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Rádio Escafandro

Em cada episódio, uma investigação jornalística. Com uma hora de duração, os episódios são um mosaico de entrevistas inéditas, gravações em campo e áudios de arquivo, costurados pela narração do jornalista Tomás Chiaverini. Os temas são os mais variados e a abordagem é sempre profunda, irreverente e inusitada.

  1. 150: Episódio de pica

    2 DAYS AGO

    150: Episódio de pica

    Neste episódio falamos sobre a obsessão masculina com o tamanho do pênis e sobre como a objetificação do falo em tempos de redes sociais impacta este fenômeno. A parte mais sensível de um homem é seu pênis. Por meio dele é possível performar masculinidade - como Jair Bolsonaro fez ao se autodenominar "imbroxável" -, ou atacar a moral de um inimigo.  O ex-presidente Barack Obama, vencedor do Nobel da Paz, se prestou a caçoar do tamanho do pênis de Donald Trump em um comício da campanha democrata em 2024. Estudos mostram que essa é uma questão global: 55% dos homens estão insatisfeitos com o tamanho dos próprios pênis. O dado é compreensível, mas se torna irônico quando o mesmo estudo aponta que 85% das mulheres estão satisfeitas com o tamanho do que os parceiros têm a oferecer. Diante disso, partimos em busca de respostas para algumas das maiores questões envolvendo o órgão sexual masculino? Como ele funciona afinal? Tamanho é documento? Como são as cirurgias que prometem ganhos estéticos e funcionais? E qual é o impacto de se associar pênis pequenos à falhas de caráter? Mergulho mais fundo O homem não existe: masculinidade, desejo e ficção (link para compra) Entrevistado do episódio Ligia Diniz Doutora em literatura pela Universidade de Brasília (UnB), professora de teoria da literatura na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), crítica literária e escritora. Autora do livro "O homem não existe", editora Zahar. Rafael Siqueira Médico urologista, autor do livro "Tamanho é documento". Bayard Fischer Santos Ex-médico urologista responsável pelo recorde mundial de aumento peniano no Guinness Book, o livro dos recordes. Hoje, atua como advogado. Ficha técnica Produção e edição: Matheus Marcolino. Leituras adicionais: Lígia Diniz Mixagem de som: Vitor Coroa. Trilha sonora tema: Paulo Gama Design das capas dos aplicativos e do site: Cláudia Furnari Direção, roteiro e sonorização: Tomás Chiaverini

    1h 6m
  2. 149: O antropólogo de mocassins

    15 OCT

    149: O antropólogo de mocassins

    Neste episódio, a gente conta como o antropólogo Michel Alcoforado passou 15 anos infiltrado no mundo das elites econômicas brasileiras e saiu de lá com o livro que se tornaria um dos maiores sucessos editoriais de 2025. No recém-lançado Coisa de Rico (Todavia), Michel Alcoforado mostra como os super ricos brasileiros usam iates, quadros, vinhos, mansões e mocassins para se diferenciar. Mostra como essas “coisas de rico” servem ao mesmo tempo para criar identidade e para manter os pobres mortais (ou mortais pobres) do lado de fora. Mostra como os novos ricos penam para entrar nesse mundo de champagne e caviar. E como os ricos tradicionais penam para mostrar que estão ali desde sempre, que o lugar deles é natural e não resultado de um sistema social cruel e desigual. Mas, para mostrar tudo isso, o Michel teve de se infiltrar nesse mundo, teve de mudar a própria imagem e até a própria personalidade. Teve de se tornar Michel Alcoforado, o antropólogo do luxo. Esse episódio fala sobre a jornada do Michel que deu origem ao Coisa de Rico. Mergulho mais fundo Coisa de rico - a vida dos endinheirados brasileiros (link para compra) Entrevistado do episódio Michel Alcoforado Douto em antropologia social, palestrante, comentarista da Rádio CBN e apresentador do podcast É Tudo Culpa da Cultura. Ficha técnica Produção e edição: Matheus Marcolino. Mixagem de som: Vitor Coroa. Trilha sonora tema: Paulo Gama Design das capas dos aplicativos e do site: Cláudia Furnari Direção, roteiro e sonorização: Tomás Chiaverini

    1h 6m
  3. 148: A infame escola de golpes

    1 OCT

    148: A infame escola de golpes

    Este episódio de Escafandro, o primeiro feito em parceria com a Agência Lupa, conta como estelionatários ensinam golpes online, sob vista grossa das plataformas de mídias sociais.  O número de estelionatos no Brasil não para de crescer. De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, de 2025, a quantidade de casos registrados aumentou mais de 400% desde 2018. De acordo com uma pesquisa Datafolha encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, um a cada três brasileiros foi vítima de algum golpe digital no último ano.  Mas, nessa apuração exclusiva, a Lupa descobriu que o crescimento dos golpes digitais não é orgânico, apenas. Não são só golpistas copiando golpistas. Existem escolas de golpe online que ensinam técnicas das mais diversas. Como clonar um cartão, como usar esse cartão sem ser pego, como configurar sites falsos, como burlar o reconhecimento facial e assim por diante. Boa parte desses cursos, e dos golpes que eles ensinam, ocorre em plataformas como o TikTok, o Instagram e o YouTube, além de aplicativos de mensagem como WhatsApp e Discord. As grandes empresas de tecnologia, por sua vez, não parecem empenhadas em coibir esse tipo de prática. Episódios relacionados #31: Profundezas da rede – Capítulo 1: O Tabuleiro #90: Era uma vez um Google bonzinho #133: Inteligência artificial artificial Entrevistados do episódio Cezar Bueno de Lima Doutor em ciências sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e autor do livro “Jovens em Conflito com a lei: liberdade assistida e vidas interrompidas”. Alessandro Hirata Professor de Direito da Universidade de São Paulo (USP)  Fernanda Vicentini Professora de conteúdo e redes sociais dos cursos de Pós-Graduação e MBA da ESPM. Luiz Augusto Filizzola D’Urso  Advogado especialista em cibercrimes e professor de Direito Digital da Fundação Getúlio Vargas (FGV),  David Marques  Sociólogo e coordenador de projetos do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Ficha técnica Pauta, produção e reportagem: Gabriela Soares Edição: Matheus Marcolino. Mixagem de som: Vitor Coroa. Trilha sonora tema: Paulo Gama Design das capas dos aplicativos e do site: Cláudia Furnari Direção, roteiro e apresentação: Tomás Chiaverini

    55 min
  4. 147: Um data center incomoda muita gente

    17 SEPT

    147: Um data center incomoda muita gente

    Este episódio de podcast, feito em parceria com o Intercept Brasil, fala sobre os impactos que um data center do Tik Tok poderá causar em comunidades tradicionais no Ceará. A repórter Laís Martins viajou a Caucaia para entender os impactos de um futuro centro de dados que, quando pronto, deverá consumir energia equivalente a 2,2 milhões de brasileiros. Se ele fosse uma cidade, estaria em sétimo lugar em termos de consumo energético. O data center de Caucaia, que deve abrigar dados e capacidade de processamento para o TikTok, pode ser beneficiado pela Política Nacional de Data Centers (Redata). Se implementado, o projeto do Governo Federal vai conceder isenções de impostos para big techs que armazenarem dados em solo brasileiro. O novo centro de dados deve ficar dentro do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), que foi construído dentro de uma área habitada pelo povo Anacé. Os indígenas, que já vêm sendo afetados por indústrias que se instalaram na região, se dizem preocupados com os impactos ambientais e planejam entrar na Justiça para barrar o empreendimento. Episódios relacionados #31: Profundezas da rede – Capítulo 1: O Tabuleiro #90: Era uma vez um Google bonzinho #133: Inteligência artificial artificial Entrevistados do episódio Igor Marchesini Assessor especial do Ministério da Fazenda. Jeovah Meirelles Doutor em geografia pela Universidade de Barcelona. Professor do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Ceará (UFC). Roberto Anacé Cacique da comunidade Terra Tradicional. Paulo Anacé Liderança da aldeia Grande Cauípe. Ulisses Costa Assessor especial da Secretaria Estadual do Meio Ambiente do estado do Ceará (Semace). Ficha técnica Pauta, produção e reportagem: Laís Martins Edição e sonorização: Matheus Marcolino. Mixagem de som: Vitor Coroa. Trilha sonora tema: Paulo Gama Design das capas dos aplicativos e do site: Cláudia Furnari Direção, roteiro e apresentação: Tomás Chiaverini

    59 min
  5. 146: Nabokov contra os robôs

    3 SEPT

    146: Nabokov contra os robôs

    Este episódio de podcast fala sobre a arte feita por inteligência artificial e sobre o futuro da criatividade humana.  Em 2018, a exclusividade humana no campo da arte foi posta à prova. A casa de leilão Christie's vendeu, pela primeira vez, uma obra de arte feita por IA. O item, arrematado por 432 mil dólares, era a impressão de uma gravura gerada por um um programa de inteligência artificial que "estudou" pinturas históricas.  As artes plásticas não são o único campo invadido pela IA. Nichos literários como o dos romances eróticos têm abundância de títulos escritos com ajuda de robôs. Isso sem falar em áreas não artísticas da escrita, como e-mails, relatórios, petições e memorandos, estas tomadas por aplicações de inteligência artificial.  Ao mesmo tempo, atividades como as artes plásticas e a literatura são profundamente subjetivas. Isso impede que robôs, ao menos no estágio atual, criem coisas genuínas e inovadoras. Assim, abre-se uma encruzilhada. Será que o universo das artes vai se tornar um feudo onde só humanos entram? Ou será que a inteligência artificial vai reinar aí também? Episódios relacionados 90: Era uma vez um Google bonzinho 133: Inteligência artificial artificial Mergulhe mais fundo ⁠Escrever é humano: Como dar vida à sua escrita em tempo de robôs (link para compra)⁠ Little Martians, de Vanessa Rosa (link para o site) Entrevistados do episódio Sérgio Rodrigues Jornalista, escritor e colunista da Folha de S. Paulo. Criador do blog Todoprosa. Autor de livros como "O Drible", "A vida futura", e o recém lançado "Escrever É Humano: Como dar vida à sua escrita em tempo de robôs". Vanessa Rosa⁠ Artista visual brasileira radicada nos Estados Unidos. Criadora do universo Little Martians. Ficha técnica Produção e edição: Matheus Marcolino Locução adicional: Priscila Pastre Mixagem de som: Vitor Coroa Trilha sonora tema: Paulo Gama Design das capas dos aplicativos e do site: Cláudia Furnari Direção, roteiro e sonorização: Tomás Chiaverini

    1h 6m
  6. 145: Versão Brasileira

    20 AUG

    145: Versão Brasileira

    Este episódio de podcast fala sobre o curioso ofício dos dubladores: atrizes e atores que estrelam as maiores produções do planeta e continuam sendo ilustres desconhecidos. Casos de atores que se prepararam por muito tempo para um papel não são raros. Diz a lenda que Meryl Streep, uma das atrizes mais reverenciadas da história, aprendeu alemão e polonês para protagonizar “A escolha de Sofia”, papel que lhe rendeu o Oscar de Melhor Atriz em 1982.  Mas, quando o filme chega nos espectadores, muitas vezes a voz das atrizes e atores, e com ela boa parte das atuações originais, é substituída. Entra em cena um dos profissionais mais fascinantes do audiovisual: o dublador. Enquanto atores têm meses de preparação para um filme, um dublador frequentemente descobre o que vai gravar na divulgação da escala de trabalho dele. É uma rotina sem tapetes vermelhos sem reconhecimento em restaurantes, sem milhões de dólares na conta. Episódios relacionados #05: O papel secreto do alho-poró no som de cinema #93: Quem quer ser Indiana Jones? #118: O cinema e o sexo inventado Entrevistados do episódio Rosa Baroli Atriz, dubladora e diretora de dublagem. Foi a voz da Telesp, dublou as atrizes Glenn Close, Jamie Lee Curtis, Julie Andrews, Jane Fonda e Meryl Streep, e participou da dublagem de séries como Bridgerton, Sailor Moon e One Piece. Leticia Quinto Atriz, diretora de dublagem e dubladora na Vox Mundi. Entre seus trabalhos mais conhedidos estão as vozes de Saori, em Cavaleiros do Zodíaco, de Sandy, em Bob Esponja, e as das atrizes Anne Hathaway, Kirsten Dunst e Natalie Portman. Leila Freire Linguista e tradutora audiovisual especializada em dublagem na Vox Mundi. Gustavo Iracema Tradutor. Trabalha no setor de Localização na CrunchyRoll.  Ficha técnica Produção e edição: Matheus Marcolino. Mixagem de som: Vitor Coroa. Trilha sonora tema: Paulo Gama Design das capas dos aplicativos e do site: Cláudia Furnari Direção, roteiro e sonorização: Tomás Chiaverini

    1 hr
  7. 144: A mãe de todas as dores

    6 AUG

    144: A mãe de todas as dores

    Este episódio de podcast conta como é a vida de alguém que precisa lidar com a cefaleia em salvas, doença crônica rara que causa uma das maiores dores que um humano pode sentir. Quando alguém visita um pronto socorro se queixando de dor, é comum que os profissionais de saúde peçam para que o paciente tente mensurar o tamanho dessa dor. Apesar de ser difícil classificar a intensidade de dor numa escala de números ou de cores, existem dores intensas ao ponto de atingirem o nível máximo. Esse é o caso da cefaleia em salvas. Essa dor de cabeça é rara (atinge cerca de 0,1% das pessoas) e causa um sofrimento inigualável: algumas pacientes já relataram que a cefaleia em salvas supera a dor do parto. Além disso, não é incomum que pensamentos suicidas surjam durante os períodos de crise, que podem durar até um mês. Mas a característica mais intrigante da cefaleia em salvas não é a intensidade da dor, e sim a frequência. Depois do período de crise, ela desaparece completamente. Alguns tentam esquecer que ela existe. O problema é que depois de algum tempo adormecida, ela volta com força. E o ciclo se repete. Mergulhe mais fundo Escuta Essa: Dor - link para o episódio Hypothalamic activation in cluster headache attacks Episódios relacionados #127: Larissa contra as bactérias #107: Dr. Oscar e o menino que precisava enxergar #92: Quando a Covid não vai embora Entrevistados do episódio Danilo Silvestre Filósofo e podcaster. É apresentador dos podcasts Bola Presa, Escuta Essa, Pouco Pixel e Debate de Bolso. Maria Eduarda Nobre Médica neurologista especialista em cefaleia em salvas. É doutora em neurologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), membra da Academia Brasileira de Neurologia, da Sociedade Brasileira de Neurologia e da International Headache Society. Ficha técnica Produção e edição: Matheus Marcolino. Mixagem de som: Vitor Coroa. Trilha sonora tema: Paulo Gama Design das capas dos aplicativos e do site: Cláudia Furnari Direção, roteiro e sonorização: Tomás Chiaverini

    58 min

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Em cada episódio, uma investigação jornalística. Com uma hora de duração, os episódios são um mosaico de entrevistas inéditas, gravações em campo e áudios de arquivo, costurados pela narração do jornalista Tomás Chiaverini. Os temas são os mais variados e a abordagem é sempre profunda, irreverente e inusitada.

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