quarta-feira, agosto 23, 2017
TEMA DO DIA
quinta-feira, agosto 18, 2016
A POLÍTICA E O PODER DO DINHEIRO
domingo, abril 24, 2016
OS INOCENTES DOS PANAMÁ PAPERS
quinta-feira, outubro 22, 2015
A CENSURA E BOCAGE
quinta-feira, outubro 15, 2015
O PUDOR
domingo, maio 11, 2014
SER E NÃO PARECER
quarta-feira, março 12, 2014
QUEM NÃO É POR NÓS…
quarta-feira, abril 25, 2012
TOURADA
segunda-feira, fevereiro 13, 2012
LEITURAS
A curiosidade levou-me à leitura de um livro de Jean-Jacques Rousseau, que tinha lido há muitos anos atrás, ainda antes dos vinte anos. Hoje tenho outra visão do mundo, menos romântica e mais apoiada na experiência de vida.
Não vos vou deixar nenhuma reflexão sobre o Estado Social, como Rousseau o via, nem sequer como eu o vejo, mas pretendo apenas deixar-vos umas palavras colocadas no prefácio do livro, da autoria do seu tradutor para a língua portuguesa. Achei que é uma observação bem interessante.
“ A sociedade que Rousseau sonhou e descreveu (Du Contrat Social) para os homens ainda não é uma realidade, existem ainda os muito pobres que se vendem e os muito ricos que os compram. Pelo mundo ainda há povos que a ignorância, a doença e a fome impedem de ser livres”
Mário Franco de Sousa
quinta-feira, janeiro 26, 2012
O PREÇO DA LIBERDADE
O serviço público, neste caso a RTP, decidiu o fim do espaço de opinião “Este tempo”, logo após ter ido para o ar uma crónica sobre a RTP e Angola. A crónica tinha feito um retrato bem negativo do poder em Angola e dos que giram em torno desse mesmo poder, mesmo alguns estrangeiros.
Ficam algumas palavras do jornalista Pedro Rosa Mendes que acabou a sua colaboração com a Antena1, na sequência desta estranha decisão: “duvido que quem vive dobrado em democracia se endireite em tempos difíceis” e “uma sociedade asfixiada por valores do silêncio, da cobardia, do bajulamento”.
quarta-feira, abril 13, 2011
LIBERDADE
Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
Sol doira
Sem literatura
O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como o tempo não tem pressa...
Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
Quanto é melhor, quanto há bruma,
Esperar por D.Sebastião,
Quer venha ou não!
Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.
Mais que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca...
Fernando Pessoa, in "Cancioneiro"
quarta-feira, setembro 08, 2010
SUSPENDA-SE A DEMOCRACIA
Há algum tempo fez furor a afirmação de uma senhora, líder de um partido político, sobre a possibilidade de se suspender a Democracia em Portugal durante algum tempo. Ninguém que se diga respeitador das Liberdades pode aceitar que se suspenda a Democracia por dá cá aquela palha, ou por capricho de um qualquer político.
Mais recentemente soube-se que se ia realizar em Portugal uma Cimeira da NATO, e que durante esse evento existiriam algumas restrições de circulação em certas áreas e que algumas Liberdades, como a de manifestação também seriam proibidas.
Já faltava pouco mais para se encarar esta Cimeira da NATO como uma oportunidade para se suspenderem alguns Direitos e Liberdades, alegando-se problemas de imagem ou de segurança nacional. Efectivamente temos agora a suspensão de um dirigente do Sindicato Nacional da Polícia, que terá anunciado uma greve coincidente com a dita Cimeira.
Pelos vistos o Ministério da Administração Interna considera crime a possível greve da polícia, e ameaça com processos disciplinares e suspensões, todos os que aderirem a esta greve, que segundo o MAI constitui “um ilícito disciplinar de extrema gravidade”. Será mesmo?
Veremos se de facto o MAI tem a Lei do seu lado nesta proibição, e se a polícia é necessária nessa data para cuidar da segurança pública, ou se pelo contrário é indispensável para a segurança dos líderes internacionais que se deslocam a Portugal por ocasião da Cimeira da Nato.
Leia também AQUIdomingo, abril 25, 2010
25 DE ABRIL DE 2010
segunda-feira, junho 22, 2009
CIBERLIBERDADE
A privacidade no ciberespaço vai ficar mais debilitada com um novo diploma que permite sem autorização de um juiz a consulta dos dados pessoais e de todo o tráfego efectuado por qualquer cidadão sobre o qual exista uma mera suspeita. Os fornecedores do serviço são deste modo obrigados a facultar tudo o que lhes seja solicitado pelas autoridades.
A distância entre Teerão e Lisboa parece estar a encurtar, não por um qualquer fenómeno telúrico, mas porque as liberdades sofrem uma limitação inadmissível e que até nem tem a desculpa de ser imposta por Bruxelas, onde a ideia não vingou.
Já ouvi uma explicação fantástica, dizendo que se procurava apanhar os criadores de vírus informáticos, o que é um disparate que só pode ter saído da boca de algum ignorante em informática, e em legislação.
Sarkozy já teve que recuar com um diploma semelhante, e a Europa meteu na gaveta tais intentos, mas por cá há quem aponte o dedo a alguns fundamentalistas, mas que acaba por actuar do mesmo modo, parecendo ignorar que a Liberdade é um valor de que alguns não querem abdicar.
sábado, maio 02, 2009
PORCOS E POLÍTICOS?
sexta-feira, abril 24, 2009
OS TIQUES…
A poucas horas de se celebrar o 25 de Abril e de se ouvirem todos os dirigentes partidários reclamarem qualquer coisinha na construção da liberdade neste país, há certas coisas que destoam e mostram a verdadeira cara de uns quantos.
Talvez as reacções à lei do enriquecimento ilícito sejam a face mais feia e hipócrita de alguns políticos, que chegam ao ponto de alegar princípios ideológicos, ou o timing para colocar reservas à aprovação dos projectos de lei entretanto rejeitados pela maioria PS.
Não se julgue que só meto no mesmo saco o PS, pois há por aí muitos mais “ditos democratas” que têm reservas quanto à criminalização do enriquecimento ilícito. É por estas e por outras que a corrupção alastra e a impunidade é a regra quando a Justiça intervém.
Dentro do espírito de Abril o combate à corrupção nunca seria confundido com oportunismo político nem com um mau timing, meus senhores. Estes tiques e o odor bafiento dos argumentos agora esgrimidos fazem-nos pensar se não será necessário um Novo Abril neste rectângulo à beira-mar plantado.