(clique sobre os títulos para baixar os álbuns antes injustiçados, agora justiçados na verdadeira qualidade do som de ambos)
O objetivo deste post não é somente fazer justiça aos dois primeiros CDs de trilha sonora de novela lançados pela Som Livre, no primeiro semestre de 1989: também é fazer uma crítica baseada em fatos e evidências verificáveis exatamente pela restauração da qualidade original de ambos os discos por métodos absurdamente simples: redução de agudos e normalização minuciosa de canais. Por que? Porque ao longo dos anos, virou lugar comum muitos "críticos" malharem ambos os discos, detonando a qualidade sonora deles, o que é uma grande inverdade e também injustiça.
O fato é que a maioria das pessoas se sente mais inteligente - ou pelo menos, menos burra - ao falar com propriedade sobre conhecimentos que nem sempre elas dominam. Não se trata de um fenômeno recente na humanidade: é praticamente instintivo que as pessoas tendam a preencher lacunas de conhecimento com aquilo que lhes pareça satisfazer dúvidas complexas. Mas é aí que reside o problema: se são dúvidas complexas, não podem ser satisfatoriamente respondidas de maneira simples, certo? Deveria ser, mas... na prática, o instinto humano primordial se satisfaz com respostas rápidas, simples e que não demandem pesquisas ou estudos.
A isso, se dá o nome de efeito Dunning-Krüger, mencionado no título desta postagem, que basicamente é o viés cognitivo pelo qual pessoas com baixa habilidade em uma tarefa superestimam sua habilidade. Evidentemente, no meio de colecionismo musical/audiófilo, não seria diferente. Toda a indústria fonográfica brasileira se adaptava ao fomato CD entre 1987 e 1991 e os engenheiros de áudio precisavam desbravar de maneira intuitiva como os masters soariam melhor no formato digital. Excessos foram cometidos, sendo os agudos estridentes de alguns discos os mais perceptíveis. Discrepância entre o volume e a equalização de canais eram também percebidos, mas... seriam essas máculas um determinante para condenar a qualidade original dos masters? A resposta é um sonoro NÃO. Isso mesmo: não. No próximo parágrafo, elucidarei a questão.
Desde que adquiri O Salvador da Pátria Internacional e ganhei Que Rei Sou Eu? Internacional, ambos em março deste ano, percebi o que já suspeitava: a qualidade geral dos masters é boa. Enquanto o primeiro padecia de volume baixo e excesso de agudos, o segundo padecia dos problemas citados no primeiro e havia discrepância de equalização e volume nos canais das faixas 8, 9, 10 e 11. Bastou-me retirar os agudos excessivos e aumentar o volume levemente em O Salvador da Pátria Internacional para chegar ao esplendor de sua originalidade. Não havia deficiência de graves, nunca houve. Era só excesso de agudos. Quanto a Que Rei Sou Eu? Internacional, bastou apenas normalizar as discrepâncias de equalização e volume entre canais e... supresa nenhuma, a qualidade do disco é excelente.
Deixei os links para que todos baixem e atestem a veracidade do que digo. Este post não é uma disputa de quem está mais certo ou mais errado, é apenas um alerta de que antes de formarmos uma opinião sobre qualquer tema, cabe antes estudar sobre o que se diz.