Mais um sumiço de Graziela Salomão. Eu sei, eu sei. Perdoem-me muito. Falta de tempo, milhares de coisas na cabeça, mas sempre no fundo aquela vontade voltar aqui. E o empurrãozinho que faltava veio no último fim de semana.
Adoro ler, muito. Qualquer coisa que caia na minha mão. Algumas dão mais trabalho, outras vão em uma tragada só. Mas admito: tenho preconceitos com qualquer tipo de literatura. Esses pops, que caem rapidamente no gosto das pessoas, me dão certos calafrios. Nada pode ser unanimamente aceito, concordam? Tem sempre aquele que vai achar chato, outro que vai achar legal e um último mais ou menos. Agora, quando um monte de gente fica falando que algo é legal fico ressabiada e demoro para experimentar aquele livro (sim, livro pra mim é como música, vinho, boas comidas: algo para se provar e sentir cada detalhe).
Mas voltando. Depois de muitos comentários de minha cara companheira Cris sobre “Crepúsculo”, fui jogada de súbito ao livro. Meu cunhado decidiu que eu o leria, não pude nem pensar em aceitar o livro ou não. Em instantes, ele já estava na minha mão.
Fiquei olhando aquela capa preta com o contraste da mão branca (ideia batida para um livro que fala de vampiros, não é?). O livro ficou olhando pra mim e nada de eu decidir pegá-lo. Na segunda, por mera falta de opção (li quase todos os livros q. estão em casa), trouxe ele comigo para o trabalho. Que besteira eu fiz!
O começo não me surpreendeu em nada. É a típica história batida de amor impossível, com diversos clichês (que eu sei que são bregas, mas que todas as mulheres adoram ler ou ouvir de vez em quando, admitam!), e nenhum grande choque na construção literária do livro (para quem acabou de ler “Ensaio sobre a Cegueira”, cair nesse foi realmente um pulo de um abismo literário). Porém, mesmo com toda essa minha rabugisse, eu não consegui parar de ler o livro. “Eu falei. Esse livro tem magia negra”, Cris comentou comigo. Pode ser. Mas o que acontece é que eu simplesmente não conseguia desgrudar de ler o livro. Lia em pé no ônibus, deitada na cama antes de dormir, enquanto andava (e isso me custou um baita tropícão em um cesto de lixo no meio do trabalho!). Simplesmente rídiculo. Mas o que levou a toda essa obsessão? A resposta perfeita para mim veio de uma frase de uma amiga, que também ficou viciada com o livro e leu os três volumes durante as férias. O que acontece é que a história da Bella mostra o quanto a mulherada acha que sua vida é sem graça. E o quanto todas nós gostamos daqueles clichês piegas.
Sim, eu admito. Gosto deles mesmo. E me derreti com frases do tipo “Ah, Bella, você é minha vida” ou “Não, não quero ficar sem você, Bella”. Fala a verdade, quem não gosta de ouvir isso, hein, hein? Atire a primeira pedra nessa que vos escreve agora mesmo!.
De resto, fui procurar os atores que interpretaram os personagens no cinema. E cá entre nós: o Edward da minha cabeça era beeem mais bonito que Robert Pattinson, que o interpretou no longa. Para quem não o conhece, fica o trailer do filme abaixo.
Ligeiramente pregnant!*
Postado por Lucy Lane às 14:57 Leia apenas Comportamento, gravidez AHHH, LucyUltimamente, “Deméter” a deusa grega da fertilidade, está dando o ar de sua graça na vida das minhas amigas. Para alguma delas, a gravidez já era um desejo pra lá de patológico, para outras veio assim, de surpresa. Mas, uma surpresa bastante positiva.
Embora, a maternidade não tenha me tocado ainda, resolvi dedicar um tempo para esse assunto. Ser mãe implica não só em ter uma nova postura perante a sociedade, como também administrar novos gastos e responsabilidades. É por isso que existe aquela máxima: quando nasce um bebê, também nasce uma mãe. Será verdade?
Para uma mãe de primeira viagem, como minhas queridas amigas, a experiência foi marcante. No momento que um nenê gorducho e cheio de dobrinhas abre “aquele sorriso” para a mãe, tudo é esquecido (as noites mal dormidas, as cólicas, as profundas olheiras, sua cara de zumbi e toda essa “dinherama” gasta com ele até o parto). Como diria minha mãe “filhos, se não tê-los, como sabê-los”.
Por Glaucia Balbachan, convidada de Lucy para o blog As Esforçadas
ps - A Mara, do blog Esmalte no Pé, também tem um post legal sobre maternidade...
Carnaval + Sol +São Paulo: não combina
Postado por Lucy Lane às 19:23 Leia apenas Carnaval, Comportamento, LucyEu não. Não é que eu odeie... mas minha relação com o samba é tão improvável quanto a de uma nova-iorquina que faz cooper no Central Park ou a de uma camponesa da província de Setsuan, na China. Ainda sim, reforço, eu sou brasileira.
Gosto de ouvir o som das batidas das escolas de samba; gosto de ver o povo pulando; gosto até de assistir aos desfiles das escolas e admiro quem vive uma existência inteira para isso. Mas para ser do samba precisa ter talento. E eu não curto me jogar atrás do trio, tenho fobia de multidão (Salvador, nunca), não curto axé, acho as celebridades pipocando no eixo Rio-Bahia de irritar e se é pra ficar bêbada em um camarote qualquer, prefiro estar num lugar onde tenha somente os meus amigos. Daí você vai dizer - essa não é brasileira... e ainda por cima é ranzinza. Sou assim com o carnaval, fazer o quê?
Agora não tem nada que combine menos do que carnaval de sol e feriado em São Paulo. Nesta segunda-feira (23) entendi porque a praia é tão democrática: ricos e pobres, todos dão seu mergulho no mar, se refrescam e voltam para suas casas felizes - seja no bairro de Ramos ou na cobertura na Vieira Souto. Mas aqui em Sampa não dá: ou você tem piscina, ou tem algum amigo que tenha piscina, ou então divide a piscina com outros 100 mil humanos nos Sesc da vida. Ou então dá uma de Paris Hilton e aluga um quarto num hotel que tenha piscina (ok, hipótese absurda apenas levantada para enfatizar o que o calor fez meu cérebro cogitar).
De resto, é se contentar com um banho de mangueira - se você mora em casa. Porque nem isso é possível fazer nos apartamentos da vida. Ahhhhh, é por isso que as pessoas viajam - para não passar calor em São Paulo no feriado. Agora entendi, agora caiu a ficha! E apesar de gostar da cidade, fiquei foi bem feliz quando caiu o maior pé d'água na última segunda e acabou com qualquer possibilidade de eu fazer loucuras aquáticas por aí.
Dei de cara com um pote de creme anti-rugas esses dias em cima da mesa da redação. Era free, quem quisesse podia lever ele embora. Na hora pensei "ah vou levar para minha mãe". Mas em casa, quando abri a embalagem, estava escrito que ele era indicado para mulheres de 25+. Ou seja: para mim!
Primeira reação: desde quando mulheres de 25+ precisam de cremes anti-rugas? Segunda reação: será que eu preciso de cremes anti-rugas? Terceira reação: sentada ao lado o potinho comecei a escrever este post com cara de dúvida (mas sem forçar os músculos para não criar "linhas de expressão").
Me lembrei também de que outro dia uma amiga me ofereceu seu Renew: "Quer para você? Está quase novo, só usei um pouquinho, mas começou a me dar espinhas porque ele é muito oleoso para a minha pele". Detalhe: a fofa vai fazer 26.
Ainda não fui convencida pelo anti-rugas. Acho precoce demais começar a passar isso aos 25+. Uma geração adiante e logo as menininhas de 18 vão achar que também estão nessa onda.
E você, já aderiu ao creme anti-rugas? Eu, particularmente, acho que a questão do envelhecimento é o maior medo das mulheres de nossa geração. E me incluo na lista.
Chegou nesta segunda-feira ao Rio de Janeiro o presidente da França, Nicolas Sarkozy, e a primeira-dama, Carla Bruni .
Mulher refinada, esguia, bela, educada, pacata, desceu do carro na frente do Copacabana Palace, sorriu sem medo de ficar com rugas, acenou para um pequeno amontoado de fotógrafos (afinal, a maioria ainda corre atrás de Madonna, a diva) e entrou para ocupar a suíte presidencial do hotel.
Mais tarde, usando um discreto vestido de bolinhas brancas, nada de decotes ou de jóias, ela circulou pelo Rio fazendo compromissos politicamente corretos. Mas sem cara de tédio ou falso entusiasmo. Lá foi ela conhecer o banco de leite da Fiocruz.
A pergunta é: o que Carla Bruni tem? Elas nasceu na Itália, mas seu pai biológico tem origem brasileira. Fala diversos idiomas, já foi modelo na década de 80, cantora de sucesso - lançou 3 discos, o mais recente este ano -, compõe e entende de política. Já namorou Eric Clapto, Mick Jagger, um político italiano e um filósofo, que é o pai de seu filho único, Aurelien.
Confesso que eu tinha uma certa birra com Carla Bruni. Achava um pouco descabido tanto assédio só porque ela foi modelo, é uma bela mulher e costuma falar da vida pessoal em suas canções. Torcia o nariz, veradade. Até que li a entrevista dela na Marie Claire deste mês. E vi a tamanha elegância com a qual ela respondeu às perguntas, na maioria das vezes provocantes, que a jornalista fazia.
Era calma e polida, mas extremamente honesta.
Foi assim que ela entrou no meu hall de mulheres de verdade. Porque autenticidade, hoje em dia, está em falta. Num mundo onde tudo é pasteurizado, siliconizado, aloirado e cheio de botox, não haveria como ela não se destacar. Carla já posou nua, foi grupie, foi mãe, e agora é primeira-dama. Para não se tornar uma babaca na história da França (que é cheia de mulheres voluntariosas e virtuosas), se dedica a aprender mais sobre o difícil jogo político.
Você revela que é pobre quando:
É pega salvando uma pilha de revistas Nova, Estilo e UMA antigas que iam para o lixo – e ainda chama sua amiga
- Se você também tem o seu lado pobre/lixeira, mande a foto para a gente ver: asesforcadas@gmail.com. A gente publica aqui no blog!
A Kellen é Maria Papeleira (adorei a expressão) que nem a gente...
"Tirei a foto das revistas da sala. Existem milhares no quarto, na área de serviço e no banheiro. Porque somos apegadas a matéria?? ai ai ai..."
Querida Kellen, somos apegadas literalmente às matérias, reportagens, editoriais... Aliás, bem que podíamos marcar um dia de trocar umas revistas... rs
- um cabeleireiro-luxo à disposição: um bom profissional do ramo (e que não te deixe falida a cada visita no salão de beleza) é mais complexo de achar do que sapato 36 em promoção. E quem tem o seu guarda o segredo a sete chaves, já reparou?
- um mecânico não-aproveitador-de-ladies-que -abominam-carros. Traduzindo: alguém honesto, que não faça piadinha com a nossa cara quando perguntamos o que é carburador e nem queira tirar todos os nossos dinheiros quando vai fazer um orçamento no possante.
- uma ginecologista com horário livre: já reparou que esse tipo de médico, tão fundamental em nossas vidas, quase sempre tem uma agenda bizarra de atendimento, tipo - 16h20 da tarde (ok se você não fosse uma semi-escrava) ou 7 horas da manhã.
- uma boa manicure. Explico: gente que não tira um bife é difícil, ainda mais levando em conta o custo benefício. A cidadã tem que estar perto da sua casa (ou do trabalho), fazer a unha muito bem e ainda não cobrar um preço Daslu-de-ser, porque em uma semana o esmalte descasca e começa tuuuudo de novo.
- um secretário-gato para fazer trabalhos burocráticos como pagar contas no banco, fazer compras no supermercado, tirar xerox do material da faculdade, responder emails chatos, fazer ligações boring (tipo para a Net, para a Vivo, para a Telefônica), comprar revistas na banca, passar na padaria no final do dia, deixar lembretes na porta da geladeira... ai, eu tenho tantas coisas para passar para ele...
- por fim, um namorado que saiba cozinhar, porque depois de um dia cheio, quem quer passar a noite pensando num menu-dinner ao invés de tomar banho e assistir ao "House" no sofá? Esse sonho de consumo, pelo menos, eu tenho... :)
Do porquê o mundo é um lugar hostil...
Postado por Lucy Lane às 14:50 Leia apenas Comportamento, Lucy A minha pergunta é simples: o que uma senhora de 49 anos tem na mente para criar um perfil falso e fazer cyberbulling com uma adolescente de 16 anos? Quem quiser ler a notícia inteira, clique aqui!
"Desculpe pelo comentário, claro que é uma brincaderia, mas seria pelo formato da torneira e o macho ai preferindo o formato do ralo?"
Putz, eu ri! Claro que foi uma brincadeira, mas só reforçou a minha tese que os homens são todos iguais. Ele viu coisas em fotos que uma mulher nunca veria. Ah, essa testosterona, viu...
E na hora do almoço...
Postado por Cristiane às 16:00 Leia apenas Comer Comer, Comportamento, Cris, Só no psiquiatra- Você não pode segurar a mesa e comprar comida ao mesmo tempo.
Não existe coisa mais chata do que pegar o seu almoço quentinho e perceber que não há sequer um lugarzinho vazio.
- Casais que almoçam juntos não têm olhos para bandejas cheias perambulando sobre suas cabeças.
Eles permanecem sentados, de prato vazio (geralmente um, com dois garfos), as mãos dadas em cima da mesa e não se dão conta que existem pelo menos 5 pessoas em volta disputando quem será o primeiro a sentar – caso os pombinhos resolvam liberar o lugar, é claro.
- Você corre o risco de almoçar com um estranho – ou vários.
“Tem alguém sentado aqui?”. Quem nunca ouviu essa frase levante a mão. 3 opções: você pode arrumar uma namorado, um inimigo ou fingir que perdeu a fome depois que papai, mamãe e criança te espremeram naquela mini-mesinha de 4 lugares.
-Você pode ter uma congestão.
Se você tem mania de perseguição, vai achar que toda a praça de alimentação está reparando no que você está fazendo. Por causa disso, vai engolir a comida e sair correndo dali o mais rápido possível. Isso pode fazer mal à sua saúde...
Esqueci de algo?
*Sim, esqueci:
Shymenne, da Casa da Shy, disse que a pior coisa de estar sozinha é levar a bandeja até a mesa. Dá uma tremedeira, um medo de deixar tudo cair...
Cris Marques se identificou com a mania de perseguição.
A Kell, minha companheira no vegetarianismo, se lembrou dos sofás da Pizza Hut, super propícios à cenas de amor.
A Gisele Moura, fiel visitante do blog, lembrou bem: existem aqueles que nem esperam a gente se levantar da mesa e praticamente sentam no colo da gente.
A Paula odeia o povo que acabou de comer e fica só no papo, enquanto ela carrega o filho e a bandeja pra cima e pra baixo.
Juliana Dacoregio (opa, visitante nova na área!) odeia o cheiro de fritura que paira no ar nesses lugares. Nós tmb!
*editado dia 26/11
MAXI-aproveite a sua MAXI-bolsa*
Postado por Lucy Lane às 22:28 Leia apenas Comportamento, Lucy, ModaElas são lindas, modernas, práticas e gigantes – feitas para caber tudo que a gente quer: chaves, carteira, celular, calculadora, óculos de sol, absorvente, iPod, bloco de anotações, canetas, livro, maquiagem, garrafinha de água mineral... Cabe quase a casa inteira!
Sim, estou falando das maxi-bolsas.
Mas por serem tão grandes, ficam um pouco bagunçadas. E na hora em que a gente mais precisa, cadê o que estávamos procurando?
Para solucionar esse problema, a dica é separar os pertences em nécessaires diferentes, de preferência transparentes, para facilitar a visualização do que tem dentro de cada uma.
- Para eletrônicos: celular, máquina digital, calculadora, iPod e carregadores.
- Tradicional (em tamanho maior): escova de cabelo, pasta e escova de dentes, maquiagem, espelho, creme hidratante e lixa de unha.
- Farmácia (pequena): comprimidos para dor de cabeça e cólica, band-aids, absorventes e anticoncepcional.
- E outras nécessaires para o que você precisar, de acordo com o seu estilo de vida.
*Este post foi escrito pela Glaucia Balbachian, convidada especial da Esforçada Lu, que muito achou interessante o assunto e pediu que ela, gentilmente, cedesse suas palavrinhas para este bloguinho.
- Você vai ter que morar aqui!
Perdi o chão. Não acreditava que aquilo pudesse estar acontecendo comigo. Eu não gostava, definitivamente, de morar onde morava, mas de jeito nenhum queria me mudar para Goiânia.
Como eu chorei naquele dia. Aquele choro sentido, triste, desiludido. Se existisse uma cota de lágrimas, nunca mais choraria na minha vida. A cada telefonema que eu recebia, mais apunhalada pelas costas eu me sentia. Não posso viver sem elas, pensava incessantemente.
Eu tinha 13, 14 anos e minha vida se resumia a um bando de garotas. Como era divertido estar com elas, comer fandangos com paçoca na vendinha da Dona Cida depois da aula, passar as noites de sexta-feira rindo no prédio da Rê e discutir a semana inteira sobre qual seria o próximo look para a matinê do Espéria.
Morar na casa do meu pai nunca esteve nos meus planos. Ele sempre dizia: “Cris, vem morar com o pai”. Nunca quis. Só que dessa vez eu não tinha que querer. Minha mãe iria passar um tempo em Brasília com a minha tia e, até que a situação dela se estabilizasse, moraria com ele em Goiânia.
Pedi, implorei e, depois de horas trancada no quarto, consegui. Por elas, voltei para São Paulo e fui morar com a minha avó. Lá, ela me prendia, não deixava eu sair. Passei um sufoco só para não perdê-las.
Meses depois, minha mãe voltou. A vida no Distrito Federal não deu certo. Voltei a morar com ela e, aos poucos, minha vida voltou ao normal. Quer saber? Faria tudo de novo. Aos 13, o dia vale muito mais a pena ao lado daquela família que a gente pode escolher. É uma ótima (e curta) fase!
Eu tinha outro post pra colocar aqui. Na verdade, a essa hora deveria estar dormindo. Mas não falar sobre o caso da jovem que morreu com um tiro dado pelo ex-namorado seria negar os meus pensamentos e a sensação de mal estar que me acompanhou pelo final de semana.
Eloá ficou 100 horas com o ex-namorado no apartamento onde morava. A amiga saiu e depois voltou. Os dois namoraram por quase 3 anos. Ele queria reatar, ela estava em outra. Pelo menos é isso que nos chega através dos jornais, da internet, da TV. Nós, meros espectadores, ficamos acompanhando de longe um drama que não é tão incomum, tão recente, tão esparso.
Mas não quero falar aqui sobre o crime, sobre o assassino, sobre a psicopatia que o levou a acabar com aquilo que Lindemberg dizia ser o que mais gostava. Quero falar da menina.
Eloá tinha 15 anos. Apenas 15 anos. É muito pouco para alguém se envolver com outra pessoa de maneira tão comprometida. É SIM MUITO JOVEM, enfatizo. Quem somos nós, aos 15 anos? Garotas inocentes, sim, cheias de sonhos, sim, esperando o mundo cor-de-rosa que projetamos da janela de nossos quartos. Quem, com 15 anos de idade, pode ter a medida de um relacionamento, pode saber se o limite já foi ultrapassado, se o que era bom começa a dar errado? QUEM? Eu não, com certeza.
Com 15 anos eu tinha amores platônicos, fazia coreografias de dança nas festinhas da turma, ia no cinema às 3 da tarde. Com 15 anos eu mudava de idéia a cada 5 minutos, ouvia Jon Bon Jovi, queria namorar o gatinho da "Malhação" ou o Johnny Depp. Aposto que você era igual. Eloah também. Então, porque ela estava envolvida de maneira tão forte com um rapaz 8 anos mais velho que, apesar da idade, era tão imaturo emocionalmente quanto ela?
Desde que os seios afloram e a menstruação chega pela primeira vez, as mulheres caem na roda viva da sedução. Viram objetos do olhar do homem e passam a vida tentando seduzir alguém, mesmo que não tenha ninguém em torno delas. Porque é "bonito" uma garota de 12 anos andar de mãos dadas com o paquera com ar de superioridade diante daquela que, com a mesma idade, ainda insiste em dormir abraçada ao ursinho de pelúcia. Porque, a cada dia, estamos empurrando nossas meninas para a fogueira das vaidades do salão de beleza, das dietas, do flerte inconsequente, do relacionamento descartável. Cada vez mais falamos apenas SIM, quando deveríamos falar NÃO.
Eloá deveria estar ocupada com seu futuro, com seus sonhos. Mas desde os 12 anos tinha que administrar um namorado bem mais velho, bem mais inseguro, ciumento e que cerceava sua liberdade. Imagine uma jovem que nem colocou o nariz no mundo já ser puxada de volta por uma corrente invisível? É claro que não daria certo. Eloah, ao que todos dizem, era voluntariosa, cheia de desejos, coisa que na adolescência somos mesmo. Mas ao invés de se dedicar ao que viria, estava ocupada com um relacionamento que consumia seu tempo e sua juventude.
Para que as meninas precisam antecipar o que terão a vida inteira pela frente para passar? Mãos dadas serão muitas; bem como pés-na-bunda, choro no ombro das amigas, brigas com os namorados, compromissos de relacionamento, beijos, sexo, rompimentos... temos anos e anos para viver isso. Mas não aos 15, 16, 17, 18, 19...
Namorar é ótimo, é uma delícia. Estar com alguém é, de fato, maravilhoso. Mas temos tempo para isso, por mais que a sociedade nos cobre. "Cadê o namorado?", quem nunca ouviu essa frase da tia, da avó, da prima ou até da mãe? E se você diz "não tenho" alguma coisa está errada - com você, claro, que é incompetente para atrair o sexo oposto. É a competição, sempre.
Relacionamento não é só prazer; não é um porto seguro para você afundar suas frustrações pessoais no outro. Dá trabalho, precisa de esforço para fazer dar certo a via de mão dupla entre você e ele (ou ela). Por que começar tão cedo uma situação que certamente vai nos acompanhar pelos resto da vida?
Eloá deveria estar se divertindo com a amiga, pregando peça nos meninos, estudando, descobrindo mundos novos nos livros, nos filmes, nas músicas, na vida... Deveria viajar, fazer novos amigos, dançar, pular, ser bastante inconsequente, viver histórias para contar lá na velhice. Mas ela não fará nada disso. Acho que nem teve a oportunidade de pensar no que estava perdendo ao passar o começo de sua vida de mulher já atrelada a um homem antes de sequer poder escolher, COM CONSCIÊNCIA, se era isso que queria.
Este texto não é para condenar o namorado assassino; acredito do fundo do coração que ele nunca mais terá sossego na alma por causa do que fez. Que se lembrará para sempre do momento em que deu o tiro e acabou com tudo. E o que o vazio vai o consumir até o dia de sua morte. Porque nenhum de nossos atos passa em vão. Colhemos o que plantamos. E um dia o destino vem bater na porta para cobrar a conta. Se ele é louco? Pode ser. Mas a mim me parece outro na horda de gente que aprende, cada vez menos, o significado do amor, do amor de verdade. Nem ele, nem ela sabiam o que é isso.
PS- Nayara faz homenagem à amiga Eloá
Não está nem muito calor, nem muito frio. Do lado de fora aquela chuvinha que reforça a idéia de que você não poderia estar fazendo NADA, NADA melhor do que tirar uma booooa soneca.
Não querendo me gabar, mas dou a maior pilota. Nunca nem ralei o meu Celtinha. Hoje, quando estava vindo para a editora, a Marginal parou. Novas, né? Novidade foi o que me aconteceu.
Estava lá, paradinha da silva, quando vejo uma Saveiro vindo da minha direção. Não, não de frente, de ré! Sabe quando você esquece que tem freio e o carro começa a voltar? Então, assim. Meti a mão na buzina e a velha senhora filha-da-mãe não se tocou. Óbvio que o carro bateu no meu.
A senhora desligada escondeu a carinha pra eu não vê-la no retrovisor. Depois, deu só uma olhadela de leve e arrancou com o carro pra outra pista. Ódio! Nem pra descer do carro e ver se tinha amassado alguma coisa...
Agora eu sei pq o povo se pega no trânsito. Se eu fosse mais esquentada, teria armado o maior barraco. Mas que eu xinguei, xinguei!
Hoje, aqui em São Paulo, foi um dos dias mais quentes das últimas semanas. Vi na Globo.com que a mulherada correu em disparada aos Sescs e parques da vida para tentar tirar aquele branco de lâmpada fluorescente.
Guia Prático - 7 maneiras básicas e simples de conseguir a tão almejada soneca
Postado por Cristiane às 12:12 Leia apenas Comportamento, Cris, No trabalho1ª- O Truque dos Cardaços Desamarrados: No seu escritório, coloque a cabeça na mesa, a cadeira ligeiramente para trás, estique os braços e em cada mão agarre uma ponta do cardaço. O chefe irá pensar que você está amarrando os sapatos, mesmo que o procedimento dure cerca de duas horinhas.
2ª- O Armário Espaçoso: Escolha sabiamente um armário pouco usado em seu local de trabalho. Modifique de lugar todos os arquivos, todos para a prateleira de cima, ou para qualquer um dos lados. Não é aconselhado caso você tenha problemas de movimentação ou ronca enquanto dorme. Você pode acabar deitado no corredor, babando e roncando. O que não é nada bom.
3ª- Camuflagem Facial: É um truque bem conhecido, onde você camufla as suas pálpebras para que elas pareçam, quando fechadas, olhos abertos. Só é recomendado se você souber fazer corretamente, ou seja, não funcionará em todo seu potencial se feito de qualquer jeito. E também advertimos para que você não chegue naquele estágio do sono onde os olhos começam a se movimentar intensamente, você pode acabar parecendo um maluco.
4ª- Problemas Intestinais: Uma boa forma de tirar uma pestana no ambiente do trabalho é usar o banheiro. Mas nem sempre nos ensinam boas técnicas para isso. Essa consiste em um detalhado processo de posicionamento corporal, para sua segurança e conforto. Posicione um rolo de papel higiênico em cima da descarga para evitar torcicolos e coloque uma perna na porta, para evitar visitas inesperadas.
5ª- Sono Baixo: Uma boa dica para quem possui mesas grandes é dormir embaixo delas. Não requer muito trabalho ou experiência. Mas você deve ter certos cuidados: Tape a visão panorâmica da sua mesa, deixe seu casaco no encosto da cadeira para auxiliar nesse quesito; não se movimento muito, para não ocasionar ruídos em outros cubículos; e traga uma almofada/travesseiro de casa, para melhor aproveitamento.
6ª- O Cara da Manutenção: Essa é para quem está desesperado por uma soneca. Vá até a copiadora da sua empresa, reclame alto, ou até mesmo grite, que nunca tem papel no estoque. E então abra o compartimento de refil e coloque sua cabeça dentro e aproveite o descanso. Dicas: Não fique por muito tempo nessa posição, não é legal; pó de carbono pode causar câncer.
7ª- Concentração Extrema: Uma das mais simples, e mais efetivas, formas de dormir no trabalho. Imprima algumas folhas importantes e junte-as em uma pilha na sua frente. Com uma mão tape seus olhos, deixando apenas o espaço para ver o conteúdo das folhas e com a outra as segure. Importante: Troque de folha a cada 15~20 minutos.
Socorro, está se espalhando!
Como medida de emergência vou deixar meu cartão em casa. Meu último ataque consumista foi numa loja de roupas. Calça + blusa + vestido + cinto. E ainda estou pensando no vestido outro que deixei lá... e armando alguma maneira de passar na loja pra dar "mais uma experimentadinha". Uma verdadeira onda torradora de dinheiro.
E você, qual foi seu último surto consumista? Alguém se habilita a entrar no grupo dos gastadores nada anônimos?
PS - E a minha lista mental de compras esdrúxulas inclui: um chaveiro novo; um travesseiro novo para dormir na casa do namorado; uma costureira nova (ok, não vou comprar a costureira, mas estou precisando de uma); uma TV de LCD (ha-ha, essa é brincadeira); um grampo de cabelo; brincos. Viu quanta coisa inútil?