURA
sexta-feira, julho 13, 2018
PROIBIR IMAGENS DE MULHERES ATRAENTES?
quarta-feira, julho 12, 2017
sábado, dezembro 10, 2016
VELHOS SÓ PARA GUIAR?
sexta-feira, janeiro 16, 2015
PORCOS CENSURADOS...
quinta-feira, janeiro 30, 2014
A FIXAÇÃO DO GOVERNO
terça-feira, outubro 29, 2013
MAIS UM DISPARATE LEGISLATIVO
domingo, setembro 01, 2013
ASSÉDIO E PIROPOS
sábado, agosto 25, 2012
IMPORTA-SE DE REPETIR?
sexta-feira, setembro 09, 2011
CONTABILISTAS
Quem colocou à frente da saúde um “contabilista” arriscou demasiado e colocou em risco a saúde dos cidadãos, em especial dos que não têm posses para recorrer à medicina privada.
A racionalização do Serviço Nacional de Saúde é desejável e até indispensável, mas nos últimos dias foram anunciadas algumas medidas que vão muito além do razoável, e não agradam a ninguém, a começar pelos próprios médicos.
O fim da comparticipação da pílula, para dar um exemplo, é um retrocesso civilizacional e um disparate imenso, que demonstra bem que o que se está a fazer é cortar à toa e sem qualquer preocupação social.
Já ouvi dizer que a pílula continuará a ser distribuída gratuitamente nos centros de saúde, mas todos sabemos que não faz sentido nenhum perder horas de trabalho para a obter, e é incompreensível que por um lado se aumentem as taxas moderadoras argumentando que servem para moderar a procura destes centros e das urgências, e depois se canalize para lá muitas mulheres que não estando doentes, lá se desloquem apenas para a obtenção de anticoncepcionais.
terça-feira, maio 03, 2011
PORTUGUESES NA MISÉRIA
Devo dizer que não costumo gozar aqui neste espaço com os disparates que vou ouvindo um pouco por aí, mas como se costuma dizer, às vezes a minha paciência é desafiada e custa-me aturar certas pessoas.
Todos se lembram das palavras do Paulo Futre, que tiveram o condão de fazer rir o país inteiro, e que serviram naturalmente para o dito facturar uns cobres com a publicidade a um licor que todos conhecemos. Mas não é do Paulo Futre que hoje me apetece falar.
Hoje apetece-me falar de outro personagem, talvez porque tenha ouvido dizer logo pela manhã que se estava a pensar cortar nas pensões superiores a 600 euros, que pelos vistos é o patamar acima do qual se é rico nesta miserável terra.
Não me julguem um miserabilista por dizer que esta terra é miserável e que os portugueses estão na miséria, porque eu apenas me recordei do disse um fiscalista, ou advogado, da nossa praça, de seu nome Diogo Leite Campos. Ouçam o vídeo que se segue para perceberem o que é a classe média baixa (ele?) e o que é a miséria, segundo os cálculos de tão eminente senhor.
Este país não existe!...
segunda-feira, abril 04, 2011
A SAÚDE NUNCA FOI GRATUITA
A cartilha liberal é bem conhecida por todos quantos se debruçam sobre assuntos relacionados com a política e a sociedade em geral, mas há sempre quem queira acrescentar mais alguma coisa ao que vem nos livros, e entre por questões de semântica.
Campos e Cunha, ex-ministro de Sócrates e mandatário da última candidatura de Cavaco, veio agora defender que a Constituição precisa de ser revista e que certas referências como “o pleno emprego” e a saúde “tendencialmente gratuita”, deveriam sair do texto fundamental.
Um economista não é um especialista em Direito Constitucional, e parece que também não conseguiu compreender muito bem a razão da inclusão destas expressões no texto constitucional.
Campos e Cunha não tem razão quanto à necessidade de ser retirada a expressão “tendencialmente gratuita”, quando aplicada à saúde, porque todos sabemos que os cuidados de saúde nunca foram gratuitos e que para eles contribuímos com os nossos descontos para a segurança social, desde há muito, e isso não foi nunca posto em causa. Serão discutíveis outros pagamentos extras, isso sim, e daí a utilidade da expressão.
Do mesmo modo não lhe assiste razão, quando põe em causa a expressão constitucional ”pleno emprego”, que serão políticas que o Estado deve promover. Porque essa deve ser uma preocupação de qualquer governo eleito, por evidentes preocupações sociais, e também por necessidade de arrecadar impostos e diminuir encargos sociais que derivam sempre de situações de altas taxas de desemprego.
Esta corrida insana em tentar demonstrar quem mais o mais liberal e o mais reformador, tem conduzido a alguns perfeitos disparates, que eram dispensáveis agora que temos problemas de maior gravidade para resolver.
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terça-feira, setembro 01, 2009
CULTURA BEM POBRE
Uma ausência para gozo de umas merecidas férias ter-me-á feito perder algumas situações bem curiosas, isto a crer no que pude ler nas notícias dos últimos dias.
O senhor comendador Berardo a falar de Cultura, quem diria (?), lembrou-se de mencionar o professor Cavaco Silva, também ele um marco cultural deste país, e logo para recordar que no seu tempo nem sequer havia um Ministério da Cultura, sendo suficiente um secretário de Estado, no caso o inefável “menino guerreiro”, Santana Lopes.
Entre o bolo-rei, os magaíssas que trabalhavam nas minas de um país do sul da África e os violinos de Chopin não encontro qualquer ligação lógica, dentro do campo cultural, mas em Portugal aquilo a que se chama Cultura por vezes é uma surpresa até para alguém da minha idade.
sábado, fevereiro 21, 2009
OUVI POR AÍ...
Como tenho estado muito ocupado este mês, devido a compromissos diversos, até as notícias têm sido lidas na transversal ou ouvidas só na rádio do carro. Não terei perdido grande coisa, mas mesmo assim, fixei uns quantos títulos interessantes.
O caso Freeport continua a chegar às notícias em pequenas doses e, para além de já haver dois arguidos, começam a constar notícia interessantes sobre compras de casas a preços camaradas, e coincidências interessantes de pessoas que depois de terem autorizado uma coisita acabam por aceitar trabalhar, pouco tempo depois para os interessados na dita autorização.
Adoro coincidências, e acho mesmo que o nosso destino já se encontra traçado, só é preciso mesmo fazer uma forcinha.
Adoro viver neste país, e adoro a liberdade que vou vendo por cá, onde sei que há professores que são aconselhados a desfilar em cortejos escolares carnavalescos, ou funcionários de museus, palácios e monumentos que são obrigados a trabalhar durante a tolerância de ponto do Carnaval, enquanto que outros colegas exactamente com a mesma categoria são dispensados de tal tarefa.
Já agora, aqui fica também a minha concordância com Pedro Silva Pereira ao classificar as críticas ao Banco de Portugal como “irresponsáveis”, porque já todos tinham percebido que aquela instituição perdeu a sua importância toda desde que aderimos ao euro, e o resto é mesmo retórica como se viu.
Resta-me aproveitar para descansar e desejar a todos um bom Carnaval.
quinta-feira, setembro 20, 2007
A INFELICIDADE DO SENHOR LUDGERO
A pressão deste dirigente associativo sobre o governo, para uma rápida revisão do sistema laboral português, de forma a permitir às empresas efectuarem despedimentos com mais facilidade, tem sido sistemática e está a tornar-se perigosa numa sociedade em que o peso das relações laborais já pende à muito, e fortemente, para o lado do patronato. Como diría alguém que eu muito respeito, “só há relações laborais justas quando os direitos estão ao mesmo nível das obrigações”.
Retive uma frase elucidativa do espírito deste dirigente patronal que considera “que a actual legislação começa a ofender a própria economia e que só com mais mais facilidades para despedir trabalhadores desqualificados e contratar outros [competentes], as empresas poderão renovar e adequar os seus quadros”.
A “consciência social” deste senhor contrasta enormemente, até com o discurso dos defensores da flexigurança europeus, como o comissário Vladimir Spidla, que por sua vez afirma que “ é mau gestor quem discrimina trabalhadores de 50 anos e em três ou quatro anos terão grandes diculdades... porque não há volta a dar, os europeus estão a envelhecer. As pessoas mais idosas têm experiência e capacidade. Se contrata alguém, que não conhece é uma incerteza. Se tem 50 anos, basta olhar para o seu CV para ver se é um bom trabalhador ou não. Os gestores que pensam assim tomam más decisões e prejudicam as suas empresas”. Não sabia o comissário europeu que um dirigente de empresários portugueses diría exactamente o contrário no mesmo dia e o inverso também é verdadeiro no casode Ludgero Marques com toda a certeza, pois já terá visti a s suas afirmações no Diário de Notícias de 19/9 bem ao lado da entrevista de Vladimir Spidla.
Ele há coincidências, que explicam as razões da desconfiança, e até da recusa, deste novo conceito, exactamente devido à mentalidade de alguns patrões, como o senhor Ludgero.