O seu breve reinado caracterizou-se por um crescente poder da casa sacerdotal de Amon, que controlava já a maior parte das terras do país, bem como do sistema financeiro do mesmo. O papiro de Turim dá notícia de um escândalo financeiro no seu reinado que envolveu sacerdotes da ilha de Elefantina.
As circunstâncias da morte de Ramessés V são ainda desconhecidas. É pouco provável que tenha sido destronado pelo seu sucessor, Ramessés VI, já que esse lhe usurpou a tumba KV9[1]. Um óstraco registra que o faraó só foi sepultado no segundo ano do reinado de Ramessés VI, o que é muito irregular desde que a tradição egícpia exigia que o rei fosse mumificado e sepultado precisamente 70 dias após a ascensão de seu sucessor[2], período no qual a população ficava em luto. Entretanto, o motivo da demora para o sepultamento pode ser explicado pela necessidade de Ramessés VI derrotar os invasores Libios de Tebas, tendo talvez criado uma tumba temporária para Ramessés V até que o projeto de uma tumba dupla na KV9 fosse concluído[3]. Sobre isso, o Papiro de Turim também dá nota da normalização de um conflito em Tebas exatamente no ano 2 do reinado de Ramessés VI[4].
A múmia de Ramessés V indica que este deve ter falecido de varíola devido a lesões encontradas em sua face[5].