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sábado, junho 05, 2021

FAÇAMOS PRAZER A JESUS

Oração e devoção ensinada por Jesus


Diz às almas que Me amam que vivam unidas a Mim durante o seu trabalho. Nas suas casas, seja de dia seja de noite, ajoelhem-se muitas vezes em espírito e de cabeça inclinada digam:

“Jesus, eu Vos adoro em todo o lugar onde habitais sacramentado;
Faço-Vos companhia pelos que Vos desprezam,
Amo-vos pelos que não Vos amam;
Desagravo-Vos pelos que Vos ofendem.
Jesus, vinde ao meu coração!”

Estes momentos serão para Mim de grande alegria e consolação.

Que crimes se cometem contra Mim na Eucaristia! (Sentimentos da alma: 2 de Outubro de 1948).

sábado, maio 29, 2021

PRIMEIRA VISITA DE JESUS À MINHA ALMA

Primeira Comunhão na Matriz da Póvoa


– Foi na Póvoa de Varzim que fiz a minha Primeira Comunhão, com sete anos de idade. Foi o Senhor Pe. Álvaro Matos quem me perguntou a doutrina, me confessou e me deu pela vez primeira a Sagrada Comunhão. Como prémio, recebi um lindo lenço e uma estampazinha. Quando comunguei, estava de joelhos, apesar de pequenina, e fitei a Sagrada Hóstia que ia receber de tal maneira que me ficou tão gravada na alma, parecendo-me unir a Jesus para nunca mais me separar d’Ele. Parece que me prendeu o coração. A alegria que eu sentia era inexplicável. A todos dava a boa nova. A encarregada da minha educação levava-me a comungar diariamente. (Alexandrina Maria da Costa: Autobiografia)

NA IMAGEM:
A Beata Alexandrina e o Padre Alvaro Matos.

segunda-feira, maio 24, 2021

COISAS ESTRANHAS

Nada podia ouvir de alegria


Desde o dia 24 de Maio [de 1942], dia do Divino Espírito Santo, em que eu pedia toda a luz e todo o fogo do seu divino Amor, do seu Amor santificador, o estado da minha alma modificou-se, mas nesse dia de tarde eu ainda dizia: Eu já não tenho vida da terra, só tenho corpo para a dor. A partir deste dia, deixei de sentir o que até ali sentia quase continuamente, que eram nojentas serpentes cheias de toda a imundice, que entravam pela boca e saíam arrancadas não sei por quem, fazendo lembrar os condenados do inferno atormentados pelos demónios. Não podia ouvir o chilrear dos passarinhos ao alvorecer e ao anoitecer do dia, apesar de me lembrar que estavam a louvar o seu Criador. Os seus gorjeios feriam muito a minha alma. Nada podia ouvir de alegria. A minha sede era abrasadora, as saudades de me alimentar não as sei exprimir e tudo isto me parecia levar ao desespero por sentir que era impossível saciar os meus desejos. Logo dizia ao meu Jesus: É por vós que sofro, e saciai vós a vossa sede de amor, a sede que tendes das almas. (Alexandrina Maria da Costa: S. 24-05-1942).

quarta-feira, abril 28, 2021

EXISTIRÁ ALEGRIA NO MUNDO?

Tenho medo de mim mesma!

Existirá alegria no mundo? Em algum dia da minha vida, por acaso conheceria eu o que era alegria? Se alguma vez a experimentei, morreu para mim de tal forma como se nunca a conhecesse. O pensamento de aceitar e cumprir do coração e da alma a vontade de Jesus dá-me um pouco de alento. Mas logo este pensamento me aflige: estou eu a cumprir a vontade do Senhor? E daqui grandes agonias e tristezas para a minha alma. Estou esmagada entre o céu e a terra, toda transformada e embebida em trevas. Tremendo horror, meu Jesus! Tenho medo de mim mesma.


Quem poderá aguentar tanta aflição a não ser Jesus? Quem poderá viver e caminhar por tão negra escuridão a não ser com os olhares de Jesus? Morro, morro, meu Deus, morro despedaçada, esmigalhada na tremenda noite. O meu coração, tão oprimido pela dor, faísca raios de lume. Esses pedacinhos de raios, que eu sinto e vejo sair dele, espalham-se pelo mundo; todo ele é fogo. Queria ver estes raios irem ferir todos os corações, e este fogo, que do meu sai, incendiar a todos, para que só no mundo existisse o fogo do amor de Jesus. Quero gritar e gritar sempre, enquanto viver neste exílio. Custe o que custar, esteja nas trevas que estiver, abandonada em tudo e de todos, gritarei sem cessar: quero amar Jesus, quero consolá-Lo, salvar-Lhe as almas, dar-Lhe o mundo inteiro. Não sei dizer a Jesus, não sei pedir-Lhe meios para O alegrar, meios para melhor salvar as almas.

— Jesus, bem vedes o que o meu coração quer. Só por Vós e aceito a cruz.

Que alívio para a minha alma, que conforto para o meu coração, se eu pudesse dizer a minha dor, não para que saibam quanto sofro e vejam as ânsias do meu coração, mas para glória do meu Deus e bem de toda a humanidade. Não sou eu quem sofre, não sou eu quem resiste à dor, mas sim Jesus, só Jesus, que sofre pelos filhos Seus. Para mim era impossível suportar tão grande martírio. E o demónio aumenta-mo. Que fúria a sua, que maldade sem igual! Que tristeza não poder fazer que todas as almas a conheçam, para não se deixarem guiar por ele. Dizia-me hoje num penoso combate, quando eu clamava pelo meu Jesus.

— Não pronuncies esse nome, somos inimigos odiosos. Ele odeia-me a mim e eu a Ele. Diz comigo que O odeias e que O não queres. Comigo tens o gozo e o prazer nesta vida e uma eternidade feliz. Com Ele sofres aqui e lá. Estou a pecar contigo, levo-te ao prazer para O ofenderes gravemente. Diz comigo que queres pecar, que queres ofendê-Lo.

Como eu, sempre que podia, chamava por Jesus e Lhe renovava a oferta de vítima e Lhe dizia não querer pecar, ele, enraivecido, insultava-me, tentava escarrar-me até dentro da boca e procurava novos meios maliciosos. Que tristeza, meu Deus, que aflição a minha! Ao terminar da luta, o meu coração parecia rebentar, o meu corpo estava banhado em suor, e os meus olhos tentavam desfazer-se em copiosas lágrimas. Triste e mais do que envergonhada, fitei Jesus na cruz sem poder dizer palavra. Ele veio a confortar a minha alma.

— Não pecaste, não, minha filha, pomba branca, arminho puro. A tua pureza não se manchou nem manchará. A tua alma é bela, é encantadora. Criei-te para mim com encantos atraentes. Dá-me toda esta reparação. Não chores com o receio de me teres ofendido, porque não pecaste. Oferece-me as tuas lágrimas por aqueles que me ofendem. Os desejos de pecar, as ânsias insaciáveis do prazer não são teus, é a reparação daqueles que, depois do gozo, do gozo passageiro, enganador e traiçoeiro, querem novo gozo, nova satisfação, atraiçoando assim o meu Coração divino. Coragem! Estou satisfeito com o teu amor e com tudo o que me dás.

— Ai, meu Jesus, se eu pudesse convencer-me sempre que não Vos tinha ofendido! Mas depressa caio nas minhas dúvidas. Tende dó de mim.

— Vive em paz, filhinha amada, pois estou contigo mesmo nas tuas trevas.

— Obrigada, meu Jesus.

Ai de mim! Perdi amigos, perdi Jesus, não posso mais encontrá-Lo nesta escuridão. Perdi a vida, perdi tudo, tudo. A morte rodeia-me, avizinha-se de mim; traz consigo os maiores horrores, a maior escuridão. E eu sem conforto do céu e da terra. Os que me são queridos, por mais que se esforcem, não me dão um momento de alegria. As mais pequeninas coisas abismam-se cada vez mais na profundeza da minha dor. Perdi o meu Jesus, ou sinto que O perdi e não O queria perder. Queria possuí-Lo, mas sem colóquios com Ele. Triste noite da quinta-feira! Oh! como Jesus me associa às Suas dores, à Sua paixão divina! Sinto ânsias de atravessar por cima de todos os espinhos, de ir ao encontro da cruz, abraçá-la e com ela seguir para a morte. Sobre o meu peito sinto o discípulo querido, sinto o seu sono de paz, a tranquilidade do seu coração e da sua alma, e sobre ele o amor terno de Jesus. Sinto em mim a braseira e os que a ela se aqueciam. Sinto, retirado um pouco, que está alguém aterrado e tímido, mas vai-se aproximando e vai negar Jesus. Sinto as suas lágrimas de arrependimento. Sinto o cantar do galo e o abrir do bico em meu coração. Sinto sobretudo a dor infinita de Jesus e o Seu amor e mansidão para com todos. Quanta amargura, quantas mágoas em Seu Coração, naquele Cordeirinho inocente! Não posso ir ao fim da dor de Jesus, não resisto a mais. Sentimentos da alma: 26 de Abril de 1945).

quinta-feira, novembro 24, 2011

SEGUE-ME ALEGREMENTE

Sou Eu a confortar-te, a comunicar-Me a ti...

— Dá-Me a tua dor, aceita a tua cruz, segue-Me alegremente, Minha filha querida. Dá às almas o Meu divino amor e infunde-o em todas aquelas que Me querem amar, pede-lhes para que Me amem. Quero amor, quero amor para esquecer tanta ofensa ao Meu divino Coração. Quero amor, quero amor para com ele aplacar a justiça do Meu Pai. Minha filha olha o mundo, olha as almas que se perdem. Dei-te o Meu amor, dei-te todo o fogo do Meu divino Coração, incendeia-o nos corações; foi para isso que te fiz dele depositária; é por ti que Eu lho dou, é por ti que Eu sou amado. E, como prova disso e de que tu Me amas, Eu te apareço muitas vezes na realidade, mostrando-te o Meu divino Coração. E tu não tens falado disto, nada disto escreveste?
― Meu Jesus, só Vós sabeis o porquê. Com as minhas ânsias de amor e desejo de me enlouquecer por Vós, temia que fossem ilusões da minha parte, apesar de me sentir confortada, ao ver o Vosso divino Coração e Rosto, tão cheios de amor.
― Não é ilusão, não, filha amada; sou Eu a confortar-te, a comunicar-Me a ti, a dar-te amor para dares por Mim. Tu serás para o mundo. Tu serás para o mundo farol luzente, estrela brilhante sempre, sempre a cintilar. A tua vida será uma aragem celeste, perfumada e deliciosa, a correr sempre através dos tempos, a suavizar e atrair para Mim as almas. Recebe a gota do Meu divino Sangue; dou-ta vagarosamente; é a carne, é o pão, é o vinho que te alimenta, é a vida do que vives e a que quero que dês às almas.
Jesus, ao dizer isto, introduziu o tubo, uniu os nossos corações. Ao tirar o tubo, uniu ao coração os Seus divinos lábios, bafejou-mo e passou a Sua Santíssima mão sobre o lugar da abertura, como quem acaricia.
― Vai para a cruz, Minha filha, vai salvar as almas, e sempre que por elas te vejas rodeada, murmura baixinho: dou-vos a vida e o amor de Jesus, quero que todas sejais de salvação. Coragem, coragem! Leva conforto, leva amor, vai para a cruz.
― Obrigada, obrigada, meu Jesus.
Vim bem para a cruz; que grande é o tormento da minha alma. Bendito e louvado seja em tudo o meu Senhor.

(Beata Alexandrina: Sentimentos da alma, 28 de Novembro de 1947 - Sexta-feira)