Mais um sumiço de Graziela Salomão. Eu sei, eu sei. Perdoem-me muito. Falta de tempo, milhares de coisas na cabeça, mas sempre no fundo aquela vontade voltar aqui. E o empurrãozinho que faltava veio no último fim de semana.
Adoro ler, muito. Qualquer coisa que caia na minha mão. Algumas dão mais trabalho, outras vão em uma tragada só. Mas admito: tenho preconceitos com qualquer tipo de literatura. Esses pops, que caem rapidamente no gosto das pessoas, me dão certos calafrios. Nada pode ser unanimamente aceito, concordam? Tem sempre aquele que vai achar chato, outro que vai achar legal e um último mais ou menos. Agora, quando um monte de gente fica falando que algo é legal fico ressabiada e demoro para experimentar aquele livro (sim, livro pra mim é como música, vinho, boas comidas: algo para se provar e sentir cada detalhe).
Mas voltando. Depois de muitos comentários de minha cara companheira Cris sobre “Crepúsculo”, fui jogada de súbito ao livro. Meu cunhado decidiu que eu o leria, não pude nem pensar em aceitar o livro ou não. Em instantes, ele já estava na minha mão.
Fiquei olhando aquela capa preta com o contraste da mão branca (ideia batida para um livro que fala de vampiros, não é?). O livro ficou olhando pra mim e nada de eu decidir pegá-lo. Na segunda, por mera falta de opção (li quase todos os livros q. estão em casa), trouxe ele comigo para o trabalho. Que besteira eu fiz!
O começo não me surpreendeu em nada. É a típica história batida de amor impossível, com diversos clichês (que eu sei que são bregas, mas que todas as mulheres adoram ler ou ouvir de vez em quando, admitam!), e nenhum grande choque na construção literária do livro (para quem acabou de ler “Ensaio sobre a Cegueira”, cair nesse foi realmente um pulo de um abismo literário). Porém, mesmo com toda essa minha rabugisse, eu não consegui parar de ler o livro. “Eu falei. Esse livro tem magia negra”, Cris comentou comigo. Pode ser. Mas o que acontece é que eu simplesmente não conseguia desgrudar de ler o livro. Lia em pé no ônibus, deitada na cama antes de dormir, enquanto andava (e isso me custou um baita tropícão em um cesto de lixo no meio do trabalho!). Simplesmente rídiculo. Mas o que levou a toda essa obsessão? A resposta perfeita para mim veio de uma frase de uma amiga, que também ficou viciada com o livro e leu os três volumes durante as férias. O que acontece é que a história da Bella mostra o quanto a mulherada acha que sua vida é sem graça. E o quanto todas nós gostamos daqueles clichês piegas.
Sim, eu admito. Gosto deles mesmo. E me derreti com frases do tipo “Ah, Bella, você é minha vida” ou “Não, não quero ficar sem você, Bella”. Fala a verdade, quem não gosta de ouvir isso, hein, hein? Atire a primeira pedra nessa que vos escreve agora mesmo!.
De resto, fui procurar os atores que interpretaram os personagens no cinema. E cá entre nós: o Edward da minha cabeça era beeem mais bonito que Robert Pattinson, que o interpretou no longa. Para quem não o conhece, fica o trailer do filme abaixo.