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quarta-feira, maio 29, 2019

CURTINHAS


Cobrador do fraque – A Autoridade Tributária decidiu usar de métodos que não ficam nada a dever ao “cobrador do fraque”, fazendo uma operação apoiada pelas autoridades policiais, onde os devedores ao fisco eram obrigados a pagar as suas dívidas de imediato, ou então ficavam com a viatura penhorada. O que mais me mete confusão é ver os comentadores dizerem que não percebem de onde veio a ideia, quando todos sabem que há prémios pela cobrança de dívidas fiscais.


Boris Johnson vai a tribunal por mentir e enganar – Durante a campanha do Brexit há três anos este político inglês, e candidato ao lugar de Teresa May, afirmou que a UE custava aos britânicos 250 milhões de libras por semana, o que era mentira. Agora está a contas com a Justiça por “mentir e enganar”. Se a coisa pega em Portugal os políticos eleitos, e não só, arriscam-se a ir com muita frequência a tribunal…
 

Grandes devedores à banca – O Banco de Portugal decidiu não divulgar os nomes e os montantes dos grandes devedores aos bancos a que o Estado (nós) ajudou, falando do sigilo bancário. É curiosa esta posição, como curioso é o facto de os bancos não terem tentado cobrar as dívidas, ou de terem demorado muito a fazê-lo, e que o BP não tenha fiscalizado em tempo útil como é que esses créditos foram concedidos e se não houveram situações duvidosas e de favorecimento.   


quinta-feira, outubro 18, 2018

MAUS POLÍTICOS

A política nacional está transformada num pantanal. As promessas não são para cumprir, fazem-se afirmações que não correspondem completamente à verdade, o rigor só existe no discurso, os números são manipulados, e a realidade nem sempre corresponde à propaganda.

Portugal caminha a passos largos para o descrédito absoluto da classe política e o caminho abre-se para todos os populismos, mesmo aqueles que nós criticamos noutras paragens.

O que se tem passado com o discurso governamental sobre os aumentos dos funcionários públicos, sobre as reformas antecipadas e sobre o défice público, tem feito aumentar o descrédito nos políticos, quer dos que apoiam o governo, quer dos da oposição, que já fizeram pior e não apresentam agora soluções, antes se entregando a uma oposição oca e sem conteúdo.


terça-feira, outubro 16, 2018

DESONESTINADE INTELECTUAL

A afirmação de Mário Centeno que "estima" um aumento do salário médio na função pública de 121 euros em dois anos (são 68 euros, agora, e 53 euros, depois), acima dos 3%, só encontra comparação com a aquela máxima popular: para as estatísticas (estimativas), se num universo de duas pessoas, um comer dois frangos, para a estatística cada uma das pessoas terá comido um frango.

A realidade é porém muito diversa, pois há muitos funcionários que não beneficiaram de qualquer subida de escalão, nem em 2018 nem é expectável que subam em 2019, e esses também entram na estimativa de Centeno, que tem a reputação de ser uma pessoa muito rigorosa, mas... 


sábado, outubro 06, 2018

PORQUE MENTE CENTENO?


Existe um provérbio chinês que diz: Meia verdade é sempre uma mentira inteira.

Centeno, e por arrasto o governo, têm vindo a insistir que os funcionários públicos, por via do descongelamento dos escalões, já tiveram (TODOS) um aumento superior aos 3%, e como Centeno sabe, e é público, nem todos os funcionários foram abrangidos por esse descongelamento, nem o descongelamento se verificou inteiramente no ano de 2018, pois 50% só será recebido em 2019, em duas tranches.

Na realidade existem bastantes funcionários que não receberam nenhum aumento desde 2009, e que portanto estão há 10 anos a perder poder de compra por causa da inflação. Estes funcionários em vez de aumentos tiveram diminuição de salários num valor que ronda os 12%, e esta é a verdade que Centeno nunca refere.

Outra particularidade que importa referir, é que para Manuela Ferreira Leite, quando era ministra das Finanças, os salários que mereciam maior atenção eram os que estavam até aos 1.024 euros, e agora para Centeno, muitos anos depois e com um salário mínimo em 600 euros, só vão até aos 835 euros.

Os números e a memória são lixados, senhor ministro.


IN MEMORIAM

domingo, maio 13, 2018

COSTA NO REINO DA DEMAGOGIA

O 1º ministro António Costa é muito habilidoso com as palavras, mas a demagogia  é lixada e todos a topam quando alguém desmonta a lábia que caracteriza a política.


Outra coisa que António Costa refere é que “desses 350 milhões de euros temos que fazer opções, queremos aumentar mais ordenados ou queremos contratar mais pessoal? Aquilo que eu sinto, falando com a generalidade dos funcionários públicos, é que se houvesse as duas coisas seria excelente, mas se tiverem de escolher entre ganhar um pouco mais ou ter mais colegas para repartir o trabalho e prestar um melhor serviço, todos me dizem que preferem ter mais colegas de trabalho e prestarem um melhor serviço.”

Ou António Costa fala só com os seus amigos, ou é um ingénuo inveterado (ninguém acredita), ou então mente com os dentes todos que tem, e não tem.


A contestação que existe e está bem visível, o que diz a própria Secretária de Estado da Administração Pública, parecem ser coisas que António Costa quer ignorar, mas faz muito mal, porque nenhum governante deve ignorar o que é evidente, a menos que queira fingir que é cego e que isso passará despercebido ao eleitorado.

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domingo, abril 15, 2018

A ALDRABICE NA POLÍTICA


A palavra dos políticos, em geral, não vale absolutamente nada, uma vez que o discurso na oposição e em período de campanha eleitoral, é o inverso daquele que depois fazem quando estão instalados no poder.

Quem não ouviu o PS dizer que os funcionários públicos tinham sido os mais castigados nos anos da crise e sob o governo encabeçado por Passos Coelho, e depois de estar no poder os ouve dizer que aumento nem sequer em 2019, e que os descongelamentos de escalões serão feitos às prestações, como se isso fosse alguma benesse e não uma reposição de direitos.

Outra promessa frustrada é a do alívio dos cortes nas reformas antecipadas (e estou a falar em carreiras de mais de 40 anos), em que já está em incumprimento do acordado para 2018, como também já se prepara para falhar com o prometido para 2019.

Não há como classificar tudo isto sem ser como promessas não cumpridas, ou como mentiras por parte de António Costa e do seu executivo, e isso deixa-o bem a par do seu antigo opositor Passos Coelho, que aqui tanto critiquei.

Será que a mentira será recompensada em próximas eleições?



segunda-feira, março 26, 2018

OS SALÁRIOS DO ESTADO

Por vezes cansa continuar-se a ouvir e ler comentários sobre os “altos salários dos funcionários públicos”, dos “privilégios”, e do “peso” que representam para a economia do país.

Hoje ouvi e li uma notícia sobre o “peso dos salários do Estado na economia” que estará em mínimos dos últimos 29 anos, e da curiosa conclusão de que será com este argumento que o Governo terá de convencer os partidos à sua esquerda que não existe espaço de manobra para actualizações salariais na função pública em 2019.

Há pessoas que ainda não perceberam que os aumentos salariais na função pública não existem desde 2009, e que de lá para cá foram cortados salários, aumentados os descontos, e que só nos últimos dois anos é que começaram a ser revertidos esses cortes, que para muitos foram aumentos, ou por falta de informação, por pua manipulação da informação, ou até por puro ódio (que também há).

Notícias como a das ajudas aos bancos, e já foram muitas e de muitos milhões, merecem menos atenção dos políticos e dos comentadores. O peso das PPP’s passa ao lado de quase toda a gente. O comportamento das empresas que já foram públicas e foram privatizadas, merecem pouca atenção.


O outro lado da moeda , curiosamente, é negligenciado por muitos trabalhadores do sector privado, que não percebem que quanto maior for o aperto salarial na função pública, maior será também o seu sufoco, porque o patronato tem muito que ver com a desinformação de que falo, porque lhe dá imenso jeito.

Sombras

sexta-feira, abril 07, 2017

AS TRETAS DAS ESTATÍSTICAS DO EUROSTAT

As estatísticas são sempre uma treta, mas servem de indicativo para muita gente que acaba por influenciar a nossa economia, como sejam as agências de rating, o BCE ou a Comissão Europeia, que dão mais crédito a estudos e estatísticas do que à realidade.

Fiquei a saber pelo DN que os portugueses ganham 13,7 euros à hora, que eles dizem ser metade da média do euro. Claro que não houve o cuidado de traduzir bem o que saiu do gabinete de estatísticas oficiais da União Europeia, mas mesmo assim podiam fazer as contas, e veriam que estes resultados não correspondem em nada aos salários e outras prestações que cá se praticam.

É curioso que esta estatística “diga” também que o custo hora do trabalho só baixou em 2014, e 0,1 euros, tendo aumentado todos os outros anos desde 2004 até 2016.


Paguem-me este valor hora e eu prometo estar calado nos próximos 5 anos, pelo menos.


quinta-feira, fevereiro 02, 2017

FOMENTAR A INVEJA

Em Portugal tem sido muito frequente ver pessoas e certos interesses a fomentar a divisão dos portugueses, apelando aos sentimentos mais baixos como o da inveja. Não é difícil alimentar invejas especialmente quando a economia nos proporciona vidas menos desafogadas.

O processo mais fácil é o de empolar diferenças entre grupos de pessoas, dizendo que existem diferenças que podem ser consideradas discriminatórias, como se Portugal fosse um país onde todos temos os mesmos direitos e as mesmas obrigações. É também curioso que os instigadores destes sentimentos de inveja sejam claramente de direita e convictamente liberais, e não comunistas ferrenhos como seria de esperar.

A tentativa mais clara de divisão de cidadãos é obviamente entre funcionários públicos e funcionários do sector privado, e um dos seus instigadores é Miguel Sousa Tavares, saberá ele por que motivos, mas não está sozinho porque a política e o oportunismo dão sempre uma ajuda.


Quando alguém comentou que para um funcionário usufruir da ADSE tem que descontar 3,5% do vencimento bruto e que para se aposentar tem que ter 66 anos e 3 meses e uma carreira contributiva de 40 anos, a menos que queira sofrer as penalizações legais (iguais para todos), as respostas foram uma demonstração de ignorância a toda a prova.

Também gostava de registar que dois dos que demonstraram não saber do que falavam, nem suspeitando que estavam a ser instrumentalizados, eram num caso um bancário e noutro um antigo funcionário da PT, ambos com bastantes anos de serviço, que se esqueceram dos benefícios que as suas entidades empregadoras também tinham regimes diferentes, até que os fundos de pensões foram absorvidos pelo Estado e passaram a ficar dependentes da Segurança Social.


Eu ganho menos que o meu superior hierárquico, e não tenho direito a viatura e muito menos a motorista, mas em vez de o invejar, tenho que lutar por uma carreira melhor e mais valorizada, sabendo que em última instância terei que fazer greve, descontando esses dias no meu salário, ficando na lista negra das chefias, mas a vida é mesmo assim: quem se conforma acaba por ficar para trás, pois é!


sexta-feira, dezembro 16, 2016

VEM AÍ UM ANO EXCEPCIONAL…

O ano que corre não foi dos melhores, ainda que segundo a comunicação social eu tenha visto o meu salário aumentar porque sou funcionário público, e terei sido um grande felizardo.

Confesso que não dei por melhorias e fazendo comparações com o ano de 2010 fiquei bem abaixo do que então recebera, quer em termos brutos quer líquidos.

Agora voltei a ler que vou receber em 2017 o mesmo que em 2010, ou até mais, porque me vão aumentar substancialmente o subsídio de alimentação.

Não sou muito versado em contas, mas mesmo considerando o “substancial aumento” de 25 cêntimos por dia trabalhado a partir de Janeiro, não consigo ver como é que isso vai compensar o aumento dos descontos para a ADSE, os aumentos de impostos entretanto verificados, já para não falar no raio da inflação acumulada nestes anos.


Será que vale a pena festejar?


segunda-feira, maio 16, 2016

PROMESSAS SÃO PARA CUMPRIR

Nos últimos anos a política deixou de ser um espaço de debate de ideias e um confronto de pessoas com vontade de construir um mundo melhor, servindo os interesses dos eleitores, para ser uma arena onde uns quantos se batem pelo poder, e onde os desejos dos cidadãos pouco ou nada contam, porque só está em causa a ambição dos que lá se digladiam.

A vontade de servir é substituída pelo desejo de se servirem, a mentira transforma-se apenas numa das armas para alcançar o poder, e os interesses da comunidade passam a ficar em segundo plano porque há interesses que se sobrepõem.

As promessas não cumpridas dos políticos são o descrédito da Democracia. Passos Coelho seguiu as pisadas de Sócrates, e suplantou-o, e agora Costa começa a falhar também as suas promessas.

As 35 horas semanais para os funcionários públicos não surgiram quando deviam, agora parece que não serão para todos, e até parece que já há espaço para excepções bastando para tal alegar-se necessidades dos serviços. Este será o fim do apoio dos portugueses que votaram no PS e nos partidos que apoiam o governo, porque o que se quer é que as 35 horas sejam extensivas a todos, no sector público e também, a breve trecho, no privado.


Costa, o PS e os partidos de esquerda que se cuidem, porque esta promessa terá que ser cumprida, e o povo não vai deixar que os interesses de uns poucos prevaleçam contra os interesses da maioria. 

sábado, novembro 21, 2015

OS COFRES CHEIOS DE DÍVIDA

Podem encher a boca com os tais cofres cheios, que nós não nos deixamos enganar, porque a dívida pública já ultrapassou os 130%, apesar do tal sucesso das políticas de austeridade, tão louvadas por Passos Coelhos e seus ajudantes, com elogios de Merkel e associados.

Os cofres estão cheios de dívida, que nunca, nem no melhor dos cenários, poderá ser paga por este país nas décadas mais próximas.


quinta-feira, setembro 24, 2015

O RAIO DO DÉFICE

Esta semana promete ser negra para a coligação de direita, PSD/CDS, porque as notícias sobre a dívida pública e privada são más, mas as más notícias estendem-se também ao défice, tanto de 2014 como ao de 2015.

O défice de 2014 tinha sido anunciado como um grande sucesso deste governo, e até lançaram os foguetes, talvez antes do tempo diria eu, porque afinal nas contas ficará registado que não foi de 4,5% como foi dito, mas sim de 7,2% por causa do Novo Banco, o mesmo que o governo disse que não iria agravar o défice.


A palavra do governo vale muito pouco, ou mesmo nada, porque também o défice de 2015 há-de ficar acima dos 2,7% prometidos, e só por milagre ficará abaixo dos 5% (cálculos de merceeiro). 

terça-feira, setembro 22, 2015

O RAIO DA DÍVIDA



Passos Coelho nunca conseguiu convencer os portugueses de que conseguia baixar o valor da dívida, porque nestes últimos quatro anos ela não parou de crescer, ainda que os portugueses tenham apertado o cinto com a austeridade que lhes foi imposta pelo governo, que se deu ao luxo de ir para além das imposições da troika.

Embalado pela campanha eleitoral, e fazendo jus à sua fama, Passos Coelho fez o anúncio de um novo reembolso antecipado ao FMI, de mais de 5 mil milhões de euros, que afinal era um pagamento obrigatório.

Porque a confusão do 1º ministro apenas beneficia a coligação, e pode induzir em erro eleitores menos atentos, convém esclarecer que a dívida pública continua a aumentar e já ascende aos 290 mil milhões de euros, estando agora mais perto dos 130% do valor do PIB.